Garantia 22/11/2013
Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 4 3.1 ICMS... 5 3.2 ISS... 7 3.3 SUSEP... 8 4. Conclusão... 9 5. Referências... 10 6. Histórico de alterações... 10 2
1. Questão O cliente, empresa do ramo de comércio varejista, estabelecida no Estado de São Paulo, tem contrato com uma empresa do ramo de seguros, a quem cabe prestar garantia adicional à do fabricante dos eletrodomésticos vendidos aos consumidores que assim o desejarem, mediante pagamento de valor adicional ao da mercadoria. Ao nosso cliente cabe somente intermediar o negócio, oferecendo ao consumidor o serviço de Garantia e recebendo, por conta e ordem da empresa de seguros (garantia estendida), o valor da cobertura citada. Ao fim de cada mês remete para a empresa seguradora, por meio de arquivo magnético, os dados referentes aos negócios fechados em nome dela, bem como os valores dos mesmos, deduzindo somente a parcela relativa a sua comissão por tal intermediação. O questionamento é como deve ser documentado este valor de garantia estendida nos documentos fiscais de venda de mercadoria ao consumidor final, em especial o cupom fiscal e também como deve ser feita a escrituração fiscal deste documento. 2. Normas apresentadas pelo cliente Foi apresentada pela equipe de desenvolvimento do Microsiga-Protheus, que formula o questionamento, a seguinte consulta feita ao fisco de Minas Gerais sobre o tema, como base para análise da questão : Consulta de Contribuinte DOLT/SUTRI nº 134, de 18.09.2003 - DOE MG de 25.09.2003 CUPOM FISCAL - GARANTIA ADICIONAL - Não há previsão legal que autorize a inserção do valor da garantia adicional à do fabricante, oferecida por terceiros, no Cupom Fiscal emitido pela vendedora da mercadoria, ainda que esta seja a intermediária na realização do contrato de garantia entre a garantidora e o consumidor do bem. EXPOSIÇÃO: A Consulente, com matriz em São Paulo e diversas filiais em Minas Gerais, informa exercer o comércio varejista de produtos de informática e telecomunicações. Aduz que, para melhor atender seus clientes e, também, diversificar suas próprias atividades, firmou parceria com a empresa Aon Warranty Services do Brasil Ltda., a quem cabe prestar garantia adicional à do fabricante aos clientes que assim o desejarem, mediante pagamento do custo deste serviço. À Consulente cabe intermediar o negócio, oferecendo ao seu cliente o serviço ofertado pela Aon e recebendo, por conta e ordem desta, o valor da cobertura citada. Ao fim de cada mês remete para a Aon, por meio de arquivo magnético, os dados referentes aos negócios fechados em nome dela, bem como os valores dos mesmos, retirando somente a parcelada relativa à sua comissão por tal intermediação. Esclarece emitir o cupom fiscal pela venda do bem, e, quando o cliente adquire a garantia adicional, recibo a esta correspondente. Trabalha com Transferência Eletrônica de Fundos (TEF) integrada ao seu equipamento emissor de Cupom Fiscal. Porém, como, em princípio, não pode constar, neste documento, o valor da garantia adicional, exige dos cliente pagamentos distintos, um relativo à compra, que pode ser inclusive via cartão de crédito ou de débito, e outro relativo à garantia adicional, que tem de exigir em dinheiro ou cheque, dificultando seu relacionamento com o cliente. Para solucionar o problema, pretende fazer tal registro no Cupom Fiscal, nele constando a operação de venda e seu respectivo valor, que será a base de 3
cálculo do ICMS, e outro item, chamado garantia adicional, com o valor desta. Título documento A soma dos dois será o valor total do Cupom Fiscal, que receberá do cliente. Posto isso, CONSULTA: 1 - Pode adotar o procedimento pretendido em relação ao Cupom Fiscal? 2 - A resposta à presente Consulta será aplicável às diversas filiais que tem em Minas Gerais e a outras que porventura venha a abrir neste Estado? RESPOSTA: 1 - Pelo contrato que anexou à presente Consulta, percebe-se que a participação da Consulente no negócio relativo à garantia extendida é típica atividade de intermediação, sendo tal contrato de garantia firmado entre o consumidor e a Aon Warranty Services do Brasil Ltda., a quem cabe se responsabilizar por ela. Admitida tal hipótese, não há, na legislação tributária estadual, previsão normativa que albergue os procedimentos pretendidos pela Consulente, que pretende incluir no Cupom Fiscal item e valor correspondentes a negócio realizado entre terceiros. 2 - Os efeitos desta resposta alcançam todas as filiais da Consulente estabelecidas em Minas Gerais, por ela listadas no anexo à Consulta. E o entendimento aqui exarado aplica-se, enquanto vigente, também às filiais que venham a ser abertas em território mineiro. DOET/SLT/SEF, 25 de setembro de 2003. Tarcísio Fernando de Mendonça Terra - Assessor De acordo. Adalberto Cabral da Cunha - Coordenador/DOT Edvaldo Ferreira - Diretor/DOET Wagner Pinto Domingos - Diretor/SLT Nesta decisão do fisco de Minas Gerais podemos verificar que o entendimento é de que a intermediação pelo comércio do seguro, denominado garantia estendida, está fora da competência estadual, por este motivo, não deve ser documentado no cupom fiscal e consequentemente não incide o ICMS. 3. Análise da Legislação A garantia estendida é um seguro oferecido pelas companhias que protege o produto contra vícios funcionais, ou seja, que não foram intencionalmente provocados pelo segurado. O objetivo do seguro é conceder ao segurado uma extensão e/ou complementação da garantia original de fábrica, estabelecida no contrato de compra e venda de bens, mediante o pagamento de prêmio, reparação ou troca da mercadoria. É prática comum no mercado de bens de consumo duráveis, notadamente, de eletrodomésticos, a oferta de seguro de garantia estendida. 4
3.1 ICMS A lei complementar 87/96, prevê o seguinte quanto a incidência do ICMS : LEI COMPLEMENTAR Nº 87, DE 13 DE SETEMBRO DE 1996 (...) Art. Art. 13. A base de cálculo do imposto é: ( ) 1o Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso V do caput deste artigo: (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) (...) II - o valor correspondente a: a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição; (...) Assim, por este dispositivo, incluem-se na base de cálculo do imposto, entre outras parcelas, as relativas a seguros, a juros e às demais importâncias recebidas ou debitadas ao destinatário, previsto, também, nos regulamentos de ICMS, e com base nisto existe entendimento dos Fiscos de alguns Estados no sentido de que a garantia estendida possui natureza jurídica de seguro, devendo integrar a base de cálculo do ICMS, como é o caso da resposta à consulta abaixo transcrita do fisco de Santa Catarina : EMENTA: ICMS SEGUNDO O CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, A GARANTIA ESTENDIDA É CONTRATO DE SEGURO, LOGO, O VALOR A ELE CORRESPONDENTE INTEGRARÁ A BASE DE CÁLCULO DO ICMS, EX VI DO 1º, II, A DO ARTIGO 13 DA LEI COMPLMENTAR Nº 87/96. CONSULTA Nº: 64/07 Este texto não substitui o publicado no D.O.E. de 09.10.07 01 - CONSULTA. A Consulente acima identificada, devidamente qualificada nos autos deste processo, informa que tem como ramo de atividade o comércio atacadista e distribuição de produtos eletrônicos importados, cujo prazo de garantia é, por determinação legal, de 90 dias. Acrescenta que, por motivos mercadológicos, oferece, a título oneroso, aos seus clientes garantia estendida em 275 dias, totalizando, assim, um ano de garantia. Por fim, a consulente pergunta se está correta a cobrança de garantia estendida como cobrança de serviço mediante a emissão de Nota Fiscal de Serviço submetendo a operação à incidência do ISS, ou se o valor cobrado referente à garantia estendida também deve integrar a base de cálculo do ICMS? O processo não foi analisado no âmbito da Gerência Regional em Blumenau, conforme determinado pela Portaria SEF nº 226/01. É o relatório, passo à análise. 02 - DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, art. 13; Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, arts. 12, 13, 18 e 24; Conselho Nacional de Seguros Privados Resolução CNSP nº 122, de 3 de maio de 2005. 03 DA FUNDAMENTAÇÃO E RESPOSTA. Em que pese a consulente não ter citado expressamente na peça vestibular sobre qual dispositivo da legislação tributária repousa sua dúvida, porém, consoante a situação descrita é fácil deduzir que esta repousa sobre art. 13 da Lei Complementar nº 87/96, que trata da base de cálculo do ICMS. Destarte, o presente pedido poder ser recebido como consulta. Duas indagações estão contidas na dúvida apresentada pela consulente, a saber: 1ª - a garantia estendida é prestação de serviço? 2ª a qual tributação deverá ser submetido o valor cobrado a titulo de garantia estendida? Por primeiro, tem-se que a palavra garantia deriva do verbo garantir, que segundo o Dicionário Aurélio é responsabilizar-se por.... Nesta esteira, De plácido e Silva ensina que garantia pode ser tida na equivalência de 5
Título do documento responsabilidade, quando num sentido generalizado. E, assim, garantia exprime a situação em virtude da qual o devedor é obrigado ou compelido a cumprir a prestação devida. (in Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro: Forense. 1993. Vol.II, pág. 342 e 343). No Direito Brasileiro a garantia sobre produtos de consumo é obrigação do alienante em favor do adquirente, consoante se depreende dos artigos 12, 13, 18 e 24 do Código de Defesa do Consumidor instituído pela Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, in verbis: Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando: (...) Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor. Assim, conclui-se que a responsabilidade sobre a qualidade e a quantidade dos produtos de consumo deriva do próprio contrato de compra e venda firmado entre o vendedor e o comprador. Ou seja, a garantia legal decorre do próprio negócio jurídico realizado, estando o custo operacional desta responsabilidade subsumido no valor da própria operação de venda do produto. Assim, aplicando a lógica jurídica à interpretação, resulta afastada qualquer tese no sentido de que o dever de garantir a qualidade e a quantidade do produto vendido caracterize-se como prestação de serviço. Já, a garantia estendida, instituto conhecido principalmente entre consumidores de veículos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, e que consiste na dilação do prazo da garantia original de fábrica de um determinado produto, mediante o pagamento de um valor acordado no momento da sua compra é obrigação autônoma e totalmente desvinculada do negócio jurídico original (compra e venda). Ressalte-se que a onerosidade da garantia estendida apresenta-se como fator adicional, fato que cria espaço para discussão sobre a natureza jurídica dessa modalidade de garantia. Destarte, o CNSP Conselho Nacional de Seguros Privados e a Susep Superintendência de Seguros Privados colocaram um ponto final nesta discussão que persistiu por anos no mercado segurador brasileiro. Com a publicação da Resolução CNSP nº 122, de 3 de maio de 2005, o serviço de garantia estendida passou a ser legalmente considerado modalidade de seguro, e, portanto, somente sociedades seguradoras, devidamente autorizadas para tanto, estão autorizadas a comercializá-lo no Brasil. (in Revista Consultor Jurídico, 26 de junho de 2005). Portanto, está legalmente definido que a garantia estendida é contrato de seguro, logo, é lídimo conclui que o valor cobrado a esse título deverá integrar a base de cálculo do ICMS, ex vi do 1º do artigo 13 da Lei Complementar nº 87/96, in verbis: Art. 13. A base de cálculo do imposto é: I - na saída de mercadoria prevista nos inciso I, III e IV do art. 12, o valor da operação; 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso I do caput deste artigo: II - o valor correspondente a: a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição; (Grifei). Pelo exposto, responda-se à consulente que o valor cobrado a título de seguro de garantia estendida integra a base de cálculo do ICMS. 6
É o parecer que submeto à elevada apreciação da Comissão Permanente de Assuntos Tributários. Gerência de Tributação, em Florianópolis, 06 de setembro de 2007. Lintney Nazareno da Veiga AFRE Mat. 191402.2 De acordo. Responda-se à consulta nos termos do parecer acima, aprovado pela COPAT na sessão do dia 08 de setembro de 2007. Alda Rosa da Rocha Almir José Gorges No entanto, tal interpretação não é unanime, há outros entendimentos, um deles é de que a garantia estendida não está vinculada à operação de circulação de mercadoria. Muito embora seja óbvio que o consumidor precise ter a propriedade/posse da mercadoria, caso queira contratar esse seguro, a respectiva contratação independe da compra e venda. Ele tem liberdade para escolher o tempo da contratação e a empresa seguradora pode fazê-lo no momento em que compra o produto, ou meses depois. Não podendo confundir, por exemplo, o seguro de transporte da mercadoria com o seguro de garantia estendida. O primeiro assegura a própria circulação da mercadoria o que justificaria a sua inclusão na base de cálculo do ICMS e o segundo a troca/conserto desta mercadoria, quando defeituosa e após o consumo. Por conta disto, o Poder Judiciário e alguns tribunais administrativos já têm se manifestado no sentido de que o valor do prêmio pago pela garantia estendida não pode compor a base de cálculo do ICMS, no entanto, o entendimento não é pacífico, há demandas judiciais favoráveis e contrárias aos contribuintes. 3.2 ISS O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), de competência dos municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes na Lista de Serviços anexa à Lei Complementar no 116/2003, ainda que esses serviços não constituam atividade preponderante do prestador dos serviços. O subitem 10.01 dessa lista descreve como fato gerador do ISS o agenciamento, a corretagem ou a intermediação de câmbio, de seguros, de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdência privada. Portanto, o prestador de serviços, pessoa física ou jurídica, que proceder ao agenciamento, à corretagem ou à intermediação de seguros estará enquadrado no subitem 10.01 da Lista de Serviços e, por essa razão, sujeito ao recolhimento do ISS. LEI COMPLEMENTAR Nº 116, DE 31 DE JULHO DE 2003 Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. (...) 10.01 Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros, de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdência privada. (...) 7
3.3 SUSEP Título do documento A Resolução nº 296 de 25/10/2013, da Superintendência de Seguros Privados (Susep), regulamenta os critérios para operação do seguro de garantia estendida, quando contratado na aquisição de bens ou durante a vigência da garantia do fornecedor e restringese ao consumidor final, ou pessoa por ele indicada no documento contratual. O seguro de que trata esta Resolução tem como objetivo fornecer ao segurado a extensão e/ou complementação da garantia original de fábrica, estabelecida no contrato de compra e venda de bens, mediante o pagamento de prêmio. Para tanto, define-se como: segurado, o consumidor final; estipulante, a empresa responsável pela comercialização ou pela fabricação dos bens; São modalidades do seguro de garantia estendida: extensão de garantia original: cuja vigência inicia-se imediatamente após o término da garantia do fornecedor e que contempla as mesmas coberturas e exclusões oferecidas pela garantia do fornecedor; extensão de garantia original ampliada: cuja vigência inicia-se imediatamente após o término da garantia do fornecedor e que contempla as mesmas coberturas oferecidas pela garantia do fornecedor, apresentando, adicionalmente, a inclusão de novas coberturas, desde que não enquadradas em outros ramos específicos de seguro; extensão de garantia reduzida: cuja vigência inicia-se imediatamente após o término da garantia do fornecedor e que pode contemplar coberturas reduzidas comparativamente àquelas oferecidas pela garantia do fornecedor (aplica-se somente ao seguro de garantia estendida voltado para veículos automotores e para bens que possuem apenas garantia legal); A denominação comercial do plano de garantia estendida deverá conter uma das seguintes expressões: Seguro de Garantia Estendida Original, Seguro de Garantia Estendida Original Ampliada; ou Seguro de Garantia Estendida Reduzida É proibido condicionar a compra do bem à contratação do seguro de garantia estendida, assim como condicionar a concessão de desconto no seu preço à aquisição do seguro; Os preços de aquisição do bem e do seguro de garantia estendida deverão ser discriminados na ocasião da oferta. A transação financeira correspondente à aquisição do seguro deverá ser distinta daquela realizada para pagamento do bem adquirido, inclusive com emissão dos respectivos comprovantes, bem como a individualização dos respectivos pagamentos, seja com cartão de crédito, boletos bancários ou outros meios de pagamento admitidos, com exceção daqueles realizados em espécie; O segurado poderá desistir do seguro contratado no prazo de 7 (sete) dias corridos a contar da assinatura da proposta, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, serão devolvidos, de imediato; As datas de início da vigência do contrato e do início de cobertura de risco da cobertura básica são distintas, atendendo aos seguintes critérios: 8
o início de vigência do contrato de seguro de garantia estendida será a data da assinatura da proposta, no caso de contratação por apólice individual, ou a data da emissão do bilhete, no caso de contratação por bilhete; o início da cobertura do risco será o exato instante do término da garantia do fornecedor, exceto na hipótese da cobertura de complementação da garantia, cuja vigência inicia-se simultaneamente a do contrato. 4. Conclusão Por todo o exposto, concluímos que o sistema deve ser adequado a fim de atender as operações dos clientes do comércio varejista quanto a venda de mercadorias e seguro de garantia estendida ao consumidor final. Como não há uma norma que estabeleça procedimentos para indicação de contratação de "garantia estendida" no documento fiscal (cupom fiscal e nota fiscal emitida), nem consenso quanto à incidência do ICMS nestas operações, sugiro que sejam criados os seguintes tratamentos no módulo de Automação Comercial, de forma que o próprio cliente possa optar pela forma como quer documentar e tributar este valor de garantia estendida : 1º opção 2º opção Documentar o valor da garantia estendida somente no cupom não-fiscal; Este valor não deve ser considerado para nenhuma obrigação fiscal, somente para controles gerenciais; Documentar o valor da garantia estendida no cupom fiscal; Deverá ser atribuído um TES predeterminado (um parâmetro no caso do Microsiga-Protheus), neste TES o cliente irá configurar a tributação que entenda seja a correta, ICMS, ISS ou sem nenhuma tributação; Este valor deverá ser considerado para todas as obrigações fiscais e nunca poderá constar como valor de desconto, deve ser considerado como um item a mais do documento fiscal; Vale ressaltar que o ideal é que, para ter segurança quanto a não inclusão do valor da garantia estendida na base de cálculo do ICMS, o cliente poderá ingressar com processo de consulta junto à SEFAZ (Secretaria da Fazenda) de seu Estado. Independente da forma, cupom fiscal ou cupom não-fiscal, também devem ser observadas as regras da SUSEP para documentar estas operações de seguro de garantia estendida no sistema, sendo elas : A denominação da garantia estendida deverá conter uma das seguintes expressões: Seguro de Garantia Estendida Original, Seguro de Garantia Estendida Original Ampliada; ou Seguro de Garantia Estendida Reduzida O pagamento do valor da garantia estendida deverá ser feito separadamente do pagamento da mercadoria, inclusive com emissão dos respectivos comprovantes, bem como a individualização dos respectivos pagamentos, seja com cartão de crédito, boletos bancários ou outros meios de pagamento admitidos, com exceção daqueles realizados em dinheiro. Caso o consumidor se arrependa da contratação do seguro de garantia estendida, em sete dias corridos a contar da assinatura da proposta, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, serão devolvidos, de imediato; 9
5. Referências Título do documento http://legislacao.sef.sc.gov.br/html/consultas/2007/con_07_064.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp87.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp116.htm http://www2.susep.gov.br/bibliotecaweb/docoriginal.aspx?tipo=1&codigo=31578 6. Histórico de alterações ID Data Versão Descrição Chamado LJAC 22/11/13 1.00 Garantia Estendida SP THYY69 10