AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA 1 st African Ministers of Health meeting jointly convened by the AUC and WHO 1 ère réunion des ministres africains de la Santé organisée conjointement par la CUA et l OMS 1.ª Reunião dos Ministros Africanos da Saúde organizada conjuntamente pela CUA e a OMS Luanda, Angola, 14-17/04/2014 االجتماع األول لوزراء الصحة في أفريقيا وتشترك في تنظيمه مفوضية االتحاد األفريقي ومنظمة الصحة العالمية لواندا جمهورية أنغوال 41-41 نيسان/أبريل 4141 REUNIÃO DOS PERITOS Luanda, República de Angola, 14 15 de Abril de 2014 AUC/WHO/2014/Doc.6 31 de Março de 2014 ORIGINAL: INGLÊS Ponto 8 da ordem do dia provisória MECANISMOS DE RESPONSABILIZAÇÃO PARA AVALIAR A IMPLEMENTAÇÃO DAS DECLARAÇÕES E DE OUTROS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELOS MINISTROS AFRICANOS DA SAÚDE ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO... 1 5 OBJECTIVOS... 6 7 PILARES DO MECANISMO DE RESPONSABILIZAÇÃO... 8 FOCO DO MECANISMO DE RESPONSABILIZAÇÃO... 9 CONCLUSÃO... 10 Página REFERÊNCIAS... 5
Página 1 INTRODUÇÃO 1. A Comissão da União Africana (CUA) é o principal organismo que desempenha um papel fulcral na gestão diária da União Africana. Entre outras coisas, coordena e harmoniza os programas e as políticas da União Africana com os das Comunidades Económicas Regionais (CER) e os parceiros, e assegura que as decisões da União Africana são implementadas. 2. Em sintonia com as suas funções essenciais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fornece orientação normativa e aconselhamento em matéria de políticas, partilha informação sobre a situação sanitária, contribui para o desenvolvimento da capacidade institucional e presta apoio técnico, inclusive quando é solicitado pelos países, para que estes possam cumprir os seus compromissos assumidos no âmbito do enquadramento das resoluções e decisões da Assembleia Mundial da Saúde e do Comité Regional. 3. A CUA associou-se à OMS na organização conjunta de reuniões dos ministros africanos da saúde para abordar uma série de desafios relacionados com a saúde em África. Esta parceria é governada por um acordo estabelecido entre a CUA e a OMS que é coerente com as visões, prioridades e estratégias abrangentes de ambas as Organizações, com particular ênfase no agilizar do desenvolvimento sanitário do continente. 4. Existem cada vez mais reuniões ministeriais em todo o continente africano e para além deste, uma vez que a maioria das Comunidades Económicas Regionais, Organizações Regionais de Saúde, agências da ONU e organizações internacionais da sociedade civil convocam reuniões ministeriais que culminam com a assunção de compromissos. A falta de implementação destes compromissos pode resultar na perda de confiança e até mesmo em fadiga entre os beneficiários a quem se destinam. 5. A parceira CUA-OMS tem por finalidade assegurar que todas as decisões tomadas nestas reuniões são implementadas para se produzirem os resultados esperados. Para além de permitir tomar as melhores decisões possíveis de uma forma eficaz, a parceira vai procurar obter adesão à implementação por parte de todas as partes interessadas. A adesão é essencial porque sem ela, muitas decisões poderão nunca ser vir a implementadas. OBJECTIVOS 6. O objectivo do mecanismo de responsabilização é aumentar a possibilidade da implementação de decisões tomadas pelos ministros da saúde, identificar desafios à implementação e apresentar soluções para os desafios identificados. Os objectivos específicos são os seguintes: a) assegurar que todos os compromissos assumidos pelos ministros africanos da saúde são implementados; b) apoiar os Estados-Membros e outras partes interessadas a implementar os compromissos assumidos pelos ministros africanos da saúde; c) identificar as causas subjacentes à falta de implementação dos compromissos assumidos pelos ministros africanos da saúde; d) rever as medidas que os Estados-Membros e outras partes interessadas estão a tomar para implementar as decisões;
Página 2 e) popularizar e promover a celeridade e a eficácia com que as decisões são implementadas. 7. Se os objectivos mencionados foram alcançados com êxito, é provável que os compromissos assumidos pelos ministros da saúde sejam plenamente implementados e que se minimizem as falhas. PILARES DO MECANISMO DE RESPONSABILIZAÇÃO 8. O mecanismo vai incidir não apenas na avaliação da implementação dos compromissos, mas também em tornar os compromissos implementáveis. O mecanismo de responsabilização é composto pelos seguintes cinco pilares indicados em baixo: a) Definir uma calendarização para a implementação dos compromissos: cada compromisso assumido pelos ministros da saúde deverá ser acompanhado por um calendário de implementação. Os ministros deverão estratificar ou segmentar a taxa de implementação nos Estados-Membros, dependendo das duas capacidades e recursos. Alguns Estados-Membros argumentam frequentemente que não se trata de uma corrida e, como tal, não deve haver calendarização para a implementação dos compromissos. No entanto, este argumento pode afectar de forma adversa a avaliação da implementação. Por conseguinte, é imperioso que se estabeleça uma calendarização. b) Criar sensibilização: muitas vezes, quem implementa um compromisso assumido poderá não ser quem o assumiu ou participou na sua assunção. Assim, deverão ser envidados esforços deliberados para criar elos formais entre o compromisso assumido pelos ministros durante a conferência e o seu respectivo plano de implementação. Tal poderá ser conseguido através da elaboração de uma estratégia viável de comunicação e do aumento da interacção entre os dois grupos no plano de implementação. É necessária a participação de quem será provavelmente afectado e/ou envolvido na implementação do compromisso. c) Apoio subsequente à conferência: Alguns Estados-Membros poderão enfrentar desafios em matéria de baixa capacidade para implementar os compromissos. Por conseguinte, a parceria CUA-OMS deverá desenvolver um mecanismo de apoio ao qual os Estados- Membros possam recorrer para lhes prestar assistência adequada e prática na implementação dos compromissos. d) Avaliação formal da implementação: a avaliação formal da implementação deverá ser efectuada por um comité de avaliação cuja composição poder ser determinada posteriormente, de preferência com a participação de todas as partes interessadas. O resultado das avaliações deverá ser utilizado para melhorar a implementação futura de implementações, através da resolução de problemas e do reconhecimento das boas práticas. e) Memória institucional: normalmente, o documento final do compromisso é redigido na forma de uma lista de decisões tomadas durante uma reunião sem que seja indicada a sua fundamentação lógica. Por conseguinte, as conferências conjuntas CUA-OMS deverão dispor de um banco de memória ou um mecanismo para relembrar a fundamentação lógica por trás de cada compromisso. Relembrar a fundamentação lógica subjacente a cada compromisso é essencial para guiar os responsáveis pela implementação que não participaram na assunção do compromisso mas que precisam fazer alterações quando a implementação impõe desafios.
Página 3 FOCO DO MECANISMO DE RESPONSABILIZAÇÃO 9. O mecanismo de responsabilização deverá estipular a pertinência, a adequação, a eficácia, a eficiência, o impacto e a sustentabilidade dos compromissos assumidos pelos ministros africanos da saúde. As áreas de incidência específica no âmbito de cada secção deverão ser as seguintes: a) Pertinência e adequação i) Em que medida o compromisso é pertinente para se abordar o problema específico? ii) As iniciativas tomadas para implementar o compromisso foram as indicadas para se alcançar o resultado esperado? iii) Em que medida os objectivos do compromisso são ainda válidos? iv) Em que medida o compromisso foi alinhado aos problemas e sistemas nacionais? b) Eficácia i) Qual foi a eficácia da implementação para se abordar o desafio visado? ii) Em que medida foram atingidos os resultados esperados do compromisso? iii) A implementação do compromisso beneficiou a população-alvo? iv) Quais foram os principais factores que afectaram o êxito ou o fracasso da implementação? c) Impacto i) Em que medida a implementação do compromisso teve impacto na população-alvo? ii) Qual foi o impacto da implementação do compromisso? iii) Que diferença fez na realidade o compromisso para a população-alvo? d) Sustentabilidade i) Em que medida pode o impacto do compromisso continuar sem a conferência conjunta dos ministros da saúde da CUA-OMS? ii) Em que medida foram as partes interessadas envolvidas na implementação? e) Eficiência i) O compromisso foi implementado da forma mais eficiente, por comparação com outras formas alternativas? ii) O compromisso foi implementado segundo o planeado, de forma atempada e usando os recursos mais adequados?
Página 4 CONCLUSÃO 10. O mecanismo de responsabilização não se destina apenas a identificar o que foi implementado e o que não foi implementado. Tenha o objectivo esperado sido ou não alcançado, é importante considerar o que foi aprendido com a experiência, o que pode ajudar a resolver os desafios e na partilha das boas práticas.
Página 5 REFERÊNCIAS African Union (2001). AU in a Nutshell. Available from: http://www.au.int/en/about/nutshell [accessed: 4 February 2014]. African Union (2001). The AU Commission. Available from: http://www.au.int/en/about/nutshell [accessed: 4 February 2014]. African Union (2008). Partnerships. The AU Commission. Available from: http://www.au.int/en/about/nutshell [accessed: 4 February 2014].