A Influência da Amostragem na Qualidade dos Dados

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Transcrição:

A Influência da Amostragem na Qualidade dos Dados COLHEITA DE AMOSTRAS PARA CONTROLO OFICIAL OUTUBRO 2009 ANA PAULA BICO

Reg. (CE) 882/2004 1. Estabelece normas gerais para a realização de controlos oficiais destinados a verificar o cumprimento de normas que visam, em especial: Prevenir, eliminar ou reduzir para níveis aceitáveis os riscos para os seres humanos e os animais, quer se apresentem directamente ou através do ambiente; Garantir práticas leais no comércio dos géneros alimentícios e defender os interesses dos consumidores, incluindo a rotulagem dos géneros alimentícios e outras formas de informação dos consumidores.

Reg. (CE) 882/2004 1. Controlo oficial - qualquer forma de controlo que a autoridade competente efectue para verificar o cumprimento da legislação em matéria de géneros alimentícios. 2. Amostragem para efeitos de análise - a colheita de um género alimentício ou de qualquer outra substância relevante para a produção, a transformação e a distribuição de alimentos (incluindo o ambiente), para verificar, através de análise, o cumprimento da legislação em matéria de géneros alimentícios.

Métodos de amostragem e análise O Regulamento estabelece que devem ser cumpridas, sempre que existam normas comunitárias, ou na sua falta: Normas ou protocolos reconhecidos internacionalmente como, por exemplo, os aceites pelo Comité Europeu de Normalização (CEN) ou os aprovados na legislação nacional. Outros métodos adequados para cumprir o objectivo pretendido ou elaborados em conformidade com protocolos científicos.

Métodos de amostragem e análise As autoridades competentes devem estabelecer procedimentos adequados para garantir o direito de os operadores das empresas do sector alimentar cujos produtos sejam sujeitos a amostragem e análise solicitarem o parecer de outro perito. As autoridades competentes devem, nomeadamente, assegurar que, para o efeito, os operadores das empresas do sector alimentar possam obter amostras em quantidade suficiente para solicitarem o parecer de outro perito, a menos que tal seja impossível em caso de produtos altamente perecíveis ou de uma quantidade muito reduzida de substrato disponível.

Amostragem 1. Quantidade de amostra a colher Depende: Tipo de produto Dimensão do lote Modo de apresentação Valor comercial Determinações analíticas a realizar

Amostragem 2. Colheita de amostras Depende: Requisitos legais existência ou não de legislação especifica para a colheita Valor comercial do produto Tipo de controlo a realizar (suspeita ou de rotina) Tipo de produto (perecível ou não perecível)

Amostragem 3. Requisitos legais - normas comunitárias ou nacionais Contaminantes Critérios microbiológicos Organismos Geneticamente Modificados (OGM) Pesquisa de resíduos de pesticidas Características/Requisitos gerais (produtos lácteos, azeite, bacalhau, etc)

Amostragem Ausência de requisitos legais para colheita de amostras procedimentos padrão. Face à determinação analítica a realizar questionar o laboratório sobre: a quantidade de amostra que necessita metodologia de colheita de amostras para o produto/produtos em questão eventuais condições de conservação e transporte das amostras

Constrangimentos Requisitos Legais Custos das análises e do protocolo analítico estabelecido Dificuldades logísticas de movimentação dos lotes em armazém ou nos PIF (contentores) Elevado custo dos produtos Se se tratar de um controlo de rotina, podem-se aligeirar procedimentos ou outros requisitos desde que se salvaguardem direitos do operador e validade técnica da amostragem.

Contactos no GPP Direcção de Serviços de Normalização e Segurança Alimentar dsnsa@gpp.pt Tel: 21 381 93 00 Fax: 21386 66 50 OBRIGADA