INSETICIDAS NEUROTÓXICOS MECANISMOS DE AÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "INSETICIDAS NEUROTÓXICOS MECANISMOS DE AÇÃO"

Transcrição

1 INSETICIDAS NEUROTÓXICOS MECANISMOS DE AÇÃO Transmissões nervosas em insetos Células nervosas neurônios com 2 filamentos Axônio Filamento longo que conduz os impulsos nervosos para fora da célula. Dendrito Filamento nervoso curto que recebe os impulsos nervosos. Corpo celular Dendritos Axônio

2 Transmissão de impulso nervoso Processos Elétricos: Transmissão Axônica Fonte: Celso Omoto Processos Químicos: Transmissão Sináptica SINAPSE: O espaço ou fenda que separa dois neurônios

3 Fonte: Celso Omoto

4 LOCAIS DAS JUNÇÕES FONTE : OMOTO ESALQ-2008

5 TRANSMISSÃO DO IMPULSO ELÉTRICO Os impulsos nervosos nos axônios são elétricos e ocorrem por diferença de potencial devido aos íons Ca + e K + CÉLULA EM REPOUSO Interior Na + baixa concentração e K + alta concentração Exterior Na + alta concentração e K + baixa concentração DDP = -70 mv e membrana impermeável. IMPULSO/TRANSMISSÃO NO AXÔNIO Membrana axônio pré-sinapse fica permeável Abertura canais de Na+ entrada de Na + interior; Saída de K + com alteração DDP interno + 20 mv; Exterior fica eletronegativo corrente elétrica

6 TRANSMISSÃO DO IMPULSO ELÉTRICO NO AXÔNIO

7 TRANSMISSÃO DO IMPULSO QUÍMICO NA SINAPSE: -Liberação do neuro-transmissor ACETILCOLINA Aco presente nas vesículas Sinápticas (neurônio pré-sinaptico) -Ligação da Aco na proteína (receptores colinérgicos) no neurônio pós-sináptico; -Passagem do impulso químico; -Liberação da enzima AChE no neurônio pós-sináptico -Degradação da Acetilcolina em Colina + Ac. Acético -Célula volta ao repouso ação canais de Cl - na transmissão axônica.

8 INSETICIDAS NEUROTÓXICOS A-QUE ATUAM NA TRANSMISSÃO SINÁPTICA A1-INIBIDORES DA ENZIMA ACETILCOLINESTERASE AChE -Inseticida liga-se na AChE inibindo sua atividade; Acúmulo de Acetilcolina (Aco) na sinapse; Impulsos químicos contínuos e descontrolados; Hiper excitação do sistema nervoso central MORTE FOSFORADOS ACo fosforilada CARBAMATOS ACo carbamilada

9 A2 INSETICIDAS AGEM EM RECEPTORES DE ACETILCOLINA Levam insetos a morte convulsões e colapso do sistema nervoso. A2.1- INSETICIDAS AGONISTAS DE ACETILCOLINA Atuam em receptores de Acetilcolina no neurônio pós-sináptico; São agonistas e competem com os receptores nicotínicos da ACo; Imitam a ação do neurotransmissor Aco : fixam-se nos receptores na membrana das células pós-sinápticas; abrem canais de Na + ; são demoradamente degradados pela AChE Estímulo contínuo Hiperatividade nervosa seguida de colapso do sistema nervoso Morte... NEONICOTINÓIDES

10 A2.2 ANTAGONISTAS DE ACETILCOLINA Inseticida liga-se a Acetilcolina+ Proteina receptora; Inibição na condução dos íons Na + por seus canais; Bloqueio da transmissão dos impulsos nervosos; Paralisia geral do inseto MORTE TIOCARBAMATOS Cartap A2.3 MODULADORES RECEPTORES ACETIL COLINA Fixam-se nos receptores nicotinérgicos da Aco; Ação modula a abertura canais iônicos ; Ocorre ativação prolongada dos receptores; Transmissão contínua, excitação, colapso sistema nervoso; O sítio de ligação é diferente dos neonicotinóides; SPINOSAD - Tracer

11 A3 - ATUAÇÃO EM RECEPTORES GABA(ácido gama amino butírico) O GABA é neurotransmissor que ocorre em junções Glutanérgicas, Presentes no sistema nervoso central e nas junções neuro-musculares; Ação na membrana pós-sinaptica É neurotransmissor inibitório; Restabelece o estado de repouso do SNC e muscular; aumentando a permeabilidade membrana aos íons Cl- A3.1- ANTAGONISTAS DO GABA Inseticidas neurotóxicos, sinápticos de junções glutanérgicas; Agem contrariamente ao GABA; Impedem haja entrada dos íons Cl - no neurônio, Não há restabelecimento do estado de repouso; Inseto fica super excitado, com tremores, convulsivo e morre. Ciclodienos cloro- fosforados Endossulfan Fenil pirezóis - Fipronil

12 A 3.2 AGONISTAS DO GABA Inseticidas neurotóxicos, venenos sinápticos de junções glutanérgicas; Agonistas de GABA e canais de Cl-; Ação associada a potencialização da transmissão GABA energética; Restabelece estado de repouso sistema nervoso central e neuromuscular; Por aumento da permeabilidade da membrana para íons Cl; Ligam-se receptores de GABA na membrana pós-sináptica; Estimula fluxo Cl - para o interior neurônio ; Resulta num estado de repouso forçado : ataxia e paralisia Há descordenação motora; Morte por depressão respiratória. AVERMECTINAS Vertimec, Abamectina MILBEMICINAS

13 B NEUROTÓXICOS ATUAM TRANSMISSÃO AXÔNICA B1 MODULADORES DE CANAIS DE Na+ Inseticidas neurotóxicos axônicos; Agem na transmissão elétrica do impulso na célula nervosa(axônios); Perturbam a permeabilidade fluxo de Na + na transmissão; Ligam-se na proteina receptora impedem fechamento canais de Na + ; Fluxo contínuo de Na + para interior membrana; Prolongamento fase de despolarização; Neurônio não volta a condição de repouso; Bloqueio transmissão impulsos nervosos; Efeito de choque ou knock down = paralisia completa inseto; PIRETRÓIDES; DDT e análogos.

14 B2 BLOQUEADORES DE CANAIS DE Na+ Inseticidas neurotóxicos axônicos; Fecham canais Na +, impedindo sua entrada para o interior dos axônios; O neurônio continua na condição de repouso; Há bloqueio da transmissão dos impulsos e o inseto apaga. OXADIAZINAS Indoxacarb ou Rumo C INSETICIDAS ATUAM EM PROCESSOS METABÓLICOS C.1- INIBIDORES SINTESE ATP PIROLES - Chlorfenapyr Pirate ESTANHOS -Ciexatin C.2- INIBIDORES DO TRANSPORTE DE ELÉTRONS Inibem a enzima NADH oxiredutase da cadeia respiratória Fenpyroximate Sanmite, Dicofol Pyridaben

15 D OUTROS D.1- DESINTEGRAÇÃO MESÊNTERO São proteínas inseticidas; Desintegradores da membrana do intestino médio dos insetos; Gama endotoxina de Bacillus; Bacillus thuriengiensis israelensis; B. t. kurstaki, B. t. aizawi... D.2 MODULADORES RECEPTORES RIANODINA Regulam a liberação dos ions Ca + no axônio( lembra ação piretróides) Efeito na contração muscular. Chlorantraniliprole - Rynaxypyr Premio e Belt

16 RESUMO GERAL MECANISMOS PRINCIPAIS GRUPOS DE INSETICIDAS - Fonte Luis Pavan Ciclodienos, Fiproles Sinapse Neonicotinóides, spinosinas Axônio Piretróides, DDT, Indoxacarb OP s, Carbamatos Abamectina Membrana Pré-sináptica Síntese & liberação de neurotransmissor : Acetilcolina Membrana Pós-sináptica Canais de Na + receptores Canais de Cl - Enzima : Acetilcolinesterase

Controle Químico de Pragas

Controle Químico de Pragas O que é inseticida? Controle Químico de Pragas Pedro Takao Yamamoto Departamento de Entomologia e Acarologia ESALQ/USP São compostos químicos que aplicados direta ou indiretamente sobre os insetos, em

Leia mais

POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO

POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO AULA 3 DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Potencial de membrana Separação de cargas opostas ao longo da membrana plasmática celular

Leia mais

23/08/2008. Biodinâmica de Inseticidas. Mecanismo de Ação dos Principais Grupos de Inseticidas e Acaricidas

23/08/2008. Biodinâmica de Inseticidas. Mecanismo de Ação dos Principais Grupos de Inseticidas e Acaricidas MECAISMO DE AÇÃO DOS PRICIPAIS GRUPOS DE ISETICIDAS E ACARICIDAS Celso Omoto celomoto@esalq.usp.br Inseticida externo Biodinâmica de Inseticidas Penetração Integumento Ligação ou estocagem em tecidos indiferenciadas

Leia mais

Toxicologia de Inseticidas. Eng. Agr. Luiz Paulo

Toxicologia de Inseticidas. Eng. Agr. Luiz Paulo Toxicologia de Inseticidas Eng. Agr. Luiz Paulo Classificação e Características dos Principais Grupos Inseticidas Considerações: A atuação dos inseticidas ocorre sobre os organismos vivos através do bloqueio

Leia mais

1) Neurônios: Geram impulsos nervosos quando estimulados;

1) Neurônios: Geram impulsos nervosos quando estimulados; 1) Neurônios: Geram impulsos nervosos quando estimulados; Partes de um neurônio: Dendritos (captam estímulos do meio ambiente); Corpo celular (centro metabólico); Axônio (conduz impulsos nervosos). Estrato

Leia mais

Sinapses. Comunicação entre neurônios. Transmissão de sinais no sistema nervoso

Sinapses. Comunicação entre neurônios. Transmissão de sinais no sistema nervoso Sinapses Comunicação entre neurônios Transmissão de sinais no sistema nervoso Biofísica 2018 / Ciências Biológicas / FCAV UNESP Recordando... Transmissão de sinais em um neurônio Fases: Estímulo alteração

Leia mais

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto A habilidade mais marcante do sistema nervoso baseiam-se nas interações entre os neurônios conectados. O grande número de neurônios e interações entre estas

Leia mais

13/08/2016. Movimento. 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor

13/08/2016. Movimento. 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor Movimento 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor 1 Movimento Componentes Celulares e Funcionamento do Sistema Nervoso 2 O Sistema nervoso desempenha importantes funções, como controlar funções orgânicas

Leia mais

Comunicação entre neurônios. Transmissão de sinais no sistema nervoso

Comunicação entre neurônios. Transmissão de sinais no sistema nervoso Comunicação entre neurônios Transmissão de sinais no sistema nervoso Neurônios Conduzem informações através de sinais elétricos Movimentos de íons através da membrana celular Correntes iônicas codificam

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS AULA 4 DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Divisão sensorial do sistema nervoso Receptores

Leia mais

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto A habilidade mais marcante do sistema nervoso baseiam-se nas interações entre os neurônios conectados. O grande número de neurônios e interações entre estas

Leia mais

FARMACODINÂMICA. da droga. Componente da célula c. (ou organismo) que interage com a droga e

FARMACODINÂMICA. da droga. Componente da célula c. (ou organismo) que interage com a droga e FARMACODINÂMICA Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle Princípio básicob A droga deve se ligar a um constituinte celular (proteína - alvo) para produzir uma resposta farmacológica. Proteínas alvos para ligação

Leia mais

21/03/2016. NEURÓGLIA (Células da Glia) arredondadas, possuem mitose e fazem suporte nutricional aos neurônios.

21/03/2016. NEURÓGLIA (Células da Glia) arredondadas, possuem mitose e fazem suporte nutricional aos neurônios. NEURÓGLIA (Células da Glia) arredondadas, possuem mitose e fazem suporte nutricional aos neurônios. 1 NEURÔNIO responsável pela condução impulso nervoso, possibilitando a execução de ações e promoção da

Leia mais

Eletrofisiologia 13/03/2012. Canais Iônicos. Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons

Eletrofisiologia 13/03/2012. Canais Iônicos. Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons Eletrofisiologia Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons Seletividade Alguns íons podem passar outros não Tamanho do canal Distribuição de cargas Aberto ou fechado Proteínas Integrais:

Leia mais

Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC?

Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC? Controle Nervoso do Movimento Muscular Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC? 1 SNC Encéfalo Medula espinhal Encéfalo - Divisão anatômica Cérebro Cerebelo Tronco encefálico 2 Condução: Vias ascendentes

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA. Hormônios. Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA. Hormônios. Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA Hormônios Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina Profa. Dra. Nereide Magalhães Recife, 2004 Interação

Leia mais

SINAPSE. Sinapse é um tipo de junção especializada, em que um neurônio faz contato com outro neurônio ou tipo celular.

SINAPSE. Sinapse é um tipo de junção especializada, em que um neurônio faz contato com outro neurônio ou tipo celular. Disciplina: Fundamentos em Neurociências Profa. Norma M. Salgado Franco SINAPSE Sinapse é um tipo de junção especializada, em que um neurônio faz contato com outro neurônio ou tipo celular. Podem ser:

Leia mais

Toxicologia e Classificação dos inseticidas

Toxicologia e Classificação dos inseticidas Toxicologia e Classificação dos inseticidas Métodos de controle O QUE É UM AGROTÓXICO? O termo AGROTÓXICO é definido pela Lei Federal nº 7.802 de 11/07/89, regulamentada através do Decreto 98.816 no seu

Leia mais

unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CÂMPUS DE JABOTICABAL FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional 7a. Aula - Modo

Leia mais

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Universidade Federal do Amazonas ICB Dep. Morfologia Disciplina: Biologia Celular Aulas Teóricas Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Prof: Dr. Cleverson Agner Ramos Permeabilidade da Membrana

Leia mais

Tecido Nervoso. 1) Introdução

Tecido Nervoso. 1) Introdução 1) Introdução O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do

Leia mais

TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO

TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO Capítulo 3: Parte 2 1 TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO Quando um neurônio recebe um estímulo, se este é forte o suficiente, leva a produção de um impulso nervoso. O impulso nervoso corresponde a uma corrente

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 14 SISTEMA NERVOSO

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 14 SISTEMA NERVOSO BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 14 SISTEMA NERVOSO Como pode cair no enem (UFRR) O ecstasy é uma das drogas ilegais mais utilizadas atualmente, conhecida como a píula-do-amor, possui uma substância chamada

Leia mais

Sistema Nervoso Central - SNC Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC?

Sistema Nervoso Central - SNC Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC? Sistema Nervoso Central - SNC Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC? 1 Divisão funcional do SN SNC Encéfalo Medula espinhal 2 Composição do sistema nervoso central HEMISFÉRIOS CEREBRAIS O Encéfalo

Leia mais

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Universidade Federal do Amazonas ICB Dep. Morfologia Disciplina: Biologia Celular Aulas Teóricas Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Prof: Dr. Cleverson Agner Ramos Permeabilidade da Membrana

Leia mais

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia. Profa. Ana Lucia Cecconello

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia. Profa. Ana Lucia Cecconello CURSO DE EXTENSÃO Neurofisiologia Profa. Ana Lucia Cecconello Transmissão Sináptica Informação sensorial (dor) é codificada Comportamento: erguer o pé Neurônio pré-sináptico Neurônio pós-sináptico sinapse

Leia mais

GÊNESE E PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO

GÊNESE E PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO GÊNESE E PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO Comunicação entre os neurônios no sistema nervoso Introdução Mesmo para um simples reflexo é necessário que o SN, colete, distribua e integre a informação que

Leia mais

21/08/2016. Fisiologia neuromuscular

21/08/2016. Fisiologia neuromuscular Fisiologia neuromuscular 1 2 Potencial de ação Junção neuromuscular - Sinapse 3 Junção neuromuscular TERMINAÇÕES NERVOSAS Ramificações nervosas na extremidade distal do axônio PLACAS MOTORAS TERMINAIS

Leia mais

SINAPSE: PONTO DE CONTATO ENTRE DOIS NEURONIOS SINAPSE QUIMICA COM A FENDA SINAPTICA SINAPSE ELETRICA COM GAP JUNCTIONS

SINAPSE: PONTO DE CONTATO ENTRE DOIS NEURONIOS SINAPSE QUIMICA COM A FENDA SINAPTICA SINAPSE ELETRICA COM GAP JUNCTIONS SINAPSE: PONTO DE CONTATO ENTRE DOIS NEURONIOS SINAPSE QUIMICA COM A FENDA SINAPTICA POTENCIAL DE REPOUSO E SUAS ALTERAÇÕES DESPOLARIZAÇÃO REPOLARIZAÇÃO HIPERPOLARIZAÇÃO POTENCIAL DE ACAO SINAPSE ELETRICA

Leia mais

Transmissão sináptica

Transmissão sináptica Transmissão sináptica Lembrando que: Distribuição iônica através da membrana de um neurônio em repouso: Íon [i] mm [e] mm Pot. Equ. (mv) K + 400 20-75 Na + 50 440 +55 Cl - 52 560-60 A - 385 - - No Potencial

Leia mais

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO CANAIS IÔNICOS E BOMBAS CONDUÇÃO DE IMPULSOS NERVOSOS (SINÁPSES QUÍMICAS E ELÉTRICAS) SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

Leia mais

Sinapse. Permitem a comunicação e funcionamento do sistema nervoso. Neurónio pré-sináptico (envia a informação)

Sinapse. Permitem a comunicação e funcionamento do sistema nervoso. Neurónio pré-sináptico (envia a informação) Sinapse Medeia a transferência de informação de um neurónio para o seguinte, ou de um neurónio para uma célula efectora (ex.: célula muscular ou glandular); Permitem a comunicação e funcionamento do sistema

Leia mais

Funções do Sistema Nervoso Integração e regulação das funções dos diversos órgãos e sistemas corporais Trabalha em íntima associação com o sistema end

Funções do Sistema Nervoso Integração e regulação das funções dos diversos órgãos e sistemas corporais Trabalha em íntima associação com o sistema end FISIOLOGIA DO SISTEMA S NERVOSO Funções do Sistema Nervoso Integração e regulação das funções dos diversos órgãos e sistemas corporais Trabalha em íntima associação com o sistema endócrino (neuroendócrino)

Leia mais

Tecido nervoso. Ø A função do tecido nervoso é fazer as comunicações entre os órgãos do corpo e o meio externo.

Tecido nervoso. Ø A função do tecido nervoso é fazer as comunicações entre os órgãos do corpo e o meio externo. Tecido nervoso Tecido nervoso Ø A função do tecido nervoso é fazer as comunicações entre os órgãos do corpo e o meio externo. Ø Encéfalo, medula espinhal, gânglios nervosos e nervos Ø Céls nervosas: neurônios

Leia mais

Introdução ao estudo de neurofisiologia

Introdução ao estudo de neurofisiologia Introdução ao estudo de neurofisiologia Introdução ao estudo de neurofisiologia Peixe Réptil Ave Boi Humano Por que os cérebros são diferentes entre as espécies? Introdução ao estudo de neurofisiologia

Leia mais

TECIDO NERVOSO - Neurônios

TECIDO NERVOSO - Neurônios TECIDO NERVOSO - Neurônios São células que se comunicam entre si ou com células musculares e secretoras através de linguagem elétrica (impulsos nervosos). A maioria dos neurônios possui três regiões: corpo

Leia mais

Coordenação nervosa e hormonal COORDENAÇÃO NERVOSA. Prof. Ana Rita Rainho. Interação entre sistemas. 1

Coordenação nervosa e hormonal COORDENAÇÃO NERVOSA. Prof. Ana Rita Rainho. Interação entre sistemas.  1 COORDENAÇÃO NERVOSA Prof. Ana Rita Rainho Interação entre sistemas www.biogeolearning.com 1 Sistema Nervoso Estímulo (sensorial) Receptor sensorial Integração da informação Resposta (motora) Efector Sistema

Leia mais

TECIDO NERVOSO (parte 2)

TECIDO NERVOSO (parte 2) TECIDO NERVOSO (parte 2) Profª Patrícia Mendes Disciplina: Histologia Geral e Embriologia Curso: Medicina Veterinária www.faculdadevertice.com.br Propagação do impulso nervoso A membrana do axônio permite

Leia mais

Transmissão de Impulso Nervoso

Transmissão de Impulso Nervoso Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO Departamento de Física III Ciclo de Seminários do DEFIS Organização PET - Física Transmissão de Impulso Nervoso Prof. Dr. Ricardo Yoshimitsu Miyahara Menbrana

Leia mais

BIOLOGIA. Identidade do Seres Vivos. Sistema Nervoso Humano Parte 2. Prof. ª Daniele Duó

BIOLOGIA. Identidade do Seres Vivos. Sistema Nervoso Humano Parte 2. Prof. ª Daniele Duó BIOLOGIA Identidade do Seres Vivos Parte 2 Prof. ª Daniele Duó Função: ajustar o organismo animal ao ambiente. Perceber e identificar as condições ambientais externas e as condições internas do organismo.

Leia mais

SISTEMA NERVOSO MORFOLOGIA DO NEURÓNIO IMPULSO NERVOSO SINAPSE NERVOSA NATUREZA ELECTROQUÍMICA DA TRANSMISSÃO NERVOSA INTERFERÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS

SISTEMA NERVOSO MORFOLOGIA DO NEURÓNIO IMPULSO NERVOSO SINAPSE NERVOSA NATUREZA ELECTROQUÍMICA DA TRANSMISSÃO NERVOSA INTERFERÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS SISTEMA NERVOSO MORFOLOGIA DO NEURÓNIO IMPULSO NERVOSO SINAPSE NERVOSA NATUREZA ELECTROQUÍMICA DA TRANSMISSÃO NERVOSA INTERFERÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS NA TRANSMISSÃO NERVOSA LOBOS CEREBRAIS LOBO FRONTAL: Pensamento

Leia mais

Regulação nervosa e hormonal nos animais

Regulação nervosa e hormonal nos animais HOMEOSTASIA Todos os seres vivos são sistemas abertos As trocas que os organismos estabelecem com o meio conduzem a mudanças constantes nos deus componentes No entanto, os seres vivos possuem mecanismos

Leia mais

Exercícios de Coordenação Nervosa

Exercícios de Coordenação Nervosa Exercícios de Coordenação Nervosa 1. Observe a estrutura do neurônio abaixo e marque a alternativa correta: Esquema simplificado de um neurônio a) A estrutura indicada pelo número 1 é o axônio. b) A estrutura

Leia mais

Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase

Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase Projeto: Atualização em Farmacologia Básica e Clínica Curso: Farmacologia Clínica do Sistema Nervoso Autônomo Fármacos ativadores de colinoceptores e inibidores da acetilcolinesterase Prof. Dr. Gildomar

Leia mais

Transmissão Sináptica

Transmissão Sináptica Transmissão Sináptica Objetivos: Rever conhecimentos relacionados ao potencial de ação. Aprender o uso do programa HHsim para simular potencial de ação. Apresentar as bases moleculares para o entendimento

Leia mais

POTENCIAIS DE MEMBRANA: POTENCIAL DE REPOUSO E POTENCIAL DE AÇÃO. MARIANA SILVEIRA

POTENCIAIS DE MEMBRANA: POTENCIAL DE REPOUSO E POTENCIAL DE AÇÃO. MARIANA SILVEIRA POTENCIAIS DE MEMBRANA: POTENCIAL DE REPOUSO E POTENCIAL DE AÇÃO. MARIANA SILVEIRA COLETA, DISTRIBUIÇÃO E INTEGRAÇÃO DE INFORMAÇÃO Para o cérebro Medula espinhal Corpo celular do neurônio motor Corpo celular

Leia mais

TECIDO NERVOSO HISTOLOGIA NUTRIÇÃO UNIPAMPA

TECIDO NERVOSO HISTOLOGIA NUTRIÇÃO UNIPAMPA TECIDO NERVOSO HISTOLOGIA NUTRIÇÃO UNIPAMPA TECIDO NERVOSO: DISTRIBUIÇÃO SNP Gânglios e Nervos SNC SNP Gânglios e Nervos DIVISÕES ESQUEMÁTICAS DO SISTEMA NERVOSO TECIDO NERVOSO Nervos: constituídos por

Leia mais

Organização geral. Organização geral SISTEMA NERVOSO. Organização anatómica. Função Neuromuscular. Noções Fundamentais ENDÓCRINO ENDÓCRINO

Organização geral. Organização geral SISTEMA NERVOSO. Organização anatómica. Função Neuromuscular. Noções Fundamentais ENDÓCRINO ENDÓCRINO TP0 Função Neuromuscular TP1 Apresentação T1 (29/IX) Aspectos fundamentais da estrutura e funcionamento do sistema nervoso TP2 Aspectos fundamentais da estrutura e funcionamento do sistema nervoso (cont.)

Leia mais

EXCITABILIDADE I POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO

EXCITABILIDADE I POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO EXCITABILIDADE I 1 - Introdução 1.1 Objetivo da aula: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelos potenciais elétricos através das membranas celulares 1.2 Roteiro da aula: 1.2.1- Estudar o potencial

Leia mais

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia I. Giana Blume Corssac

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia I. Giana Blume Corssac 2017 CURSO DE EXTENSÃO Neurofisiologia I Giana Blume Corssac Tópicos da aula: Bioeletrogênese Potenciais de membrana Transmissão sináptica Sinapses Neurotransmissores Sistema nervoso autônomo Bioeletrogênese

Leia mais

Fundamentos de Reabilitação. Neuro-anatomia

Fundamentos de Reabilitação. Neuro-anatomia Neuro-anatomia Objectivos 1. As duas linhagens celulares do sistema nervoso e as suas funções; tipos de neurónios 2. Importância da bainha de mielina e as células responsáveis pela sua produção 3. Iões

Leia mais

14/08/2012. Continuação

14/08/2012. Continuação As informações são transmitidas no SN principalmente sob a forma de POTENCIAIS de AÇÃO NERVOSOS chamados de "IMPULSOS NERVOSOS" através de sucessões de neurônios. Continuação Os sinais nervosos são transmitidos

Leia mais

Papel das Sinapses no processamento de informações

Papel das Sinapses no processamento de informações Papel das Sinapses no processamento de informações Impulsos Nervosos Pequenas correntes elétricas passando ao longo dos neurônios Resultam do movimento de íons (partículas carregadas eletricamente) para

Leia mais

"RESISTÊNCIA DE PRAGAS A PESTICIDAS: PRINCÍPIOS E PRÁTICAS" - Mecanismos de Ação de Inseticidas -

RESISTÊNCIA DE PRAGAS A PESTICIDAS: PRINCÍPIOS E PRÁTICAS - Mecanismos de Ação de Inseticidas - "RESISTÊNCIA DE PRAGAS A PESTICIDAS: PRINCÍPIOS E PRÁTICAS" 1. Sistema nervoso de insetos - Mecanismos de Ação de Inseticidas - Prof. Raul N. C. Guedes (UFV). Sistema nervoso é composto por células nervosas

Leia mais

Liberação de neurotransmissores Potenciais pós-sinápticos e integração sináptica Plasticidade sináptica Sinapses elétricas

Liberação de neurotransmissores Potenciais pós-sinápticos e integração sináptica Plasticidade sináptica Sinapses elétricas Liberação de neurotransmissores Potenciais pós-sinápticos e integração sináptica Plasticidade sináptica Sinapses elétricas A sinapse Elemento pré-sináptico Botão sináptico Junção neuromuscular Terminais

Leia mais

Mecanismos bio-moleculares responsáveis pela captação e interpretação dos sinais do meio externo e interno comunicação celular

Mecanismos bio-moleculares responsáveis pela captação e interpretação dos sinais do meio externo e interno comunicação celular Mecanismos bio-moleculares responsáveis pela captação e interpretação dos sinais do meio externo e interno comunicação celular Transferência citoplasmática direta de sinais elétricos e químicos Como as

Leia mais

Mecanismos bio-moleculares responsáveis pela captação e interpretação dos sinais do meio externo e interno comunicação celular

Mecanismos bio-moleculares responsáveis pela captação e interpretação dos sinais do meio externo e interno comunicação celular Mecanismos bio-moleculares responsáveis pela captação e interpretação dos sinais do meio externo e interno comunicação celular Transferência citoplasmática direta de sinais elétricos e químicos Como as

Leia mais

FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I

FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Musculatura corporal Músculo Liso Fibras menores Revestimento de órgãos: Trato gastrointestinal Vasos sanguíneos

Leia mais

Células da Glia Funções das células da Glia

Células da Glia Funções das células da Glia Estrutura e Função do Sistema Nervoso Controle Nervoso do Movimento Células do Sistema Nervoso Células da glia (gliais ou neuróglias) Células neurais (neurônios) 2 Células da Glia Funções das células da

Leia mais

10/05/2016. Fisiologia de insetos. Visão

10/05/2016. Fisiologia de insetos. Visão Fisiologia de insetos Noções básicas aplicadas para a Agronomia Visão Formação da imagem: A luz é admitida através da córnea e concentrada pelo cone cristalino e dirige-se ao rabdoma, espalhando-se pelas

Leia mais

Classificação e Características do Tecido Nervoso

Classificação e Características do Tecido Nervoso Classificação e Características do Tecido Nervoso CARACTERÍSTICAS GERAIS TRANSMISSÃO DE IMPULSOS NERVOSOS RELAÇÃO DIRETA COM O SISTEMA ENDÓCRINO Organização do Sistema Nervoso Humano Divisão Partes Funções

Leia mais

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO Controle do funcionamento do ser humano através de impulsos elétricos Prof. César Lima 1 Sistema Nervoso Função: ajustar o organismo animal ao ambiente. Perceber e

Leia mais

CONTRAÇÃO MUSCULAR. Letícia Lotufo. Estrutura. Função. Fonte: Malvin et al., Concepts in humam Physiology

CONTRAÇÃO MUSCULAR. Letícia Lotufo. Estrutura. Função. Fonte: Malvin et al., Concepts in humam Physiology CONTRAÇÃO MUSCULAR Fibra muscular lisa Núcleo Estrias Fibra muscular cardíaca Núcleo Letícia Lotufo Discos Intercalares Músculo Tipos de músculo Estrutura Função Esquelético Cardíaco Liso Célula cilíndrica

Leia mais

O POTENCIAL DE AÇÃO 21/03/2017. Por serem muito evidentes nos neurônios, os potenciais de ação são também denominados IMPULSOS NERVOSOS.

O POTENCIAL DE AÇÃO 21/03/2017. Por serem muito evidentes nos neurônios, os potenciais de ação são também denominados IMPULSOS NERVOSOS. O POTENCIAL DE AÇÃO 1 2 0 amplitude duração tempo 0 repouso 1 2 Por serem muito evidentes nos neurônios, os potenciais de ação são também denominados IMPULSOS NERVOSOS. O potencial de ação é causado pela

Leia mais

Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP

Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP Neurotransmissão ROTEIRO DE AULA TEÓRICA: NEUROTRANSMISSÃO 1. Definição de sinapse a. sinápse elétrica b. sinápse química 2. Princípios da Transmissão

Leia mais

HISTOLOGIA DO TECIDO E SISTEMA NERVOSO

HISTOLOGIA DO TECIDO E SISTEMA NERVOSO HISTOLOGIA DO TECIDO E SISTEMA NERVOSO CARACTERÍSTICAS GERAIS Transmissão de impulsos nervosos Relação direta com o sistema endócrino Organização do Sistema Nervoso Humano Divisão Partes Funções Gerais

Leia mais

POTENCIAIS ELÉTRICOS DAS CÉLULAS

POTENCIAIS ELÉTRICOS DAS CÉLULAS POTENCIAIS ELÉTRICOS DAS CÉLULAS ESTRUTURA DO NEURÔNIO POTENCIAIS ELÉTRICOS DAS CÉLULAS POTENCIAL DE REPOUSO - Conceito; - Origem do potencial de repouso; POTENCIAL DE AÇÃO - Conceito; - Fases do potencial

Leia mais

31/10/2017. Fisiologia neuromuscular

31/10/2017. Fisiologia neuromuscular Fisiologia neuromuscular 1 Junção neuromuscular TERMINAÇÕES NERVOSAS Ramificações nervosas na extremidade distal do axônio PLACAS MOTORAS TERMINAIS Extremidades das terminações nervosas FENDA SINAPTICA

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA GLICÓLISE Dra. Flávia Cristina Goulart CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Campus de Marília flaviagoulart@marilia.unesp.br Glicose e glicólise Via Ebden-Meyerhof ou Glicólise A glicólise,

Leia mais

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO Ciências Morfofuncionais II ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO Professora: Ms. Grazielle V. P. Coutinho Qual a importância de tantos estudos sobre o Sistema Nervoso? DIVISÕES PARA O ESTUDO DO SN

Leia mais

Sistema Nervoso e Potencial de ação

Sistema Nervoso e Potencial de ação Sistema Nervoso e Potencial de ação ELYZABETH DA CRUZ CARDOSO. PROFA TITULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF INSTITUTO DE SAÚDE DE NOVA FRIBURGO. DISCIPLINAS DE FISIOLOGIA HUMANA CURSOS DE ODONTOLOGIA

Leia mais

Neurônio. Neurônio 15/08/2017 TECIDO NERVOSO. corpo celular, dendrito e axônio

Neurônio. Neurônio 15/08/2017 TECIDO NERVOSO. corpo celular, dendrito e axônio TECIDO NERVOSO Neurônio corpo celular, dendrito e axônio Neurônio Corpos celulares (pericário) se concentram no Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula) e em pequenas concentrações ao longo do corpo

Leia mais

29/03/2015 LOCAL DE AÇÃO MECANISMO DE AÇÃO EFEITOS. Fármaco Princípio Ativo. Receptor: componente de uma célula

29/03/2015 LOCAL DE AÇÃO MECANISMO DE AÇÃO EFEITOS. Fármaco Princípio Ativo. Receptor: componente de uma célula LOCAL DE AÇÃO MECANISMO DE AÇÃO Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia EFEITOS Fármaco Princípio Ativo Receptor: componente de uma célula interação com um fármaco início de uma cadeia

Leia mais

Fisiologia da motilidade

Fisiologia da motilidade Fisiologia da motilidade Acoplamento excitação-contração Pedro Augusto CM Fernandes 2017 Dep. Fisiologia. Sala 317 E-mail:pacmf@usp.br Junção neuromuscular Junção neuromuscular Neurônio induz contração

Leia mais

Qual é o objeto de estudo da Fisiologia Humana? Por que a Fisiologia Humana é ensinada em um curso de licenciatura em Educação Física?

Qual é o objeto de estudo da Fisiologia Humana? Por que a Fisiologia Humana é ensinada em um curso de licenciatura em Educação Física? Fisiologia Humana QUESTÕES INICIAIS 1 2 3 Qual é o objeto de estudo da Fisiologia Humana? Por que a Fisiologia Humana é ensinada em um curso de licenciatura em Educação Física? Qual a importância dos conhecimentos

Leia mais

Profa. Cláudia Herrera Tambeli

Profa. Cláudia Herrera Tambeli Profa. Cláudia Herrera Tambeli Tipos de Músculos Estriado Liso Cardíaco Involuntário Esquelético Voluntário Involuntário Funções do músculo esquelético Relação Movimento/Força O músculo se contrai e encurta.

Leia mais

MEMBRANAS PLASMÁTICAS

MEMBRANAS PLASMÁTICAS MEMBRANAS PLASMÁTICAS Essenciais para a vida da célula https://www.youtube.com/watch?v=qdo5il1ncy4 Funções: Forma da célula. Intercâmbio célula-meio. Delimita conteúdo celular. Reconhecimento celular.

Leia mais

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Sistema Nervoso Central Periférico Autônomo Somático Simpático Parassimpático Ação integradora sobre a homeostase corporal. Respiração

Leia mais

Metabolismo muscular. Sarcômero: a unidade funcional do músculo Músculo cardíaco de rato. Músculo esquelético de camundongo

Metabolismo muscular. Sarcômero: a unidade funcional do músculo Músculo cardíaco de rato. Músculo esquelético de camundongo Metabolismo muscular Sarcômero: a unidade funcional do músculo Músculo cardíaco de rato Músculo esquelético de camundongo Tipos de fibras musculares: Músculo liso: este tipo contrai em resposta a impulsos

Leia mais

Biofísica Molecular. Bases Moleculares da Contração Muscular. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo

Biofísica Molecular. Bases Moleculares da Contração Muscular. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo 2017 Dr. Walter F. de Azevedo Biofísica Molecular Bases Moleculares da Contração Muscular Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 1 Biofísica e sua Relação com Outras Disciplinas Biologia tecidual Zoologia

Leia mais

Cada célula é programada para responder a combinações específicas de moléculas sinalizadoras

Cada célula é programada para responder a combinações específicas de moléculas sinalizadoras Sinalização celular Cada célula é programada para responder a combinações específicas de moléculas sinalizadoras Etapas da Sinalização 1) Síntese e liberação da molécula sinalizadora pela célula sinalizadora

Leia mais

FISIOLOGIA HUMANA. Prof. Vagner Sá UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

FISIOLOGIA HUMANA. Prof. Vagner Sá UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO FISIOLOGIA HUMANA Prof. Vagner Sá UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO E-mail: savagner@ig.com.br Introdução A fisiologia tenta explicar os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e

Leia mais

SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA

SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA Prof. João M. Bernardes Uma vez que o sistema nervoso é composto por células distintas, torna-se necessário que os neurônios estejam conectados de alguma forma, a fim de

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE POTENCIAIS DE MEMBRANA A DINÂMICA DOS FUNCIONAMENTO DOS CANAIS ATIVADOS POR NEUROTRANSMISSORES

CONSIDERAÇÕES SOBRE POTENCIAIS DE MEMBRANA A DINÂMICA DOS FUNCIONAMENTO DOS CANAIS ATIVADOS POR NEUROTRANSMISSORES CONSIDERAÇÕES SOBRE POTENCIAIS DE MEMBRANA A DINÂMICA DOS FUNCIONAMENTO DOS CANAIS ATIVADOS POR NEUROTRANSMISSORES PEÇAS QUE DEFINEM OS POTENCIAIS DE MEMBRANA Canais vazantes de potássio K Canais Sódio

Leia mais

1) Neurônio Neurônio (SNC) 2) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor. Receptores muscarínicos. Receptores Muscarínicos. 3) Neurônio pré e pós ganglionar

1) Neurônio Neurônio (SNC) 2) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor. Receptores muscarínicos. Receptores Muscarínicos. 3) Neurônio pré e pós ganglionar Colinérgicos Sinapses Colinérgicas e Receptores 1) Neurônio Neurônio (SNC) 2) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Receptores muscarínicos

Leia mais

Bioeletrogênese 21/03/2017. Potencial de membrana de repouso. Profa. Rosângela Batista de Vasconcelos

Bioeletrogênese 21/03/2017. Potencial de membrana de repouso. Profa. Rosângela Batista de Vasconcelos Bioeletrogênese CONCEITO: É o estudo dos mecanismos de transporte dos eletrólitos e de outras substâncias nos líquidos intra e extracelular através das membranas celulares dos organismos vivos. Profa.

Leia mais

Fisiologia do Sistema Nervoso 1B

Fisiologia do Sistema Nervoso 1B Fisiologia do Sistema Nervoso 1B Células da Glia Neuroglia Células da Glia / Neuroglia Diversos tipos celulares: 1. Oligodendrócitos 2. Células de Schwann 3. Astrócitos 4. Células ependimárias 5. Microglia

Leia mais

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Compreende basicamente dois tipos de células Neurônios Unidade fundamental função básica de receber, processar e enviar informações Células gliais ou neuroglia

Leia mais

SISTEMA NERVOSO MÓDULO 7 FISIOLOGIA

SISTEMA NERVOSO MÓDULO 7 FISIOLOGIA SISTEMA NERVOSO MÓDULO 7 FISIOLOGIA SISTEMA NERVOSO O tecido nervoso é composto por neurônios e células da glia. Os neurônios possuem um corpo, de onde saem os dendritos (porta de entrada dos impulsos)

Leia mais

ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO

ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Sistema Nervoso Profª Andrelisa V. Parra

Anatomia e Fisiologia Sistema Nervoso Profª Andrelisa V. Parra Tecido nervoso Principal tecido do sistema nervoso Anatomia e Fisiologia Sistema Nervoso Profª Andrelisa V. Parra Tipos celulares: - Neurônios condução de impulsos nervosos - Células da Glia manutenção

Leia mais

NEUROTRANSMISSORES MÓDULO 401/2012. Maria Dilma Teodoro

NEUROTRANSMISSORES MÓDULO 401/2012. Maria Dilma Teodoro NEUROTRANSMISSORES MÓDULO 401/2012 Maria Dilma Teodoro NEUROTRANSMISSORES São rapidamente liberados pelos neurônio présináptico, difundem-se através da fenda, e têm um efeito de inibição ou de excitação

Leia mais

unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CÂMPUS DE JABOTICABAL FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional 7a. Aula - Modo

Leia mais

Importância dos processos de sinalização. Moléculas sinalizadoras (proteínas, peptídeos, aminoácidos, hormônios, gases)

Importância dos processos de sinalização. Moléculas sinalizadoras (proteínas, peptídeos, aminoácidos, hormônios, gases) Sinalização celular Importância dos processos de sinalização Seres unicelulares Seres multicelulares Moléculas sinalizadoras (proteínas, peptídeos, aminoácidos, hormônios, gases) Receptores Proteínas -

Leia mais

NEUROMORFOLOGIA. Neurônio célula esquisita com estranhos poderes

NEUROMORFOLOGIA. Neurônio célula esquisita com estranhos poderes NEUROMORFOLOGIA 8 Neurônio célula esquisita com estranhos poderes O Sistema Nervoso (SN) apresenta duas principais divisões: o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP). O SNC

Leia mais

1) Neurônio Neurônio (SNC) Receptores muscarínicos e nicotínicos. 2) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor Receptores muscarínicos

1) Neurônio Neurônio (SNC) Receptores muscarínicos e nicotínicos. 2) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor Receptores muscarínicos Colinérgicos Sinapses Colinérgicas e Receptores 1) Neurônio Neurônio (SNC) Receptores muscarínicos e nicotínicos Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia 2) Neurônio pós ganglionar

Leia mais

BIOELETROGÊNESE. Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana. - Neurônios. esqueléticas lisas cardíacas

BIOELETROGÊNESE. Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana. - Neurônios. esqueléticas lisas cardíacas BIOELETROGÊNESE Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana - Neurônios - células musculares esqueléticas lisas cardíacas Membrana citoplasmática Os neurônios geram

Leia mais

Neurofisiologia. Profª Grace Schenatto Pereira Núcleo de Neurociências NNc Bloco A4, sala 168 Departamento de Fisiologia e Biofísica ICB-UFMG

Neurofisiologia. Profª Grace Schenatto Pereira Núcleo de Neurociências NNc Bloco A4, sala 168 Departamento de Fisiologia e Biofísica ICB-UFMG Neurofisiologia Profª Grace Schenatto Pereira Núcleo de Neurociências NNc Bloco A4, sala 168 Departamento de Fisiologia e Biofísica ICB-UFMG www.nnc.icb.ufmg.br link: apoio à graduação ciências biológicas

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Nervoso

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Nervoso O que é o sistema nervoso? Como é constituído? Quais são suas funções? Qual é a sua importância para o organismo? : Anatomia e Fisiologia Animal É uma rede de comunicações Capacitam animal a se ajustar

Leia mais