BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

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Transcrição:

BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO 2 0 1 4 / 2 0 1 5

BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

S Ú M A R I O 01 02 03 04 PG 05 PG 05 PG 07 PG 09 Trens e metrôs transportaram 2,9 bilhões de passageiros em 2014 Expansão da rede ainda em ritmo lento Sustentabilidade nos trilhos Setor evolui na geração de empregos 05 06 07 08 PG 10 PG 10 PG 11 PG 11 Olimpíadas 2016 e o transporte sobre trilhos no Rio de Janeiro Expectativa de ampliação da rede metroferroviária nos próximos cinco anos Projetos metroferroviários previstos e em execução ainda serão insuficientes para atender à demanda Operadores perdem margem para investimento em razão da elevação das cargas tributárias 09 10 11 12 PG 12 PG 13 PG 15 PG 16 Elevação do custo de energia elétrica coloca em alerta a operação de trens e metrôs A ANPTRILHOS PROJETOS contratados e/ ou em execução PROJETOS METROFERROVIÁRIOS COM POTENCIAL PARA CONTRATAÇÃO/INÍCIO DA OBRA ATÉ 2020

BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS 2014/2015 BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos www.anptrilhos. org.br), entidade que representa 99,7% do setor metroferroviário brasileiro, apresenta o Balanço do Setor Metroferroviário de Passageiros 2014/2015. O balanço divulgado pela ANPTrilhos considera os dados operacionais metroferroviários urbanos de 2014, incluindo o transporte por meio de metrôs, trens metropolitanos e monotrilhos. Trens e metrôs transportaram 2,9 bilhões de passageiros em 2014 De 2010 a 2014, o número de usuários do setor de transporte de passageiros sobre trilhos cresceu a uma taxa média de 10% ao ano. Em 2014, foram 2,9 bilhões de usuários atendidos pelo sistema, representando uma evolução de 4,4% em relação a 2013. A previsão para 2015 é que os sistemas sobre trilhos transportem 3 bilhões de pessoas. Ao considerar o total de pessoas transportadas diariamente, ao longo de 2014, a ANPTrilhos observa aumento de 3%, em comparação a 2013. Atualmente, a rede metroferroviária recebe, por dia, 9,8 milhões de passageiros. Expansão da rede ainda em ritmo lento Em 2014 apenas 30 novos km Com o constante crescimento de usuários do transporte público urbano e o lento crescimento da malha, o sistema metroferroviário segue com as operações sobrecarregadas. Com a realização da Copa do Mundo no Brasil, o setor esperava a conclusão de cinco novos projetos, que tinham recursos garantidos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e do PAC Copa - Monotrilho de Manaus/AM; VLT de Cuiabá/MT; VLT de Brasília/DF; Monotrilho Linha 17/; e VLT de Fortaleza/CE o que consolidaria 79,4 km em novas linhas. No entanto, nenhum destes projetos foi finalizado. Dessa forma, a rede metroferroviária brasileira continua registrando um crescimento muito pouco significativo: apenas 3% em 2014. Isso já considerando as linhas que ainda não estão em operação não comercial, mas que já estão em regime de operação assistida. Sem novos investimentos desde 2010, os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos voltou observar expansão apenas em 2013, quando foi inaugurado o Aeromóvel de Porto Alegre (RS), que liga o aeropor- 10% ao ano 2010 2011 2012 2013 2014 1,9 2,3 2,5 2,7 2,9 bilhões de passageiros bilhões de passageiros bilhões de passageiros bilhões de passageiros bilhões de passageiros BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO 05

3 Novos sistemas entraram em operação não-comercial em 2014 Monotrilho Metrô Bahia VLT Sobral Juntos somam 22,9 km em extensão e movimentaram 2,6 milhões de passageiros em 2014 to Salgado Filho à estação Aeroporto da Trensurb. Em 2014 três outros sistemas entraram em operação não comercial o Monotrilho linha 15/, o Metrô Bahia/BA e o VLT de Sobral/CE que, juntos, somam 22,9 km em extensão e movimentaram 2,6 milhões de passageiros. Se considerados os novos sistemas, o setor fecha o ano de 2014 com 22 novas estações, sendo: duas no Monotrilho de São Paulo; cinco no Metrô Bahia; 12 no VLT de Sobral; uma na Via 4; uma no Metrô ; e uma no Metrô Rio. Considerando esses critérios, o sistema de transporte de passageiros sobre trilhos fechou o ano de 2014 com 1002,5 km de extensão, divididos em 40 linhas, 521 estações e uma frota de 4.300 carros. Setor metroferroviário opera em menos da metade dos Estados Contabilizando os dados de 2014, o Brasil passa a contar com vinte sistemas de transporte urbano de passageiros sobre trilhos, administrados por doze operadores metroferroviários, sendo quatro privados. Os sistemas metroferroviários brasileiros estão restritos a apenas doze regiões metropolitanas (situadas em onze Estados e no Distrito Federal), respondendo por um percentual de viagens muito baixo, com exceção dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, que assumem uma maior participação na matriz modal. O transporte de passageiros sobre trilhos está em operação em menos da metade dos Estados brasileiros. 06 BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

Sustentabilidade nos trilhos Redução do impacto ambiental nas cidades O consumo das operadoras de transporte público de passageiros sobre trilhos em 2014 foi de 1.800 GWh. Isso representa cerca de 0,4% do consumo total energético do país. Apesar do baixíssimo consumo de energia, os operadores metroferroviários brasileiros se empenham em modernizar os atuais trens (funcionam à base de motores de corrente contínua), para que venham a consumir ainda menos energia, proporcionando mais benefícios para a sustentabilidade do país. TREM MODERNO Os trens modernos utilizam motores de corrente alternada, que consomem entre 25% e 30% a menos do que os trens antigos Os modernos trens contam com motores de corrente alternada. A tecnologia consome entre 25% a 30% a menos de energia do que os trens mais antigos. BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO 07

Os sistemas sobre trilhos emitem 60% 40% menos menos Emissão de CO 2 e comparado aos carros Emissão de CO 2 e comparado aos Ônibus Considerando os padrões dos diversos meios de transporte no mundo, os sistemas sobre trilhos chegam a emitir cerca de 60% menos gases de efeito estufa (GEE) do que os automóveis e 40% menos do que os ônibus. Mesmo com a significativa contribuição do transporte sobre trilhos para a qualidade ambiental e para a sustentabilidade das cidades, a participação desse tipo de sistema representa apenas 3,8% da matriz de transporte urbano. Além da redução do impacto ambiental, a implantação dos sistemas sobre trilhos se destacam também pela alta capacidade de transporte. Uma única linha implantada de metrô, por exemplo, é capaz de transportar cerca de 60 mil passageiros por hora/sentido. Para efeito de comparação, o automóvel e o ônibus têm capacidade de apenas 1,8 mil e 6,7 mil passageiros, respectivamente. Aliado a essa alta capacidade de transporte, os sistemas sobre trilhos proporcionam o aumento da mobilidade nos centros urbanos, incrementando a qualidade, a segurança e a regularidade do transporte público para a população, reduzindo a poluição sonora e as emissões atmosféricas. Alta capacidade de transporte 60 mil Passageiros/hora 6,7 mil Passageiros/hora 1,8 mil Passageiros/hora 08 BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

Menor ocupação urbana e revitalização de áreas degradadas FONTE: Bombardier - UITP, 2007. Quando se tratam dos benefícios do sistema metroferroviário, somam-se ainda fatores que envolvem o menor uso do espaço urbano e a possibilidade de revitalizar áreas degradadas a partir da implantação de sistemas sobre trilhos, a exemplo de países mais desenvolvidos. Um dos fatores que contribui de forma decisiva para a organização do espaço urbano, é que os sistemas sobre trilhos necessitam de 20 vezes menos espaço do que outros modos de mobilidade, o que se traduz em qualidade de vida nas cidades, em especial nas de médio e grande porte. O sistema metroferroviário de passageiros no Brasil é responsável pela não existência de mais de 1,1 milhão de carros e mais de 16.000 ônibus, por dia, circulando nos centros urbanos onde há sistemas sobre trilhos implantados. Os benefícios promovidos pelo sistema sobre trilhos, se monetizados, teriam gerado em 2014 um ganho da ordem de R$ 20 bilhões à sociedade. Isso apenas em relação à redução do tempo de deslocamento da população, do consumo de combustíveis e a consequente diminuição da emissão de gases poluentes, bem como à redução de acidentes no trânsito. Isso significa dizer que o sistema sobre trilhos devolve esse montante à sociedade ao colaborar para uma menor perda de produtividade dos usuários com deslocamentos, para a redução da quantidade de acidentes e mortes no trânsito, com todos os seus custos associados e para minimizar o impacto ambiental. Setor evolui na geração de empregos O setor metroferroviário continua ampliando a sua força de trabalho e em 2014 a geração de empregos subiu mais 8%, o que representa um aumento de 2.780 contratações. Uma elevação importante também quando observado os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho. Em 2014, foram criados 396.933 empregos com carteira assinada em todo o país, um recuo de 64,4% comparado aos mais de 1 milhão de novos trabalhadores registrados em 2013. BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO 09

PREVISÃO 5 ANOS 60.000 Empregados diretos Dados de 2014 revelam que o setor de passageiros sobre trilhos emprega 38.780 pessoas e continuará crescendo. Considerando as expansões e os novos sistemas que estão sendo implantados, as previsões para os próximos 5 anos são muito positivas. Estimase que, até o final de 2019, o setor praticamente dobre o seu quadro atual, chegando a 60 mil empregados. Expectativa de ampliação da rede metroferroviária nos próximos cinco anos Olimpíadas 2016 e o transporte sobre trilhos no Rio de Janeiro Projetos Cenário 2020 O Brasil está dando continuidade para ampliar sua rede metroferroviária. São 20 projetos, já contratados ou em execução, que permitirão ao Brasil dar um grande passo para ampliar sua rede metroferroviária até 2020. São 336 km em execução, que incluem metrôs, trens urbanos, VLT, monotrilho e trens regionais. O Rio de Janeiro se prepara para receber os Jogos Olímpicos de 2016, com todos os projetos metroferroviários já em execução e com cronograma bem adiantado, o que é uma garantia para a mobilidade dos cidadãos. Projetos no Rio de Janeiro ʵʵ ʵʵ Renovação de 4 linhas da SuperVia Ampliação e modernização da Linha 1 do Metrô (concluído) ʵʵ Implantação da Linha 4 ʵʵ ʵʵ Modernização da Linha 2 do Metrô (concluído) Porto Maravilha - 6 linhas de VLT 10 BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

Considerando os projetos de PPP já contratados e os projetos em execução, o Brasil deverá ter, até 2020, 20 projetos finalizados na área de transporte de passageiros sobre trilhos. Além dos projetos que estão contratados ou em execução no Brasil e que já são uma realidade, o país tem uma carteira com mais de 18 projetos de sistemas sobre trilhos. São mais de 1.300 km em linhas que, se efetivados, poderão duplicar a atual malha brasileira. Projetos metroferroviários previstos e em execução ainda serão insuficientes para atender à demanda Apresentadas as vantagens sociais, econômicas e ambientais, inserir o transporte metroferroviário nesse planejamento é imprescindível para desenvolver e aprimorar o transporte da população. Com esse propósito, a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) trabalha de forma integrada com entidades, operadores dos sistemas e com a indústria metroferroviária para defender a ampliação dos investimentos no setor. Operadores perdem margem para investimento em razão da elevação das cargas tributárias Os investimentos nos sistemas metroferroviários brasileiros não conseguem acompanhar o mesmo ritmo de crescimento da demanda de passageiros. Atualmente, há 63 médias e grandes regiões metropolitanas e só 12 possuem algum tipo de sistema de transporte de passageiros sobre trilhos. A atual taxa média de crescimento da população brasileira exigirá um melhor planejamento da mobilidade urbana, obrigando as cidades a estruturar suas redes de forma integrada. O setor metroferroviário brasileiro vem sentindo os efeitos da alteração na condução da atual política econômica. A proposta do governo federal em alterar a atual Política de Desoneração da Folha de Pagamento, buscando aumentar as alíquotas de contribuição sobre a receita bruta das empresas para 4,5% e 2,5% gerou uma insegurança em todos os setores produtivos. Somente os três maiores operadores do setor VLT de Cuiabá VLT Goiânia MT GO CE Metrô de Fortaleza Linha Leste VLT de Fortaleza Metrô Linha 2 expansão Metrô Linha 5 expansão PE Metrô de Recife expansão Metrô Linha 6 PPP Trem Urbano Linha 9 expansão Trem Urbano Linha 13 Monotrilho Linha 15 BA Metrô de Salvador Linhas 1 e 2 Monotrilho Linha 17 Monotrilho Linha 18 - PPP VLT Santos/São Vicente Metrô Linha 4 - expansão RJ VLT Rio 6 linhas Metrô Linha 4 BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO 11

metroferroviário nacional calculam, só para 2015, um acréscimo de custo da ordem de R$ 73 milhões, valor que seria destinado à manter as contratações feitas em 2014, aumentar os postos de trabalho e ampliar o programa de capacitação de mão de obra. Último a ser inserido na política de desoneração, o setor metroferroviário recebeu efetivamente o benefício apenas em 2014. Com a garantia da manutenção dessa política, os operadores mantiveram o ritmo das contratações tanto que, no ano passado, os postos de trabalho aumentaram 8%. Diante do aperto fiscal, os operadores do setor avaliam a sua permanência na política de desoneração ou o retorno ao antigo sistema, que prevê o recolhimento de 20% sobre a folha de salários. A ANPTrilhos se mobiliza para obter o mesmo enquadramento de outros segmentos do setor de transportes, que também estão inseridos na Política de Desoneração da Folha e atualmente contribuem com uma contrapartida de 1% sobre a receita bruta. Nesse caso, mesmo com o reajuste na política de desoneração, o que faria com que o setor passasse a recolher 2,5% ao invés dos atuais 2%, o impacto do aumento seria menor, garantindo a permanência de grande parte dos operadores nessa política, mantendo seus efeitos benéficos sobre todo o setor. Elevação do custo de energia elétrica coloca em alerta a operação de trens e metrôs Outro item que pesa no custeio da operação metroferroviária é a elevação da tarifa da energia elétrica. O setor já vinha sendo impactado com as alterações de tarifas de energia definidas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), através dos reajustes anuais das distribuidoras. 12 BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

A ANPTrilhos e seus associados defendem a adoção de uma política pública específica para o setor, que busque lidar com esses impactos para a garantia da qualidade na prestação dos serviços e da modicidade tarifária para os usuários, não só por todos os benefícios que representa para as cidades, mas, especialmente, para a mobilidade urbana do cidadão brasileiro. A ANPTRILHOS Fundada em 2010, a ANPTrilhos é formada pelos operadores dos sistemas, pelas entidades ligadas ao setor e pela indústria metroferroviária. A Associação trabalha de forma articulada com essas empresas e instituições, além de outros atores, para promover o transporte metroferroviário no país, contribuindo para seu desenvolvimento e aprimoramento, em uma visão integrada e adequada à realidade urbana. Entretanto, agora em 2015, com as alterações na condução da política econômica brasileira, a situação ficou alarmante. Além dos reajustes promovidos anualmente pela Aneel, as operadoras metroferroviárias foram surpreendidas por várias outras medidas que impactam de forma direta sobre o custo da operação: os reajustes extraordinários promovidos pela Aneel, o início do sistema de bandeiras tarifárias e a cobrança individualizada das contas de energia. Considerando todas as altas desde outubro de 2014, existe um aumento real de 95% na conta de energia. Juntas, as despesas com energia e folha de pagamentos representam 70% das contas dessas empresas. Até o momento sem qualquer sinalização do governo federal em adotar medidas específicas para auxiliar o setor a reduzir os impactos dessa elevação nos custos operacionais, as companhias metroferroviárias temem que, para sustentar a operação, tenham que cobrir esses aumentos ou com a elevação de tarifas, ou com a verba destinada à manutenção do sistema. A preocupação é que a falta de recursos afete a mão de obra, manutenção, atendimento ao cliente, etc. O corpo de associados da ANPTrilhos é composto pelas empresas SuperVia e Metrô Rio, operadoras do sistema metroferroviário do Rio de Janeiro; Metrô, CPTM e ViaQuatro, operadoras do sistema metroferroviário de São Paulo; Metrô DF, operadora do sistema metroviário do Distrito Federal; Metrô Bahia, operadora do sistema de metrô de Salvador; Trensurb, operadora do sistema de trens urbanos de Porto Alegre; CBTU Companhia Brasileira de Trens Urbanos, operadora dos sistemas metroferroviários das capitais Recife/PE, Maceió/AL, Natal/RN, João Pessoa/PB e Belo Horizonte/MG); a Associação Nacional da Indústria Ferroviária (ABIFER); a Associação Brasileira de Trens Turísticos e Culturais (ABOTTC); e as empresas ALSTOM, Bombardier, CAF Brasil, Thales, T Trans e IAT. A ANPTrilhos conta, ainda, com o apoio da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que coordena e defende nacionalmente o setor em todos os fóruns de discussão, tanto na esfera pública quanto no âmbito privado. BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO 13

PROJETOS METROFERROVIÁRIOS 14 BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

PROJETOS contratados e/ou em execução METRÔ CE BA BA PE RJ Implantação da Linha Leste do Metrô de Fortaleza Implantação da Linha Lapa a Pirajá (Linha 1) do Metrô de Salvador Implantação da Linha Bonocô ao Aeroporto (linha 2) do Metrô de Salvador Ampliação das linhas Sul e Centro do Metrô de Recife Implantação da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro Implantação da Linha 6 do Metrô de São Paulo Extensão da Linha 4 Amarela Extensão da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo Extensão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo TREM URBANO Trem Urbano Extensão da Linha 8 Diamante Trem Urbano Extensão da Linha 9 Esmeralda Zona Sul Trem Urbano Linha 13 Jade São Paulo-Guarulhos VLT CE GO MT RJ VLT de Fortaleza VLT de Goiânia VLT de Cuiabá VLT área central e portuária do Rio de Janeiro VLT de Baixada Santista BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO 15

MONOTRILHO Monotrilho de São Paulo (Linha 15-Prata) Monotrilho de São Paulo (Linha 17-Ouro) Monotrilho de São Paulo (Linha 18-Bronze) PROJETOS METROFERROVIÁRIOS COM POTENCIAL PARA CONTRATAÇÃO/INÍCIO DA OBRA ATÉ 2020 METRÔ DF MG MG PR RS RJ Expansão da linha Ceilândia e Linha Samambaia e Asa Norte Implantação da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte Implantação da Linha 3 do Metrô de Belo Horizonte Implantação da Linha 20 Rosa do Metrô de São Paulo Implantação da Linha 1 do Metrô de Curitiba Implantação da Linha 1 do Metrô de Porto Alegre Implantação da Linha 3 - São Gonçalo/Niterói TREM URBANO MG Trem urbano Novo Eldorado/Belvederi 16 BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

AEROMÓVEL RS Aeromóvel Canoas Etapa 1 e 2 VLT AL AL BA DF PE VLT Maceió Expansão VLT Maceió Aeroporto VLT Metropolitano VLT de Brasília VLT Recife MONOTRILHO AM Monotrilho de Manaus TRENS REGIONAIS DF MG Trem Brasília-Goiânia Trens Regionais Mineiros Projeto Trens Intercidades BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO 17

BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

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