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Transcrição:

Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Direito Processual Penal Professora: Elisa Pitarro Monitor: Raphael Santana Aula 13 Antes da reforma do Código de Processo Penal de 2008, se o réu não fosse localizado para ser intimado da decisão de pronúncia, ocorreria a chamada crise de instância, uma vez que o processo ficava suspenso e a prescrição continuava transcorrendo. Com a reforma, o art. 420 do CPP permite a intimação por edital do réu solto, que não foi localizado para ser intimado pessoalmente, Deste modo, hoje não ocorre mais crise de instância. Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita: I pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; II ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério Público, na forma do disposto no 1 o do art. 370 deste Código. Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado. Os processos que estavam suspensos quando a reforma entrou em vigor se submeterão a imediata aplicação do art. 420 do CPP? Atualmente, a jurisprudência entende que esse dispositivo possui natureza processual, uma vez que mudou apenas a forma de intimação da pronúncia. Como a norma processual mais nova é presumidamente mais ágil, a sua aplicação é imediata. Para Aury, essa norma possui natureza mista, pois acabou repercutindo em dispositivos relacionados a prescrição, razão pela qual devemos aplicar todas as regras que tratam da norma penal no tempo. Sendo uma norma mais gravosa, ela só seria aplicada aos crimes cometidos após a reforma. A antiga redação do art. 451 do CPP exigia a presença do réu no plenário caso pronunciado por crime inafiançável. Se ele não fosse localizado, ocorreria aqui a crise de instância. Com a reforma, o art. 457 do CPP, estabelece que o réu solto que foi regularmente intimado e não comparece poderia ser julgado a revelia, e o réu preso poderá optar se deseja ou não estar presente no plenário. Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado. 1 o Os pedidos de adiamento e as justificações de não comparecimento deverão ser, salvo comprovado motivo de força maior, previamente submetidos à apreciação do juiz presidente do Tribunal do Júri. 2 o Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento subscrito por ele e seu defensor.

O art. 461 do CPP, conforme sua antiga redação estabelecia que se houvesse divergência entre as defesas sobre a aceitação ou recusa de um jurado, haveria a possibilidade de separar o julgamento. Com a reforma, o assunto foi tratado no art. 469 do CPP e atualmente, na medida em que o jurado for recusado, ele será automaticamente excluído. Se, em razão das recusas, não sobrar um número mínimo de 7 (sete) jurados, caberá ao juiz presidente suspender o julgamento, designando novas datas para o julgamento em plenários separados. Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados, as recusas poderão ser feitas por um só defensor. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 1 o A separação dos julgamentos somente ocorrerá se, em razão das recusas, não for obtido o número mínimo de 7 (sete) jurados para compor o Conselho de Sentença. Após elencar as hipóteses de separação, o legislador deu uma certa liberdade ao juiz para separar os processos em outras hipóteses que entenda pertinente. Se, apesar da conexão e da continência, forem instaurados processos distintos, o juízo competente deverá avocá-los. O Código de Processo Penal estabelece que essa reunião apenas não ocorrerá se um dos processos já estiver com sentença transitada em julgado. Diante da dificuldade de reunir processos que estão em fase recursal, a súmula 235 do STJ estabelece que essa reunião só deve ocorrer até a sentença. Súmula 235 do STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado. Pergunta-se (questão da prova específica da magistratura): Apesar da conexão, A e B respondem a processos distintos, sendo que o processo de A está em fase de alegações finais e ele está preso. Já o processo de B está na fase de resposta preliminar. Considerando que o Juízo do processo A era o prevalente, os processos deverão ser reunidos? Na prática, esses processos não seriam reunidos, pois se o art. 80 do CPP dá aos juízes uma certa liberdade para separar processos conexos, o mesmo raciocínio deverá ser utilizado na hipótese, que evitaria a caracterização de excesso de prazo e a colocação de A em liberdade. Contudo, pela literalidade do art. 82 do CPP e pela súmula 235 do STJ, os processos deverão ser reunidos ainda que A seja posto em liberdade. Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.

Art. 82. Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas. Reparação de danos no processo penal: Por conta da independência entre as jurisdições penal e civil, a vítima pode, desde logo, propor a ação civil indenizatória. Contudo, se estiverem tramitando simultaneamente a ação civil e a ação penal, o art. 64 parágrafo único do CPP determina o sobrestamento da ação civil até o trânsito em julgado da ação penal. Por conta disso, normalmente a vítima aguarda o resultado da ação penal, pois, na hipótese de condenação, a ação civil será desnecessária. Isso ocorre porque a sentença condenatória transitada em julgado possui efeito declaratório em relação a reparação do dano, ou seja, torna certo o dever de indenizar. Desta forma, bastaria a vítima liquidar essa sentença no cível para, após, executá-la. Com a reforma do Código de Processo Penal de 2008, o art. 387, IV e art. 63 parágrafo único do CPP estabelecem que na condenação o juiz deve fixar um valor mínimo sobre a reparação de danos, ou seja, uma parte da sentença já será liquida e poderá ser prontamente executada, sem prejuízo da sua liquidação para apurar o valor total do prejuízo. Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso iv do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. O juiz criminal pode fixar esse valor mínimo? Nesse sentido, há três posições doutrinarias: 1) Alexandre Câmara: O processo criminal não se presta a discutir verbas indenizatórias, condenar alguém a pagar quantia sem que tenha qualquer discussão relacionada ao prejuízo, fere o contraditório e a ampla defesa, sendo inconstitucional. 2) Geraldo Prado: Como não houve pedido de condenação em verba indenizatória, essa sentença seria extra petita e, como tal, nula. Crítica: Então se o Ministério Público pedisse, seria aceitável? Ocorre que pedir indenização a vítima não é uma das funções constitucionais da instituição. 3) Polastri: A reforma do Código de Processo Penal, nesse aspecto, adotou o sistema da adesão parcial, sistema que já foi inclusive aprovado do Código Penal do império. O sistema é denominado parcial porque o código só indica um valor mínimo para a reparação.

Qual a natureza jurídica da multa reparatória prevista no art. 297 do Código de Trânsito Brasileiro? Ela é compatível com a Constituição? Nesse sentido, há três posicionamentos. 1) Damásio: Ela rem natureza penal em razão das várias remissões ao Código Penal. Contudo, se o legislador pretendia criar uma pena substitutiva como fez com as penas restritivas de direito, ele deveria ter feito uma cominação detalhada na parte geral do Código de trânsito Brasileiro, ou então após cada figura típica. Como ele não fez nada disso, ela é inconstitucional por afronta ao princípio da reserva legal. 2) Posição majoritária na jurisprudência: Não é possível condenar alguém a pagar uma quantia sem que o réu tenha se defendido do valor do prejuízo, logo essa condenação violaria o contraditório e a ampla defesa. Para a jurisprudência, em razão do forte caráter indenizatório, a multa possui natureza cível e é inconstitucional 3) Polastri: Enquanto o Código de Processo Penal adotou o sistema da independência entre as jurisdições penal e civil, o Código de Trânsito Brasileiro adotou o sistema da adesão, onde a vítima obtém a reparação dos danos na esfera criminal. Esse sistema pode ser obrigatório (o juiz sempre se manifesta sobre a reparação de danos) ou facultativa (o juiz só se manifesta se houver pedido da vítima). O CTB adotou a adesão obrigatória, e para que não haja ofensa a princípios constitucionais, bastaria que o Ministério Público, ao longo da ação penal, produzisse provas voltadas a apurar o valor do prejuízo, dando ao réu a contraprova. Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime. 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 do Código Penal. 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado. Findo o processo criminal, o agente foi absolvido, razão pela qual a vítima pretende ingressar com uma ação civil. Contudo, dependendo do fundamento da absolvição, o resultado no crime fará coisa julgada no cível, impedindo o ajuizamento da ação civil. A absolvição por negativa de autoria ou negativa de existência do fato impedem a ação civil. O mesmo ocorre quando for reconhecida a excludente de ilicitude, conforme art. 65 do CPP Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Em caso de resposta negativa aos dois primeiros quesitos do Júri, que levam a absolvição do agente, seria possível o ajuizamento da ação civil? Nesse sentido, há dois posicionamentos: 1) Polastri: Como não se pode identificar a razão precisa da absolvição, as portas do cível permanecerão abertas. 2) Rangel: Deve-se presumir que entre todas as teses sustentadas pela defesa, a que foi aceita é aquela que melhor atende aos interesses do réu e assim inviabilizar a defesa civil. O STF entende que o art. 68 do CPP padece da chamada inconstitucionalidade progressiva ou em trânsito, ou seja, a legitimidade do

Ministério Público sé se justificaria nos locais e enquanto não forem criadas e implementas as defensorias públicas nos estados. Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, 1 o e 2 o ), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público.