Disciplina: T. e P. de Grãos e Cereais Série: 2ª Turmas: L/N/M/O Curso: Técnico em Agroindústria Secagem, Armazenamento e Beneficiamento de Grãos Professora Roberta Magalhães Dias Cardozo Professora: Roberta M. D. Cardozo Descrição do Fluxo Operacional - Recepção Os produtos chegam a granel em caminhões ou carretas; A classificação considera aspectos físicos do produtos: Umidade, impurezas, ph, presença de insetos, odor,etc; Retirada de sementes ou grãos imaturos, rachados, partidos, ervas daninhas, material inerte, pedaços de plantas; Descrição do Fluxo Operacional Recepção Qualidades físicas, fisiológicas e sanitárias que possibilitam a boa classificação em padrões comerciais; A classificação determina a destinação do produto às diversas moegas e aos silos e armazéns; Descrição do Fluxo Operacional Pré-Limpeza e Limpeza Índice de impurezas elevadas: dificuldades à secagem e armazenamento Importância da limpeza: Secagem mais uniforme, diminuição do risco de incêndio, eficiência de secagem Consequência no armazenamento: Passagem de ar na aeração não é obstruída, Material mais uniforme, Menos suscetível ao ataque de insetos. Descrição do Fluxo Operacional Pré-Limpeza Operação preliminar nos grãos de uma Usina Beneficiadora de Grãos para facilitar as operações posteriores; Feita antes da secagem Elimina folhas, ramos, torrões, poeira Reduz para 4% o teor final de impurezas. Na pré-limpeza as impurezas são coletadas e transportadas para descarte; 1
Descrição do Fluxo Operacional Limpeza Operação terminal nos grãos numa Usina de Beneficiamento de Grãos; Separa impurezas remanescentes da pré-limpeza; Reduz para 1% o teor de impurezas final da massa; Grãos quebrados são transportados para um silo de resíduos, favorecendo assim a conservação dos grãos nos silos e graneleiros (facilita a aeração). Equipamento de Limpeza Classificação quanto ao princípio de funcionamento Insuflação ou Aspiração de ar Peneiramento dos grãos Insuflação ou Aspiração de ar Máquinas de ar: Flutuação dos corpos na corrente de ar Arraste dos corpos mais leves Peneiramento São colocados sobre tela ou chapa perfurada, e por movimento vibratório ou oscilatório, existe a separação entre impurezas e grãos. Peneira crivo circular Peneira crivo Retangular 2
Máquinas de Peneiramento Fatores a considerar na limpeza Tipo de grão Dimensões das peneiras Teor de impurezas de entrada dos grãos Umidade da massa de grãos Inclinação das peneiras Dimensões dos furos Rotação do excêntrico Limpeza das peneiras Nivelamento e fixação da máquina Tipo do grão Dimensões das peneiras Peso específico, dimensão e forma Influência no desempenho das máquinas de ar e peneiras: a vazão necessária na caixa de ar e as peneiras deverão ser diferentes para cada grão. Largura e comprimento Largura: relacionada com a produção em volume de grãos da máquina. Comprimento: relacionado com a qualidade de saída dos produtos da máquina Impurezas de entrada Impurezas na entrada proporcional às impurezas na saída Ex: Máquina da pré-limpeza: Receberá 20t/h do produto com 8% de impurezas na entrada e 2% na saída. Receberá 40t/h do mesmo produto com 4% de impurezas e saída com 2%. Umidade da massa do grão Quanto mais úmido estiver o grão, menor o desempenho da máquina Maior tempo Aderência de partículas 3
Inclinação das peneiras Afeta o desempenho das máquinas Tela superior Maior inclinação: maior tendência dos grãos passarem sobre ela, diminuindo a quantidade de grãos que ficam na máquina. Menor inclinação: o produto final da tela superior estará mais sujo, mas em volume maior. A quantidade de produto que irá para a segunda peneira será menor, mas com uma eficiência maior. Inclinação das peneiras Tela inferior Maior inclinação: maior tendência dos grãos passarem sobre ela, aumentando a quantidade de grãos que saem da máquina. Assim, a eficiência de peneiramento desta será menor, com produto mais sujo na saída, mas em maior volume. Inclinação das peneiras Tela inferior Menor inclinação: passará mais grãos pela tela, tendo um produto final de melhor qualidade, mas com menor volume. Inclinações empíricas: Tela superior com 4º e inferior com 6º. Dimensões dos furos da peneira Tela superior Quanto maior os furos, maior a tendência dos grãos passarem sobre ela, diminuindo a quantidade de grãos que ficam na máquina. Quanto menor os furos: o produto final da tela superior estará mais sujo, mas em volume maior. Assim, a quantidade de produto que irá para a segunda peneira será menor, mas com uma eficiência maior. Dimensões dos furos da peneira Tela inferior Quanto maior os furos, maior tendência dos grãos passarem sobre ela, aumentando a quantidade de grãos que saem da máquina. Eficiência de peneiramento desta será menor, com produto mais sujo na saída, mas em maior volume. Quanto menor os furos, passará menos grãos pela tela, tendo um produto final de melhor qualidade, mas com menor volume. Rotação do Excêntrico Quando a rotação estiver acima do ideal, o produto passará muito rápido sobre a máquina. Quando estiver abaixo do ideal, ficará muito tempo sobre as peneiras. 4
Limpeza das peneiras Nivelamento e Fixação da máquina Se os furos estiverem obstruídos, o processo será prejudicado. Deve-se usar a mesma espessura da camada de grãos por toda a largura da tela. Só vamos conseguir com a máquina de ar e peneiras perfeitamente nivelada e fixada à base de concreto. Observações sobre máquinas de Limpeza Fluxo de entrada de grãos na máquina deve ser regulado de maneira que, sobre a 1ª tela tenha grãos apenas até a metade do seu comprimento A área útil ocupada pela máquina de limpeza é o espaço ocupado por sua projeção sobre o piso mais o espaço necessário para a troca de peneiras. Observações sobre máquinas de Limpeza Rendimento das peneiras Máquinas de limpeza 90 a 95% Máquinas de pré-limpeza 50 60% Dimensões das peneiras Máquinas de limpeza C=2 L Máquinas de pré-limpeza C=1,5 L Secagem A secagem é um tratamento térmico para reduzir a umidade da massa de grãos, tornando-a própria para armazenagem por longos períodos Com a redução do teor de umidade da massa de grãos, são reduzidas: a) a deterioração do produto; b) a taxa de respiração do produto; c) a velocidade do processo bioquímico que pode degenerar a massa de grãos. Secagem Fornalhas construídas em alvenaria, tijolos refratários e manta cerâmica fornecem a fonte calorífica para a secagem dos grãos (ar quente); O sistema de secagem se compõem de: Secador com coluna de secagem, difusores de ar metálicos, exaustores axiais ou centrífugos; Fornalha e ciclone e Transportadores de carga e descarga do secador; 5
Secagem Secadores existentes no mercado: de dutos e de colunas, com capacidades de produção variadas; Ciclone metálico de grande capacidade de retenção de fagulhas, garante a secagem dos grãos sem o risco de alguma centelha, derivada da fornalha, chegar ao secador; Secagem Se, ainda assim, uma fagulha atingir a massa de grãos e houver processo de esquentamento não natural desta massa, o processo de secagem é interrompido, abafa se o secador com o fechamento de entradas de ar, e se processa o descarregamento do mesmo, por uma via alternativa; Impera-se, então, o conceito de não utilização de água para alguma anormalidade durante a operação de secagem de grãos. Armazenamento Armazenamento Os grãos são armazenados em silos verticais metálicos ou em armazéns graneleiros com fundo em V, de concreto armado e de capacidades de estocagem variadas. Os silos recebem os grãos pela parte superior, trazidos por correias, e estes ficam armazenados por períodos curtos ou longos; A temperatura dos grãos armazenados deve ser acompanhada Ex.: Sistema de termometria computadorizado, ligado on-line com sensores que monitora toda a massa de grãos; Na ocorrência de qualquer discrepância da temperatura normal da massa de grãos, o ponto afetado é beneficiado com a injeção de ar; 6
Armazenamento Esta taxa deve ser aproximadamente 0,20 m 3 de ar / m 3 cereal/minuto, até que a temperatura se estabeleça em padrões normais; Na ocorrência de não se restabelecer a temperatura normal da massa de grãos, o procedimento será de fazer transilagem do produto, ou seja, movimentá-lo, do ponto que está, para outra parte do mesmo armazém ou outro. Expedição As usinas comercializam os grãos armazenados e estes são utilizados para produção alimentícia; Para a expedição, os produtos são movimentados por correias transportadoras e elevadores de canecas, até os silos de expedição; Expedição Silos de expedição elevados e metálicos sob os quais os diversos tipos de veículos de carga são carregados; Silos de expedição são equipados com balanças de fluxo, totalmente automatizadas, que liberam a carga com o peso exato desejado, evitando recargas / descargas e repesagens na balança rodoviária. 7
Processamento de Grãos e Cereais 8