Contribuição previdenciária incidente na prestação de serviço por pessoa física e MEI e a obrigatoriedade da retenção pela empresa

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Transcrição:

Contribuição previdenciária incidente na prestação de serviço por pessoa física e MEI e a obrigatoriedade da retenção pela empresa Apresentadora: ERICA NAKAMURA

Trabalhador autônomo X empregado Autônomo é o trabalhador que desempenha seu ofício com autonomia, sem que haja uma subordinação típica a outrem, podendo livremente adotar diversos procedimentos disponíveis na execução do seu trabalho. Diferentemente do empregado, não está sujeito a um controle diário de sua jornada de trabalho, bem como não cumpre, necessariamente, uma quantidade rígida de horas de trabalho.

Os elementos caracterizadores do vínculo empregatício são: 1 - habitualidade = o trabalho deve ser exercido continuamente, frequentemente. Não precisa ser todo dia, mas deve ser habitual; 2 - dependência ou subordinação = para que haja a relação de emprego o trabalhador deve depender (econômica, técnica, jurídica e hierárquica) do empregador. 3 - onerosidade = o empregado presta serviço e em contrapartida recebe a remuneração do empregador, inexistindo a possibilidade da prestação de serviço gratuita, sob pena de configurar enriquecimento ilícito do empregador, salvo no caso de trabalho voluntário. 4 - pessoalidade = o trabalho deve ser prestado pessoalmente pelo empregado, não podendo este se fazer substituir por outra pessoa.

Contribuinte Individual Os segurados anteriormente denominados "empresário", "trabalhador autônomo" e "equiparado a trabalhador autônomo", a partir de 29.11.1999, com a Lei nº 9.876, foram unificados numa só categoria e passaram a ser chamados de "contribuintes individuais" e como tais, são considerados segurados obrigatórios da Previdência Social (inciso IV do art. 4º da IN RFB nº 971/2009).

Principais Contribuintes Individuais - aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; - aquele que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; - o ministro de confissão religiosa ou o membro de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; - o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado o que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, coproprietário ou promitente comprador de um só veículo;

Principais Contribuintes Individuais - o diarista, assim entendida a pessoa física que, por conta própria, presta serviços de natureza não-contínua à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito residencial destas, em atividade sem fins lucrativos; - o Micro Empreendedor Individual (MEI) de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Principais Contribuintes Individuais Desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa: -o sócio administrador, o sócio cotista e o administrador não-sócio e nãoempregado na sociedade limitada, urbana ou rural, conforme definido na Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil); -o membro de conselho de administração na sociedade anônima ou o diretor não-empregado que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito por assembleia geral dos acionistas para cargo de direção de sociedade anônima, desde que não mantidas as características inerentes à relação de emprego;

Síndico O síndico eleito para exercer atividade de administração condominial, desde que receba remuneração pelo exercício do cargo ou que seja dispensado do pagamento da taxa condominial é enquadrado como segurado obrigatório da Previdência Social na categoria de contribuinte individual. No caso de o síndico estar isento da taxa de condomínio, o valor da mencionada taxa integra a sua remuneração, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição. Considerando que nesse caso não há um pagamento direto em pecúnia, o condomínio deverá recolher a contribuição previdenciária individual do síndico ficando este último com a obrigação de reembolsar o condomínio no valor respectivo.

Aposentado IN RFB n 971/2009 Art. 12. O aposentado por qualquer regime de previdência social que exerça atividade remunerada abrangida pelo RGPS é segurado obrigatório em relação a essa atividade, nos termos do 4º do art. 12 da Lei nº8.212, de 1991, ficando sujeito às contribuições de que trata a referida Lei.

Segurado Facultativo e Contribuinte individual Diferenças Segurado facultativo é a pessoa física maior de 16 (dezesseis) anos que, por ato volitivo, se inscreva como contribuinte da Previdência Social, desde que não exerça atividade remunerada que implique filiação obrigatória a qualquer regime de Previdência Social no País. Principais segurados facultativos: dona de casa; estagiário, desempregado

Pró-Labore Obrigatoriedade? O pró-labore caracteriza-se como a remuneração que os segurados mencionados acima têm direito de receber em razão do trabalho por ele exercido na empresa. Ocorre que, não existe na legislação societária, trabalhista e previdenciária qualquer disposição a respeito de fixação da retirada do pró-labore. A fixação da retirada de pró-labore depende, exclusivamente, da vontade dos sócios ou se houver previsão em contrato social, pois não há na legislação trabalhista e previdenciária brasileira a obrigatoriedade do seu pagamento ou qualquer disposição a este respeito.

Empregado e sócio seguro-desemprego? O seguro-desemprego é um benefício devido ao trabalhador desempregado e que foi dispensado sem justa causa, inclusive por rescisão indireta, desde que ele comprove, entre outros requisitos citados na lei do seguro-desemprego, não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente a sua manutenção e de sua família. Desse modo, se o empregado que foi dispensado sem justa causa e que é sócio de uma empresa tiver remuneração (pró-labore) pelo seu trabalho nessa sociedade ou pelo capital, não fará jus ao recebimento do segurodesemprego.

Contribuinte individual 13º salário Em face da inexistência de relação de emprego, conforme estabelece o art. 3º da CLT, o autônomo, o empresário e os demais trabalhadores considerados como contribuintes individuais, não têm direito ao pagamento da gratificação natalina, também chamada de 13º salário.

Fato Gerador Considera-se ocorrido o fato gerador da obrigação previdenciária principal e existentes seus efeitos em relação à empresa, no mês em que for paga ou creditada a remuneração, o que ocorrer primeiro, ao segurado contribuinte individual que lhe presta serviços. Observação: considera-se creditada a remuneração na competência em que a empresa contratante for obrigada a reconhecer contabilmente a despesa ou o dispêndio ou, no caso de equiparado ou empresa legalmente dispensada da escrituração contábil regular, na data da emissão do documento comprobatório da prestação de serviços.

Base de cálculo da contribuição previdenciária A base de cálculo da contribuição social previdenciária dos segurados do RGPS é o salário de contribuição, observados os limites mínimo (R$ 880,00) e máximo (R$ 5.189,82). Para o segurado contribuinte individual, entende-se por salário de contribuição, a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites mínimos e máximos do salário de contribuição.

Observação: O salário de contribuição do condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista), do auxiliar de condutor autônomo e do operador de máquinas, bem como do cooperado filiado a cooperativa de transportadores autônomos, corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto auferido pelo frete, carreto, transporte, não se admitindo a dedução de qualquer valor relativo aos dispêndios com combustível e manutenção do veículo, ainda que parcelas a este título figurem discriminadas no documento. O condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista), o auxiliar de condutor autônomo e o cooperado filiado à cooperativa de transportadores autônomos estão sujeitos ao pagamento da contribuição para o Serviço Social do Transporte (Sest -1,5%) e para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat 1,0%)

a) 20% (vinte por cento), incidente sobre: 1. a remuneração auferida em decorrência da prestação de serviços a pessoas físicas; 2. a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços prestados a entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais; 3. a retribuição do cooperado, quando prestar serviços a pessoas físicas e a entidade beneficente em gozo de isenção da cota patronal, por intermédio da cooperativa de trabalho; Evento Presencial - 15 de julho de 2016 Alíquotas A contribuição social previdenciária do segurado contribuinte individual é: -para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2003, observado o limite máximo do salário de contribuição de:

b) 11% (onze por cento), incidente sobre: 1. a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços prestados a empresa; 2. a retribuição do cooperado quando prestar serviços a empresas em geral e equiparados a empresa, por intermédio de cooperativa de trabalho; 3. a retribuição do cooperado quando prestar serviços a cooperativa de produção; 4. a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços prestados a outro contribuinte individual, a produtor rural pessoa física, a missão diplomática ou repartição consular de carreiras estrangeiras.

Cooperativa de trabalho cooperado 20% A RFB, por meio do Ato Declaratório Interpretativo nº 5/2015, dispôs que o contribuinte individual que presta serviço à empresa por intermédio de cooperativa de trabalho deve recolher a contribuição previdenciária de 20% sobre o montante da remuneração recebida ou creditada em decorrência do serviço prestado, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição.

Exclusão da aposentadoria por tempo de contribuição O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, a partir da competência em que fizer opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, contribuirá à alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição (salário mínimo nacional R$ 880,00). GPS código 1163 (mensal) ou 1180 (trimestral)

Contribuinte individual múltiplos vínculos O contribuinte individual que prestar serviços a mais de uma empresa ou, concomitantemente, exercer atividade como segurado empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso, quando o total das remunerações recebidas no mês for superior ao limite máximo do salário de contribuição deverá, para efeito de controle do limite, informar o fato à empresa em que isto ocorrer, mediante a apresentação:

: I - do comprovante de pagamento ou declaração quando for empregado; Observação: o segurado deverá apresentar os comprovantes de pagamento das remunerações como segurado empregado, inclusive o doméstico, relativos à competência anterior à da prestação de serviços, ou declaração, sob as penas da lei, de que é segurado empregado, inclusive o doméstico, consignando o valor sobre o qual é descontada a contribuição naquela atividade ou que a remuneração recebida atingiu o limite máximo do salário de contribuição, identificando o nome empresarial da empresa ou empresas, com o número do CNPJ, ou o empregador doméstico que efetuou ou efetuará o desconto sobre o valor por ele declarado.

II - do comprovante de pagamento, quando for contribuinte individual; Observação: de acordo com o art. 47, V, da IN RFB n 971/2009, a empresa contratante fornecerá ao contribuinte individual que lhe prestar serviço comprovante de remuneração, consignando a identificação completa da empresa, inclusive com o seu número no CNPJ, o número de inscrição do segurado no RGPS, o valor da remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e o compromisso de que a remuneração paga será informada na GFIP e a contribuição correspondente será recolhida; O contribuinte individual que no mês teve contribuição descontada sobre o limite máximo do salário de contribuição, em uma ou mais empresas, deverá comprovar o fato às demais para as quais prestar serviços, mediante apresentação de um dos documentos mencionados acima.

Quando a prestação de serviços ocorrer de forma regular a pelo menos uma empresa, da qual o segurado como contribuinte individual, empregado ou trabalhador avulso receba, mês a mês, remuneração igual ou superior ao limite máximo do salário de contribuição, a declaração mencionada acima, poderá abranger um período dentro do exercício, desde que identificadas todas as competências a que se referir, e, quando for o caso, daquela ou daquelas empresas que efetuarão o desconto até o limite máximo do salário de contribuição, devendo a referida declaração ser renovada ao término do período nela indicado ou ao término do exercício em curso, o que ocorrer primeiro.

O segurado contribuinte individual é responsável pela declaração e, se, por qualquer razão, deixar de receber a remuneração declarada ou receber remuneração inferior à informada na declaração, deverá recolher a contribuição incidente sobre a soma das remunerações recebidas das outras empresas sobre as quais não houve o desconto em face da declaração por ele prestada, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição e as alíquotas O contribuinte individual que, no mesmo mês, prestar serviços a empresa ou a equiparado e, concomitantemente, exercer atividade por conta própria, deverá recolher a contribuição social previdenciária incidente sobre a remuneração auferida pelo exercício de atividade por conta própria, respeitando o limite máximo do salário de contribuição.

Encargo previdenciário patronal contratação de contribuinte individual As contribuições sociais previdenciárias a cargo da empresa ou do equiparado incidente quando da contratação do segurado contribuinte individual é de 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços.

Contribuição previdenciária Desoneração da folha de pagamento IN RFB n 1436/2013 Art. 1º As contribuições previdenciárias das empresas que desenvolvem as atividades relacionadas no Anexo I ou produzem os itens listados no Anexo II incidirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento, previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, considerando-se os períodos e as alíquotas definidos nos Anexos I e II, e observado o disposto nesta Instrução Normativa.

Contribuição previdenciária Entidade beneficiente A entidade beneficente de assistência social em gozo da isenção previdenciária (Lei nº 12.101/2009) é equiparada às empresas em geral ficando sujeita ao cumprimento das obrigações acessórias, e está obrigada a descontar a contribuição previdenciária individual da remuneração paga ou creditada ao contribuinte individual que lhe prestar serviço, devendo recolher o valor descontado juntamente com as contribuições devidas pelos seus empregados e fornecer ao prestador dos serviços o comprovante de pagamento relativo aos serviços prestados. A alíquota a ser aplicada sobre o valor dos serviços prestados, observado o teto máximo do salário de contribuição, é de 20%.

Prestação de serviços a pessoa física - Recolhimento - Responsabilidade O segurado contribuinte individual, quando exercer atividade econômica por conta própria ou prestar serviço à pessoa física, ficará obrigado a recolher a sua contribuição previdenciária individual, por iniciativa própria, correspondente à aplicação da alíquota de 20% sobre o total da remuneração auferida, observado o limite máximo do salário de contribuição. O recolhimento deve ser efetuado no dia 15 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, prorrogando o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia 15.

Obrigações da empresa ao contratar um contribuinte individual

-inscrever como contribuintes individuais no RGPS, as pessoas físicas contratadas sem vínculo empregatício e os sócios cooperados, no caso de cooperativas de trabalho e de produção, se ainda não inscritos; -elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, inclusive os contribuintes individuais, nela constando: -discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo, função ou serviço prestado; -agrupados, por categoria, os segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual; -lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições sociais a cargo da empresa, as contribuições sociais previdenciárias descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-rogação, as retenções e os totais recolhidos;

-fornecer ao contribuinte individual que lhes presta serviços, comprovante do pagamento de remuneração, consignando a identificação completa da empresa, inclusive com o seu número no CNPJ, o número de inscrição do segurado no RGPS, o valor da remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e o compromisso de que a remuneração paga será informada em GFIP e a contribuição correspondente será recolhida; Não há na legislação trabalhista ou previdenciária previsão da obrigatoriedade da emissão de RPA ou RPS pelos autônomos que prestam serviços.

- informar mensalmente, à RFB e ao Conselho Curador do FGTS, em GFIP emitida por estabelecimento da empresa, com informações distintas por tomador de serviço e por obra de construção civil, os dados cadastrais, os fatos geradores, a base de cálculo e os valores devidos das contribuições sociais e outras informações de interesse da RFB e do INSS ou do Conselho Curador do FGTS, na forma estabelecida no Manual da GFIP 8.4.

A empresa é responsável pela arrecadação, mediante desconto no respectivo salário de contribuição, e pelo recolhimento da contribuição do segurado contribuinte individual que lhe presta serviços. A contribuição deverá ser recolhida na mesma Guia da Previdência Social (GPS) em que a empresa contratante recolhe as demais contribuições previdenciárias dos outros segurados a seu serviço, lançando o referido valor no campo 6 da referida guia. A empresa deverá recolher a contribuição previdenciária descontada e a contribuição a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas ao contribuinte individual até o dia 20 (vinte) do mês seguinte àquele a que se referirem as remunerações, antecipando-se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário no dia 20 (vinte).

Empresa limite mínimo? A empresa deve descontar do valor dos serviços prestados pelo contribuinte individual, a contribuição previdenciária deste, equivalente à aplicação da alíquota de 11% observado o limite máximo do salário de contribuição, não havendo limite mínimo para o desconto. O valor descontado deverá ser recolhido juntamente com as contribuições a cargo da empresa. Assim, mesmo que a remuneração pelo serviço prestado seja de R$ 50,00, por exemplo, a empresa deverá descontar R$ 5,50 do contribuinte individual e recolhê-lo por meio da GPS da empresa, declarando tal valor na GFIP.

Empresa GFIP múltiplas fontes pagadoras OCORRÊNCIA No campo Ocorrência o empregador/contribuinte presta, ao mesmo tempo, duas informações: a exposição ou não do trabalhador, de modo permanente, a agentes nocivos prejudiciais à sua saúde ou à sua integridade física, e que enseje a concessão de aposentadoria especial; se o trabalhador tem um ou mais vínculos empregatícios (ou fontes pagadoras), ou ainda, se o trabalhador consta de mais de uma GFIP/SEFIP do mesmo empregador/contribuinte, geradas em movimentos diferentes, com a remuneração desmembrada em cada uma delas (GFIP/SEFIP de chaves diferentes).

Para os trabalhadores com mais de um vínculo empregatício (ou mais de uma fonte pagadora), informar os códigos a seguir: 05 Não exposto a agente nocivo; 06 Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho); 07 - Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho); 08 - Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho).

Empresa optante pelo Simples Nacional contratação de contribuinte individual - obrigações As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional são obrigadas a arrecadar e recolher, mediante desconto ou retenção, as contribuições devidas: -pelo contribuinte individual, a partir de abril de 2003, na forma dos arts. 65 a 70 da IN RFB n 971/2009; A contribuição corresponde a 11% sobre o valor pago ou creditado ao contribuinte individual, limitado ao teto máximo do salário de contribuição.

Empresa optante pelo Simples Nacional contratação de contribuinte individual - obrigações As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional são obrigadas a arrecadar e recolher, mediante desconto ou retenção, as contribuições devidas: - pelo segurado, destinadas ao Sest e ao Senat, no caso de contratação de contribuinte individual transportador rodoviário autônomo; - GPS código de recolhimento - 2020

Exemplo de cálculo da contribuição previdenciária devida pela empresa Remuneração paga ao trabalhador autônomo = R$ 6.000,00 Contribuição previdenciária descontada do trabalhador = 11% x R$ 5.189,82 = R$ 570,88 Contribuição previdenciária patronal = 20% de R$ 6.000,00 = R$ 1.200,00

Múltiplos vínculos Exemplo de cálculo da contribuição previdenciária devida pela empresa Contribuinte individual prestou serviços a 3 empresas no curso do mês de abril/2016, auferindo as seguintes remunerações: Empresas Remunerações A R$ 2.500,00 B R$ 3.100,00 C R$ 1.500,00 Total auferido no mês R$ 7.100,00

Considerando que o teto máximo da contribuição previdenciária em 2016 corresponde a R$ 5.189,82, as empresas contratantes devem efetuar os seguintes descontos a título de contribuição previdenciária: Empresas Descontos A R$ 275,00 (R$ 2.500,00 x 11%) B R$ 295,88 (R$ 2.689,82 x 11%) = ( R$ 5.189,82 R$ 2.500,00 = R$ 2.689,82) C R$ 0,00 Total dos descontos R$ 570,88

Contratação de transportador autônomo Exemplo de base de cálculo da contribuição previdenciária do prestador de serviço Condutor rodoviário autônomo contratado por empresa Valor do frete = R$ 4.000,00 Valor da base de cálculo = R$ 4.000,00 x 20% = R$ 800,00 Desconto da contribuição previdenciária individual = R$ 800,00 x 11% = R$ 88,00

Exemplo de base de cálculo da contribuição previdenciária da empresa: Condutor autônomo rodoviário contratado por empresa Valor do frete = R$ 4.000,00 Valor da base de cálculo = R$ 4.000,00 x 20% = R$ 800,00 Contribuição previdenciária patronal = R$ 800,00 x 20% = R$ 160,00

Exemplo de base de cálculo da contribuição previdenciária para o SEST e SENAT: Condutor autônomo contratado por empresa Valor do frete = R$ 4.000,00 Valor da base de cálculo = R$ 4.000,00 x 20% = R$ 800,00 Contribuição para o SEST = R$ 800,00 x 1,5% = R$ 12,00 Contribuição para o SENAT = R$ 800,00 x 1% = R$ 8,00

Prestação de serviços à empresa e exercício de atividade por conta própria - Simultaneidade O contribuinte individual que, no mesmo mês, prestar serviços à empresa ou a equiparado e, concomitantemente, exercer atividade por conta própria deverá recolher a contribuição social previdenciária incidente sobre a remuneração auferida pelo exercício de atividade por conta própria, respeitando no total (remuneração auferida nas empresas + a auferida pelo exercício da atividade por conta própria), o limite máximo do salário de contribuição.

Exemplo Remuneração auferida na empresa contratante = R$ 3.000,00 INSS descontado do autônomo pela empresa = R$ 3.000,00 x 11% = R$ 330,00 Remuneração pelo serviço executado por conta própria = R$3.000,00 INSS que o trabalhador deverá recolher na GPS (1007) = 20% de R$ 2.189,82 = R$ 437,96

Exercício simultâneo das atividades de empregado e contribuinte individual Exemplo Empregado da empresa A percebeu no mês de junho/2016 o salário de R$ 2.400,00 e, exerce concomitantemente atividade autônoma e, no mesmo mês (junho/2016), prestou serviço nesta condição (autônomo) à empresa B, auferindo a remuneração de R$ 2.800,00

Empresa A (empregado) = Desconto - Contribuição Previdenciária - R$ 2.400,00 x 9% = R$ 216,00 Cota patronal R$ 2.400,00 x 20% = R$ 480,00 Rat ajustado R$ 2.400,00 x 1% = R$ 24,00 Outras entidades R$ 2.400,00 x 5,8% = R$ 139,20 Empresa B (contribuinte individual) = Desconto - Contribuição Previdenciária - R$ 2.789,82 x 11% = R$ 306,88 Cota patronal R$ 2.800,00 x 20% = R$ 560,00

Serviços prestados para uma empresa - inferior ao limite mínimo do salário de contribuição Quando o total da remuneração recebida pelo contribuinte individual por serviços prestados a uma ou mais empresas for inferior ao limite mínimo do salário de contribuição, o segurado deverá recolher diretamente a complementação da contribuição incidente sobre a diferença entre o limite mínimo do salário de contribuição e a remuneração total por ele recebida ou a ele creditada, aplicando sobre a parcela complementar a alíquota de 20%.

Exemplo Remuneração auferida no mês de janeiro/2016 por contribuinte individual que prestou serviço a uma só empresa = R$ 300,00 Desconto - Contribuição previdenciária = R$ 300,00 x 11% = R$ 33,00 Diferença para o limite mínimo = R$ 880,00 R$ 300,00 = R$ 580,00 Contribuição previdenciária complementar = R$ 580,00 x 20% = R$ 116,00

Ministro de confissão religiosa O art. 22, 13 da Lei n 8212/1991 dispõe que não se considera como remuneração direta ou indireta, os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado.

Ministro de confissão religiosa Os critérios informadores dos valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional aos ministros de confissão religiosa, membros de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa não são taxativos e sim exemplificativos e os valores despendidos, ainda que pagos de forma e montante diferenciados, em pecúnia ou a título de ajuda de custo de moradia, transporte, formação educacional, vinculados exclusivamente à atividade religiosa não configuram remuneração direta ou indireta

Ministro de confissão religiosa Nessa situação, o salário de contribuição para os mencionados pastores, é o valor por eles declarados, observados os limites mínimo (R$ 880,00) e máximo do salário de contribuição (R$ 5.189,82), sendo que a alíquota a ser aplicada corresponde a 20% sobre o valor declarado. Citado recolhimento deve ser efetuado através de uma GPS com o código de recolhimento 1007.

Ministro de confissão religiosa No entanto, se a remuneração paga ou creditada pela entidade religiosa ou pela instituição de ensino vocacional depender da natureza e da quantidade do trabalho executado, o recolhimento da contribuição previdenciária observará no que couber, às mesmas regras aplicáveis aos demais contribuintes individuais. A entidade religiosa deverá efetuará o desconto de 11% sobre o valor pago ao ministro de confissão religiosa, respeitando o teto do salário de contribuição (R$ 5.189,82), uma vez que tais valores são considerados como remuneração. Além disso, há o encargo previdenciário patronal de 20%. Os recolhimentos previdenciários deverão ser realizados pela entidade religiosa, através de uma GPS com o código 2100. Ainda, os pastores deverão constam da folha de pagamento da entidade, nos moldes do prelecionado no art. 47 da IN RFB n 971/2009.

Ação trabalhista e recolhimento previdenciário OJ-SDI1-398 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO SEM RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. RECOLHIMENTO DA ALÍQUOTA DE 20% A CARGO DO TOMADOR E 11% A CARGO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS. Nos acordos homologados em juízo em que não haja o reconhecimento de vínculo empregatício, é devido o recolhimento da contribuição previdenciária, mediante a alíquota de 20% a cargo do tomador de serviços e de 11% por parte do prestador de serviços, na qualidade de contribuinte individual, sobre o valor total do acordo, respeitado o teto de contribuição. Inteligência do 4º do art. 30 e do inciso III do art. 22, todos da Lei n.º 8.212, de 24.07.1991.

Cabo eleitoral contratação pelo comitê INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 872, DE 26 DE AGOSTO DE 2008 Art. 2º É segurado contribuinte individual, nos termos das alíneas "g" e "h" do inciso V do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a pessoa física contratada, respectivamente, por comitê financeiro de partido político ou por candidato a cargo eletivo, para prestação de serviços em campanha eleitoral. Art. 3º Os comitês financeiros de partidos políticos se equiparam à empresa em relação aos segurados contratados para prestar serviços em campanha eleitoral, nos termos do parágrafo único do art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991. Art. 4º A equiparação de que trata o art. 3º não se aplica ao candidato a cargo eletivo que contrate segurados para prestar serviços em campanha eleitoral.

Art. 5º O comitê financeiro de partido político tem a obrigação de: I - arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração; e II - recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo, utilizando-se de sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Parágrafo único. Além das obrigações previstas nos incisos I e II do caput, o comitê financeiro de partido político deve arrecadar, mediante desconto no respectivo salário-de-contribuição, e recolher a contribuição ao Serviço Social do Transporte (SEST) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), devida pelo segurado contribuinte individual transportador autônomo de veículo rodoviário que lhe presta serviços em campanha eleitoral.

Microempreendedor Individual

Legislação - Lei Complementar nº 123/2006 art. 18-A e seguintes; - Resolução CGSN n 94/2011 art. 91 e seguintes; - IN RFB nº 971/2009 art. 200 e seguintes.

Considera-se Microempreendedor Individual - MEI o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 2002, optante pelo Simples Nacional, que tenha auferido receita bruta acumulada nos anos-calendário anterior e em curso de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) e que: I - exerça tão-somente as atividades constantes do Anexo XIII da Resolução CGSN n 94/2011; II - possua um único estabelecimento; III - não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; IV - não contrate mais de um empregado.

Contribuição previdenciária do MEI A opção pelo MEI importa opção simultânea pelo recolhimento da contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, na forma prevista no 2º do art. 21 da Lei nº 8.212/1991. O MEI recolherá, por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), valor fixo mensal correspondente à soma, entre outras, da contribuição para a Seguridade Social relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, correspondente a:

a) até a competência abril de 2011: 11% do limite mínimo mensal do salário de contribuição; b) a partir da competência maio de 2011: 5% do limite mínimo mensal do salário de contribuição; 5% do salário mínimo nacional: 5% de R$ 880,00 = R$ 44,00 (recolhimento através do DAS)

Benefícios Previdenciários do MEI Ao MEI serão garantidos os seguintes benefícios previdenciários: - Aposentadoria por idade; - Aposentadoria por invalidez; - Auxílio doença; - Salário maternidade; - Pensão por morte e - Auxílio reclusão. Benefícios previdenciários pagos ao MEI são com base no salário mínimo nacional.

MEI Aposentadoria por tempo de contribuição O recolhimento de 5% sobre o salário mínimo que o MEI faz através do DAS, não é utilizado para fins da concessão da aposentadoria por tempo de contribuição. Para ter direito ao benefício previdenciário da aposentadoria por tempo de contribuição, o MEI deverá complementar o seu recolhimento previdenciário. 15% de R$ 880,00 = 132,00 O recolhimento dessa complementação será efetuado por meio da GPS com o código de pagamento 1910 MEI Complementação Mensal

MEI e empregado possibilidade Inexiste vedação legal de um empregado ser ao mesma tempo MEI

2o Para os casos de afastamento legal do único empregado do MEI, será permitida a contratação de outro empregado, inclusive por prazo determinado, até que cessem as condições do afastamento, na forma estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 3º Não se inclui no limite de que trata o caput valores recebidos a título de horas extras e adicionais de insalubridade, periculosidade e por trabalho noturno, bem como os relacionados aos demais direitos constitucionais do trabalhador decorrentes da atividade laboral, inerentes à jornada ou condições do trabalho, e que incidem sobre o salário. 4º A percepção de valores a título de gratificações, gorjetas, percentagens, abonos e demais remunerações de caráter variável implica o descumprimento do limite de que trata o caput. Evento Presencial - 15 de julho de 2016 MEI Contratação de empregado Art. 96. O MEI poderá contratar um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo previsto em lei federal ou estadual ou o piso salarial da categoria profissional, definido em lei federal ou por convenção coletiva da categoria.

1º Na hipótese referida no caput, o MEI: I - deverá reter e recolher a contribuição previdenciária relativa ao segurado a seu serviço na forma da lei, observados prazo e condições estabelecidos pela RFB; II - fica obrigado a prestar informações relativas ao segurado a seu serviço, devendo cumprir o disposto no inciso IV do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991; III - está sujeito ao recolhimento da CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário de contribuição previsto no caput.

GFIP MEI com empregado Ato Declaratório Executivo Codac nº 49, de 8 de Julho de 2009 Dispõe sobre as informações a serem declaradas em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) nos casos em que especifica.

Art. 1º O empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, considerado Microempreendedor Individual (MEI) na forma do 1º do art. 1º da Resolução CGSN nº 58, de 27 de abril de 2009, que não esteja impedido de optar pela sistemática de recolhimento de impostos e contribuições prevista no art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e que possua um único empregado que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional, na forma do art. 18-C da mesma Lei Complementar, deverá declarar no Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (SEFIP) as informações relativas ao empregado, devendo preencher os campos abaixo relacionados da seguinte forma:

I - no campo "SIMPLES", "não optante"; II - no campo "Outras Entidades", "0000"; e III - no campo "Alíquota RAT", "0,0". 1º Na geração do arquivo a ser utilizado para importação da folha de pagamento deverá ser informado o código "2100" no campo "Cód. Pagamento GPS". 2º A diferença de 20% (vinte por cento) para 3% (três por cento) relativa à Contribuição Patronal Previdenciária calculada sobre o salário de contribuição previsto no caput do art. 18-C da Lei Complementar nº 123, de 2006, deverá ser informada no campo "Compensação" para efeitos da geração correta de valores devidos em Guia da Previdência Social (GPS).

3º Os campos "Período Início" e "Período Fim" deverão ser preenchidos com a mesma competência da GFIP/SEFIP. 4º Caso o valor de compensação exceda o limite de 30% (trinta por cento) demonstrado pelo SEFIP, esse valor deverá ser confirmado utilizando-se a opção "SIM". 5º As contribuições deverão ser recolhidas em GPS com os códigos de pagamento e valores apurados pelo SEFIP.

Salário-maternidade empregada do MEI Lei n 8213/1991 Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral. 3o O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, será pago diretamente pela Previdência Social

Salário-maternidade empregada do MEI - GFIP ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO CODAC Nº 21, DE 30 DE MARÇO DE 2012 Art. 1º Para fins de preenchimento de informações em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), e tendo em vista o disposto no 3º do art. 72 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, o Microempreendedor Individual (MEI) de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que contrate empregada, quando do afastamento desta por motivo de licençamaternidade, deverá observar o disposto neste artigo.

1º Durante o período de gozo de licença-maternidade pela empregada, nos termos do disposto nos arts. 71 e 71-A da Lei nº 8.213, de 1991e art. 93 do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, de no máximo 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis por mais 15 (quinze) dias mediante atestado médico específico, e cujo pagamento é feito diretamente, pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), deve ser informado: I - código de ocorrência 05 na tela de cadastro da empregada gestante; II - campo Contribuição Descontada do Segurado, nos meses de afastamento e retorno da beneficiária do salário-maternidade, com o valor descontado pelo empregador/contribuinte, relativamente aos dias trabalhados, e zeros nos meses em que o pagamento for integralmente efetuado pelo INSS; III - nos demais campos observar as orientações do Manual GFIP/SEFIP, aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 880, de 16 de outubro de 2008, e atos específicos relativos à GFIP do MEI com empregado.

2º Os campos Deduções - Salário-Maternidade e 13º Salário-Maternidade não devem conter informação quando o benefício é pago diretamente pela Previdência Social, uma vez que, nesta hipótese, não existe valor a ser reembolsado ao empregador/contribuinte.

MEI prestação de serviço para empresa Art. 104-C. A empresa contratante de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, executados por intermédio do MEI mantém, em relação a essa contratação, a obrigatoriedade de recolhimento da CPP nos termos do inciso III do caput e do 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, e de cumprimento das obrigações acessórias relativas à contratação de contribuinte individual, na forma disciplinada pela RFB.

Portanto, nos serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, há o encargo patronal de 20%. Em nenhuma hipótese, será efetuada a retenção das contribuições previdenciárias do prestador de serviço, isto é, o MEI não sofrerá em nenhuma hipótese o desconto de 11% da contribuição previdenciária.

MEI prestação de serviço para empresa informação na GFIP ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 82, DE 1º DE OUTUBRO DE 2009 Art. 3º Observado o disposto no 6º do art. 6º da Resolução CGSN nº 58, de 27 de abril de 2009, a empresa contratante dos serviços previstos no 5º do mesmo artigo, executados por intermédio do MEI, deverá observar, quando da prestação de informações no SEFIP, o disposto neste artigo. 1º O campo "OCORRÊNCIA" deverá ser preenchido com "05". 2º O campo "VALOR DESCONTADO DO SEGURADO" deverá ser preenchido com "0,0"."

Portanto, a empresa tomadora ao contratar o MEI deverá dar o mesmo tratamento na SEFIP/GFIP como contribuinte individual. A informação é no NIT/PIS/PASEP e não do CNPJ do MEI Recolhimento na GPS normal da empresa (2100)

Art. 104-D. Na hipótese de prestar serviços e forem identificados os elementos da relação de emprego ou de emprego doméstico, o MEI: I - será considerado empregado ou empregado doméstico, ficando a contratante sujeita a todas as obrigações dessa relação, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias; e II - ficará sujeito à exclusão do Simples Nacional.