IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010

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1 DISSERTAÇÃO MESTRADO EM ECONOMIA E POLÍTICAS PÚBLICAS IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 Por: SUSANA PAULA P. F. NEVES INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA 5 de Abril de

2 ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E POBREZA: CANAIS DE TRANSMISSÃO RETORNOS DA EDUCAÇÃO CONTEXTO FAMILIAR E MOBILIDADE INTERGERACIONAL POBREZA ENQUANTO FENÓMENO MULTIDIMENSIONAL PERFIS EDUCATIVOS DA POPULAÇÃO PORTUGUESA IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 METODOLOGIA DE ESTUDO PRINCIPAIS RESULTADOS CONCLUSÕES E VIAS DE APROFUNDAMENTO FUTURO 2

3 RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E POBREZA: CANAIS DE TRANSMISSÃO META DA UNIÃO EUROPEIA REDUZIR EM PELO MENOS 20 MILHÕES O Nº DE PESSOAS EM RISCO DE POBREZA E DE EXCLUSÃO SOCIAL ATÉ 2020 EDUCAÇÃO (o que nos diz a literatura): Fator de diferenciação dos fenómenos de pobreza, desigualdade e exclusão social; Estreita relação (e correlação) entre nível de escolaridade e risco de pobreza; Determinante na manutenção (e na superação) das situações de risco de pobreza. QUESTÕES DE PARTIDA QUAIS OS IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL? QUAIS OS CANAIS DE TRANSMISSÃO ATRAVÉS DOS QUAIS ESSES IMPACTOS SE PRODUZEM? 3

4 RETORNOS DA EDUCAÇÃO MONETÁRIOS Impactos económicos (individuais e sociais); Valorização da educação no mercado de trabalho: retornos salariais da escolaridade superior. RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E POBREZA: CANAIS DE TRANSMISSÃO POBREZA ENQUANTO FENÓMENO MULTIDIMENSIONAL Abordagem unidimensional Abordagem multidimensional NÃO MONETÁRIOS Impactos no comportamento e decisões dos indivíduos; Concretização das necessidades básicas. CONTEXTO FAMILIAR E MOBILIDADE INTERGERACIONAL Papel central da educação na mobilidade social transmissão intergeracional da educação com reflexos na transmissão intergeracional da pobreza. TAXA DE RISCO DE POBREZA TAXA DE RISCO DE POBREZA OU EXCLUSÃO SOCIAL RISCO DE POBREZA OU EXCLUSÃO SOCIAL: proporção de indivíduos que se encontram numa das três situações seguintes: em risco de pobreza; ou pertencem a agregados domésticos com intensidade laboral per capita muito reduzida; ou estão em situação de privação material severa. 4

5 RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E POBREZA: CANAIS DE TRANSMISSÃO TAXA DE RISCO DE POBREZA PRIVAÇÃO MATERIAL SEVERA INTENSIDADE LABORAL PER CAPITA MUITO REDUZIDA Proporção da população cujo rendimento equivalente se encontra abaixo da linha de pobreza (60% do rendimento mediano por adulto equivalente). Indicadores de privação: Proporção da população em que se verifica a ausência de pelo menos 4 dos 9 indicadores de privação. Proporção da população com menos de 60 anos que pertencia a agregados domésticos em que os adultos dos 18 aos 59 anos (sem estudantes) trabalharam menos de 20% do tempo de trabalho possível, em média. 5 1) capacidade para superar despesas inesperadas; 2) capacidade para pagar uma semana de férias por ano fora de casa a todo o agregado; 3) cumprimento no pagamento de rendas, crédito à habitação, despesas correntes com o alojamento, empréstimos ou prestações; 4) capacidade para ter uma refeição de carne ou de peixe, pelo menos de dois em dois dias; 5) capacidade financeira para ter a casa aquecida de forma adequada; 6) disponibilidade de máquina de lavar roupa; 7) disponibilidade de TV a cores; 8) disponibilidade de telefone fixo ou móvel; 9) disponibilidade de veículo ligeiro de passageiros ou misto.

6 A conjugação da pobreza monetária relativa com a privação material reflete mais fielmente o bemestar considerado socialmente aceitável, PORÉM: NÃO É INÓCUA NA DIMENSÃO E NA MEDIÇÃO DO FENÓMENO DA POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL FRAGILIDADES IDENTIFICADAS: Identificação de um indivíduo pobre (apenas) porque está em situação de intensidade laboral reduzida (sem estar abaixo do limiar de pobreza nem em situação de privação); RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E POBREZA: CANAIS DE TRANSMISSÃO EFEITOS LIMITADOS NA IDENTIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO ALVO IMPLICAÇÕES NAS POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS DE COMBATE À POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL Utilização de 4 itens de privação e não 3 diminui variabilidade entre os países. 6

7 PERFIS EDUCATIVOS DA POPULAÇÃO PORTUGUESA PERFIS EDUCATIVOS DA POPULAÇÃO PORTUGUESA EVOLUÇÃO NAS ÚLTIMAS DÉCADAS TRANSIÇÃO EDUCATIVA CONSIDERÁVEL: AUMENTO DO NÍVEL MÉDIO DE ESCOLARIDADE DISPERSÃO NA DISTRIBUIÇÃO DA ESCOLARIDADE NÍVEL EDUCATIVO MÉDIO AQUÉM DOS PAÍSES MAIS DESENVOLVIDOS: BAIXA PROPORÇÃO DE POPULAÇÃO COM ENSINO SECUNDÁRIO GAP DE ESCOLARIDADE SUPERIOR A UMA GERAÇÃO POSIÇÃO ESTRUTURALMENTE DÉBIL EM MATÉRIA DE ESCOLARIDADE: ELEVADA TAXA DE ABANDONO PRECOCE DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO BAIXA TAXA DE ESCOLARIDADE DE ENSINO SUPERIOR 7

8 PERFIS EDUCATIVOS DA POPULAÇÃO PORTUGUESA PERFIS EDUCATIVOS DA POPULAÇÃO PORTUGUESA EVOLUÇÃO NAS ÚLTIMAS DÉCADAS Entre 1992 e 2011 (pop anos): Sem escolaridade completa: 12,7% para 3,6% Até ao 2º ciclo: 53,2% para 35,4% Ensino superior: 5,4% para 15,5% Fonte: INE, Inquérito ao Emprego População com ensino secundário (2010): anos: 52% (OCDE: 83%) anos: 16% (OCDE: 63%) Fonte: OCDE, Education at a Glance, 2012 Indicadores da Estratégia Europa 2020 (2011): Abandono precoce de educação e formação: 23,2% (UE: 13,5%) Taxa de escolaridade do ensino superior: 26,1% (UE: 34,6%) Fonte: Eurostat 8

9 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL METODOLOGIA: DADOS DO INQUÉRITO ÀS CONDIÇÕES DE VIDA E RENDIMENTO (ICOR) DO INE, PARA O ANO DE 2010 ICOR fonte oficial de estatísticas sobre a distribuição do rendimento e condições de vida e para o desenvolvimento e a monitorização dos indicadores de pobreza e exclusão social. 9 OBJETIVO: ANÁLISE DA DINÂMICA ENTRE EDUCAÇÃO E POBREZA EM PORTUGAL, EVIDENCIANDO OS SEUS PRINCIPAIS CANAIS DE TRANSMISSÃO AMOSTRA FINAL ICOR 2010: 5182 AGREGADOS DOMÉSTICOS; INDIVÍDUOS (dos quais com 16 ou mais anos). ANÁLISE DE 3 INDICADORES RELEVANTES: Risco de pobreza Privação material Pobreza consistente (indivíduos que se encontram simultaneamente em situação de risco de pobreza e de privação material). ESTATÍSTICA DESCRITIVA / ANÁLISE MULTIVARIADA: Regressão de quantis Regressão probit.

10 POBREZA, PRIVAÇÃO MATERIAL E EDUCAÇÃO 10 RISCO DE POBREZA: 17,9%; PRIVAÇÃO MATERIAL: 22,5% POBREZA CONSISTENTE: 8,4% DÉBIL ESTRUTURA EDUCATIVA DA POPULAÇÃO EM RISCO (DUPLAMENTE EVIDENCIADA): a) Maior concentração nos níveis de escolaridade mais baixos; b) Menor representação nos mais altos. IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 PRINCIPAIS RESULTADOS: População Total População com 16 e + anos Indicadores de pobreza e exclusão social Taxa de risco de pobreza 17,9 17,3 Taxa de privação material 22,5 21,5 Pobreza consistente 8,4 7,9 Fonte: INE, ICOR Nível de escolaridade INDICADORES DE POBREZA E DE PRIVAÇÃO MATERIAL, 2010 (%) População por nível de escolaridade Risco de pobreza Privação material Pobreza consistente Sim Não Sim Não Sim Não TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Nenhum 10,1 18,9 8,2 18,2 7,9 22,1 9,0 1º Ciclo 30,4 40,2 28,4 37,3 28,6 40,7 29,5 2º Ciclo 13,3 16,6 12,6 15,1 12,8 14,7 13,2 3º Ciclo 19,4 13,8 20,6 16,6 20,2 13,9 19,9 Ens. sec./pós-sec. 15,8 8,5 17,3 9,7 17,4 7,1 16,5 Ensino superior 11,0 2,0 12,9 3,0 13,2 1,5 11,8 Fonte: INE, ICOR Nota: população com 16 e mais anos.

11 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DA POBREZA E PRIVAÇÃO MATERIAL COM AUMENTO DA ESCOLARIDADE; IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 RISCO DE POBREZA E DE PRIVAÇÃO MATERIAL POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE, 2010 (%) Fonte: INE, ICOR Nota: população com 16 e mais anos. 11

12 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DA POBREZA E PRIVAÇÃO MATERIAL COM AUMENTO DA ESCOLARIDADE; FORTE CORRELAÇÃO ENTRE A ESCOLARIDADE DOS INDIVÍDUOS E A ESCOLARIDADE MÉDIA DO AGREGADO; NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS INDIVÍDUOS POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE DO AGREGADO, 2010 (%) Nível de escolaridade Baixa Tipo de escolaridade do agregado Média Média alta superior Total Nenhum 84,3 15,3 0,3 0,1 100,0 1º Ciclo 49,8 44,8 5,3 0,2 100,0 2º Ciclo 7,6 84,6 7,2 0,6 100,0 3º Ciclo 0,6 67,9 22,5 0,9 100,0 Ens. secund./pós-sec. 0,4 31,1 49,6 18,9 100,0 Ensino superior 0 6,2 20,1 73,7 100,0 Fonte: INE, ICOR Nota: população com 16 e mais anos; para a tipologia de escolaridade do agregado é considerado o número médio de anos de escolaridade completos dos membros do agregado com 16 e mais anos. 12

13 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DA POBREZA E PRIVAÇÃO MATERIAL COM AUMENTO DA ESCOLARIDADE; FORTE CORRELAÇÃO ENTRE A ESCOLARIDADE DOS INDIVÍDUOS E A ESCOLARIDADE MÉDIA DO AGREGADO; NÍVEIS DE ESCOLARIDADE SIMILARES ENTRE OS MEMBROS DO CASAL NOS AGREGADOS. 13 Confirma-se hipótese: ENDOGAMIA ESCOLAR NOS AGREGADOS SUGERE TRANSMISSÃO INTERGERACIONAL DA EDUCAÇÃO (ENDOGAMIA HORIZONTAL E VERTICAL) NÍVEL DE ESCOLARIDADE DO INDIVÍDUO DE REFERÊNCIA POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE DO CÔNJUGE, 2010 (%) Nível de escolaridade do indiv. referência Nenhum 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ens. sec./ pós-secundário Ensino superior Fonte: INE, ICOR Nota: população com 16 e mais anos; são considerados apenas os casos em que o indivíduo de referência e o respetivo cônjuge residem no mesmo alojamento. Total Nenhum 58,4 37,6 2,3 1,7 0,0 0,0 100,0 1º Ciclo 16,3 61,1 12,2 7,6 2,7 0,1 100,0 2º Ciclo 2,7 26,4 40,3 20,7 7,6 2,3 100,0 3º Ciclo 0,8 18,3 18,7 36,2 19,4 6,6 100,0 Ens. sec./ pós-secundário Nível de escolaridade do cônjuge 0,0 10,3 9,9 30,7 35,8 13,3 100,0 Ensino superior 0,0 3,9 5,8 19, ,3 100,0

14 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO PARA A GERAÇÃO DE RENDIMENTO: RENDIMENTO MÉDIO ANUAL (A.E): (total) (sem escolaridade) (ensino superior) INDIVÍDUOS COM ENSINO SUPERIOR: 65,2% ENCONTRAVAM-SE NOS 20% DA POPULAÇÃO COM MAIOR RENDIMENTO. IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO (DECIS) POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE, 2010 (%) Nível de escolaridade Decis Fonte: INE, ICOR Nota: população com 16 e mais anos. Nenhum 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ens. secundário/ pós-secundário Ensino superior TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 1º decil 15,7 12,7 13,5 6,3 5,2 1,8 2º decil 21,4 13,0 10,4 7,8 5,3 2,1 3º decil 15,5 12,6 11,8 8,3 5,8 2,3 4º decil 14,1 12,7 10,8 9,1 7,3 2,5 5º decil 11,2 10,8 12,1 11,6 8,6 2,6 6º decil 7,5 10,0 12,9 11,9 10,5 4,8 7º decil 7,0 10,2 10,0 12,2 11,9 7,6 8º decil 4,1 8,9 8,5 13,0 13,8 11,0 9º decil 2,3 6,5 6,6 10,9 17,6 20,0 10º decil 1,1 2,6 3,4 9,1 14,0 45,2 14

15 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA QUAL O IMPACTO DO Nº DE ANOS DE ESCOLARIDADE NO RENDIMENTO? IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 REGRESSÃO DE QUANTIS EFEITOS MARGINAIS DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO POR ADULTO EQUIVALENTE, 2010 (%) ELEVADOS RETORNOS DA EDUCAÇÃO: AUMENTO DE 4,7% NO RENDIMENTO POR CADA ANO ADICIONAL DE ESCOLARIDADE; EFEITO POSITIVO MAIS EVIDENTE NOS PERCENTIS MAIS BAIXOS DA DISTRIBUIÇÃO (10º E 25º). Confirma a hipótese: 15 DE EFEITOS MONETÁRIOS DISTINTOS DA EDUCAÇÃO NOS DIFERENTES PERCENTIS DA DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO Fonte: INE, ICOR Nota: dados obtidos pelo autor a partir dos microdados anonimizados. População com 16 e mais anos.

16 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA 16 EFEITOS MARGINAIS DA EDUCAÇÃO NA PROBABILIDADE DE RISCO DE POBREZA NÍVEL DE ESCOLARIDADE É A VARIÁVEL QUE REVELA MAIOR IMPACTO NO RISCO DE POBREZA (controlando os efeitos de todas as outras); EFEITO NEGATIVO E CRESCENTE NA PROBABILIDADE DE SER POBRE AUMENTA COM A ESCOLARIDADE. Confirma a hipótese: DE O RISCO DE POBREZA ESTAR NEGATIVAMENTE RELACIONADO COM A ESCOLARIDADE IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 REGRESSÃO PROBIT ESTIMAÇÃO DA PROBABILIDADE DE RISCO DE POBREZA, 2010 (P.P.) Agregado doméstico Indivíduo de referência Variáveis Grau de urbanização Efeitos marginais Erro padrão Nível de significância Zonas intermédias -0,040 0,013 0,002 Zonas urbanas -0,086 0,013 0,000 Crianças dependentes Sim 0,085 0,018 0,000 Parceiro Sim -0,036 0,015 0,019 Empregados adultos Número médio -0,197 0,030 0,000 Escolaridade média do agregado Nível de escolaridade mais elevado completo Média -0,022 0,018 0,225 Média-alta -0,073 0,031 0,019 Superior -0,141 0,051 0,005 1º Ciclo do ensino básico -0,062 0,016 0,000 2º Ciclo do ensino básico -0,129 0,026 0,000 3º Ciclo do ensino básico -0,204 0,028 0,000 Ensino sec./pós-secundário -0,215 0,035 0,000 Ensino superior -0,293 0,055 0,000 Idade (em anos) Anos -0,001 0,001 0,258 Sexo Homens -0,058 0,014 0,000 Condição perante o trabalho Nº de observações: 5174 Prob > chi2: 0,0000 Pseudo R2: 0,1876 Fonte: INE, ICOR Nota: dados obtidos pelo autor a partir dos microdados anonimizados. População com 16 e mais anos. Observações ponderadas com pesos amostrais Empregado -0,068 0,034 0,047 Desempregado 0,013 0,036 0,711 Reformado -0,166 0,028 0,000

17 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA PRIVAÇÃO MATERIAL 17 EFEITOS MARGINAIS DA EDUCAÇÃO NA PROBABILIDADE DE PRIVAÇÃO MATERIAL NÍVEL DE ESCOLARIDADE É A VARIÁVEL COM IMPACTO MAIS DETERMINANTE NA PROBABILIDADE DE PRIVAÇÃO MATERIAL; EFEITO NEGATIVO E CRESCENTE NA PROBABILIDADE DE SE ENCONTRAR EM PRIVAÇÃO MATERIAL AUMENTA COM A ESCOLARIDADE. Confirma a hipótese: DE A PRIVAÇÃO MATERIAL ESTAR NEGATIVAMENTE RELACIONADA COM A ESCOLARIDADE Agregado doméstico Indivíduo de referência IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 REGRESSÃO PROBIT ESTIMAÇÃO DA PROBABILIDADE DE PRIVAÇÃO MATERIAL, 2010 (P.P.) Nº de observações: 5174 Prob > chi2: 0,0000 Pseudo R2: 0,1390 Variáveis Grau de urbanização Efeitos Zonas intermédias Erro 0,028 Nível de 0,016 0,090 marginais Zonas urbanas padrão 0,075 significância 0,016 0,000 Crianças dependentes Sim 0,071 0,018 0,000 Parceiro Sim -0,085 0,017 0,000 Empregados adultos Número médio -0,179 0,033 0,000 Escolaridade média do agregado Nível de escolaridade mais elevado completo Média -0,056 0,022 0,012 Média-alta -0,023 0,035 0,505 Superior -0,069 0,050 0,170 1º Ciclo do ensino básico -0,121 0,019 0,000 2º Ciclo do ensino básico -0,240 0,031 0,000 3º Ciclo do ensino básico -0,272 0,033 0,000 Ensino sec./pós-secundário -0,356 0,039 0,000 Ensino superior -0,464 0,052 0,000 Idade (em anos) Anos -0,005 0,001 0,000 Sexo Homens -0,035 0,016 0,034 Condição perante o trabalho Fonte: INE, ICOR Nota: dados obtidos pelo autor a partir dos microdados anonimizados. População com 16 e mais anos. Observações ponderadas com pesos amostrais Empregado -0,023 0,038 0,546 Desempregado 0,051 0,042 0,217 Reformado -0,067 0,030 0,027

18 IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA, PRIVAÇÃO MATERIAL E POBREZA CONSISTENTE IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA POBREZA E NA PRIVAÇÃO MATERIAL DAS FAMÍLIAS EM PORTUGAL, 2010 REGRESSÃO PROBIT EFEITOS MARGINAIS DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE NA PROBABILIDADE DE RISCO DE POBREZA, PRIVAÇÃO MATERIAL, E POBREZA CONSISTENTE, 2010 (P.P.) EM SÍNTESE: CONTROLANDO OS EFEITOS DE OUTRAS VARIÁVEIS, A EDUCAÇÃO REVELA-SE CRUCIAL NA COMPREENSÃO DA POBREZA E DA PRIVAÇÃO MATERIAL EM PORTUGAL; OS IMPACTOS DA EDUCAÇÃO SÃO AINDA MAIS NOTÓRIOS NA PRIVAÇÃO MATERIAL. 18

19 CONCLUSÕES A educação produz efeitos/benefícios para além da mera obtenção de mais rendimento: Nomeadamente, menor propensão para a escassez de bens necessários para assegurar um nível de bem-estar socialmente aceitável. A evidência estatística de que a pobreza e a privação material diminuem com a escolaridade é confirmada pela análise da probabilidade de ser pobre e/ou de se encontrar em situação de privação material (controlando efeitos conjugados de outras variáveis). Os impactos da educação são particularmente expressivos na privação material. Mecanismos de transmissão da educação na pobreza (e na privação material) em Portugal: Elevados retornos da educação no mercado de trabalho; Conjugados com os efeitos da transmissão intergeracional da educação e; Prevalência de homogeneidade escolar nos agregados domésticos. 19

20 CONCLUSÕES NECESSIDADE DE AS MEDIDAS DE POLÍTICA CONJUGAREM UMA ORIENTAÇÃO PARA A REDUÇÃO DA POBREZA COM A PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO VIAS DE DESENVOLVIMENTO FUTURO: APROFUNDAR OS EFEITOS NÃO MONETÁRIOS DA EDUCAÇÃO NOUTRAS DIMENSÕES DA VIDA DOS INDIVÍDUOS (EX. HABITAÇÃO E SAÚDE). PERSPETIVA LONGITUDINAL PARA ANÁLISE DO EFEITO DA EDUCAÇÃO NA SAÍDA DE SITUAÇÕES DE RISCO DE POBREZA E DE PRIVAÇÃO MATERIAL. 20

21 MUITO OBRIGADA! Susana Neves INE/DES/TR 21

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