ABIOVE, ANEC, MMA e sociedade civil assinam Termo de Compromisso para a Transição da Moratória da Soja

Documentos relacionados
Uso dos dados PRODES pela cadeia produtiva de grãos

Produção Sustentável de Soja

3º Aniversário da Moratória da Soja

PROPOSTA DE PLANO DE TRABALHO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA MORATÓRIA NO DESMATAMENTO PARA SOJA NO BIOMA AMAZÔNIA

Governança Ambiental no Cerrado. São Paulo, 10/09/2018

Cadeia Produtiva da Soja e Biodiesel

ANEXO-UNDER 2 ESTADO DE MATO GROSSO

RELATÓRIO: MAPEAMENTO E MONITORAMENTO DA MORATÓRIA DA SOJA.

Análise do Desmatamento na Amazônia Mato-grossense (Prodes 2018)

Governança Ambiental no Cerrado

SOJA PLUS PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL DA SOJA BRASILEIRA

Programa Municípios Sustentáveis

O Estado de Mato Grosso

ABIOVE: boas notícias para 2017 são a safra recorde de mais de 101 milhões de t e o preço em patamar superior a US$ 10/bushel na Bolsa de Chicago

Programa Novo Campo Praticando a Pecuária Sustentável na Amazônia. Novembro 2016

O Agronegócio Soja e a Sustentabilidade

PLANO DE PREVENÇÃO, CONTROLE E ALTERNATIVAS AO DESMATAMENTO DO MUNICÍPIO DE BRASIL NOVO PARÁ

Perspectivas Econômicas e Técnicas da Atividade Agropecuária com Adequação Ambiental

Sustentabilidade na Amazônia

ABIOVE. Criada em 1981 para. Porta-voz da indústria de óleos vegetais. entrevista

Regulamentação da CRA e PRA 27ª RO DA CÂMARA TEMÁTICA DE AGRICULTURA SUSTENTÁVEL E IRRIGAÇÃO - CTASI Raimundo Deusdará Filho.

O AGRONEGÓCIO EM MATO GROSSO

Progresso dos Compromissos para uma Cadeia de Valor Sustentável

PROGRAMA SOJA PLUS Programa de Gestão Ambiental e Social da Soja Brasileira

III ENCONTRO DOS MUNICÍPIOS COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

MORATÓRIA DA SOJA Monitoramento em áreas recém-desmatadas e menores que 100 hectares

APA Triunfo do Xingu. Apresentação

Desmatamento anual na Amazônia Legal ( )

(PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL NO MATO GROSSO)

Transparência Florestal

DECRETO Nº 8.972, DE 23 DE JANEIRO DE 2017

O grupo de Mapeamento será unido ao de Monitoramento.

Roteiro Executivo. Extrato Geral do CAR. Benefícios do CAR. Capacitação e Formação de Técnicos. Recursos Investidos

folder_car_bbfinal.indd 1 20/11/ :05:29

Sistema Estadual de REDD+ de Mato Grosso

Análise do potencial de oferta e demanda de CRA em Mato Grosso. Brasília, 25/03/2014

a) Setor Primário - b) Setor Secundário - c) Setor Terciário -

ECONOMIA VERDE NA AMAZÔNIA: DESAFIOS NA VALORIZAÇÃO DA FLORESTA EM PÉ CONTRIBUIÇÃO DO GRUPO BANCO MUNDIAL

serão investidos pela Bunge Fertilizantes na produção de fósforo para aumentar a oferta do nutriente a diversas culturas.

Quais são os principais drivers do desflorestamento na Amazônia? Um exemplo de interdisciplinaridade.

Apresentação. Figura 1. Localização da APA Triunfo do Xingu, Pará.

Tendências do Mercado da Soja: impactos sobre a pesquisa agrícola

Visão da ABIOVE sobre o impacto do novo Código Florestal na cadeia produtiva da soja

IV Simpósio da Cultura da Soja

Boletim Informativo 2 anos 05 de maio de 2016

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA MATO-GROSSENSE (PRODES/2015) ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DO DESMATAMENTO E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS IMPLEMENTADAS

2018 será impactado positivamente pelo B10; infraestrutura, logística e legislações na área de transportes rodoviários preocupam

Análise do desmatamento na área florestal de Mato Grosso de Agosto de 2014 a Janeiro de 2015

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais,

Café da Manhã da Frente Parlamentar Ambientalista 04/05/2016

Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas. Penedo, dezembro de 2016

DE OLHO NO XINGU MONITORAMENTO DE PRESSÕES E AMEAÇAS PROGRAMA XINGU COMPONENTE MONITORAMENTO

Programa Regularização Ambiental DF

Boletim Informativo. 30 de abril de 2015

Comunicado ABIOVE / ANEC. Comunicado: Background e Principais Desafios. A Cultura da Soja no Brasil: Economia, Tecnologia e Social

Europa conhece pouco sobre avanços na governança ambiental brasileira - O mercado europeu não conhece

Reunião Banco do Brasil

Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica. Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI/BMU)

Para entender a. Moratória da Soja: o cultivo. responsável

Componentes do Programa e papel dos principais participantes em apoio aos municípios

O Ordenamento Fundiário no Brasil. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Especial ABIOVE. para a Rio+20? Janeiro de 2012 Agroanalysis 37

Programa Conservação e produção rural sustentável: uma parceria para a vida" no Nordeste de Minas Gerais

Informa. Questões fundiárias e o desmatamento na Amazônia. Analista Socioambiental e Coordenador de Capacitação em Gestão Ambiental - PQGA

Programa Territórios Sustentáveis. Uma nova abordagem sobre sustentabilidade

Potencial de aplicação da Cota de Reserva Ambiental em Mato Grosso

Gabinete do Deputado Beto Faro. O Projeto TerraClass NOTA

O TRABALHO DECENTE NA CADEIA BRASILEIRA DA PALMA DE ÓLEO NOTA TÉCNICA Nº 002/2016

POSICIONAMENTO GLOBAL RUMO A UMA CADEIA DE GRÃOS LIVRE DE DESMATAMENTO E CONVERSÃO NOVA VERSÃO AMAGGI.COM.BR

Fortalecimento do extrativismo sustentável: a participação do Ipea

ASSENTAMENTOS SUSTENTÁVEIS NA AMAZÔNIA APOIO:

Agronegócio em Mato Grosso. Abril 2013

Interações e Sinergias com Projeto FIP-Paisagem. Taiguara Alencar GIZ

PARECER Nº, DE Relator: Senador JORGE VIANA I RELATÓRIO

Estratégia para priorização de emissão de cotas de reserva ambiental no Mato Grosso.

Monitoramento Socioambiental da Pecuária no Brasil

6º Seminário Internacional em Logística Agroindustrial ASPECTOS AMBIENTAIS NO PLANEJAMENTO DA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS LOGÍSTICOS

Mapa das Florestas Intactas no Mundo

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO ORAL - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Consulta Pública do RenovaBio Comentários e sugestões da ABIOVE

Ações Estratégicas do Agronegócio Soja Responsabilidade Ambiental do Setor

DESMATAMENTO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ATRAVÉS DO PRODES NO ESTADO DO PARÁ

Desafios da Gestão Florestal visando produção florestal sustentável. Tasso Rezende de Azevedo Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro

AGRICULTURA E ALIMENTOS PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEL DE ALIMENTOS

10 ANOS DA MORATÓRIA DA SOJA NA AMAZÔNIA: e a expansão para o Cerrado

As propriedades rurais de Mato Grosso têm 17,5 milhões de hectares de oferta e

PREFEITURA MUNICIPAL DE BRASIL NOVO SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE PLANO MUNICIPAL DE MUDANÇAS DO CLIMA DO MUNICÍPIO DE BRASIL NOVO PARÁ

II Seminário Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico Cases Unidade Aracruz

OCUPAÇÃO E USO DAS TERRAS NO BRASIL ANÁLISE COM BASE NO CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR CARLOS ALBERTO DE CARVALHO EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE

Monitoramento Ambiental Terra Legal -Sipam. VII Seminário Técnico Científico de Análise dos Dados do Desmatamento na Amazônia Legal

Carvão. Vegetal. na produção do Aço Verde. Solução renovável a favor de uma economia de baixo carbono. Imagem ArcelorMittal /Eduardo Rocha

A Implementação dos ODS e da Agenda 2030 no Brasil - Indicadores Nacionais Ambientais como Subsídio para Construção dos Indicadores ILAC

Regularização fundiária de assentamentos consolidados. 2º Seminário de Municípios Sustentáveis Mato Grosso / 2014

1º Workshop sobre o projeto FIP FM Cerrado MCTIC/INPE

Transparência das informações ambientais na Amazônia

Produção Sustentável de Soja Ações Estratégicas

ESTRATÉGIA. As ações do Pacto serão delineadas de acordo com as seguintes prioridades:

Código Florestal, a Lei que pegou! Observatório do Código Florestal 12/06/18 São Paulo

Transcrição:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ÓLEOS VEGETAIS - ABIOVE Nota à Imprensa ABIOVE, ANEC, MMA e sociedade civil assinam Termo de Compromisso para a Transição da Moratória da Soja Período de transição, até 31 de maio de 2016, visa fortalecer a implantação do Cadastro Ambiental Rural Brasília, 25 de novembro de 2014 Em solenidade no Ministério do Meio Ambiente (MMA), hoje, o Grupo de Trabalho da Soja (GTS), integrado por indústria, sociedade civil e governo, assume o compromisso de executar uma nova agenda para a transição da Moratória da Soja no Bioma Amazônia. Assinam o Termo de Compromisso a Ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, Carlo Lovatelli, coordenador do setor privado no GTS e presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Paulo Adario, coordenador da sociedade civil no GTS e estrategista sênior de florestas do Greenpeace, e Sergio Mendes, diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A Moratória da Soja, instituída em 2006, tem vigência até 31 de dezembro deste ano. Porém, em função da necessidade de aperfeiçoar o sistema de governança oficial de uso e ocupação territorial no Bioma Amazônia, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR), a Moratória passará por um período de transição até 31 de maio de 2016. Essa decisão foi tomada de comum acordo pelo GTS. O grupo, reconhecido nacional e internacionalmente como uma instância voltada à melhoria da governança e à diminuição do desmatamento no Bioma Amazônia, considerou prioritário contribuir para a ampliação da base do CAR e para melhor adequar as secretarias estaduais de Meio Ambiente ao novo sistema de governança criado a partir do novo Código Florestal. Atualmente, o Brasil possui 5,6 milhões de imóveis rurais, segundo o Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), do Incra. Esses imóveis ocupam 60% da área total do Brasil ou 509 milhões de hectares. Dessas propriedades, 10% realizaram o CAR. Entretanto, a área já cadastrada é bem maior, uma vez que prevaleceu até agora o cadastramento de propriedades de maior porte, afirma Carlo Lovatelli. O sistema para cadastramento (SICAR)

começou a operar em maio deste ano. O conjunto das organizações integrantes do GTS assume hoje o compromisso de realizar o monitoramento por satélite da safra de soja nos municípios que possuam área superior a 5 mil hectares plantada com essa cultura no Bioma Amazônia. A data de referência para a Moratória também está sendo atualizada de julho de 2006 para julho de 2008, conforme estabelece o novo Código Florestal. O monitoramento por satélite continuará a ser feito pela empresa Agrosatélite e verificado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para atestar que a metodologia e os procedimentos estão sendo seguidos. O objetivo do monitoramento por satélite é identificar plantios de soja, a partir de julho de 2008, em áreas desflorestadas no Bioma Amazônia e, por conseguinte, avaliar se existem hot spots, ou municípios com intenso desmatamento, de modo que sirva de orientação para providências por parte do governo e do GTS. Caberá ao MMA, por meio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), fiscalizar os polígonos de soja plantada em desmatamentos após julho de 2008. Outro compromisso comum aos membros do GTS é a sensibilização e o apoio aos sojicultores para que eles atendam ao disposto no Código Florestal, sobretudo a implementação do CAR e do Programa de Recuperação Ambiental (PRA). O GTS apoiará os governos federal e estaduais na implementação do CAR e do PRA nos municípios prioritários produtores de soja no Bioma Amazônia, para que sejam atendidos os prazos do Código Florestal. A Abiove acredita que o cadastro trará segurança jurídica ao produtor rural e servirá como ferramenta essencial para que seja feita uma melhor gestão da propriedade rural. Além disso, o GTS promoverá programas de melhores práticas de produção e trabalhará para construir um novo mecanismo que concilie remuneração econômica adequada com a preservação das florestas. A soja não é um vetor importante de desmatamento do Bioma Amazônia. O sócio-diretor da Agrosatélite, Bernardo Rudorff, apresenta hoje, na solenidade no MMA, os resultados do mapeamento da soja no Bioma Amazônia. O mapeamento da soja em áreas desmatadas do Bioma Amazônia conclui que no 7º ano da Moratória da Soja (safra 2013/2014) foram identificados 47.028 hectares com a oleaginosa, que correspondem a 0,9% do desmatamento acumulado naquele Bioma. Esse monitoramento faz parte do pacto firmado em julho de 2006 entre a Abiove e a Anec, para que toda soja originada de

áreas desmatadas no Bioma não possa ser comercializada. Embora os 47.028 ha correspondam a um aumento de 61% na safra 2013/2014 em relação à colheita 2012/2013, essa área é muito pequena quando comparada à área desmatada no Bioma Amazônia desde julho de 2006, que foi de 5.208.400 ha (52.084 km²). Cabe ressaltar que 99,1% do desmatamento é causado por outras atividades econômicas que não a sojicultura. Podemos concluir, com base nesses levantamentos, que a soja não vem exercendo um papel importante no desflorestamento no Bioma Amazônia, menciona o relatório. O mapeamento da soja em desflorestamentos no Bioma Amazônia é um trabalho científico realizado pela Agrosatélite com base em imagens do Prodes/Inpe (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia). Desde 1988, o Prodes realiza o monitoramento da floresta amazônica brasileira por imagens de satélite com resolução espacial de 20 a 30 metros. Nos últimos dez anos, o desmatamento se reduziu em cerca de cinco vezes no Bioma Amazônia e em 12 vezes no Mato Grosso, o principal estado produtor de soja. O trabalho realizado na safra 2013/2014 pela Agrosatélite mapeou 73 municípios nos estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia, onde estão concentrados 98% da soja no Bioma Amazônia. O monitoramento por satélite, no âmbito da Moratória da Soja, é uma ferramenta valiosa, pois proporciona transparência e controle, permitindo verificar a cada ano em que municípios do Bioma Amazônia houve aumento do cultivo de soja e qual proporção desse aumento está em desacordo com o pacto firmado em 2006, destaca o presidente da Abiove. De toda soja plantada no Brasil, 30,1 milhões de hectares, 10%, ou 3 milhões de hectares, estão no Bioma Amazônia. Compromissos dos integrantes do GTS A Abiove e a Anec se comprometem, até 31 de maio de 2016, a não comercializar, adquirir e financiar soja oriunda de áreas desflorestadas no Bioma Amazônia após julho de 2008, bem como as que constem na lista de áreas embargadas por desmatamento do Ibama e/ou lista de trabalho análogo ao escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As organizações da sociedade civil, participantes do GTS, se comprometem a: fornecer informações e assessoria técnica especializada no que se refere à correta e efetiva implementação do acordo; defender interna e externamente a criação de mecanismos de incentivo à remuneração por prestação de serviços ambientais e preservação de florestas nas propriedades rurais cobertas pelo termo de compromisso.

O Ministério do Meio Ambiente se compromete a: apoiar a implementação do CAR e do PRA, dando prioridade aos municípios produtores de soja no Bioma Amazônia, em estreita relação com os órgãos estaduais de meio ambiente; em cooperação com os demais órgãos do governo, defender em fóruns nacionais e internacionais o desenvolvimento de programas de reconhecimento à produção sustentável de soja no Brasil; articular incentivos aos produtores que adotem programas consistentes de proteção das florestas existentes em suas propriedades, bem como iniciativas de recomposição de Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal. Caberá ao MMA, por meio do Ibama, a fiscalização dos polígonos de soja plantada em áreas desmatadas após julho de 2008. Produção de grãos e nova logística no Pará A Abiove e as suas empresas associadas estão comprometidas com a sustentabilidade da produção de soja no Bioma Amazônia e com o fortalecimento da governança ambiental pública e privada no Brasil. Além do compromisso com a transição da Moratória da Soja, a Abiove e as suas associadas assinaram, em agosto de 2014, o Protocolo de Responsabilidade Socioambiental de Grãos do Pará. O pacto envolve o governo estadual (secretarias de Agricultura, Fazenda, Meio Ambiente e Programa Municípios Verdes), o Ministério Público Federal e participantes da cadeia de produção, industrialização e comercialização de grãos. O Protocolo tem por objetivo evitar a aquisição de produtos agrícolas oriundos de áreas não inscritas no CAR do Pará, ou que tenham desmatado ilegalmente, conforme listas elaboradas por organizações credenciadas pelo Estado, estejam sob embargo ambiental ou, ainda, envolvidas em denúncias de trabalho degradante. Para validar o cumprimento do acordo, as empresas contratarão auditorias independentes que farão o controle da regularidade ambiental dos fornecedores. Embora a sojicultura seja uma atividade ainda pouco expressiva no Pará, ocupando apenas 237 mil hectares, ou seja, 0,19% do território paraense, o potencial de desenvolvimento da produção de grãos do estado, nos próximos anos, é promissor, sobretudo em função dos investimentos na melhoria da logística, como o novo corredor da BR 163, por onde escoará a produção ao porto graneleiro do distrito de Miritituba, em Itaituba. Com a nova infraestrutura rodoviária, hidroviária e portuária, a produção se dará em municípios próximos aos portos, e o frete interno, o item mais caro na atividade exportadora, será bastante reduzido, tornando a atividade mais competitiva.

O potencial crescimento na produção de soja na região reforça a importância de se implementar os mecanismos de governança ambiental previstos no Código Florestal, de modo a garantir o desenvolvimento sustentável na região. Nos 14 municípios onde se concentra a produção de soja no Pará, 78% das propriedades rurais já possuem o CAR, número 27% maior do que a média de 61% do estado. Fonte: Assessoria de Comunicação da Abiove www.abiove.org.br Twitter: @abiovebr 11-5536-0733; 99644-0363