PONTO 1: Procedimentos

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Transcrição:

1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Procedimentos PROCEDIMENTOS Procedimento/rito é a forma pela qual se desenvolve o processo. Indicações bibliográficas: Nucci e Avena, ambos edição de 2009. Art. 394 do CPP. Hoje, no direito processo penal, temos duas espécies de procedimentos: procedimento comum e especial. O procedimento comum se divide em três: Ordinário. Sumario. Sumaríssimo. 1.1 RITO ORDINÁRIO Não é mais sinônimo de rito comum, é uma das espécies do rito comum. C IP J MP D RD C Resp.Acus. Abs. Sum. AIJ S Rec Exec. Pena. Fases: 1) Crime. O direito penal trabalha com infrações penais: contravenções e crimes, ao utilizar um desses dois termos exclui-se o outro, exemplo: art. 7º, art. 313 do CP. Sempre que o legislador criar uma infração penal, ele deve fazê-la através de lei, essa lei deve ser em sentido formal propriamente dita, do legislativo. A doutrina (Alexandre de Moraes) diferencia princípio da Legalidade do princípio da Reserva Legal, quando a matéria deve ser regulada por lei em sentido amplo, trata-se do princípio da legalidade, mas quando a matéria deve ser regulada em sentido formal, trata-se do princípio da reserva legal. No direito penal vigora o princípio da reserva legal. Ex: art. 62, 1º, I, b d a CF veda Medida Provisória em matéria de direito penal e processual penal, pois medida provisória é lei em sentindo amplo e não lei em sentido estrito. Ex: art. 30 da Lei 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento). Contravenções: Decreto-lei 3.688/41. Crimes: Código Penal e outras leis.

Quem define se determinada conduta será crime é o legislador, que comuta no preceito secundário uma penalidade. Há três espécies de pena privativa de liberdade: prisão simples, detenção e reclusão. As contravenções são apenadas com pena de prisão simples, enquanto os crimes são apenados com pena de detenção e reclusão. Art. 313 do CPP, em regra, cabe prisão preventiva apenas em crimes dolosos com pena de reclusão. Lei Maria da Penha acrescentou, no inciso IV do art. 313, que cabe a preventiva em crimes punidos com detenção. Em regra, não cabe prisão preventiva em contravenções. Ex: interceptação telefônica sem autorização policial é crime, conforme o artigo 2º, III da lei 9296/96 e, a autorização somente será deferida se a pena for de reclusão. É constitucional o legislador criar um novo crime/contravenção sem a previsão de pena privativa de liberdade no preceito secundário?... Art. 158, 3º - Seqüestro relâmpago introduzido em 2009. Pelo princípio da individualização da pena, todo crime deve ter pena mínima e máxima. Precedente: STF em 2006, no HC 82.959 declarou inconstitucional o parágrafo primeiro do art. 2º da Lei de Crimes Hediondos, aduzindo que, se a pena deve ser individualizada, a execução também deve ser. Esse HC teria controle difuso com efeito concentrado. Se juiz de primeira instância não seguir essa recomendação caberia reclamação. Assim, em 2006 o STF entendia que deveria se dar progressão de regime nos crimes hediondos com base na legislação dos crimes comum (1/6 da pena). Em março de 2007, a Lei nº. 11.464 alterou a lei de crimes hediondos, admitindo a progressão da pena, desde que cumprido 2/5 da pena ou 3/5 se reincidente. STF entendeu que essa nova lei é irretroativa, assim quem cometeu o delito até março de 2007 progride após ter cumprido 1/6 da pena. 2) Inquérito Policial. Atribuições do delegado de polícia federal: Art. 144, 1º da CF. Atribuições do delegado de polícia estadual: residual. Inquérito: art. 4º ao 23 do CPP e art. 5º, LV da CF. Natureza unidirecional do inquérito:... Juiz pode receber uma denúncia com base em inquérito sem sequer ter sido intimado o indiciado?... 2 Público. Uma vez indiciado, o inquérito é encaminhado ao juiz que dirige ao Ministério 3) Juiz

3 4) Ministério Público. O Ministério Público, ao receber o inquérito, pode: a) b) c) O pedido de arquivamento formulado pelo MP de IP, quando quem faz às vezes de MP é o próprio procurador geral, esse pedido é irrecusável pelo Poder Judiciário. Se for Ação Penal Privada, o inquérito também vai para o juiz, mas é a vítima que oferece uma queixa-crime e não o MP. STF, Súmula 524: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. A jurisprudência do STF, interpretando essa súmula, aduz que quando o arquivamento do IP se der por atipicidade do fato, este IP jamais poderá ser desarquivado, porque ele entra no mérito e jamais faz coisa julgada. Assim, a súmula 524 é para falta de provas. A ação penal no Brasil inicia com o oferecimento da denúncia?... 5) Denúncia Quando MP oferece denúncia, ele pode oferecer ao réu sursis processual (suspensão condicional do processo), art. 89 da Lei 9099/95 (pena mínima até um ano). O fato de o réu aceitar o sursis processual não implica em reconhecimento de culpa. O sursis é um instituto despenalizador. Se o MP não oferecer a suspensão do condicional do processo? Súmula 696 do STF, se o juiz discordar, aplica por analogia o art. 28 do CPP (remete ao procurador geral). Súmula 243 do STJ. Conforme o STJ, cabe suspensão condicional do processo em crimes de Ação Penal Privada e quem oferece é a própria vítima. Interpretação holística da lei:... 6) Recebimento da Denúncia Art. 395 do CPP traz as causas de rejeição da denúncia.

4 O despacho que não recebe a denuncia é irrecorrível. Porém, cabe Habeas Corpus e Mandado de Segurança. Não sendo causa de rejeição da denúncia ou queixa, o juiz irá recebê-la e ordenar a citação do réu. 7) Citação Art. 351 e seguintes do CPP. A citação é o documento que dá ciência ao réu para ele responder ao processo. 8) Resposta da Acusação Feita a citação, prazo de 10 dias para resposta à acusação, art. 396 do CPP. 9) Absolvição Sumária sumária. Art. 397 do CPP, apresentada a resposta, o juiz analisa se é caso de absolvição 10) Audiência de Instrução e Julgamento Artigo 400 a 403, CPP vigora o princípio da concentração dos atos processuais. 11) Sentença A sentença pode ser: a) condenatória condena, em regra, a pena privativa de liberdade, calculada pelo sistema trifásico: 1º Fase: Pena base, art. 59 do CP. 2º Fase: Agravantes e Atenuantes, art. 61 a 65 do CP. 3º Fase: Majorantes e Minorantes. Art. 44 do CP presente os requisitos, o juiz concede pena alternativa: * Pena restritiva de direitos, art. 43 do CP. * Pena de multa, art. 49 do CP. Suspensão condicional da pena: art. 77 do CP, no caso de não cabimento da pena alternativa. Não cabendo o sursis, cabe pena privativa de liberdade, aplicando o regime aberto, semi-aberto ou fechado. Princípio da Co-culpabilidade:... b) absolutória b.1) própria

5 b.2) imprópria concede medida de segurança (não é espécie de pena). 12) Recursos Art. 574 e seguintes do CPP. 13) Vara de Execução Criminal Transitado em julgado o processo, o Juiz da VEC recebe os autos e expede mandado de prisão. Pena é regulada pela LEP Lei nº. 7.210/84. Cumprido um 1/6 da pena, réu requer progressão de regime: art. 112. Cumprido 1/3 ou metade da pena (reincidente), requer livramento condicional artigo 83, I e II, CP. Para crime hediondo: cabe progressão da pena, art. 2º, 2º da Lei de Crimes Hediondos; cabe livramento condicional, art. 83, V. Art. 531 e seguintes do CPP. Diferenças do rito ordinário: Audiência de Instrução: 1.2 RITO SUMÁRIO Testemunhas: 1.3 RITO SUMARÍSSIMO JEC Art. 98, I, CF, Lei nº. 9.099/95. O legislador constituinte quem criou ao JEC, atribuindo competência para o julgamento de infrações de menor potencial ofensivo, prevendo também a transação penal. Ao legislador ordinário (Lei nº. 9.099), coube regulamentar o JEC. IMPO TC JEC Audiência de Tentativa de Conciliação dos Danos Civis Transação Penal Denúncia Citação Audiência de Instrução e Julgamento Sentença Recurso 1) Infração Penal de Menor Potencial Ofensivo (IMPO): contravenção penal ou crime cuja pena máxima não ultrapasse 2 anos (art. 61). JEC Federal (Lei nº. 10.259/01), por força do art. 109, IV da CF, juiz federal não julga contravenção penal. IMPO, no JEC Federal, são crimes de competência da União cuja a pena máxima não ultrapasse 2 anos. 2) Termo Circunstanciado. Art. 69: Registra o B.O., interroga-se o autor, inquirida a vítima, colhe-se representação da vítima, realizada perícia se necessário. Não há indiciamento. Não há registro de antecedentes policiais.

Art. 69, parágrafo único: Autoridade policial pode deixar de lavrar o flagrante desde que o autor assine termo de compromisso. 3) Audiência de Tentativa de Conciliação dos Danos Civis Art. 74: Instaurado o TC, vai para o JEC, juiz recebe e marca-se Tentativa de Conciliação dos Danos Civis, entre autor e réu. 4) Transação Penal Em regra, não conseguindo acordo, MP oferece a transação penal, art. 76. Tanto a composição civil dos danos como a transação são institutos despenalizadores (não há reconhecimento de culpa; sem antecedentes; sem incidir reincidência). 5) Denúncia ou Queixa Não havendo acordo nem transação, MP oferecida oralmente a denúncia, se for ação penal privada, vítima oferece a queixa. 6 processo. Quando MP denuncia, ele ainda pode oferecer a suspensão condicional do 6) Citação A denúncia ou queixa ainda não foi recebida. 7) Audiência de Instrução e Julgamento Art. 81: O juiz dá a palavra à defesa, recebe ou não a denúncia ou queixa, inquire a vítima, testemunhas, interroga o réu, debates orais e exara a sentença. 8) Sentença 9) Recursos Art. 82 e 83, Apelação em 10 dias e Embargos de Declaração em 5dias. Esses Embargos, no JEC, suspendem o prazo da Apelação. Observações: Se a ação penal for privada, havendo composição civil dos danos, acarreta na perda do direito de oferecer a queixa. A sentença que homologa essa composição é irrecorrível. Quando a ação penal pública for condicionada, o acordo do autor com a vítima acarreta na renúncia ao direito de representar.

Quando a ação penal for incondicionada, ainda que autor e vítima façam composição dos danos, há transação penal. 7 A transação é sinônimo de aplicação imediata da pena alternativa (sem processo, sem contraditório). Conforme o STJ, cabe transação penal em ação penal privada, proposta pela vítima. Prof. entende que se a vítima não oferecer, o MP pode oferecer. Art. 396 do CPP, conforme Nucci e Avena, é inaplicável ao JEC, ofende a celeridade. Exceções ao JEC: a) b) c) PROCEDIMENTOS ESPECIAIS: Tribunal do Júri, crimes praticados por funcionário público; crimes falimentares; crimes contra propriedade imaterial; Maria da Penha; Drogas (Lei 11.343); crimes contra a honra (art. 519 CPP); crimes perante os tribunais (Lei 8038/90); crimes praticados por prefeitos. Como identificar o rito: 1º 2º 3º 4º Crimes praticados por funcionário público o juiz antes de receber a denúncia, notifica o funcionário para que ele ofereça defesa preliminar. O art. 514 do CPP diz que essa defesa preliminar só cabe de crime afiançável (pena que não ultrapasse 2 anos). Súmula 330 do STJ (quando a denúncia se basear em inquérito, é dispensada a defesa preliminar). STF tem entendimento contrário ao STJ, aduz que é necessário a defesa preliminar.