Farmacologia do SNA parassimpático I Soraia K P Costa - Sala 326 ICB-I/USP

Documentos relacionados
Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase

1) Neurônio Neurônio (SNC) Receptores muscarínicos e nicotínicos. 2) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor Receptores muscarínicos

1) Neurônio Neurônio (SNC) 2) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor. Receptores muscarínicos. Receptores Muscarínicos. 3) Neurônio pré e pós ganglionar

Sistema Nervoso Autônomo. Homeostasia. Sistema Nervoso Autônomo SNA X MOTOR SOMÁTICO. Sistema Nervoso Autônomo 04/10/2011. Julliana Catharina

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

1. Aspectos anátomo-funcionais do SNA 2. Histórico 3. Definição 4. Síntese e Liberação da ACh

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Objetivos 1. Introdução: estrutura e função do Sistema Nervoso. 2. Comparar brevemente Anatomia e Fisiologia Básicas entre Sistema Nervoso Autônomo

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Sistema Nervoso Autônomo

FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO. Profa. Dra. Giani Cavalcante

U N I T XI. Chapter 60: SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO. Organização do Sistema Nervoso Autônomo. Organização do sistema nervoso autônomo

Sistema Nervoso Autônomo I. Profa Dra Eliane Comoli Depto Fisiologia da FMRP - USP

Sistema Nervoso Parassimpático. = Sistema Nervoso Colinergico

Sistema Nervoso Autônomo. Profa Dra Eliane Comoli Depto Fisiologia da FMRP - USP

Sistema Nervoso Autônomo I. Profa Dra Eliane Comoli Depto Fisiologia da FMRP - USP

Sistema nervoso - II. Professora: Roberta Paresque Anatomia Humana CEUNES - UFES

FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO FÁRMACOS QUE ATUAM NOS SISTEMAS NERVOSOS SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO

TOXIDROMES AGUDAS. halogenados

Farmacologia dos Agonistas Colinérgicos

SNA Parassimpático (colinérgicos e anticolinérgicos)

CURSO DE IRIDOLOGIA APRESENTANDO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO. Prof. Dr. Oswaldo José Gola

Sistema Nervoso Autônomo. Profa Dra Eliane Comoli Depto Fisiologia da FMRP - USP

SISTEMA MOTOR VISCERAL

Neurônio Neurônio (SNC) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor. Neurônio pré e pós ganglionar. Neurônio e músculo esquelético (placa.

Farmacologia Autonômica colinérgica

Prof. Rodrigo Freitas

SISTEMA NERVOSO AFERENTE SISTEMA NERVOSO EFERENTE EFETORES SNP MOTOR SNP SENSORIAL. SNC Encéfalo Medula espinhal

UNIP. Disciplina: Farmacologia Geral. Professora: Michelle Garcia Discacciati. Aula 3: SNA. Farmacologia da Transmissão adrenérgica

Farmacologia dos Agonistas Colinérgicos

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

08/10/2015. Sistema Nervoso. Sistema Nervoso. Sistema Nervoso Central. Periférico. Sistema Nervoso. Sistema Nervoso Somático.

Sistema nervoso autonómico

Encéfalo. Aula 3-Fisiologia Fisiologia do Sistema Nervoso Central. Recebe informações da periferia e gera respostas motoras e comportamentais.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SEBASTIÃO ERNESTO TSA SBA HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS GRUPO CAD

Simpático e Parassimpático. Neurônio Pré Ganglionar. Neurônio Pós Ganglionar. Sistema Involuntário. Controla e Modula as Funções Viscerais

AGENTES COLINÉRGICOS. Introdução. Sistema Nervoso Autônomo Simpático. Parassimpático. Sistema Nervoso Somático (junção neuromuscular)

Drogas que atuam no Sistema Nervoso Autônomo. Astria Dias Ferrão Gonzales 2017

Fisiologia Humana Sistema Nervoso. 3 ano - Biologia I 1 período / 2016 Equipe Biologia

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Sistema Nervoso Somático ou voluntário

SISTEMA NERVOSO. Prof.ª Enf.ª Esp. Leticia Pedroso

Resposta fisiológica do Sistema Cardiovascular Durante o Exercício Físico

O sistema nervoso periférico (SNP) é a parte do sistema nervoso que se encontra fora do sistema nervoso central (SNC), sendo constituído pelos nervos

NEUROTRANSMISSÃO. Enzima 5a 1 2 Ca++ Enzima 5b. 6 enzima NT 7. Efeito

TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Sistema Nervoso Autônomo

FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA FARMACOCINÉTICA CONCEITOS PRELIMINARES EVENTOS ADVERSOS DE MEDICAMENTOS EAM. Ação do medicamento na molécula alvo;

Coordenação Nervosa Cap. 10. Prof. Tatiana Outubro/ 2018

Programa Analítico de Disciplina VET123 Farmacologia Veterinária I

REGULAÇÃO E COORDENAÇÃO

Sistema Nervoso Cap. 13. Prof. Tatiana Setembro / 2016

Transmissão sináptica

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Fármacos com Ação na Rinite Alérgicas, Asma e Tosse

Desenvolvimento Embrionário

Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC?

Neurotransmissão e Neurotransmissores do Sistema Nervoso Central. Liberação do neurotransmissor

UNIFACISA Faculdade de Ciências Médicas Curso: Medicina Disciplina: Fisiologia Médica I Professor: Diego Neves Araújo Prova Unidade I

Sistema Nervoso Visceral

Farmacologia Colinérgica

Comunicação entre neurônios. Transmissão de sinais no sistema nervoso

Professora: Patrícia Ceolin

Medicação Pré-anestésica Medicação Pré-anestésica (MPA) Medicação Pré-anestésica Considerações Importantes

CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA

HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS

Classificação e Características do Tecido Nervoso

Cinética das reacções enzimáticas

Principios Básicos de Fisiologia CardioVascular

Fonte: Anatomia Humana 5 edição: Johannes W. Rohen

Sinalização Celular e Alvos Farmacológicos

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS

Sinapses. Comunicação entre neurônios. Transmissão de sinais no sistema nervoso

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO6

Modernos Antidepressivos. Profa.Vilma Aparecida da Silva Fonseca

Quinta-feira, 26 de outubro de Prof. Cabral. Parassimpatomiméticos e Anticolinesterásicos. Editado de forma a tornar os slides desnecessários.

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia I. Giana Blume Corssac

INSETICIDAS NEUROTÓXICOS MECANISMOS DE AÇÃO

Farmacologia dos Agonistas Adrenérgicos

MEIO INTERIOR E EXTERIOR

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO

PSICOLOGIA. Sistema Nervoso. Prof. Helder Mauad/UFES 13/9/2011. Élio Waichert Júnior

Urticaria. Importância 18/05/2019. Participação em processos alérgicos. Reações locais. Sistêmicas choque anafilático

Sistema Neurovegetativo (SNV) Controle de Movimentos. Contração Muscular

Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Sul Florianópolis, de 20 a 24 de setembro de 2006

METILSULFATO DE NEOSTIGMINA

FARMÁCIA FARMACOLOGIA COLEÇÃO MANUAIS DA COORDENADORA AUTORES ANDRÉA MENDONÇA GUSMÃO

Osistema nervoso motor (eferente) tem dois componentes:

Sistema Nervoso Autónomo

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE ODONTOLOGIA PROGRAMA DE DISCIPLINA

Em resposta ao recurso interposto em relação à publicação do gabarito das provas objetivas, informamos abaixo o parecer da Banca Examinadora.

Planificação a Longo Prazo Ano Letivo 2017/2018

Farmacodinâmica COMO OS FÁRMACOS ATUAM? MODIFICANDO O AMBIENTE FÍSICO osmolaridade do plasma. MODIFICANDO O AMBIENTE QUÍMICO ph do suco gástrico

Aspectos moleculares

USO DE ANESTÉSICOS LOCAIS EM PACIENTES COM ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES. COMO SELECIONAR UMA BASE ANESTÉSICA?

A determinação da agressão do sistema nervoso, dependerá da capacidade de penetração hematencefálica ou hematoneural pelos agentes neurotóxicos

Transcrição:

Farmacologia do SNA parassimpático I Soraia K P Costa skcosta@usp.br - Sala 326 ICB-I/USP Objetivos da aula 1. Casos clínicos 2. Introdução/Revisão Estimulantes de receptores e Inibidores Colinesterase - Função, receptores, síntese e metabolismo neurotransmissor 3. Farmacologia dos agonistas Colinérgicos - Agonistas Direto e Indireto - Farmacocinética, Farmacodinâmica - Usos clínicos, Efeitos adversos CASOS CLÍNICOS 1. Um paciente desenvolveu glaucoma, que é refratária à terapia não colinérgica. O médico opta por prescrever colírio contendo pilocarpina, mas está preocupado sobre a possibilidade do paciente se auto-medicar com o colírio. Qual dos sinais característicos apontaria uma super-dosagem de pilocarpina: Aumento OU Queda a frequência cardíaca? 2. Sr Jota, agricultor de 43 anos de idade, foi levado a uma emergência por seu amigo, pois não estava conseguindo trabalhar na colheita, queixava-se de visão turva e lacrimejante e tampouco estava conseguindo falar ou deglutir. Seu amigo relatou ao médico no PS, que Jota chegou bem ao trabalho, mas evoluiu para esse quadro após 3-4 h, reclamando do cheiro de enxofre no campo aspergido pouco antes da chegada do Jota. a) Qual o possível agente ele entrou em contato? b) Qual a terapia recomendada? Subtipos de Receptores N e M Nn NICOTÍNICO Gânglio Auton. Medula adrenal Nm Placa terminal/jnm Nn # Nm M1 (Gq), (IP 3 -DAG) neural M2 (Gi) (- AMPc) cardíaco M3 (Gq) (ML/gland) MUSCARÍNICO SNC, gânglios autonômicos, term nerv pré-sinap Músculo cardíaco, músculo liso, TGI, SNC, gânglios Músculo liso, endotélio, Glândulas exócrinas, SNC M4 M5 SNC, gânglios auton. SNC?? 1

Modo de Ação COLINOMIMÉTICOS Ação Direta Agonistas Receptor N ou M Ação Indireta Inibidores da Colinesterase betanecol,carbacol metacolina Alcalóides -Nicotina -Muscarina Mecanismo de Ação Muscarínicos (via segundos mensageiros) Nicotínicos (via influxo de íons Na + ) Eventos celulares variados ocorrem nos diferentes receptores em diferentes órgãos/estruturas: Principais Funções do SNA Parassimpático Favorece a conservação de energia Reduz a freqüência cardíaca Promove secreção glandular Protege a retina do excesso de luz Promove o esvaziamento de cavidades Favorece descanso e reparação Antagoniza fisiologicamente o SNA Simpático 2

Modo de Ação - Colinomiméticos Sistema Nervoso Autônomo (eferente) Parassimpático Predomina principalmente durante respostas passivas saciedade, repouso (relaxamento), digestão Farmacologia do SNA parassimpático I Soraia K P Costa skcosta@usp.br - Sala 326 ICB-I/USP Objetivos da aula 1. Casos clínicos 2. Introdução/Revisão Estimulantes de receptores e Inibidores Colinesterase - Função, receptores, síntese e metabolismo neurotransmissor 3. Farmacologia dos agonistas Colinérgicos - Agonistas Direto e Indireto - Farmacocinética, Farmacodinâmica - Usos clínicos, Efeitos adversos COLINOMIMÉTICOS Ação Direta Agonistas Receptor N ou M Ação Indireta Inibidores da Colinesterase betanecol,carbacol metacolina Alcalóides -Nicotina -Muscarina 3

Relação Estrutura-Atividade 1. Acetilcolina 2. Acetil-b-metilcolina (Metacolina) b metila (> seletividade) 3. Betanecol 4. Carbacol = metacolina sem CH 3 ) Propriedades Éster Colina Hidrólise AChE Ação Muscarínica Ação Nicotínica Ach ++++ +++ +++ Metacolina + ++++ não Carbacol negligenciável ++ +++ Betanecol negligenciável ++ não Alcalóides Colinomiméticos - Muscarina - Pilocarpina - Lobelina Natural -Nicotina (Estimulante ganglionar) -Análogos sintéticos (Oxotremorina) 4

Alcaloides Relação Estrutura-Atividade Pilocarpina - Jaborandi (pilocarpus sp) Muscarina (Amanita muscaria) Farmacocinética Pouco e mal distribuídos no SNC < absorção e menos ativos VO Hidrólise no TGI Variabilidade à colinesterase (ACh>Metacolina>Betanecol) Excreção renal Alcaloídes Farmacocinética Bem distribuídos no SNC Absorção e atividade VO > distribuição SNC Resistenetes à colinesterase Excreção, ppe, renal (urina ácida acelera a excreçaõ) 5

Farmacologia do SNA parassimpático I Soraia K P Costa skcosta@usp.br - Sala 326 ICB-I/USP Objetivos da aula 1. Casos clínicos 2. Histórico Estimulantes de receptores e Inibidores Colinesterase 3. Revisão - Função, receptores, síntese e metabolismo neurotransmissor 3. Farmacologia dos agonistas Colinérgicos (Colinomiméticos) - Ação direta - Farmacocinética - Farmacodinâmica (Mecanismo de Ação) - Usos clínicos, Efeitos adversos Vasodilatação VIA NO Rev Bras Cir Cardiovasc vol.14 n.4 São José do Rio Preto Oct./Dec. 1999 6

Inervação Olhos (Contração esfincter= < diâmetro pupila= miose) (Acomodação para visão próxima) Trato Digestório http://www.nature.com/cgi-taf/dynapage.taf?file=/nrd/journal/v2/n2/full/nrd1010_r.html Usos Clínicos Oftalmologia - Cirurgia catarata (miose rápida): Cl de ACh (Miochol) - Glaucoma (reduz PIO): Carbacol (isopto cachol) Odontologia - Xerostomia: Cevimeline (Evoxac) TGI/Urinário -Pós-operatório TGI (> motilidade/esvaziamento gástrico) - Retenção Urinária (Betanecol - Urecholine)* VO ou SC. * resistente à ação da colinesterase 7

Oxotremorina Alcalóide sintético (muito potente no SNC) Efeitos muscarínicos na periferia. Potente ativação cortical. Desprovido de ação nicotínica. Colinesterase resistente. Ferramenta farmacológica importante (doença de Parkinson) Alcalóides USOS CLÍNICOS NICOTINA Nenhum Coadjuvante no tratamento antitabagismo Inseticida PILOCARPINA Odontologia: -Xerostomia -Síndrome de Sjogren (gl. salivares/lacrimais) Oftalmologia: Glaucoma (reduz PIO) MUSCARINA Nenhum Efeitos Adversos Rash cutâneo Sudorese Cólicas abdominais Incontinência urinária Miose Hipotensão/bradicardia Cefaléia Salivação Acomodação visual (espasmo) Broncoespasmo Lacrimejamento 8

Contra-indicação Hipertireoidismo (potencializa arritmias) Asma Insuficiência Coronariana (potencializa queda RVP) Úlcera péptica (aumenta secreção HCl) Obstrução mecânica da bexiga ou TGI (força o esvaziamento) Envenenamento - Muscarina Importância Clínica: Elevada efeitos intensos semelhantes aos produzidos pela estimulação de nervos colinérgicos sobre músculos liso, cardíaco e glândulas. -Miose, espasmos visuais (acomodação) -Lacrimejamento, -Bradicardia, Angustia respiratória -TGI (Diarréia, cólica) -Incontinência urinária (etc.). -Ativação cortical Nicotina Mecanismo de ação/efeitos Adversos Ações predominantes nos receptores Nn (S e PS) Taquicardia e bradicardia (efeito S e PS alternado) Aumento da PA (hipertensão) Diarréia, diurese Excitação e bloqueio da condução nervosa Efeitos SNC: tremores, vômitos, estimulação do centro respiratório, convulsões, coma e morte. 9

15 minutos - Intervalo Farmacologia do SNA parassimpático I Soraia K P Costa skcosta@usp.br - Sala 326 ICB-I/USP Objetivos da aula 1. Casos clínicos 2. Histórico Estimulantes de receptores e Inibidores Colinesterase 3. Revisão - Função, receptores, síntese e metabolismo neurotransmissor 3. Farmacologia dos agonistas Colinérgicos (Colinomiméticos) - Ação INdireta - Farmacocinética - Farmacodinâmica (Mecanismo de Ação) - Usos clínicos, Efeitos adversos Agentes Colinomiméticos Ação Direta Agonistas do Receptor (M ou N) Ação Indireta Inibidores da Colinesterase Alcalóides 1. Aminas mono e biquaternárias 2. Carbamatos 3. Organofosfatos 10

ACETILCOLINESTERASE: estrutura e mecanismo de catálise Rang, Dale and Ritter, 4th ed (1999) p.132 1. Aminas mono e biquaternárias (reversíveis) Edrofônio Mecanismo de ação: a carga positiva desses compostos liga-se de forma competitiva simples ao sítio aniônico da AChE, impedindo a ligação da ACh. Tempo da reação= segundos/minutos 2. Carbamatos (reversíveis) Neostigmina estrutura aromática (amina terciária ou quaternária) - radicais orgânicos ou 1 átomo de H hidrossolúveis Mecanismo de ação: são hidrolisados pela AChE de modo semelhante à ACh (ligação não covalente). Atua como falso substrato ou pode atacar diretamente o sítio esterático da AChE. Tempo da reação= médio min 1 h Relação Estrutura-atividade: Hidrossolúveis 11

3. Organofosforados flúor ou tiocolina grupos alcoxi Isoflurato (DFP -diisopropilflurofosafato) Mecanismo de ação: reagem com o sítio esterático da AChE e outras enzimas com molécula de serina (não seletivo). São muito lipossolúveis Tempo da reação= horas/semanas (irreversível) Ações Farmacológicas = colinomiméticos de ação direta e outros efeitos JNM - Contração SNC - ativação (alerta) - Convulsão, Coma - Parada respiratória Olho miose Brônquios constrição TGI > esvaziamento gástrico Bexiga ajuda no esvaziamento Ap cardiovascular inotropismo/cronotropismo (-) (falência cardíaca) Vasos < efeito USOS CLÍNICOS - INIBIDORES DA COLINESTERASE Medicamento Aminas mono e biquaternárias Demecário (humorsol) Ambenônio (Mytelase) Edrofônio (Tensilon) Uso clínico Glaucoma (tópico) Miastenia grave (v.o.) Reversão do bloqueio de NM Medicamento Organofosfatos Uso clínico Isoflurato (Floropril) Ecotiofato (Phospholine) Carbaril Glaucoma de ângulo aberto Diagnóstico/tratamento esotropia acomodativa Inseticida (piolhos) 12

USOS CLÍNICOS - INIBIDORES DA COLINESTERASE Medicamento Carbamatos Neostigmina (prostigmina)+ Fisostigmina (Antilirium) Uso clínico +Miastenia grave, anestesia/inversão bloqueio NM, atonia de bexiga/tgi não obstrutiva Intoxicação com anti-muscarínicos Piridostigmina (Mestinon)+ Intoxicação com anti-depressivo tricíclico Efeitos Central (Mal de Alzheimer) (Tacrina, Donepezil, Rivastigmina etc.) SIMPÁTICO Ações opostas vs. PARASSIMPÁTICO midríase miose broncodilatação F.C. contratilidade broncoconstrição F.C. contratilidade Ações semelhantes ou sinérgicas Gl. salivar (+) secreção Órgão sexual (+) ejaculação Inervação seletiva (+) secreção (+) ereção??? Estimulantes Ganglionares Nicotina Lobelina Dimetilfenilpiperazínio (DMPP) 13

(fibra colinérgica) colina (transporte ativo) Biossíntese da ACh glicose Glicose piruvato (transporte facilitado) M Acetil-CoA Potencial de Ação Acetil-CoA colina + Colina acetiltransferase Acetilcolina liberação de ACh (exocitose) Acetilcolinesterase colina + acetato Efetor M N Comparação Estrutural - Nervos Simpático e PS SNC Gânglio Autonômico (Simp ou PSimp) Efetor 7 1 2 3 4 5 6 1. Corpo neurônio pré-ganglionar 2. Axônio pré-ganglionar 3. Transmissor ganglionar 4. Receptor ganglionar 5. Axônio neurônio pós-ganglionar 6. Transmissor - Junção neuroefetora 7. Receptor da junção neuroefetora Simpático Parassimpático torácico ou segmento lombar Medula ou sacral Axônio curto Axônio longo Acetilcolina Acetilcolina Nicotínico Nicotínico Axônio longo Axônio curto Noradrenalina Acetilcolina ou b adrenérgico Muscarínico 1:20 (neurônio pré: pós-gang 1:1 (neurônio pré: pós-gang 14