Desempenho das Escolas Portuguesas: Que Fatores Fazem a Diferença?

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Transcrição:

Desempenho das Escolas Portuguesas: Que Fatores Fazem a Diferença? Cláudia S. Sarrico, ISEG, ULisboa & CIPES Margarida F. Cardoso, UP & CIPES Isabel Machado, CIPES Carolina Costa, CIPES Maria J. Rosa, UA & CIPES Carla Sá, UMinho & CIPES Pedro Teixeira, UP & CIPES Apresentação de Resultados Porto, 3 de Dezembro, 2014 Projeto Nº 000637402013

ENQUADRAMENTO Projeto que surge no seguimento de outros sobre a medição e gestão do desempenho das escolas secundárias portuguesas, portuguesas (POCTI/EGE/58611/2004; FSE/CED/83520/2008), onde os determinantes do desempenho analisados foram calculados ao nível da escola e não do indivíduo (Cardoso et al., 2011; Sarrico & Rosa, 2009; Sarrico et al., 2010). 18-12-2014 Sarrico et al. 2

ENQUADRAMENTO Qualidade da educação importante para os indivíduos, na medida em que tem impactos positivos nos seus rendimentos futuros e na qualidade de vida de que poderão beneficiar O ensino básico e o secundário precedem o ensino superior e como tal tem importantes implicações entrada do ensino superior. A relação positiva entre educação e crescimento económico tem justificado grandes investimentos em educação feitos pelos mais diversos países (OECD, 2010a; Hanushek, 2005). 18-12-2014 Sarrico et al. 3

ENQUADRAMENTO Portugal não constitui exceção nesta matéria. Hierarquizar escolas com base no desempenho médio dos alunos nos exames nacionais, ignorando a importância que o seu background socioeconómico pode ter. Acresce ainda o facto das escolas públicas não poderem selecionar os seus alunos. Recebem muitos alunos de grupos sociais desfavorecidos, facto que muitas vezes as impede de aceder aos lugares cimeiros das tabelas. Rankings escola, a investigação mais recente vem salientar a importância do papel da escola no desempenho escolar dos seus alunos (Hanushek & Woessmann, 2009; Hanushek, 2011; OCDE, 2010a). 18-12-2014 Sarrico et al. 4

OBJETIVO DO PROJETO Identificar os principais fatores de desempenho dos alunos nas escolas portuguesas, contribuindo assim para a discussão pública da questão da avaliação do seu desempenho. 18-12-2014 Sarrico et al. 5

ABORDAGEM identificar os fatores para a avaliação do desempenho de escolas básicas e secundárias num contexto internacional Revisão da Literatura identificar nos estudos reportados na literatura quais os fatores que explicam diferenças de desempenho entre escolas, bem como discutir as técnicas estatísticas utilizadas, com o intuito de justificar as escolhas tomadas para a construção de um modelo de avaliação do desempenho para as escolas portuguesas. 18-12-2014 Sarrico et al. 6

ABORDAGEM Dados: PISA 2012 Análise dos Dados Análise exploratória dos dados (representação gráfica e/ou cálculo de estatísticas) e Análise inferencial (regressão linear simples e múltipla) para a determinação dos fatores de desempenho. Utilização do software IEA IDB Analyser, versão 3.1 desenvolvido pela IEA DPC (International Association for the Evaluation of Educational Achievement, Data Processing and Research Center) no sentido de facilitar a análise de dados obtidos através de estudos em larga escala, como o PISA. 18-12-2014 Sarrico et al. 7

Definir equação de pesquisa Pesquisar Refinar pesquisa 219 52 4 716 95 84 Definir critérios de exclusão Artigo excluído? Não Analisar resumo Categorizar artigo Artigo com categoria? Sim Técnicas estatísticas? Sim Ler artigo Sim Não ABORDAGEM METODOLÓGICA DA REVISÃO DA LITERATURA 44+80 Não Fim 904 Fim Não Analisar artigo Definir critérios de inclusão Sim Artigo incluído? Conceitos: Desempenho escolar; Escolas Refinamento: escolha da base de dados, anos de publicação, língua, tipo de trabalhos, países, áreas de investigação; Critério de exclusão: nº médio de citações por ano dos artigos (1ªfase: 904 artigos - 1,18; 2ªfase: 95 artigos - 2,81) Critérios de inclusão: artigos dos autores com maior nº de citações (26 autores 44 artigos); artigos publicados nas revistas com maior fator de impacto (1ªfase: 38 revistas 225 artigos; 2ªfase: 13 revistas 80 artigos) Fazer quadro síntese 18-12-2014 Sarrico et al. 8

REVISÃO DA LITERATURA: FATORES DE DESEMPENHO ESCOLAR Características do aluno - os resultados nos exames podem ser influenciados pelas características dos alunos (Maerten-Rivera, Myers, Lee, & Penfield, 2010). Principais Fatores Idade, género, etnia e refeições escolares grátis ou a um preço reduzido. Características da família - fatores socioeconómicos da família (Attewell & Domina, 2008; Crosnoe & Cooper, 2010; Crosnoe & Schneider, 2010; Evans & Rosenbaum, 2008; Hill, 2008; Sektnan, McClelland, Acock, & Morrison, 2010; Stipek, Newton, & Chudgar, 2010). Características da escola - desempenho académico pode ser influenciado pelas características da escola (Maerten-Rivera, Myers, Lee, & Penfield, 2010; Wood, Lawrenz, Huffman, & Schultz, 2006). Estatuto socioeconómico e nível de educação dos pais. Tipo de escola (privada ou pública) e tamanho da escola. 18-12-2014 Sarrico et al. 9

REVISÃO DA LITERATURA: FATORES DE DESEMPENHO ESCOLAR Outros Fatores: Características dos professores - examinar a relação entre os professores (formação) e o desempenho dos estudantes (Clotfelter, Ladd, & Vigdor, 2010; Gallant, 2009); Características das reformas educativas - avaliar o impacto de certos programas ou a importância das reformas educativas sobre os resultados (Ahtola et al., 2011; Benabou, Kramarz, & Prost, 2009; Chiang, 2009; Maltese & Hochbein, 2012; Sheldon, 2007). Desempenho escolar Matemática e Leitura 18-12-2014 Sarrico et al. 10

REVISÃO DA LITERATURA: PRINCIPAIS RESULTADOS E CONCLUSÕES Fatores que influenciam negativamente o desempenho na Leitura Fatores que influenciam negativamente o desempenho em Matemática o estatuto de minoria baixa escolaridade da mãe o baixo rendimento familiar (Crosnoe & Cooper, 2010 ; Sektnan, McClelland, Acock, & Morrison, 2010) os alunos serem oriundos de famílias monoparentais, com instabilidade familiar idade superior à correta estatuto de minoria baixa escolaridade da mãe baixo rendimento familiar (Cavanagh, Schiller, & Riegle-Crumb, 2006; Sektnan, McClelland, Acock, & Morrison, 2010) 18-12-2014 Sarrico et al. 11

VARIÁVEIS PISA 2012 Género Naturalidade Educação dos Pais Estatuto Profissional dos Pais ALUNO Ano curricular FAMÍLIA Posse de Bens Domésticos Nível Socioeconómico ESCOLA Tipologia DESEMPENHO ESCOLAR Leitura e Matemática (Plausible Values) 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 12

CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA: OS ALUNOS n=5209 alunos do ensino regular (5722-513) 195 escolas 51% são raparigas 92,8% têm nacionalidade portuguesa 89,1% frequentam uma escola pública 60,5% frequentam o 10º ano e 28,6% frequentam o 9º ano 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 13

Caracterização da variável NÍVEL SÓCIO-ECONÓMICO Nível Socioeconómico Número Média Desvio- Padrão Mínimo Máximo Mediana Global 5 144-0,4 1,2-3,8 2,7-0,6 Tipo de Escola Pública 4 576-0,5 1,1-3,8 2,7-0,7 Privada 518 0,4 1,2-2,7 2,7 0,7 Pública Privada 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 14

Caracterização da variável ESTATUTO PROFISSIONAL DOS PAIS Indicador: Estatuto Desvio- Número Média Profissional dos Pais Padrão Mínimo Máximo Mediana Global 5 015 43,9 21,6 11,0 89,0 37,8 Tipo de Pública 4 456 42,2 20,8 11,0 89,0 36,4 Escola Privada 509 58,2 23,1 11,0 89,0 60,9 Pública Privada 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 15

Caracterização da variável EDUCAÇÃO DOS PAIS Indicador: Educação dos Desvio- Número Média Pais Padrão Mínimo Máximo Mediana Global 5 110 11,2 4,2 3,0 17,0 12,0 Tipo de Pública 4 543 10,9 4,1 3,0 17,0 12,0 Escola Privada 517 13,4 4,2 3,0 17,0 17,0 Pública Privada 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 16

Caracterização da variável POSSE DE BENS DOMÉSTICOS Indicador: Posse de Bens Desvio- Número Média Mínimo Máximo Mediana Domésticos Padrão Global 5 155 0,2 1,0-6,4 3,9 0,1 Pública 4 587 0,1 0,9-6,4 3,9 0,1 Tipo de Escola Privada 518 0,7 0,7-1,9 3,9 0,7 Pública Privada 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 17

ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DESEMPENHO LEITURA E MATEMÁTICA Leitura Matemática N Média Desvio Desvio Mediana N Média Padrão Padrão Mediana Global 5209 501,1 84,5 503,7 5209 499,0 88,2 499,1 Género Feminino 2 670 516,4 80,0 518,8 2 670 485,5 85,9 488,5 Masculino 2 539 485,2 86,0 488,3 2 539 508,8 89,6 509,5 País de Portugal 4 731 504,5 82,7 506,3 4 731 502,1 87,0 502,1 Naturalidade Outro País 404 482,1 84,4 485,3 404 477,4 89,8 479,9 Tipo de Pública 4 641 496,0 84,4 498,2 4 641 493,3 87,8 493,6 Escola Privada 518 544,6 71,8 544,9 518 547,3 77,6 549,3 7º/8º Anos 594 397,3 68,1 400,6 594 387,3 58,0 386,4 9º Ano 1 617 466,9 71,5 465,9 1 617 461,6 73,2 458,0 Ano Curricular 10º/11º Anos 2 998 535,3 70,1 536,3 2 998 536,1 74,0 535,0 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 18

REGRESSÃO LINEAR SIMPLES VARIÁVEIS LEITURA E MATEMÁTICA Leitura Matemática Variáveis Constante Declive R 2 t-valor Valor p Constante Declive R 2 t-valor Valor p Género 516,41-31,20 0,034-11,87*** <0,001 489,53 19,26 0,012 7,55*** <0,001 País de naturalidade 504,52-22,46 0,005-4,00*** <0,001 502,13-24,70 0,005-4,38*** <0,001 Tipo de escola 495,96 48,61 0,032 6,42*** <0,001 493,29 53,98 0,036 6,66*** <0,001 Nível Socioeconómico Estatuto Profissional dos Pais 513,20 26,04 0,138 15,66*** <0,001 512,71 30,59 0,172 19,36*** <0,001 446,77 1,31 0,117 14,36*** <0,001 433,49 1,55 0,148 18,42*** <0,001 Educação dos Pais 437,50 5,86 0,089 12,62*** <0,001 424,96 6,79 0,107 14,61*** <0,001 Posse bens domésticos 498,07 26,64 0,094 13,34*** <0,001 494,89 31,45 0,118 16,56*** <0,001 Ano Curricular Coef. t-valor Valor p R 2 Coef. t-valor Valor p R 2 Constante 535,35 193,18*** <0,001 536,11 184,71*** <0,001 7º/8º Ano -138,02-26,20*** <0,001 0,307-148,22-30,50*** <0,001 0,329 9º Ano -68,41-15,07*** <0,001-74,52-16,69*** <0,001 ***estatisticamente significativa a 1%; ** estatisticamente significativa a 5%; * estatisticamente significativa a 10%. Nota: Género: F (0); M(1); País Naturalidade: Portugal (0) Outro (1); Tipo de Escola: Pública (0); Privada (1); Ano Curricular transformado em variáveis binárias, Ano de referência: 10º/11º ano 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 19

REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA Variáveis leitura e matemática; Nível Socioeconómico Leitura Matemática Variáveis Coef. Coef. Estandardi t-valor 5 R 2 Valor p Coef. Coef. Estandard t-valor 5 R 2 Valor p zados izados Constante 548,37-195,95*** <0,001 526,08-181,51*** <0,001 Género -26,42-0,16-11,32*** <0,001 24,43 0,14 11,56*** <0,001 País de naturalidade -1,99-0,01-0,44 0,660-1,50-0,004-0,34 0,734 Tipo de escola 17,30 0,07 3,12*** 0,378 <0,001 14,97 0,05 2,87*** 0,412 0,004 7º/8º Ano -113,81-0,42-22,90*** <0,001-128,74-0,45-26,09*** <0,001 9º Ano -56,71-0,31-14,04*** <0,001-64,65-0,33-16,67*** <0,001 Nível Socioeconómico 15,59 0,22 11,41*** <0,001 18,14 0,25 13,95*** <0,001 ***estatisticamente significativa a 1%; ** estatisticamente significativa a 5%; * estatisticamente significativa a 10%. Nota: Género: F (0); M(1); País Naturalidade: Portugal (0) Outro (1); Tipo de Escola: Pública (0); Privada (1); Ano Curricular transformado em variáveis binárias; Ano de referência: 10º/11º ano 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 20

REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA Variáveis leitura e matemática; 3 índices Leitura Matemática Variáveis Coef. Coef. Estandardi t-valor R 2 Valor p Coef. Coef. Estandard t-valor R 2 Valor p zados izados Constante 505,49-107,12*** <0,001 478,88-85,36*** <0,001 Género -26,64-0,16-11,21*** <0,001 24,80 0,14 11,43*** <0,001 País de naturalidade 1,38 0,004 0,29 0,772 2,08 0,01 0,44 0,660 Tipo de escola 17,17 0,01 3,05*** 0,002 13,84 0,05 2,57** 0,010 7º/8º Ano -113,98-0,41-23,05*** <0,001-127,20-0,43-25,95*** <0,001 9º Ano -57,12-0,31-14,02*** 0,372 <0,001-64,72-0,34-16,57*** 0,406 <0,001 Estatuto Profissional dos 0,41 0,11 5,10*** <0,001 0,57 0,15 7,16*** <0,001 Pais Educação dos Pais 1,65 0,08 4,41*** <0,001 1,23 0,06 3,31*** 0,001 Posse bens domésticos 5,54 0,06 3,24*** 0,001 8,08 0,09 4,85*** <0,001 ***estatisticamente significativa a 1%; ** estatisticamente significativa a 5%; * estatisticamente significativa a 10%. Nota: Género: F (0); M(1); País Naturalidade: Portugal (0) Outro (1); Tipo de Escola: Pública (0); Privada (1); Ano Curricular transformado em variáveis binárias; Ano de referência: 10º/11º ano 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 21

REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA Variáveis leitura e matemática, nível socioeconómico e interações Leitura Matemática Variáveis Coef. Coef. Estandardi t-valor R 2 Valor p Coef. Coef. Estandard t-valor R 2 Valor p zados izados Constante 548,83-188,29*** <0,001 526,89-181,35*** <0,001 Género -27,61-0,17-10,46*** <0,001 22,45 0,19 9,43*** <0,001 País de naturalidade -1,81-0,01-0,40 0,689-1,19-0,004-0,27 0,787 Tipo de escola 16,18 0,06 3,13*** 0,002 13,47 0,05 2,84*** 0,005 7º/8º Ano -114,36-0,42-23,17*** <0,001-129,57-0,45-20,34*** <0,001 9º Ano -56,85-0,31-14,07*** <0,001-64,84-0,33-18,43*** <0,001 Nível Socio 0,378 0,413 16,52 0,24 8,31*** <0,001 19,83 0,27 10,32*** económico <0,001 Nível Socio económico*tipo 4,12 0,02 1,21 0,226 5,74 0,03 1,78* 0,075 de escola Nível Socio económico*gén ero -3,01-0,03-1,47 0,142-5,00-0,05-2,47** 0,014 Nota: Género: F (0); M(1); País Naturalidade: Portugal (0) Outro (1); Tipo de Escola: Pública (0); Privada (1); Ano Curricular transformado em variáveis binárias; Ano de referência: 10º/11º ano ;***estatisticamente significativa a 1%; ** estatisticamente significativa a 5%; * estatisticamente significativa a 10%. 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 22

Mas qual o efeito? Perceber Interação entre escola e ESCS: Cálculo da diferença média entre classificações no Privado e Público para 3 níveis sócio económicos Nível Socioeconómico Diferença Desempenho nota escola pública/privada Em % Na Escala 0-20 -2,5-0,88-0,15-0,03 0 13,47 2,22 0,44 2,5 27,82 4,59 0,94 O efeito do tipo de escola na nota de matemática aumenta com o nível social do aluno Perceber Interação entre escola e ESCS: Cálculo da diferença média entre classificações de Rapazes e Raparigas para 3 níveis sócio económicos Nível Diferença Desempenho Na Escala Em % Socioeconómico nota raparigas/rapazes 0-20 -2,5 34,95 6,19 1,24 0 22,45 3,98 0,80 2,5 9,95 1,76 0,35 A diferença nas notas entre rapazes e raparigas é cada vez menor à medida que aumenta o seu nível socioeconómico. Nota: Sexo: F (0); M(1); Tipo de Escola: Pública (0); Privada (1) 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 23

CONCLUSÕES Obtemos resultados idênticos aos da avaliação externa PISA 2012 Uma abordagem aos resultados a partir de factores contextuais e institucionais Ainda fica muito por explicar no desempenho das escolas Seria interessante separar o privadoprivado do privadopúblico. Há diferenças de desempenho entre público e privado O contexto tem mais impacto no desempenho a Matemática 18-12-2014 Sarrico et al., PISA2012 24