LINGUAGEM E SEUS DESENVOVIMENTOS

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Transcrição:

LINGUAGEM E SEUS DESENVOVIMENTOS CRUVINEL, Fabiana Rodrigues Docente do curso de Pedagogia da FAEF/ACEG-Garça-SP e-mail: fabianarde@ig.com.br IRYU, Kathia Yumi Acadêmica do curso de Pedagogia da FAEF/ACEG-Garça-SP e-mail: kathiayumi@hotmail.com RESUMO Este trabalho tem como objetivo mostrar como é o desenvolvimento da linguagem e a importância de prestarmos atenção em cada detalhe na expressão dos educandos. Desta forma conseguimos ver suas evoluções gradativamente e podemos trabalhar de forma a agregar situações de seu interesse, valorizando e motivando seu desempenho. Palavras chaves: Aprendizado, Desenvolvimento, Interação. ABSTRACT This study aims, we show how the development of language and the importance of paying attention to every detail in the expression of students. Thus we can see their evolution gradually and can work in order to add interest situations, appreciating and motivating their performance. Keywords: Learning, Development, Interaction. INTRODUÇÃO Sabemos o quanto é importante o desenvolvimento da linguagem em um cidadão sendo um processo que requer muita dedicação quando criança e necessita do auxilio e apoio dos que estão à sua volta podendo obter assim um conhecimento cultural enorme. O educador faz toda diferença com seus métodos, dependendo a forma de se trabalhar pode trazer o sucesso ou até mesmo o fracasso no desenvolvimento da aprendizagem de uma criança. Deve-se trabalhar com atividades que estejam relacionadas ao contexto dos alunos de modo a ter sentido para eles tornando-se algo real e estimulante.

I DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ESCRITA A linguagem é sempre uma prática social, que se constrói a partir do discurso do outro, para a interação entre ambos, sendo dialógica por natureza e nunca individual, por isso é um enunciado, tendo sempre sentido para a outra pessoa, podendo ser oral ou escrita. Aprender a linguagem seja ela oral ou escrita é sempre um processo desafiante, estruturante. A língua é histórica e social, sempre está em constante mudança conforme o tempo e a região, dependendo de um contexto para saber o significado de tal discurso que se desenvolve por meio de um interlocutor. Para ensinar a linguagem oral e escrita, é necessário atribuir à primeira função dentro da pratica cotidiana, até mesmo porque, isso não acontece no vazio, mas sim em uma situação social concreta, onde o individuo atua em determinada situação. Ora, o leitor pequeno não terá boas chances de atribuição de sentido a uma obra se não estabelecer com ela e com outros eventos culturais, de hoje e de ontem, relações contextuais de natureza cultural. ( SOUZA, 2010, p. 17) Temos que prestar muita atenção no desenvolvimento do aprendizado da criança, porque aprender somente a codificar, decodificar, aspectos técnicos e os sinais não é o suficiente. É preciso aprender a lidar com linguagem como um sistema de signo que só faz sentido dentro do contexto social. E esse nosso interesse em aprender esse processo é o pressuposto de que a atividade de leitura vem com a intenção de o leitor compreender a palavra do outro, que vai estar à espera dessa atitude responsiva do leitor. Eu vivo em um mundo de palavras do outro. E toda a minha vida é uma orientação nesse mundo; é reação das palavras do outro (uma reação infinitamente diversificada), a começar pela assimilação delas (no processo de domínio inicial do discurso) e terminando na assimilação das riquezas da cultura humana (expressas em palavras ou em outros materiais semióticos). (BAKHTIN, 1995, p. 379) Para que ocorra o desenvolvimento da linguagem escrita, é fundamental que a criança esteja preparada para essa aprendizagem, pois se antecipado esse

processo, provavelmente vai se tornar lento e demorado de forma a ser uma experiência de pontos negativos para a criança. Essa aprendizagem é uma função intelectual em que se usa um processo de elaboração mental, sendo bem complexo de inicio para o educando. O desempenho do professor é muito importante. Se ele sempre propuser a incentivar a criança a ler e escrever, provavelmente estará formando um cidadão, o qual sempre sentirá a necessidade de buscar novas experiências, que tenham sentido e significado para elas, sempre conversando mais, assim a narrativa envolve receptores ativos. Como afirma Mello e Miller (2008) a escrita vem para registrar e expressar informações, idéias, sentimentos etc. se tornando um instrumento muito importante, permitindo a participação das pessoas na cultura letrada, proporcionando o acesso ao conjunto do conhecimento que foi registrado ao decorrer da história, podendo ser utilizada para a melhoria das vidas em qualquer lugar que esteja. A aprendizagem da escrita provoca um desenvolvimento na qualidade da inteligência de quem aprende a ler e escrever, até mesmo porque a escrita é um instrumento cultural complexo independente se é no ponto de vista do seu funcionamento ou de sua aprendizagem (MELLO;MILLER, 2008) Segundo Vygotski (1995) é necessário apresentar para a criança desde o inicio a escrita como se fosse um instrumento, tendo a função social de expressar ou comunicar informações, idéias e sentimentos. Fazer uso da escrita em sua função social quer dizer usar a escrita junto com as crianças em situações verdadeiras de produção textual para uma determinada destinação. As crianças dizem o que desejam escrever e o professor redige o texto, já que nesse momento da vida da criança ela ainda não adquiriu autonomia para realizar essa atividade. (MELLO; MILLER, 2008, p. 12) Seguindo a ideia das autoras temos atividades para se trabalhar com a escrita, se enquadrando no que foi relatado: Confecção de convites, em que o texto deve ser breve, indo diretamente ao assunto do convite, incluindo local, endereço do local (quando for o caso), data e horário. Podendo ter diferentes finalidades, desde convidar os pais para um evento ou uma simples exposição aos colegas; Elaborar regras de convivência, que é uma atividade em que o professor quem vai escrever junto à turma regras a serem seguidas dentro da escola, podendo

ser utilizado não somente naquele estabelecimento, mas muitas vezes em seu cotidiano; Fazer relatórios de passeios, nesta atividade é necessário que o educador organize um passei onde o educando estará vivenciando novas atividades, chegando à escola poderá fazer um relatório onde juntos vão registrar e ilustrar os fatos vividos de uma maneira diferente. Com essas atividades podemos visualizar o quanto é abrangente as atividades a ser trabalhada no momento de desenvolvimento na escrita e que podem fazer toda a diferença ao serem utilizadas. Para trabalharmos o desenvolvimento da linguagem escrita, primeiramente precisamos de algo com um contexto que tenha relação com seus conhecimentos e convívio do dia a dia, se tornando um assunto interessante e agregando sentido a ela. (CRUVINEL, 2010) Um professor nunca pode efetuar uma aula sem ao menos ter planejado, porque não conseguira direcionar para um determinado objetivo, fazendo com que a aula fique maçante e sem estratégias de leitura. Uma das melhores maneiras de se trabalhar a leitura é trazendo para a criança a literatura infantil, que contribui muito no desenvolvimento da mesma. Mas, para ter sucesso com ela é fundamental também que seja um projeto pessoal, em que o educando sinta a necessidade e o interesse de ler e compreender o contexto exposto. Podemos concluir que ler é buscar compreender o enunciado produzido pelo outro, esse processo quando feito de forma correta conseguimos fazer com que se torne para a criança uma palavra viva (ARENA, 2010) II DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORAL A linguagem oral tem uma função especial no desenvolvimento da criança, até mesmo porque é um elemento muito importante no aprendizado cultural, quando começa a desenvolver a fala, automaticamente vai facilitar também o desenvolvimento de outras áreas como: memória, atenção, percepção, imaginação, controle da vontade e da conduta, do pensamento. Antes de começar desenvolver todas essas habilidades, ela pensa com imagens, seus pensamentos se restringem as experiências vividas. (MELLO; MILLER, 2008) Todo esse processo começa a acontecer quando falamos com ela e provocamos suas expressões. Por isso devemos sempre abrir espaço para que

venham expor seus pensamentos, somente dessa forma vai fortalecer sua linguagem oral e por conseqüência, seu pensamento, que evolui conforme se desenvolve a fala. Conforme afirmam Mello e Miller (2008), é a partir desse contato que a criança descobre a experiência humana acumulada ao longo da história, podemos dizer assim que a linguagem oral inclui a experiência social. E com o tempo vamos percebendo como isso vai assumindo uma função no processo de planejamento da conduta da criança, que muda seus comportamentos conforme a vivência. A linguagem origina-se em primeiro lugar como meio de comunicação entre a criança e as pessoas que a rodeiam. Só depois, convertido em linguagem interna que fornece os meios fundamentais ao pensamento da criança (VYGOTSKY, 2001, p.114) Esse processo é fundamental para a internalização de condutas, atuando também na constituição da memória, da atenção e da imaginação. Formando as bases para a memória, a estabilização da atenção e também o desenvolvimento da imaginação. A criança tem um maior desenvolvimento nessa área quando está na idade pré-escolar, pois amplia seu vocabulário, aprendendo a usar os verbos, as concordâncias das palavras e os primeiros elementos sintáticos, que na verdade são produzidos pelo uso da fala na relação com as pessoas tendo assim a escola como um papel muito importante Podemos concluir assim, que precisamos colocar as crianças em contato com atividades que estimulem o uso da linguagem oral. Temos como exemplo algumas atividades sugeridas pelas autoras Mello e Miller (2008): A roda, que é uma atividade em que a professora junto com os alunos, sentam para conversar e contar acontecimentos da sua vida fora da escola ou até relatar o plano de atividades do dia; Ouvir histórias contadas, ouvir e contar histórias são ações que constituem um estimulo a expressão, ampliam o vocabulário e o conhecimento do mundo, alimentando a imaginação, podendo após o conto ser relacionada a alguma brincadeira ou um teatro improvisado, sem ter que manter o texto original com as suas características literárias preservadas; Relatar fatos, onde a criança sente vontade de contar fatos ou acontecimentos e o professor abre espaço para estar contando, estimulando a linguagem oral, formando sua capacidade de expressão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este artigo pudemos concluir que o desenvolvimento da linguagem na criança é muito interessante e que nós como professores ao atuarmos na área, precisamos estar dispostos a se dedicar e prestar a devida atenção a cada criança. Esse processo de aprendizagem é bem complexo, exigindo bastante esforço da criança, contudo percebemos a responsabilidade que temos em estarmos presentes e atentos a cada evolução, sabendo valorizar os avanços de cada uma. Pois, se em algum momento desse desenvolvimento houver um trauma, pode levar a mesma ao fracasso escolar, o que vai fazer toda diferença nos próximos anos de estudo e até mesmo em sua vida profissional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARENA, D. A literatura infantil como produção cultural e como instrumento de iniciação da criança no mundo da cultura escrita. São Paulo: Cortez, 2010. BAKHTIN, M.(1988). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec: 1995. Cruvinel, Rodrigues Fabiana. Ensinara a ler na escola: A leitura como pratica cultural. Uberlândia, 2010. MELLO, S; MILLER, S. O desenvolvimento da linguagem oral e escrita em crianças de 0 a 5 anos. Pró-Infantil: Curitiba, 2008. VYGOTSKI, L.S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.