O Projeto Brasil Pack Trends 2020 aborda os principais fatores de impacto na indústria brasileira de embalagem nos próximos anos, as principais tendências que determinarão o comportamento dos mercados, e os desdobramentos para os esforços de PD&I das empresas
Avanços na área de C&T Mulheres trabalham mais Classe C busca ascensão social Consumidores verdes avançam Nível educacional aumenta Consumidor quer mais informação Política de resíduos sólidos Cresce alimentação fora do lar Maior rigor com a segurança dos produtos Aumenta renda do brasileiro Cresce mercado de luxo Cresce preocupação com saúde Mudanças na cadeia de suprimentos Preço dos insumos preocupam indústria Hábitos de consumo em transformação Sociedade mais individualizada
Design funcional O consumidor interage com a embalagem em diversos aspectos, desde a escolha no momento da compra, no consumo do produto, até o momento do descarte da embalagem. O desenvolvimento da embalagem deve considerar estes aspectos visando facilitar tal interação. A embalagem e a segmentação de mercado O perfil dos consumidores muda a cada dia, exigindo que a embalagem atenda às necessidades deles, que buscam não só a conveniência, mas também a simplicidade. Assim, aspectos como redução de tempo de preparo, consumo em trânsito, individualização de porções, facilidade de informação e interatividade são alguns dos focos no desenvolvimento de embalagens.
Design funcional Preservação de princípios ativos A embalagem deve viabilizar a proteção de produtos com propriedades nutricionais e nutracêuticas, contendo compostos instáveis, preservando-os do envase ao consumo. Simplicidade de uso Os consumidores procuram produtos que consigam agregar praticidade ao preparo e no momento do consumo, minimizando o uso de copos, talheres e outros utensílios. Fácil abertura Embora presente em grande parte dos produtos, a fácil abertura continua sendo uma tendência no setor de embalagens. Além do consumidor comum, cresce o foco em consumidores com necessidades especiais, como por exemplo os idosos.
A embalagem e a segmentação de mercado Consumo em trânsito O consumidor busca embalagens compactas, com facilidade de abertura e refechamento, para o consumo porcionado. Porcionamento Famílias menores, residências com apenas uma pessoa e a vida atribulada têm criado uma demanda por produtos em porções individuais. Preparo em micro-ondas Conveniência para refeições rápidas, dispensado utensílios adicionais no preparo e no consumo.
Demanda de produtos com maior valor agregado, com símbolos de status, que compõem o estilo de vida sofisticado Produtos com qualidade superior, que possam trazer algum benefício à saúde, que tragam informações sobre a origem, que remetam a qualidade, com ingredientes naturais e saudáveis Premiumization Consumidor deseja inserir-se no contexto, sentir-se parte de um grupo, adotar um estilo de vida Embalagem como reflexo do posicionamento da marca no mercado
Natural, seguro e artesanal Embalagens criativas informam o cuidado com a qualidade dos ingredientes, da produção e reforçam a origem natural do produto. Luxo, indulgência e consumo hedonista Na busca por novas sensações e pelo prazer sem culpa, a embalagem deve ligar a experiência sensorial do consumidor com suas expectativas e emoções. Edições limitadas e produtos atestados por celebridades Lançamentos em ocasiões específicas e produtos associados a celebridades atraem o consumidor que busca algo diferente
Uso de símbolos e formatos especiais Identificação e reconhecimento da marca pela embalagem para diferenciar e expressar a qualidade do produto, a autenticidade e sua personalidade Estímulo à sensorialidade Embalagens proporcionam interatividade com o consumidor envolvendo os diversos sentidos na apreciação de um produto Cores e imagens Cores limitadas para categorias de produto com apelo sustentável; ilimitadas e atrativas, e design gráfico para criar a identidade da marca
Life Cycle Thinking & cadeia produtiva Life cycle thinking ou o pensar no ciclo de vida em toda a cadeia produtiva tem se mostrado um dos instrumentos mais eficazes na implementação de iniciativas que reduzem o impacto ambiental de produtos e processos.
Otimização do sistema de embalagem Repensar a embalagem desafiando seus limites de peso, formato, materiais, acessórios sem comprometer a integridade do produto. Maximizar o conteúdo acondicionado por massa de embalagem, concentrar produtos, reduzir tamanhos, distribuir mais unidades por volume transportado. Materiais reciclados & reuso O incentivo ao uso de materiais reciclados reduz o consumo de recursos naturais e geralmente está associado ao menor consumo de energia e emissões. O reuso das embalagens e o aumento de sua durabilidade amortiza seu custo ambiental.
Gerenciamento de resíduos & logística reversa A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, consumidores e poder público na destinação adequada dos resíduos gerados. Todos os resíduos gerados devem ter cadeias de destinação e/ou reaproveitamento já estabelecidas. Credibilidade & ética O marketing ambiental amparado por métricas internacionalmente comprovadas é ferramenta poderosa de informação para o consumidor! A credibilidade tem sido atestada pelo uso de declarações e rótulos ambientais normatizados e certificações para que o Greenwashing seja evitado!
Smart Packages: embalagens ativas e inteligentes Embalagens ativas atuam sobre o produto ou espaço livre da embalagem para aumentar a vida útil e a segurança microbiológica de alimentos e bebidas. Embalagens inteligentes monitoram e dão uma indicação do frescor e da qualidade dos alimentos, assim como informações que permitam rastreabilidade e maior segurança. Futuro A embalagem dará poder ao consumidor para modificar ou otimizar os produtos, assim como para decidir questões de qualidade e frescor. Absorvedores de oxigênio, de CO 2, de etileno, absorvedores/ controladores de umidade, absorvedores de odores, removedores de colesterol, emissores de etanol, de CO 2, de SO 2, de aromas, filmes antimicrobianos, antioxidantes, embalagens self heating Indicadores de tempotemperatura, de amadurecimento e frescor, indicadores de oxigênio, de etileno, de CO 2, indicadores de microrganismos patogênicos e toxinas, indicadores de maturação, de temperatura ótima de consumo, biossensores e nanossensores
Nanotecnologia Nanotecnologia aplicada em embalagens plásticas e cartonadas podem ajudar a superar suas limitações nocompósitos (nanoargilas e resinas), nanopartículas de carbono/nanotubos, óxidos e metais em escala nanométrica comercializados por fabricantes de resinas e de aditivos/cargas para embalagem Melhoria de Propriedades Sustentabilidade Novas Funcionalidades Desafios Carência de aspectos regulatórios ambientais e de segurança de alimentos que abordem esta tecnologia em desenvolvimento, preocupação dos consumidores sujeitos a campanhas de grupos ambientalistas, altos custos de desenvolvimento e produção e tempo grande entre a pesquisa e a comercialização
Biopolímeros Polímeros ou copolímeros de fonte renovável que podem ser de origem natural ou sintetizados a partir de matéria-prima de fonte renovável ou produzidos por microrganismos. Diante da falta de infraestrutura de usinas industriais de compostagem, a tendência é que cresça o mercado de biopolímeros recicláveis, a exemplo do polietileno Verde da Braskem e da Plant-Bottle da Coca-Cola, com vantagens como a conservação de energia e matérias-primas e poupando recursos naturais. Desafios superar as limitações nas propriedades aumentar a disponibilidade aumentar a competitividade com polímeros de fonte fóssil resolver questões ambientais: impacto negativo na cadeia de reciclagem e falta de coleta para compostagem O futuro está nas embalagens fabricadas a partir de resíduos/subprodutos da cadeia produtiva de alimentos
A embalagem é fundamental para preservar a segurança e a qualidade de produtos alimentícios através de toda a cadeia alimentar. A embalagem não pode ser uma fonte de contaminação química, física ou microbiológica do alimento para que ela atenda os requerimentos básicos: garantir a segurança do alimento proteger os interesses do consumidor Segurança A segurança da embalagem é dada pela sua composição química. As substâncias que a compõem devem ter a toxicidade, o perigo e o potencial de migração para os alimentos estudados, para que a exposição do consumidor à substância química possa ser avaliada e o seu risco conhecido. Legislações baseadas no risco das substâncias são elaboradas para controlar a contaminação química e toxicológica da embalagem e a exposição dos consumidores. O controle da contaminação física e microbiológica é garantido através dos sistemas de gerenciamento e certificações de qualidade.
Legislação As legislações para materiais de embalagem para contato com alimentos visam assegurar a saúde do consumidor através do controle da contaminação química, devido à migração de componentes da embalagem para o produto. As legislações estão continuamente em evolução para incorporação de novas substâncias, novos conceitos, novas tecnologias como embalagens ativas, materiais reciclados pós-consumo e nanomateriais e novas interpretações baseadas no conhecimento científico. Declarações de conformidade são exigidas com o objetivo de transferir o conhecimento sobre o material de embalagem para o fabricante de alimentos, para assegurar o uso correto da embalagem nas condições previstas.
Sistemas de gerenciamento de segurança Desenvolvimento de sistemas eficientes que promovam a melhoria contínua, transparência e economia dos processos de fabricação da embalagem. Boas práticas de fabricação (BPF) Aplicação e validação do HACCP Avaliação de perigos e pontos críticos de controle Certificações de sistemas de qualidade - BRC IoP, FSSC 22000 (ISO 22000 e PAS 223) Rastreabilidade e identificação de origem são essenciais para segurança: QR-code com link para informações entre outras tecnologias aplicação do RFID
Projeto Brasil Pack Trends 2020