RESFRIAMENTO ARTIFICIAL
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- Pedro Henrique Pereira
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1 RESFRIAMENTO ARTIFICIAL SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS DE... FUNGOS INSETOS TEOR DE ACIDEZ PERDAS DE UMIDADE PERDA DE MATÉRIA SECA RESÍDUOS DE INSETICIDAS CUSTOS E PERDAS NA ARMAZENAGEM
2 INTRODUÇÃO Omanejodepós-colheitadegrãosdemilhorequeroconhecimentodediversasáreasdasciências,comoAgronomia,Entomologia, Biologia,Engenhariacivil,Eng.ElétricaeFísica.Oarmazenamentoéparteimportantedoprocessodecomercialização,econstituisecomobasefundamentalparaassegurarosuprimentodealimentosparapessoaseanimais.. Aarmazenagemrequercuidadosespeciaisnoquetangeaocontroledeumidadeetemperaturadosgrãos.Acombinaçãodestes fatorespodepropiciarcondiçõesparaocrescimentodefungoseaumentopopulacionaldeinsetos,ocasionandoadegradaçãodas qualidadesfísicas,sanitárias,nutricionaisesensoriaisdosgrãos. Especialmenteempaísesdeclimatropicalesubtropical,sãofreqüentesasinadequaçõesquantoàconservaçãodegrãosde cereaisoleaginosas,àsestruturasdearmazenamentoecondiçõesambientais.conseqüentementesãoobservadosgrandesproblemase perdasduranteapós-colheita.osistemadeaeraçãomuitasvezesficacomprometidoemvirtudedetersidomaldimensionadoedas condiçõespoucopropiciasdoarambiente. Oteordeacidezdoóleo,adigestibilidade daproteína,oconsumodematériasecapelosfungoseinsetos,perdadeáguae resíduostóxicos,sãoproblemascomunsnaarmazenagemdemilho.mas,quepodemserreduzidosaníveisaceitáveiscomautilizaçãoda técnicaderesfriamentoartificial. Oobjetivodestetrabalhoéodeauxiliarnoprocessodareduçãodasperdaseemconseqüênciadoscustosdearmazenamentodo grão.omilhotemgrandeimportânciasocial,econômicaeestratégicaparaobrasil.amanutençãodesuaqualidade,atravésdatecnologia deresfriamentoartificial,trazbenefícioseconômicosasagroindústriasdeprocessamentodogrão,naproduçãodecarnes,leiteeovos, alémdecontribuirparaasegurançaalimentardapopulação. FUNGOS E INSETOS DE ARMAZENAGEM Osfungossãoabundantesnosolo,nosrestosdeculturas,emmoegas,siloseemtodoequalquerlugarondesearmazenee/ouse processegrãos.oataqueouinfecçãodegrãosdemilhopelosfungosdecampo(fusarium,alternaria)ocorrenasfasesfinaisda manutençãofisiológicaeainfecçãopor(aspergillus)ocorreprincipalmenteduranteacolheita,orecebimento,asecageme armazenagem.portanto,équaseimpossíveledefinitivamentenadapratico,tentarevitarquegrãosentrememcontatocomesporosde fungos,mas,épossívelprevenirocrescimentodosmesmosemgrãosrecémcolhidos.quenormalmenteapresentam-se(úmidos,sujose quentes)equandoficamretidasemcarretões,carroceriasdecaminhõeseoumoegas,sãoprontamenteinvadidospelosfungosde armazenamento. Tabela1.Velocidadededesenvolvimentofúngicoconformeoteordeumidadeetemperaturadosgrãos. Fonte:Lazzari,F.A.,1999. TU% TºC DESENVOLVIMENTO < >15 < Inexistente Muitolento Moderado Muitorápido Os principais fatores responsáveis pelo crescimento fúngico são a unidade e a temperatura da massa de grãos. O tempo de armazenamentotambéméimportante,pois,quantomaislongoéoperíodo,maioressãoosriscosemqueoprodutoficaexposto. Osfungoscriamascondiçõesdeumidadeetemperaturaparamanteremseucrescimentoecontinuaremcausandodanos,sem queosmesmossejampercebidosaolhonu.
3 Os insetos podem provocar perdas na qualidade e quantidade dos grãos armazenados. No entanto, as perdas qualitativas predominam,jáqueasperdasquantitativasocorremsomenteeminfestaçõesmuitoelevadas.atemperaturaelevadafavoreceo desenvolvimento de insetos. Se medidas preventivas não forem tomadas a tempo para controlá-los, ocorrerão perdas de qualidade dos grãos. Na tabela 2 é mostrado o impacto da temperatura no desenvolvimento dos principais insetos de produtos armazenados. Tabela2.Respostadeinsetosemprodutosarmazenados,emtemperaturasquevariamentre12,8e32,2ºC TU% TºC DESENVOLVIMENTO Ótima Desenvolvimentomáximo Sub-ótima Fonte:Doland,O.;Subramanyam,S.;Heppard,K.&Mahroof,R., Desenvolvimentomínimo Desenvolvimentointerrompido Oresfriamentoartificialpermitequeociclobiológicodosinsetos(deovoadulto)sejaafetadosignificativamente.Atemperatura baixaatrasaaeclosãodaslarvasdosovoseaslarvasvivasdentrodamassadegrãosentramemdiapausa(fasedehibernaçãoque osinsetosusamparasobreviverasbaixastemperaturas). Fonte.FlavioA.Lazzari,Ph.D.,Pesquisadoreconsultorinternacional SECAGEM E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE FINAL DO MILHO OmilhoéocerealmaisimportanteparaafabricaçãoderaçõesnoBrasil,participacom,aproximadamente,70%(setentaporcento) dovolumetotalderaçõesproduzidasnopaís.diantedaimportânciadessecerealparaalimentaçãohumanaeanimal,ocontrole de sua qualidade deve começar na escolha do híbrido para o plantio. Além de boas características agronômicas, deve ser produtivo,terboascaracterísticasparaoarmazenamentoeumvalornutritivoadequadoasuafinalidade. Aumidadeidealdacolheitadomilhoestaentre22e24%eaumidaderecomendadaparaaarmazenagemseguraéde13%. Portanto,essecerealrequersecagemartificial,aqualpodeserfeitaaosoloucomsecadores. Acolheitapodecausartrincasnosgrãos,porémosecadoraindaéamaquinaquemaiscausadanosaogrãodemilhodevidoas altas temperaturas que provocam trincas, grãos quebrados e fragmentos. Grãos quebrados e/ou mortos não são passíveis de armazenagememmeioambiente.osgrãossópodemserarmazenadosemcondiçõesespeciais,taiscomo:refrigeração,atmosfera controladaoucomousodeanti-fúngico. Depoisdecolhido,secadosedevidamentelimpo,osgrãosinteirosdevemserencaminhadosparaoarmazenamento.Durante esteperíodo,oclimadesempenhaumpapelrelevante,poisavariaçãodetemperaturaeumidadedeterminaaqualidadefinaldoproduto emestoque.quantomaisbaixaatemperatura,melhoréaconservaçãodogrãoarmazenado.nesteponto,ohomempodeajudara natureza,utilizandoosequipamentosderesfriamentoquereduzatemperaturaaosníveistecnicamenterecomendados.destaforma impede-seaaçãodemicrorganismosduranteoarmazenamento. Fonte:Eng.Agr.OsnyWaltrich,M.Sc-MERCOLAB
4 RECEPÇÃO E MANEJO DE MILHO SEMI-ÚMIDO Demodogeral,acolheitademilhoestácadavezmaisconcentradaerequersecagemdegrandesvolumesemcurtoperíodode tempo.écomumobservarem-sefilasdecaminhõeseapressãosobreaequipederecebimentoeestruturadesecagempara agilizarorecebimento. Omanejodepós-colheitademilhosemi-úmido(16e18%b.u.),combinadocomtécnicasdesecagemparcial,resfriamento artificialearmazenagemtemporária,permiteminimizarestesproblemasduranteasafra. Asecagemparcialdosgrãos,emprocessocontínuo,atéaumidadeentre16e18%(b.u.)permiteaumentaraprodutividadedos secadores.os grãos com essa umidade devem ser retirados do secador, submetidos a um intervalo de repouso de 6 a 8 horas e imediatamenteresfriadosentre18-20ºc,mantendo-osfriosenquantoduraroperíododearmazenamento.apósfinalizarorecebimento estesgrãosresfriados,podemvoltaraosecadorparaumasecagema13-14%deumidade.portanto,asecagemseráconcluídaaofinalda safra.observa-senafigura1queoprodutocomelevadaumidadenecessitadepequenosintervalosdetempo(t1)pararemovermaiores quantidadesdeágua(u1)e,nofinaldoprocesso,necessitaumtempomaior(t4).portantoofinaldasecagemécaracterizadocomoo períodoqueretardaaoperação. Fonte.AdílioFlauzinoLacerdaFilho,Prof.Dr.,UFV. Gráfico1.Curvadesecagemdegrãos(Fonte:LACERDA,2009) perdadeaté0,5%dematériaseca. Christensen, Steele e colaboradores,citadospor N a v a r r o e t a l. ( ), a v a l i a r a m o t e m p o p o s s í v e l d e a r m a - zenamento de milho, em diferentes temperaturas, com diferentes teores de água, até que fosse observada a perda de 1%de matéria seca e, ainda, milho com 30%de danos mecânicos. Os r e s u l t a d o s e s t ã o apresentados na Figura 2.Observa-se que milho com 15 a 20%(b.u.)pode s e r a r m a z e n a d o durante,aproximadament e,100diasseatemperatura damassaformantidaentre 18e20ºC,semqueocorra SegundoNavarroetal.(2002),dependendodoteordeágua,mesmoqueosgrãos estejam armazenados em baixa temperatura(0 a 10 C),existe o risco de aquecimento espontâneodamassa,dedesenvolvimentodemicrorganismosedescolaçãodosgrãos,se não houver adequado conhecimento do manejo do processo de resfriamento. Portanto,trata-sedeumaatividadequerequerconhecimentoecuidados. Fonte.AdílioFlauzinoLacerdaFilho,Prof.Dr.,UFV. QUALIDADE DE RAÇÕES Aqualidadefinaldaraçãodependediretamentedaqualidadedosingredientes.Originalmenteosgrãos,dentreestesomilho, apresentamcaracterísticasdesejáveisparacomporumaração,porémduranteasfasesfinaisdemanutençãofisiológica,colheita, secagemearmazenamento,umaparteconsideráveldessesingredientespodeserperdida. Aindanalavouramuitosfungosatacamosgrãos,dentreessesoFusarium,queproduzumasériedemicotoxinasindesejáveispara asraçõesanimaisoualimentaçãohumana.duranteacolheita,muitosgrãossãoquebradoseaessessesomamosgrãosquebradosdurante asecagem.osgrãosquebradossãoaportadeentradaparaosfungosduranteoarmazenamento,principalmenteoaspergillusqueproduz aflatoxinas. Aarmazenagemsomentedegrãosinteirosevivoséumautopia,portanto,oarmazenadorprecisaaprenderaconvivercom determinadosníveisdegrãosquebradose/oumortosnosilo.paraarmazenar-seadequadamenteumamassadegrãosexige-seumaserie decuidados,eparaistoexisteumconjuntodeferramentasàdisposição.dentreasferramentas,estáareduçãodetemperatura,quepode serfeitacomequipamentosderesfriamentoartificial. Abaixatemperaturainibeodesenvolvimentodefungoseinsetos,ediminuioprocessodeaquecimentodamassadegrãos, permitindoassimamanutençãodaqualidadeoriginaldoproduto.grãosdemelhorqualidadesignificamraçõesmelhoresque,porsua vez,possibilitammaiorrendimentoemleite,ovosecarne,bemcomoauxiliamnamanutençãodasaúdedosconsumidores.
5 Amoagemdomilhodesempenhapapelpreponderantenadigestibilidadedaração.Agranulometriavariadeacordocoma espécieecomaidadedoanimal.parareconheceragranulometria,determina-seodiâmetrogeométricomédiodaspartículasdomilho depoisdemoído. Finalmente,aformulaçãoeamisturacompletamoprocessodefabricaçãoderações.AsBoasPráticasdeFabricaçãodeRaçõeséo assuntodamodaerequeremmuitaatençãodaspessoasenvolvidasnoprocesso. Fonte.Eng.Agr.OsniWaltrich,M.Sc.-MERCOLAB DIGESTIBILIDADE Digestibilidadeéaporçãoabsorvidadototaldealimentoingerido.Porexemplo:seumaanimalingeriu100gramasderação, absorve80gramaseexcretou20gramas,adigestibilidadefoide80porcento.aqualidadedosingredientesafetaseveramentea digestibilidadeeporconseqüênciaasaúdeeodesempenhoanimal. Grãosdeelevadaqualidadeliberamespaçonoestômagodoaanimais,sãoabsorvidosmaisfacilmente,fazemmaiscarnee conseqüentementeoferecemmaislucroaoprodutor. Grãosdeelevadaqualidadefornecemmaisenergia,istosignificamaissaúdeebem-estaranimal. Omercadodegrãosaindanãoconsideraadigestibilidadenomomentodacomprae/ouvenda,portanto,istosugereumadas grandes oportunidades em favor daqueles que detém a informação correta. No mercado, encontram-se milhos com diferença de digestibilidadesuperiora10porcento,mascomercializadopelomesmopreço. Os fatores que afetam a digestibilidade são diversos, começando pelo híbrido de milho, condições de cultivo, método de colheita,secagem,limpeza,armazenagem,moagem,mistura,peletização,trasportedaração,etc.istosignificaquetodaacadeiadeveestar ajustadaparachegaraumprodutofinaldealtaqualidadeapreçoscompetitivos,tantonomercadonacionalcomointernacional. Tabela3.Efeitodaqualidadedomilhosobreodesempenhoanimal(EMBRAPA,MG;1982). MILHO COM ATAQUE DE INSETOS (%) GANHO DE PESO DOS RATOS (gramas) GANHO DE PESO DOS RATOS (%) 0 2,5 6,8 25,9 4,58 3,23 1,88-1, Fonte.Eng.Agr.OsniWaltrich,M.Sc.-MERCOLAB BENEFICIOS PARA AS INDUSTRIAS DE ÓLEO VEGETAL Temperaturaelevadasaceleramometabolismodascélulasefacilitamreaçõesquímicasquepodemdegradarlipídiosresultantedo aumentodeacidezdoóleodevidoàproduçãodeácidosgraxoslivres.oaumentodoíndicedeacidezresultaránoaumentodecusto paraaindustriadeóleo,nãosomentedevidoaoprocessodeneutralização,mas,também,pelaperdademassa. Oíndicedeacidezdoóleodemilhovaria,naturalmente,entre0,3e0,5%quandoosgrãosestãoemformaçãoatéafasede maturação fisiológica. Estando em condições de colheita inicia-se o processo de degradação ou deterioração, proporcionado por operaçõesecondiçõesinadequadas,atéafaseindustrial,ondesãotoleráveisníveisdeaté0,5%deácidosgraxoslivres,osquaisnecessitam serneutralizados.aneutralizaçãodaacidez, realizadacomprodutosalcalinos,implicaemcustosadicionaisaoprocessodeprodução. Dependendodoprocessoedacapacidadedaproduçãoindustrial,edoníveldeacidezdoóleoaserextraído,ovolumederecursos despedidopelaindustriaparareduzirestaacidezparaonívelexigidocomercialmente,poderáchegaraalgunsmilhõesdedólaresanuais. Ressalta-sequeocustonãoseaplicaapenasàneutralidadedosácidos,masàquantidadedeóleoperdido,àquantidadedeenergia despendida, mão-de-obra e encargo social, na capacidade de produção, ao desgaste e manutenção de equipamentos, além da necessidadedeinvestimentosemmáquinasparaestefim. Existeminformaçõestécnicasqueadmitemperdadeóleoemníveldobradoaodeacidez,ouseja,oincrementode0,1%deacidez noóleobrutoproporcionareduçãode0,2%namassadeóleo. Torna-seevidente,portanto,queémaiseconômicoaaplicaçãodetécnicasapropriadasparaaboaconservaçãodaqualidadedos grãosduranteafasedearmazenagemdoqueatuaremprocedimentoscorretivoparaaobtençãodamelhoranaqualidadedoproduto industrializado. Fonte.AdílioFlauzinoLacerdaFilho,Prof.Dr.,UFV.
6 PERDAS DURANTE A ARMAZENAGEM Aspossíveisperdasobservadasnaarmazenagempodemserdecorrentesdareduçãoemqualidadee/oupesoqueocorremdurante oarmazenamento.asperdastambémpodemsercausadaspelamovimentaçãodoproduto,perdadematériasecadevidoa atividadedefungoseinsetos,perdadeáguapelaremoçãodamesmadogrãopelamovimentaçãodoarinter-granularpormeio mecânico(aeraçãocomarambiente). Trêsfatoresafetamaqualidadedaarmazenagem:umidade,temperaturaetempodearmazenamento. Areduçãodetemperaturaéomeiodecontrolefísicomaiseficienteparaminimizarasperdasou,atémesmo,evitarainfestação dosgrãosporinsetospragaseainfecçãodosfungos.emtemperaturasentre14-18ºcosgrãostemsuaatividadesfisiológicasreduzidas devidoadiminuiçãodometabolismodascélulas,oqueresultaemmenortaxaderespiraçãoe,conseqüentemente,emmenorquebra técnica,mesmoquandoarmazenadocomteoresdeáguamaiselevados(14-15%b.u.). Natabela4,observa-sequeosgrãosarmazenadosàtemperaturade10ºCtiveramreduçãodataxarespiratória,naordemdeaté27 vezes,emcomparaçãocomaquelesarmazenadosemambientecomtemperaturasmaiselevadas. Tabela4.Perdadematériasecaem1.000tdemilhoarmazenadosdurante30dias. CONDIÇÕES AMBIENTES TEMPERATURA ºC PERDA DE MATÉRIA SECA (%),t Temperaturaambiente-alta Temperaturaambiente-média Grãosrefrigerados Perdade0,12%(=1,2t) Perdade0,54%(=5,4t) Perdade0,02%(=0,2t) Fonte.BRUNNER-1989,citadoporLAZZARI,2007. Fonte.AdílioFlauzinoLacerdaFilho,Prof.Dr.,UFV. RESULTADOS NA EMPRESA FIAGRIL OtrabalhofoirealizadonaunidadedearmazenagemdaempresaFIAGRILAgroMercantil,localizadanoMunicípiodeLucasdoRio Verde - MT, com o objetivo de avaliar as características técnicas da armazenagem de milho a granel, utilizando o sistema convencionaldeaeraçãoeosistemaderesfriamentoartificial. Foramutilizadosdoissilosmetálicos,comcapacidadeestáticade16.000t,considerando-seamassaespecíficaaparentedomilho iguala750gkm³.operíododearmazenagemfoideaproximadamente110dias.umdossilosfoiresfriadocomumequipamentocool SEED,modeloPCS120eooutroaeradocomarambiente. Tabela5.Dadosdeviabilidadetécnicaedecustodeambosossistemas Capacidadedossilos(t) Temperatura(ºC) Teordeumidade(%) Variaçãodemassa(t) Potênciaelétrica(kW) Energiaelétrica(kWh) VARIÁVEIS Capacidadederesfriamento/tonelada Custooperacional(R$) Ganhoeperdas(R$) Variaçãolíquida(R$) Ganhocomresfriamento,R$/mês/t Inicial Final Inicial Final Ganho Perda Totalparaoserviço Ganhoportonelada Consumototal Consumoespecifico /t Total, Portonelada Massadeproduto Diferençacomparativa Diferençadecustooperacional Diferençadeperdademassa Total TIPO DE ARMAZENAGEM SILO COM AR NATURAL SILO COM AR RESFRIADO ,6-22,2 23,0-35,0 12,2 10,6 0,0 289,3 110,4 0, ,7 5,93 0, ,25 8, , , , ,16 3, ,0-26,0 15,0-22,0 13,0 13,5 92,49 0, , ,0 2,12 18, ,09 1, , ,00
7 Osresultadosdestapesquisapermitiramasseguintesconclusões: a)ocustooperacionaldoresfriamentodegrãos,comoarresfriadoartificialmente,foimenorqueodeaeraçãocomarambiente; b)aaplicaçãodoarambientenamassafoieficientenasecageme,conseqüentemente,resultounaperdademassadosgrãosaerados; c)éimpossível,emcondiçõespratica,realizarresfriamentodegrãosagrícolasutilizando-searambientenascondiçõespsicrométricas observadasduranteoexperimento; d)atécnicaderesfriamentoartificialdegrãosmostrouserviáveltécnicaeeconomicamenteparaaconservaçãodegrãos e)atécnicaderesfriamentoartificialdegrãospropicioucondiçõesdeumidaderelativadeequilíbriodoarintergranularetemperatura entre14e20ºc,comestabilidadedepesodosgrãoseatépequenosganhosduranteoperíodode110diasdearmazenamento; f)emvirtudedamanutençãodetemperaturabaixadamassadegrãos,nãohouveanecessidadedeaplicaçãodeinseticidasparaocontrole deinsetos. Fonte.LauroMiranda-SupervisorOperacionalFIAGRIL-AGROMERCANTIL,AdílioFlauzinoLacerdaFilho,Prof.Dr.,UFV. RESFRIAMENTO DE GRÃOS EM GRANDES ARMAZÉNS GRANELEIROS Omanejodatemperaturaemgrandesarmazénsrequertécnicasespecíficas.Ademais,sãomuitososfatoresqueafetamaeficiência doresfriamento:oformatodograneleiro,ovolumedeproduto,aformaevelocidadedeabastecimento,assimcomoaformae velocidadededescarga.écomumadescargadegrãosquentesnoarmazémgraneleiro,semqueamassatenhasidoresfriada. Tambémosistemadeaeraçãonãoconsegueremoveressaquantidadeimensadecalor.Comoconseqüência,podeocorrercondensação em determinados pontos do graneleiro e focos intensos de aquecimento microbiológico que degradam a qualidade do produto, acentuamasperdasedificultamaremoçãodoproduto. Portanto,emfunçãodaumidadeinicialdoprodutoetempodearmazenagem,épossíveltraçarumaestratégiaadequadade manejo,conformeapresentadoaseguir. Aeraçãocomarresfriadonorecebimento:consisteemadministrargrandesvolumesdearresfriadoartificialmente,combinadona proporçãoadequada,comarambientecomafinalidadederesfriaramassadegrãos,nomenortempopossível,emtemperaturasnafaixa de20a25ºc.paraarmazenagemdecurtaduração,entre30a60dias,nãohánecessidadedereduzirmaisatemperaturadamassadegrãos, poisseriaumdesperdíciodeenergia. Aeração com ar resfriado no armazenamento: para períodos de média duração (60 a 180 dias), recomenda-se operar o equipamentoresfriador,combinadoounãocomarambiente.estaoperaçãotemointuitodereduziratemperaturadamassadegrãos abaixode20ºc,afimdeevitaroaumentopopulacionaldeinsetoseocrescimentodefungos,reduzindoasperdasemgeral. Nocasodegrandesarmazénsgraneleiros,nãoserecomendaaoperaçãocomgrãossemi-úmidosouúmidos,poishágrandes riscosdefocosdeaquecimentomicrobiológico,devidoafalhasdedistribuiçãodearexistentesnamaioriadosarmazénsgraneleiros. Fonte.Eng.FranciscoAyalaBarreto-DiretorCoolSeed. RESULTADO NA COOPERATIVA BATAVO OdepartamentoTécnicodaCooperativaBatavo-Carambeí-PR,realizouexperimentocomresfriamentoartificialemmilhosemiúmido, em silo metálico-pulmão de 5.000t. O objetivo foi avaliar o potencial de resfriamento artificial para reduzir o estrangulamentoduranteorecebimentodasafra,pois,omilhonaregiãodacooperativabatavoécolhidocomaltaumidadee normalmenteossecadores nãoconseguemremoveraumidadedoprodutonavelocidadedesejada.asavaliaçõesconsistiramem receberoprodutoúmido,passarpelosecadorumaúnicavezelevarparasilosdestinadosparamanejodeprodutosemi-úmidocoma aplicaçãodearresfriadoartificialmente.osresultadossãoapresentadosnatabela6.
8 Tabela6.Resultadodostestesdemanejodemilhosemi-úmido(BATAVO-2003) VARIÁVEIS UNIDADE CÁLCULOS RESULTADOS Inícioabastecimento Términoabastecimento Umidademédiaentradanosilo Umidademédiaderetornoaosecador Iníciorefrigeração Finaldarefrigeração Tempopararefrigeraçãototal Inícioderetiradaparasecagem Temperaturamédiainicialdoproduto Temperaturamédiafinaldoproduto Potênciatotaldoequipamentoresfriador Potênciaelétricatotal Consumototaldeenergiaelétrica Consumounitáriodeenergiaelétrica Custounitáriodeenergiaelétrica Custototaldoresfriamento %b.u. %b.u. h ºC ºC CV kw kwh kwh/t R$/t R$ 116x736 3,31x0, ,58x /02/ /03/ ,09 17,50 25/03/03 02/04/ /04/ , ,72 3,31 0, ,09 Éimportantedestacarquedesdeoabastecimentodosiloatéoiniciodarefrigeraçãopassaram-sevinteeoitodiascomoproduto armazenadoatemperaturaambiente.issoprovocouaincidênciadefungos,principalmentenaconcentraçãode finosegrãos quebrados,porémsemafetaraqualidadedemaneirasignificativa,conformeestademonstradonasanalisesdebromatologia. Autilizaçãodoresfriadordegrãosaumentouacapacidadediáriaderecepçãoemaproximadamente500toneladasnopicoda safra,tantoemcambeícomoempontagrossa.recomenda-senãoexcederaumidademédiade17%b.u.eosistemadeaeraçãodosilo deveserfundofalso(totalmenteperfurado). Custodotratamentocominseticidaem2.002 =US$12.251,82 Custodotratamentocominseticidaem2.003 =US$7.889,18 Economiacomtratamentocominseticida =US$4.362,64 Todooprodutoarmazenadoemsilonãosofreutratamentoquímico Fonte.MarcosKorevar-GerenteOperacional-COOPERATIVABATAVO. CONCLUSÃO Oresfriamentoartificialéumaimportanteferramenta,massozinhonãoresolvetodososproblemasdearmazenagemdemilho. Somente a adoção de um conjunto de medidas e técnicas permitirá reduzir alguns desses problemas em níveis aceitáveis, tomandotambémcomoparâmetroascondiçõesdehigiene,segurança,custoeperdasnapóscolheita. Manejointegradodepragas,boaspráticasnaarmazenagem,bonsprojetosdeaeraçãoeexaustão,equipamentospararemoção deimpurezasefinos,controlesquímicosefísicoseoutrosmétodosetécnicasdevemserintegradoscomobjetivocomum. Treinamentodeoperadores,responsáveisougerentescomformaçãoadequadassãorequisitosfundamentaisparaosucessoda armazenagem. Aindaperde-semuitoenãoháestatísticasoficiaisdestasperdas,nemdarepercussãonasaúdedapopulação,dobomoumau manejodepós-colheita. A agricultura mundial mecanizada está sendo levada a padrões de tecnificação nunca vistos, por força de uma população crescenteeávidaporalimentossaudáveis.osetorarmazenadornãodeveficaralheioaestastendências,logo,novosinvestimentosserão necessários. Olhando o passado é fácil perceber o sucesso das empresas que investiram em tecnologia, ao contrário de empresas conservadoraseresistentesamudançasquenãoconseguiramcriaracompetitividadenecessáriaeficaramparatrás.éoprocessonatural deseleção,emplenofuncionamento,tambémnomundoempresarial.aindabemqueéassim,pelobemdetodos. BR 277 Km 611 nº1500 Santa Tereza do Oeste - PR Fone: +55 (45) /
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