Estudo Setorial. A retomada do crescimento. Otimismo retorna à Previdência Privada. Revista Suma Economica

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Estudo Setorial Revista Suma Economica ISSN 0100-8595 - Edição Especial 78 - Dezembro de 2014 A retomada do crescimento Otimismo retorna à Previdência Privada

Aprenda a equilibrar sustentabilidade e resultados financeiros. Hoje sabemos que o lucro de nada vale se sua empresa não gera também uma memória positiva na mente do consumidor. Foco em resultados: uma visão 360º Baixe um leitor de QR code em seu celular, aproxime o telefone do código e aproveite as promoções no site: www.suma.com.br Neste curso, você vai aprender que resultado é sustentabilidade. É preciso que tanto as empresas quanto os profissionais desenvolvam seu potencial para melhorar continuamente.

Previdência Complementar editorial A retomada da previdência privada A previdência privada aberta está entre os segmentos mais favorecidos pela estabilidade econômica e taxas de inflação civilizadas. Não por acaso, apresentou crescimento acelerado nos últimos 15 anos, com ligeiras oscilações. Em 2013 e no começo de 2014, esse ritmo de crescimento arrefeceu, a reboque das incertezas na economia e de um movimento mais prudente dos investidores. Esse cenário já foi desfeito para alívio das lideranças do setor, que comemoram uma retomada em ritmo forte neste segundo semestre. Dados da FenaPrevi indicam que em agosto, por exemplo, o volume de novos recursos aplicados pelos participantes do sistema cresceu 41,1% em relação ao mesmo mês de 2013, atingindo a expressiva marca de R$ 6,2 bilhões. E mais: também em agosto, a captação líquida diferença entre arrecadação e resgates fechou com saldo positivo de aproximadamente R$ 3 bilhões. Esse valor é quase quatro vezes superior ao apurado no mesmo mês do ano passado, quando o sistema havia registrado captação líquida de R$ 795 milhões. Assim, neste momento, prevalece no mercado a sensação de que as incertezas que cercam a economia brasileira com inflação em alta, crescimento abaixo do esperado e investimentos privados paralisados já não atingem com tanta intensidade a previdência complementar aberta. O otimismo voltou, sustentado por números significativos. Em agosto, ainda de acordo com a FenaPrevi, o mercado atingiu o patamar de 2,8 milhões de adesões a planos empresariais (estoque e não novos entrantes). Além disso, o setor está muito próximo de ultrapassar a marca de 10 milhões de planos individuais contratados. No final de agosto, o setor já contava 9.991.421 de planos contratados por 8.396.192 pessoas físicas (números relativos a quantidade de cpf s). E as boas notícias não param por aí. A partir de 2015, investidores em planos de previdência complementar sejam abertos ou fundos de pensão poderão fazer a portabilidade dos recursos aplicados. As regras foram estabelecidas na primeira instrução conjunta publicada pelas superintendências de seguros privados (Susep) e de previdência complementar (Previc). Segundo o superintendente da Susep, Roberto Westenberger, esse é um fato histórico. Neste caderno especial, Suma Economica mostra os motivos que alicerçam tal otimismo. Indicamos as tendências, as novidades em termos de produtos e as mudanças na legislação. Listamos ainda fatores que podem acelerar ainda mais o processo de crescimento do setor ou mesmo, se houver surpresas no caminho, emperrar o avanço do mercado. Mas, ainda que o mercado brasileiro seja composto por empresas bastante sólidas, antes de decidir onde irá investir, o cidadão deve realizar uma pesquisa da solidez da entidade ou da seguradora. Boa leitura Estudo Setorial 3

Previdência capitalização Complementar índice 03 EDITORIAL A retomada da previdência privada 05 MERCADO Previdência aberta retoma crescimento 06 SERVIÇO Saiba o que fazer para receber o benefício 07 PESQUISA Ainda há muito espaço para crescer 08 EMPRESAS Bradesco Seguros é protagonista de um mercado pujante 11 PORTABILIDADE Previdências aberta e fechada terão portabilidade 13 DICAS Quanto mais cedo investir, melhor 4 A edição especial sobre PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA faz parte da revista SUMA ECONOMICA, um suplemento da COP EDITORA LTDA. DIRETOR: Alexis Cavicchini - alexis@suma.com.br BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - redacao@suma.com.br COLABORAÇÃO: Jorge Clapp Projeto GrAfico e diagramação: CRIA Comunicação - www.criavisual.com.br DIRETORIA COMERCIAL: Salete Gondin - salete@sumaeconomica.com.br ATENDIMENTO: Luiz Cláudio - atendimento@suma.com.br Estudo Setorial CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE: (0xx21) 2501-2001 www.sumaeconomica.com.br CIRCULAÇÃO: Otácilio Vieira Filho RIO DE JANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210 Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ. Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648 TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares. Estudo Setorial Revista Suma Economica A retomada do crescimento Otimismo retorna à Previdência Privada Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários. ISSN 0100-8595 - Edição Especial 78 - Dezembro de 2014

Previdência Complementar Previdência aberta retoma crescimento mercado Após um período de incertezas, que predominou em 2013 e no começo de 2014, o setor de previdência privada aberta vem se recuperando rapidamente. É o que indica estatística divulgada pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), segundo a qual os investimentos feitos no setor registraram forte expansão no mês de agosto. N esse mês, o volume de novos recursos aplicados pelos participantes do sistema cresceu 41,1% em relação a agosto de 2013, para R$ 6,2 bilhões. Segundo a FenaPrevi, a captação líquida (diferença entre arrecadação e resgates) fechou agosto com saldo positivo de pouco mais de R$ 3 bilhões. Em agosto de 2013, o sistema havia registrado captação líquida de R$ 795,2 milhões. Os planos individuais de previdência complementar aberta foram os que mais receberam aportes dos poupadores no período. Os investidores fizeram R$ 5,5 bilhões em novas aplicações, volume 43,5% superior ao valor registrado no mesmo mês do ano anterior. Os recursos alocados nos planos para menores também avançaram. Foram R$ 149,1 milhões, alta de Ano No acumulado de janeiro a agosto de 2014, os investimentos em previdência complementar aberta somaram R$ 49,5 bilhões, alta de 5,6% frente aos R$ 46,9 bilhões registrados no mesmo período em 2013. Na análise por modalidade, os investidores de planos individuais fizeram R$ 43 bilhões em novas aplicações, registrando uma leve alta de 3,62% na comparação com os R$ 41,5 bilhões no período em 2013. Já o total de recursos alocados nos planos para menores cresceu 10,8% e totalizou R$ 1,2 bilhão no período entre janeiro a agosto de 2014. No acumulado de janeiro a agosto de 2013 foram R$ 1,1 bilhão. 10,9% frente aos R$ 134,4 milhões registrados em agosto de ano passado. Os planos empresariais também registram crescimento de aportes. A modalidade recebeu R$ 580,9 milhões em novos depósitos, volume 30% superior aos R$446,8 milhões do mesmo mês em 2013. Os dados da FenaPrevi mostram, ainda, que o sistema possuía, em agosto, 104.122 pessoas já usufruindo benefícios (aposentadorias complementares, pecúlios, por morte e por invalidez, e pensões, por morte e por invalidez) da previdência complementar aberta. Em agosto, foram computados também 2.842.117 adesões a planos empresariais (estoque e não novos entrantes) e 9.991.421 planos individuais contratados, estes últimos, por 8.396.192 pessoas físicas (números relativos a quantidade de cpf s). Carteira Com o desempenho dos planos de caráter previdenciário em agosto, a carteira de investimentos fechou o período com R$ 406,8 bilhões, expansão de 14,6%. Na análise por tipo de produto, a carteira de investimentos do VGBL passou de R$ 227,4 bilhões em agosto de 2013 para R$ 271,8 bilhões em agosto de 2014 (alta de 19,5%). Já a carteira do PGBL cresceu de R$ 76,9 bilhões para R$ 84,9 bilhões (alta de 10,4%), no mesmo período. Outra modalidade de investimento com maior expansão foi em planos empresariais, que receberam R$ 5,3 bilhões em novos aportes, 23,84% superior aos R$ 4,2 bilhões nos primeiros oito meses de 2013. Estudo Setorial 5

Previdência Complementar Saiba o que fazer para receber o benefício serviço Antes de tudo, é indispensável que o participante leia atentamente o regulamento do plano e a proposta de inscrição, tomando ciência dos benefícios oferecidos, suas principais características, e das cláusulas restritivas de direito, que deverão vir sempre em destaque no Regulamento, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Otempo máximo estabelecido pela legislação em vigor para o início do pagamento do benefício de um plano de previdência complementar aberta é de trinta dias, após o recebimento de todos os documentos solicitados pela entidade ou seguradora para a regulação do benefício. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), esses documentos estão listados no regulamento do plano. A autarquia explica ainda que o benefício de aposentadoria poderá ser liberado pela entidade ou seguradora sob a forma de pagamento único ou sob a forma de renda, conforme modalidades previstas no regulamento. Poderão ser escolhidas as seguintes opções: renda mensal por prazo certo, renda mensal vitalícia, renda mensal temporária, renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido, renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado e renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores. A Susep alerta que, se o participante omitir uma doença que saiba ser portador antes da contratação do plano de previdência e não tenha mencionado na proposta de inscrição ou na declaração pessoal de saúde fornecida à Entidade, esta poderá negar o pagamento do benefício contratado sem a devolução das contribuições já pagas. Fraudes O investidor deve ter cuidado com as tentativas de fraudes. Algumas quadrilhas costumam enviar correspondência fraudulenta a pessoas físicas, utilizando, inclusive, nomes conhecidos como os da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) e até de órgãos reguladores, como o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). A maior parte das vítimas é formada por pessoas idosas, que caem nesse tipo de golpe iludidas pela promessa de Última Notificação de Resgate de suposto plano de aposentadoria complementar. Para evitar correr riscos, o mais indicado é a contratação dos serviços de um corretor de seguros profissional. Internet O rápido crescimento do setor de previdência complementar aberta incentivou a criação de sites especializados em dicas e consultorias para o público interessado em investir nesse segmento. É o caso do BuscaPrev (www.buscaprev.com.br), criado pelo consultor Keyton Pedreira, que oferece aos internautas uma ampla análise do mercado, com informações sobre rentabilidade histórica dos fundos (no mês, nos últimos 12 meses, dois, três, quatro ou até cinco anos). O serviço é gratuito e permite avaliar diversos planos de previdência aberta e suas rentabilidades históricas em períodos previamente definidos pelo investidor, munindo-o de informações relevantes quanto ao desempenho destes planos. 6 Estudo Setorial

Ainda há muito espaço para crescer pesquisa Menos de um terço da população brasileira adota medidas efetivas visando a se precaver de situações imprevisíveis no futuro. É o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, por encomenda da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Foram ouvidas aproximadamente 1,5 mil pessoas nas cinco regiões do país. Um dado importante apurado foi que 66% desses entrevistados até se preocupam com o que o futuro lhes reserva. No entanto, por diferentes motivos, não conseguem adotar as medidas de precauções, como, por exemplo, investir em um plano de previdência complementar. E apesar de ter ocorrido um intenso movimento de ascensão social no Brasil nos anos recentes, a questão financeira é a que ainda pesa mais para impedir as ações de proteção contra imprevistos futuros. De acordo com a pesquisa, a falta de poder aquisitivo foi apontada por 71% das pessoas ouvidas como o obstáculo maior para tais providências. Dirigentes da FenaPrevi acreditam que, de certa forma, o fato de o cidadão ter uma boa cobertura de proteção social do Estado, na comparação com países de perfil semelhante ao do Brasil, pode ser um dos pilares que sustentam o resultado da pesquisa. No Brasil, o cidadão conta com a Previdência Social com cobertura para morte e invalidez. E há ainda a proteção de ferramentas como o seguro de DPVAT para acidentes de trânsito, lembra o presidente da federação, Osvaldo do Nascimento. Ele acrescenta que falta também uma cultura de contratação de seguros e educação financeira. Essa visão é compartilhada por um dos responsável pelo levantamento, o diretor de relações públicas do Ipsos, Dorival Machado. Para ele, prevalece em muitos setores da sociedade o entendimento de que a sua proteção é uma função do Estado. Não por acaso, segundo a pesquisa, a porcentagem de pessoas que usam seguro com instrumento de proteção é de apenas 18%. Bancos A PESQUISA INDICA ainda que boa parte das pessoas que contratam seguro, em geral, tem conta corrente em bancos. POR CONTA DISSO, o setor acaba não alcançando a população das camadas mais baixas, justamente quem mais precisa de cobertura. O PRESIDENTE da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, acredita que esse gargalo precisa ser resolvido com um processo de securização (neologia inspirada na propalada bancarização) das camadas mais pobres da população brasileira. É importante seguirmos o mesmo caminho trilhado pelos bancos, diz Rossi. ELE LEMBRA QUE, atualmente, 53% dos moradores em comunidades carentes têm conta corrente ou poupança. O grande desafio para o mercado de seguros e de previdência privada aberta é atingir esse público da mesma forma que os bancos. Estudo Setorial 7

Previdência Complementar Bradesco Seguros é protagonista de um mercado pujante Em setembro deste ano, a Bradesco Seguros atingiu as expressivas marcas de 2,4 milhões de participantes em planos de previdência complementar e no VGBL e de R$ 127 bilhões em provisões técnicas (com aumento de 9,5% em relação ao mesmo período, no ano anterior). Atuando há mais de 30 anos no mercado de previdência complementar, a Bradesco Seguros se destaca pela qualidade do atendimento prestado ao cliente na elaboração, implantação e administração de planos individuais e empresariais de aposentadoria, pensão e pecúlio. Não por acaso, são, hoje, mais de 45 mil empresas conveniadas. A empresa consolidou também sua posição de líder em Carteira de Investimentos em Previdência e VGBL, com os R$ 126 bilhões apurados até agosto, o equivalente a 31% do total dos recursos do mercado. Esses números confirmam a posição da Bradesco Seguros de maior protagonista do mercado brasileiro de previdência complementar, sendo pioneira no desenvolvimento e comercialização de planos PGBL e VGBL e de planos de previdência destinados a jovens, além de ter benefícios de risco presentes em mais de 40% dos negócios realizados. Para 2014, a empresa mantém a previsão inicial de crescimento da receita de previdência na casa de dois dígitos. A carteira da Bradesco Seguros tem acompanhado o movimento de mercado de previdência complementar, que viveu um período de oscilação em 2013 e no início de 2014, em função de mudanças nas regras de aplicação dos recursos dos fundos. Essa questão, porém, foi encaminhada, com o apoio das autoridades regulatórias, e já se nota uma trajetória de recuperação no mercado, sobretudo a partir do segundo semestre deste ano, revela o presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira. LONGEVIDADE Outro fator relevante para a Bradesco Seguros é a questão da longevidade. Assim, visando a assegurar o melhor cenário possível para seus clientes, a Bradesco Seguros adota como filosofia e, mais do que isso, tem como diferencial, na previdência complementar, o compromisso de abordar a questão da aposentadoria pela ótica mais abrangente da longevidade. É preciso conciliar planejamento financeiro à conquista de um futuro com qualidade de vida e bem-estar, afirma Lúcio Flávio. Nesse sentido, a seguradora desenvolve inúmeras ações que buscam conscientizar a população sobre a importância do assunto. Uma das mais tradicionais é o Fórum da Longevidade Bradesco Seguros, cuja nona edição foi realizada em outubro de 2014, em São Paulo, reunindo especialistas nacionais e estrangeiros. Durante o evento, foram premiados os vencedores da quarta edição dos Prêmios Longevidade Bradesco Seguros, que visa a despertar a sociedade para o tema, reconhecendo trabalhos nas categorias de Jornalismo, Histórias de Vida e Pesquisa em Longevidade. Outra iniciativa importante é o Circuito da Longevidade Bradesco Seguros, conjunto de provas de corrida e caminhada realizadas em diversas cidades do Brasil desde 2007, e que já reuniu mais de 300 mil participantes desde que foi criado, com o intuito de difundir a importância da prática regular de exercícios físicos e adoção de hábitos saudáveis. Também merece destaque o programa Porteiro Amigo do Idoso, cujo objetivo é capacitar porteiros identificados em pesquisas como os profissionais mais próximos dos idosos - a oferecer melhores serviços a esse público. Já foram treinados mais de 600 profissionais, nos bairros de Copacabana, no Rio de Janeiro, e Higienópolis, em São Paulo. A plataforma de longevidade da Bradesco Seguros conta, ainda, com o portal Espaço Viva Mais (www.espacovivamais.com.br), que oferece conteúdo sobre saúde, bem-estar, alimentação, viagens, finanças pessoais e atrações musicais. Vale destacar que, segundo projeções do IBGE, o Brasil terá, em 2050, 64 milhões de idosos ou cerca de 30% da população -, o que exigirá o desenvolvimento de produtos adequados a essa faixa etária. Antes, porém, será necessário mudar o olhar do consumidor de seguro, atualmente voltado para os riscos 8 Estudo Setorial

empresas mais imediatos, que envolvem o automóvel ou a residência, por exemplo. A previdência complementar ainda não atingiu esse estágio, embora venha aumentando o grau de conscientização e a procura por esse tipo de proteção futura. É uma tendência irreversível, que tende a evoluir no mercado brasileiro, acrescenta Lúcio Flávio de Oliveira. CORRETORES Na Bradesco Seguros, o corretor é visto como peça fundamental para o desenvolvimento e crescimento do mercado, por ter a expertise e o conhecimento do produto certo a oferecer, contribuindo de forma decisiva para garantir uma proteção mais adequada e qualificada ao cliente. Por essa razão, a Bradesco Seguros tem investido em tecnologia para agilizar a troca de informações com os corretores. Exemplo dessa diretriz é o site 100% Corretor, canal de relacionamento por meio do qual a seguradora apresenta informações, sistemas e funcionalidades que proporcionam a esses profissionais maior agilidade e eficiência no desempenho de suas atividades, explica o presidente da Bradesco Vida e Previdência. Lúcio Flávio de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência Perfil da Carteira Atualmente, o VGBL representa cerca de 64% da carteira de Previdência da Bradesco Seguros. Com relação a gênero, há uma tendência de aumento da participação das mulheres investidoras, que hoje já representam 41% dos clientes, contra menos de 38% em 2010. Pesquisa realizada anualmente pela Bradesco Seguros aponta que a opinião do homem prevalece com participação de 73% quando se trata de decidir sobre planos de previdência complementar de longo prazo visando aposentadoria, enquanto as mulheres são maioria (51%) quando a decisão envolve planos para menores com o objetivo de assegurar a educação dos filhos. A opinião da mulher também tem mais peso quando se trata de eleger a instituição e a modalidade de plano em que os recursos de previdência serão investidos. Por faixa etária, a predominância é dos clientes entre 31 e 40 anos, com 28%, seguidos pelas idades de 41 a 50 anos (25%), 51 a 60 anos (17%), mais de 60 anos (15%) e 22 a 30 anos (15%). Por região, a liderança é do Sudeste, com 65% dos clientes, seguido pelo Sul (13%), Nordeste (12%), Centro-Oeste (6%) e Norte (4%). Estudo Setorial 9

Previdência Complementar empresas Produtos sob medida A Bradesco Seguros lançou recentemente uma família de fundos de previdência denominada Sob Medida Previdência Bradesco Seguros, nova geração dos já tradicionais PGBL e VGBL, cuja principal característica é a flexibilidade: à medida que a reserva aumenta, a taxa de administração diminui automaticamente. Da mesma forma, a taxa de carregamento não é cobrada na entrada e diminui à medida que o prazo da aplicação aumenta, chegando a zero a partir do quinto ano. O participante pode fazer contribuições mensais ou esporádicas, a partir de R$ 50,00 e de acordo com sua disponibilidade, além de contribuições adicionais a qualquer momento para aumentar sua reserva. Pode, também, gerenciar seu próprio plano, mudando a composição de seus fundos de investimento. Em caso de morte do participante, o saldo acumulado pode ser resgatado pelo beneficiário. Os benefícios adicionais incluem pecúlio e pensão por prazo certo a beneficiários indicados em caso de morte do participante durante o período de cobertura, além de pensão ao cônjuge e a menores de 21 anos. A Bradesco Seguros foi uma das primeiras seguradoras a desenvolver e vender planos de previdência destinados a clientes com filhos ou dependentes menores de 21 anos, que tenham interesse em acumular recursos para investir em educação. Atualmente, são comercializados os produtos Sob Medida PrevJovem Bradesco PGBL ou VGBL, com contribuição mensal a partir de R$ 50,00, e De Pai para Filho Geração 2, com contribuição mensal a partir de R$ 30,00. Ambos permitem contribuições esporádicas, de acordo com a disponibilidade do participante, bem como aportes adicionais a qualquer momento. As contribuições podem ser feitas por qualquer pessoa. Quanto mais cedo a pessoa aderir a um plano de previdência privada, melhor, pois assim ela obtém maior prazo de diferimento para alcançar a meta pretendida. Além disso, quanto maior for o prazo de contribuição, menor será o valor do aporte exigido para alcançar essa meta, observa Lúcio Flávio de Oliveira. Contudo, nem sempre os planos para jovens têm como meta final a aposentadoria ou previdência complementar. Muitos participantes utilizam os mecanismos de formação de poupança e acúmulo de reservas proporcionados por esses instrumentos para ajudar na educação mais qualificada do filho, seja uma faculdade particular, um MBA ou um intercâmbio no exterior. Com relação à poupança, o potencial de retorno de longo prazo de um plano de previdência é superior. No caso do PGBL, o pai ainda tem a vantagem de poder deduzir as contribuições feitas ao plano do filho, respeitando o limite de 12% da renda bruta tributável, e reduzir seu Imposto de Renda em até 27,5%, aumentando sua capacidade de poupança e, consequentemente, a velocidade da acumulação para o plano financeiro de seu dependente, acrescenta o executivo. 10 Estudo Setorial

Previdências aberta e fechada terão portabilidade portabilidade A partir de 2015, investidores em planos de previdência complementar seja abertos ou fundos de pensão poderão fazer a portabilidade dos recursos aplicados. As regras foram estabelecidas na primeira instrução conjunta publicada pelas superintendências de seguros privados (Susep) e de previdência complementar (Previc). É um fato histórico, esperamos ter uma atuação mais próxima a partir de agora, afirma o superintendente da Susep, Roberto Westenberger. Ainstrução foi anunciada na 35ª edição do Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, realizada em meados de novembro, em São Paulo. Esse foi o primeiro evento do setor de previdência fechada que contou com a presença de um titular da Susep. Publicada no Diário Oficial da União no dia 17 de novembro, essa instrução entrará em vigor em fevereiro de 2015. De acordo com a norma, a portabilidade ocorrerá mediante requerimento do participante à entidade cedente, contendo as seguintes informações: identificação do participante; denominação do plano originário; número de registro no Cadastro Nacional de Planos de Benefícios - CNPB ou número do Processo Susep, conforme o caso, do plano originário; identificação da entidade que administra o plano receptor; data em que o plano receptor foi contratado ou data de adesão do participante ao plano; dados da conta corrente bancária titulada pela entidade que administra o plano receptor, para a qual a entidade cedente deverá transferir os recursos; valor a ser portado, informando o respectivo percentual dos recursos financeiros do plano originário; regime tributário, de alíquotas progressivas ou regressivas, a que estão sujeitos os recursos a serem portados; e declaração de concordância, por parte da entidade cessionária, em recepcionar os recursos. Os recursos financeiros portados serão movimentados, em moeda corrente nacional, diretamente da entidade cedente para a cessionária, ficando vedado seu trânsito, sob qualquer forma, pelo participante ou pela pessoa jurídica patrocinadora, instituidora ou averbadora, quando for o caso. Além disso, a entidade cedente deverá emitir o Termo de Portabilidade e encaminhá-lo ao participante no prazo máximo de cinco dias úteis, contados da data do protocolo do requerimento, contendo as seguintes informações: data de cálculo dos recursos financeiros a serem portados; valor dos recursos financeiros a serem portados, posicionado na data de cálculo; critério de atualização do valor a ser portado, referente ao período entre a data de cálculo e a data da transferência dos recursos ao plano de benefícios receptor; e no caso de adoção do regime de tributação por alíquotas regressivas, informações sobre as datas e valores dos aportes vertidos ao plano, em moeda da época, disponibilizadas em meio magnético indexável. Já a entidade cessionária deverá, no prazo máximo de sete dias úteis, contados a partir da data de recepção dos recursos, emitir documento ao participante contendo informações sobre a data do recebimento dos recursos financeiros, o valor e o plano receptor. Estudo Setorial 11

Previdência Complementar NEGOCIAÇÕES Para se chegar a essa instrução, foram necessários dois anos de negociações, que começaram em dezembro de 2012, quando a Susep e a Previc assinaram um primeiro convênio visando ao intercâmbio de informações e programações coordenadas de supervisão. Na ocasião, foi anunciado que o objetivo principal seria compartilhar dados operacionais, técnicos, econômicos e financeiros das empresas e fundos fiscalizados e que o intercâmbio de informações estaria relacionado às atividades de autorização, supervisão e fiscalização dos portabilidade respectivos mercados e a discussão de princípios e conceitos atuariais, normas internacionais, contabilidade, portabilidade e resgates. Vale lembrar que as regras vigentes permitem apenas a portabilidade dos planos fechados para os abertos. Além disso, atualmente, o investidor não pode realizar o resgate após a portabilidade, sendo possível apenas usar esses recursos como renda de aposentadoria. As novas regras vão consolidar as normas que vigoram e facilitar a portabilidade. VGBL x PGBL A portabilidade é uma importante ferramenta disponibilizada para o investidor em razão da principal característica da previdência privada, qual seja, o fato de se tratar de um investimento de longo prazo. Assim, é provável que, em muitos casos, até que o participante comece a receber aquilo que acumulou, o cenário existente no início dos aportes tenha sofrido muitas alterações, inclusive no que se refere à percepção sobre o plano escolhido. Nos casos dos planos VGBL e PGBL, a portabilidade também é permitida, mas com algumas regras. Antes de tudo, a Susep adverte que os recursos financeiros serão portados diretamente entre as entidades, sendo vedado que transitem, sob qualquer forma, pelo participante. O investidor deve exigir a documentação comprovando a portabilidade no prazo máximo de sete dias úteis, tanto da entidade cedente dos recursos quanto da cessionária. A entidade cedente deve atestar a data da efetivação da portabilidade, o respectivo valor e a entidade cessionária. Esta, por sua vez, deve atestar a data de recebimento, o respectivo valor e o plano. A entidade cedente dos recursos deverá também efetivar a portabilidade até o quinto dia útil subsequente às respectivas datas determinadas pelo participante. Esse prazo muda para quatro dias úteis nos planos aprovados antes do dia 30 de janeiro de 2007. Outro ponto importante é que somente é permitido portar produtos da mesma natureza. Portanto, o investidor não poderá passar de VGBL para PGBL. Em contrapartida, é possível mudar o perfil do fundo. A legislação permite ao participante passar de um PGBL progressivo para outro progressivo ou regressivo. Agora, se tem um PGBL regressivo, só pode passar para outro regressivo. Vale lembrar que, no regime progressivo, no momento do resgate, a tributação é de 15% na fonte, a título de antecipação do Imposto de Renda, podendo ser compensada na Declaração de Ajuste Anual, de acordo com a Tabela Progressiva Anual de Imposto de Renda. No regressivo, as alíquotas que incidem na hora do resgate diminuem de acordo com o tempo de contribuição. A tributação é definitiva e não existe compensação na hora do ajuste anual. 12 Estudo Setorial

Previdência Complementar dicas Quanto mais cedo investir, melhor Especialistas afirmam que quanto mais cedo o investidor iniciar os aportes, melhor será o rendimento no momento da aposentadoria. Assim, quem começa a poupar aos 30 anos deverá reservar 20% de seu salário para se aposentar com o mesmo rendimento aos 60. Esse percentual sobe para até 50% dos salários se o investimento for iniciado apenas aos 40 anos. Há ainda vários planos disponíveis para crianças e adolescentes. A Bradesco Seguros, por exemplo, oferece produtos como o De Pai para Filho Geração 2, com contribuição mensal a partir de R$ 30,00. Essas contribuições podem ser esporádicas, de acordo com a disponibilidade do participante, bem como aportes adicionais a qualquer momento. É recomendável também que o investidor reveja periodicamente os objetivos da previdência privada ao longo da vida, para não ter uma projeção de retorno muito abaixo do necessário para a manutenção do padrão de vida. Nesse contexto, quem faz uma previdência privada quando ainda é jovem, faz uma projeção de renda condizente com aquela época da vida. Contudo, com o passar dos anos, a situação muda, e é preciso repensar qual o objetivo de rendimento final e quanto deve ser aportado mensalmente. É preciso lembrar ainda que a rentabilidade de planos de previdência varia bastante. Existem os mais agressivos, que investem em renda variável, e alguns mais conservadores, que prezam pelo rendimento certo. Em um cenário de taxas de juros mais baixas, é preciso estar bem atento. Além da rentabilidade, a previdência privada tem uma forma de tributação diferenciada e, muitas vezes, é esse benefício que faz a diferença. PRODUTOS O mercado brasileiro oferece uma gama variada de planos de previdência complementar aberta, atendendo a diferentes públicos. Contudo, atualmente, as vendas estão concentradas em dois tipos de produto: VGBL e PGBL. A principal diferença entre esses produtos está na tributação. O investidor que opta pelo PGBL pode deduzir o valor das contribuições da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limite de 12% da sua renda bruta anual. É possível reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar o valor da restituição. Dessa forma, para quem ganha, por exemplo, R$ 50 mil em rendimentos tributáveis durante um ano, é possível abater até R$ 6 mil no Imposto de Renda, se tiver investido esse valor em um plano de previdência privada ao longo do exercício. Ou seja, o Imposto de Renda devido será calculado sobre R$ 44 mil. Esse investidor pagará o imposto somente quando for efetivar o resgate. No caso do VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital. Assim, essa opção é a mais indicada para quem faz declaração simplificada; deseja diversificar seus investimentos; ou pretende aplicar mais de 12% de sua renda bruta em previdência. Ao escolher essa alternativa, o investidor não pode descontar o valor investido no momento da declaração do Imposto de Renda. No entanto, terá a vantagem de pagar tributos somente sobre o rendimento da aplicação não sobre o valor total, como acontece com o PGBL. Além disso, a cobrança de imposto se dá apenas no momento do resgate do plano. O VGBL é indicado para profissionais liberais, para quem quer aplicar além dos 12% da renda bruta ou ainda para quem pretende deixar os recursos para os descendentes ou cônjuges após a morte. Vale lembrar que os planos de previdência não entram em inventários, não pagam Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD) e por isso devem ser avaliados no planejamento financeiro para sucessão. Leque amplo de benefícios Os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual ou coletiva (averbados ou instituídos). Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), é possível contratar, juntos ou separadamente, os seguintes tipos básicos de benefícios: RENDA POR SOBREVIVÊNCIA: renda a ser paga ao participante do plano que sobreviver ao prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de aposentadoria. RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez total e per- Estudo Setorial 13

Previdência Complementar manente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. PECÚLIO POR MORTE: importância em dinheiro, Glossário Veja, abaixo, os termos técnicos mais utilizados no mercado de previdência complementar aberta: PAGP - Plano com Atualização Garantida e Performance PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre PRGP - Plano com Remuneração Garantida e Performance PRSA - Plano com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização PRI - Plano de Renda Imediata VAGP - Vida com Atualização Garantida e Performance VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre VRGP - Vida com Remuneração Garantida e Performance VRSA - Vida com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização Planos Empresariais/Coletivo - São contratados por pessoas jurídicas que podem, ou não, contribuir, total ou parcialmente, para o seu custeio, sendo de livre adesão por pessoas físicas que a elas se vinculem de alguma forma. Arrecadação - Aportes, periódicos ou esporádicos, feitos pelo participante em seu plano. Previdência Complementar Aberta - Segmento onde são operados planos que visem, sobretudo, à obtenção de renda complementar, abertos à participação de empresas e pessoas físicas, sendo ofertados por seguradoras e entidades abertas de previdência complementar. Carteira de Investimento - É o valor total, entidade a entidade, das diversas modalidades de ativos por elas adquiridos com a finalidade de, vinculados ao órgão fiscalizador, garantir o pagamento das obrigações (provisões) assumidas perante os titulares desses planos. Provisão Técnica - São as importâncias calculadas e registradas contabilmente pelas operadoras, refletindo o valor total de suas respectivas obrigações para com os titulares dos planos. dicas pagável de uma só vez ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. PECÚLIO POR INVALIDEZ: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. 14 Estudo Setorial

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