Princípios e Aplicaçõ



Documentos relacionados
ANÁLISE TÉRMICA. Prof. Dr. Estéfano A. Vieira

Análise Térmica. Universidade Federal de Juiz de Fora. Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química. Metodologia Analítica

TERMOGRAVIMETRIA A análise termogravimétrica (TG) é uma técnica térmica onde a massa da amostra é registada em função da temperatura ou do tempo.

A nomenclatura em análise térmica - Parte II

Análise Termogravimétrica da Bioespuma Poliuretana do Projeto de Produto Gasolimp como Agente Cogerador de Energia

CARACTERIZAÇÃO TÉRMICA DA ARGILA DE ANGÉLICA/MS. Km 12 Cx. P. 351; CEP Dourados MS;

IX Congresso Brasileiro de Análise Térmica e Calorimetria 09 a 12 de novembro de 2014 Serra Negra SP - Brasil

ANÁLISE TERMOGRAVIMÉTRICA NA CARACTERIZAÇÃO DE CARBONO HIDROTÉRMICO

Maria Clara Gonçalves

Determinação de Parâmetros Cinéticos na Caracterização do Envelhecimento Acelerado do PBX (Plastic-Bonded Explosive)

Estudo Cinético da Cura de Resina Fenólica por DSC e DMTA

Disciplina MAF 2130 Química Aplicada Turma A02

Reações a altas temperaturas. Diagrama de Equilíbrio

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS ANÁLISES TÉRMICAS DE ALIMENTOS

Caracterização Termofísica de Materiais por Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC)

CONCEITOS. Prof. Roberto Monteiro de Barros Filho. Prof. Roberto Monteiro de Barros Filho

DANIEL BATISTA SEGOVIA WAGNER EMMERICH DUTRA

Técnicas de Análises Térmicas (Thermal Analysis - TA) de Materiais

PROVA DE QUÍMICA Segunda Etapa

Sistemas termodinâmicos simples

Introdução. Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo.

INFLUÊNCIA DE ALGUNS PARÂMETROS EXPERIMENTAIS NOS RESULTADOS DE ANÁLISES CALORIMÉTRICAS DIFERENCIAIS - DSC

IX Congresso Brasileiro de Análise Térmica e Calorimetria 09 a 12 de novembro de 2014 Serra Negra SP - Brasil

CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS PRODUZIDOS EM USINA DE RE-REFINO DE ÓLEO LUBRIFICANTE USADO VISANDO SEU APROVEITAMENTO

Leonnardo Cruvinel Furquim TERMOQUÍMICA

PIROMETALURGIA. Prof. Carlos Falcão Jr.

Análise Térmica Aplicada a Fármacos e Medicamentos

RELAÇÃO DO TEMPO DE SINTERIZAÇÃO NA DENSIFICAÇÃO E CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM CÉLULAS À COMBUSTÍVEL. Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior

A Termoquímica tem como objetivo o estudo das variações de energia que acompanham as reações químicas.

ESTUDO DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DO FÁRMACO PROPRANOLOL

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA

ANÁLISE COMPARATIVA DA DEGRADAÇÃO TÉRMICA DE COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA DESENVOLVIDOS EM LABORATÓRIO COM O INDUSTRIALIZADO

Materiais cerâmicos e vítreos vítreos

PROPRIEDADES DA MATÉRIA

ESTUDO COMPARATIVO DA INFLUÊNCIA DO ANTIOXIDANTE NA ESTABILIDADE OXIDATIVA DO BIODIESEL POR TERMOGRAVIMETRIA E PETROOXY

FÍSICA BÁSICA PARA CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Análise da estabilidade oxidativa por termogravimetria (TGA) do sebo bovino e óleo visceral de Tilápia para produção de biodiesel de 2º geração

Laboratório de Materiais Carbonosos e Cerâmicos (LMC)

Cinética Química Aplicada (LOQ 4003)

Degradação de Polímeros

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica

Energia é conservada!

Capítulo 2. A 1ª Lei da Termodinâmica

CONCRETOS REFRATÁRIOS PARA CIMENTO E CAL: EVOLUÇÃO, PROPRIEDADES E MÉTODOS DE APLICAÇÃO. Waldir de Sousa Resende IBAR LTDA

QUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42

2.1 Calor, trabalho e a 1ª lei da termodinâmica Swallin cap2

PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES DE ANÁLISE TÉRMICA

PROCESSO SELETIVO 2006 QUESTÕES OBJETIVAS

Assunto: TERMOQUÍMICA Folha 3.1 Prof.: João R. Mazzei

ESTUDO TERMOGRAVIMÉTRICO DA POLIACRILONITRILA COM O PLASTIFICANTE GLICEROL

Termodinâmica Química Lista 2: 1 a Lei da Termodinâmica. Resolução comentada de exercícios selecionados

TERMOQUÍMICA. O que é o CALOR? Energia térmica em transito

Inovação tecnológica em DSC e hifenações

Resolução: 0,86ºC. x = 0,5 mol etanol/kg acetona. 0,5 mol 1000 g de acetona. 200 g de acetona. y = 0,1 mol de etanol. 1 mol de etanol (C 2 H 6 O) 46 g

Aspectos gerais sobre preparo de amostras. Joaquim A. Nóbrega

Desenvolver formas farmacêuticas sólidas e avaliar a estabilidade térmica por DSC e TG.

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO CEFET-SP. Tecnologia Mecânica

CALORIMETRIA - TEORIA

Processos Fermentativos

Professor Paulo A. P. Wendhausen, Dr.-Ing. Elaborado por Guilherme V. Rodrigues e Otávio Marchetto.

Análises Térmicas. Sandra Maria da Luz

A Matéria e Diagrama de Fases. Profº André Montillo

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

É possível observar fenómenos de fusão, cristalização e outras

Matéria Orgânica do solo (m.o.s)

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33)

QUÍMICA Disciplina A Disciplina B Código Disciplina C/H Curso Disciplina C/H Código Curso Ano do Currículo 1ª período

Termoquímica. Disciplina de Química Geral Profa. Marcia Margarete Meier

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

Quantidade de calor, calorimetria e mudanças de fase

Princípios Básicos da Termogravimetria e Análise Térmica Diferencial/ Calorimetria Exploratória Diferencial

ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS

TRATAMENTOS TÉRMICOS E TERMO - QUÍMICOS

Minicurso 2. TEMA: Técnicas analíticas instrumentais: Análise térmica (TG e DSC)

DEPENDÊNCIA DA VELOCIDADE COM A TEMPERATURA Camilo Andrea Angelucci

Adições Minerais ao Concreto Materiais de Construção II

Variação de entalpia nas mudanças de estado físico. Prof. Msc.. João Neto

CONTEÚDO SEPARADO POR TRIMESTRE E POR AVALIAÇÃO CIÊNCIAS 9º ANO 1º TRIMESTRE

Termistor. Termistor

Química experimental - Unidade mestra para química geral e eletroquímica - Volume 2 - Físico-química - EQ102A.

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO QUÍMICA CADERNO DE QUESTÕES 2014/2015

4. RESULTADOS & DISCUSSÃO

Departamento de Física - ICE/UFJF Laboratório de Física II

Tratamentos Térmicos [7]

Colégio Estadual Professor Ernesto Faria. Subprojeto Pibid - Química UERJ. Termoquímica

2 o CONGRESSO BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E M I N A S G E R A I S SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO.

ESTUDO CINÉTICO DA BIOMASSA A PARTIR DE RESULTADOS TERMOGRAVIMÉTRICOS

PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA.

Propriedades Térmicas

Solidificação: é o processo em que uma substância passa do estado líquido para o estado sólido.

CIMENTO PORTLAND: NOMENCLATURA

POROSIMETRIA AO MERCÚRIO

6 Constituição dos compósitos em estágio avançado da hidratação

ANO LETIVO 2013/2014 PROVAS DE ACESSO AO ENSINO SUPERIOR PARA CANDIDATOS MAIORES DE 23 ANOS EXAME DE QUÍMICA CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Curso de Engenharia de Produção. Processos de Fabricação

Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos

Cinética Química. Professora (Estagiária): Magda Vieira Professora Supervisora: Kátia Aquino. Profa. Kátia Aquino

TRATAMENTOS TÉRMICOS DOS AÇOS

Transcrição:

Técnicas de Análises Térmicas: T Princípios e Aplicaçõ ções Jair C. C. Freitas Laboratório de Materiais Carbonosos e Cerâmicos (LMC) Departamento de Física - UFES

Sinopse Introdução Generalidades sobre análises térmicas; Princípios instrumentais de TG e DSC; Análise cinética; Curvas típicas e aplicações. Exemplo de aplicação de TG Casca de arroz e produtos derivados; Formação de SiC e Si 3 N 4; Resistência à oxidação.

Análises térmicast Grupo de técnicas em que uma propriedade física de uma substância (e/ou de seus produtos) é medida em função do tempo ou da temperatura enquanto a amostra é submetida a um programa controlado de temperatura. Ionashiro & Giolito (1980) Recomendações: ICTA e ABRATEC

Técnica Sigla Propriedade medida Termogravimetria TG Massa Termogravimetria derivada DTG Taxa de variação de massa Calorimetria exploratória diferencial DSC Fluxo de energia Análise térmica diferencial DTA Diferença de temperatura Análise termomecânica TMA Deformação, dimensões Análise de gás desprendido EGA Natureza e quantidade de gás liberado Termomagnetometria TM Propriedades magnéticas Termoeletrometria Propriedades elétricas Termoluminescência TL Luz emitida

Natureza dinâmica de um experimento de análises térmicast Forno Amostra fluxo de gás fluxo de calor

Fatores operacionais que influenciam um experimento de análises térmicast Amostra: estado físico (sólido ou líquido), forma (pó, filme, tarugo, etc), tamanho, distribuição, quantidade, diluição, pureza, histórico. Porta-amostra: reatividade, estabilidade, capacidade e condutividade térmicas, tamanho, forma, atuação como catalisador. Atmosfera: reatividade, influência no equilíbrio da reação, condutividade térmica, fluxo (atmosfera estática ou dinâmica). Taxa de aquecimento/resfriamento: resolução, intensidade de sinais diferenciais, passagem pelo equilíbrio, eventos dinâmicos, análise cinética.

Instrumentos para TG

Exemplo de curva de TG CaO - H 2 O - CO - CO 2

Decomposiçã ção o do oxalato de cálcio c mono-hidratado Etapa 1: CaC 2 O 4 H 2 O (s) perda = 18,0 146,1 = 12,3% 200 C CaC 2 O 4 (s) + H 2 O (v) 500 C Etapa 2: CaC 2 O 4 (s) CaCO 3 (s) + CO (g) perda = 28,0 146,1 = 19,2% 750 C Etapa 3: CaCO 3 (s) CaO (s) + CO 2 (g) 44,0 56,1 perda = = 30,1% resíduo = = 38,4% 146,1 146,1

Instrumentos para DSC Bernal et al. 2003 DTA DSC fluxo de calor DSC compensação de potência

Curva de DSC fluxo de calor

Eventos típicos t em DSC ¾Detecção de eventos endotérmicos e exotérmicos. ¾Determinação precisa do calor de reação. ¾Estudo de transições de fase e mudanças de estado. ¾Determinação de pureza. ¾Determinação da temperatura de transição vítrea em polímeros. ¾Medidas de calor específico de sólidos. ¾Estudo de transições de segunda ordem (ex.: ponto de Curie). ¾Formação de compostos por reações de estado sólido. ¾Cristalização de materiais amorfos.

Exemplo de curva de DSC

Curvas de DSC Fe Fe 0,95 Pb 0,05 0,05 (moagem) 0.00 Fluxo de calor (mw/mg) -0.05-0.10-0.15 endo Tempo de moagem 0 h 0,5 h 1,5 h 2,5 h 4,5 h 8 h 20 h ( 5) 290 300 310 320 330 340 350 Temperatura (ºC)

Análise cinética Taxa de reação: dα / dt = k f ( α) T α fração convertida TG: α = m m i i m m f DSC: α = a A k T constante cinética Equação de Arrhenius: k T = Ae E / RT A fator pré-exponencial E energia de ativação

Análise cinética Exemplo reação de ordem n: E / RT n d / dt Ae (1 ) α = α Método de Ozawa: Aquecimento uniforme com várias taxas φ = dt dt Para uma dada fração α g( α) = α dα / f ( α ) 0 log φ = 2,315 + log(ae/r) log g(α) 0,4567( E / RT α )

Análise cinética por TG Oxidação do grafite α 100 0,95 0,90 0,85 80 Massa (%) 60 40 20 5 ºC/min 10 ºC/min 20 ºC/min 0 500 550 600 650 700 750 800 850 900 Temperatura (ºC)

Gráficos de Ozawa Oxidação do grafite E = 280 kj/mol log φ

Análise cinética por DSC Metglas 2605Co 18 16 14 E 2 = 353 kj/mol β (K/min) 10 15 20 Heat flow (mw) 12 10 8 6 exo E 1 = 204 kj/mol 4 2 0 650 700 750 800 850 Temperature (K)

Aplicaçã ção o de TG Casca de arroz (CA): Rejeito agrícola com alto teor de silício (SiO 2 15-20% em massa nas cinzas). Natureza química do Si na CA: tetraedros de sílica amorfa hidratada e espécies ligadas a grupos orgânicos (lignina e/ou carboidratos) (Patel et al. 1987; Freitas et al. 2000). Aproveitamento: produção de SiO 2, SiC, Si 3 N 4, Si (Lee & Cutler 1975; Krishnarao et al. 1991).

Reaçõ ções envolvendo sílica s e carbono TTT > 1200ºC Formação de SiC: SiO 2 (s) + 3(C) (s) SiC (s) + 2(CO) (g) Formação de Si 3 N 4 : 3(SiO 2 ) (s) + 6(C) (s) + 2(N 2 ) (s) Si 3 N 4(s) + 6(CO) (g) Formação de Si 2 N 2 O: 2(SiO) (g) + (N 2 ) (g) (Si 2 N 2 O) (s) + ½(O 2 ) (g)

Aplicaçã ção o de TG Resistência à oxidação em materiais carbonosos: Compostos à base de silíicio são largamente empregados na proteção de fibras de carbono e compósitos contra oxidação em altas temperaturas (McKee 1991; Shimoo et al. 1995; Park & Seo 2001). Alternativa recente: uso de precursores orgânicos contendo silício, como poli-carbosilanos, poli-siloxanos, polisilazanos, etc (Lu et al. 2001; Keller 2002).

Preparaçã ção o das amostras CA natural (lavada/seca/triturada) 700ºC 4h N 2 TTT, β, tr Precursor Ar C/SiO 2 = 4-5 N 2 TTT, β, tr Produtos (Si/O/C) Produtos (Si/O/N/C)

RMN de 29 Si: amostra natural e precursor (OH)Si*(OSi) 3 Si(OSi) 4 T d = 10s 700 ºC - N 2 Si-C * * Natural * * 50 0-50 -100-150 -200-250 Deslocamento químico (ppm TMS)

DRX: amostras preparadas sob atmosfera de N 2 TTT ( C) 1700 1600 1450 1450 * 700 s = SiO 2 (α-cristobalita) b = β-sic a = α-sic n s o o s s c n s n c o o o n n a b b a a o o b n n b a n c = carbono turbostrático n = α-si 3 N 4 o = Si 2 N 2 O b c n n c n n b b b b n n n n b b b b * = tratamento direto β = 100ºC/min Atmosfera = N 2 10 20 30 40 50 60 70 80 2θ ( )

RMN de 29 Si: amostras preparadas sob atmosfera de N 2 TTT ( C) SiC Si 3 N 4 Si 2 N 2 O SiO 2 β = 100ºC/min Atmosfera = N 2 T d = 10s 1700 1600 1450 1450 * * = tratamento direto 700 50 0-50 -100-150 -200-250 Deslocamento químico (ppm TMS)

ATG: amostras preparadas sob atmosfera de N 2 100 90 80 O 2 20ml/min Weight (%) 70 60 50 40 30 20 10 HTT β (ºC) (ºC/min) 700 5 1450 10 1450 100 1600 100 1700 100 200 300 400 500 600 700 800 Temperature (ºC)

ATG: amostras preparadas sob atmosfera de Ar 100 90 O 2 20ml/min 80 Weight (%) 70 60 50 40 30 20 10 HTT (ºC) 700 1450 1600 1700 1700 (HF) * 200 300 400 500 600 700 800 * sample acid leached before heat-treatment Temperature (ºC)

Temperatura incial de oxidação (T 99 ) TTT β = 100ºC/min 540 N 2 Ar 520 T 99 (ºC) 500 480 460 440 1450 1500 1550 1600 1650 1700 HTT (ºC)

Intervalo de temperatura de oxidação ( T) HTT 240 β = 100ºC/min 220 N 2 Ar T (ºC) 200 180 160 1450 1500 1550 1600 1650 1700 HTT (ºC)

Conclusões A casca de arroz pode ser utilizada para a preparação de materiais contendo SiO 2, Si 2 N 2 O, Si 3 N 4 e SiC dispersos numa matriz carbonosa. As condições empregadas nos tratamentos térmicos (TTT, taxa de aquecimento, atmosfera) determinam a estrutura e composição dos produtos finais.

Conclusões Todas as amostras finais preparadas (TTT 1450ºC) exibem melhora na resistência à oxidação. Possíveis razões: Presença de compostos de silício (principalmente SiC). Reorganização estrutural da matriz carbonosa. Redução na área superficial específica. A presença dos compostos de silício parece ser um fator de importante influência na cinética da reação de oxidação dos materiais desenvolvidos.

Agradecimentos  &$3(6&13T  &RRSHUDWLYD-XULWL6&  (TXLSH/0&HVSHFLDOPHQWH3DVTXDOH Referências Â,RQDVKLUR0*LROLWR,&HUkPLFD  %HUQDO&HWDO4XLP1RYD  3DWHO 0HWDO-0DWHU6FL  )UHLWDV-&&(PPHULFK)*%RQDJDPED7-&KHP0DWHU Â.ULVKQDUDR59HWDO-$P&HUDP6RF  /HH-*&XWOHU,% -$PHU&HUDP6RF  0F.HH':,Q&KHP3K\VRI&DUERQ  6KLPRR7HWDO -0DWHU6FL  3DUN6-6HR0. &DUERQ  /X6HWDO&DUERQ Â.HOOHU70&DUERQ

Bibliografia recomendada ¾ Princípios de análises térmicas: Thermal Methods of Analysis: Principles, Applications and Problems, P. J. Haines, Blackie Academic & Professional, 1995. ¾ Análise cinética e outros métodos: Temperature control modes in thermal analysis, T. Ozawa, J. Therm. Anal. Cal., Vol. 64, pp. 109-126, 2001. ¾ Casca de arroz e derivados: Silicon-based materials from rice husks and their applications, L. Sun, K. Gong, Ind. Eng. Chem. Res., Vol. 40, pp. 5861-5877, 2001.