LOMBALGIA AGUDA - RADICULOPATIA



Documentos relacionados
Colégio Brasileiro de Radiologia Critérios de Adequação do ACR TRAUMA DE COLUNA

DIAGNÓSTICO DAS LOMBALGIAS. Luiza Helena Ribeiro Disciplina de Reumatologia UNIFESP- EPM

A causa exata é determinada em apenas 12-15% dos pacientes extensamente investigados

Colégio Brasileiro de Radiologia Critérios de Adequação do ACR MIELOPATIA

LOMBALGIA. Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG Departamento do Aparelho Locomotor. Prof. Jefferson Soares Leal

Reabilitação em Dores Crônicas da Coluna Lombar. Michel Caron Instituto Dr. Ayrton Caron Porto Alegre - RS

Médico Neurocirurgia da Coluna

12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna

Nota referente às unidades de dose registradas no prontuário eletrônico radiológico:

Maria da Conceição M. Ribeiro

Radiology: Volume 274: Number 2 February Amélia Estevão

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc

Introdução à Neuroimagem

Tema: Uso do pet scan em pacientes portadores de câncer

Diretrizes Assistenciais TRAUMA RAQUIMEDULAR

MEDICINA NUCLEAR Lidia Vasconcellos de Sá 2011

Imagem da Semana: Ressonância Magnética

DOR CRÔNICA NO PESCOÇO

LOMBALGIA. Prof. Jefferson Soares Leal Turma: Fisioterapia e Terapia Ocupacional Faculdade de Medicina da UFMG

Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal. Aula Prá:ca Abdome 1

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Anatomia da Medula Vertebral

Cirurgia lombar falhada

Hérnia de Disco Lombar no Adulto Jovem

ESTUDO RETROSPECTIVO DE CIRURGIAS DESCOMPRESSIVAS DA COLUNA TORACOLOMBAR REALIZADAS APÓS RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Doença de Paget. Definição:

Síndrome radicular lombossacral Resumo de diretriz NHG M55 (primeira revisão, abril 2005)

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

QUANDO SOLICITAR A RM DE PRÓSTATA COMO PARTE DO DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO? DR.PÚBLIO VIANA

DISCIPLINA DE RADIOLOGIA UFPR

TÉCNICA EM RADIOLOGIA

Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário

Colégio Brasileiro de Radiologia Critérios de Adequação do ACR HEMOPTISE

( ) CONSULTA EM CIRURGIA ORTOPEDICA

Lombalgia: incidência, sintomas e diagnóstico. Low back pain: incidence, presentation and diagnosis

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.

EXPERIÊNCIA COM O EFEITO DINÂMICO DA COMPRESSÃO AXIAL NO CANAL ESPINHAL LOMBAR

Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET-CT)

Lombalgia crônica sem ciatalgia: correlação entre o quadro clínico e a radiologia

TRAUMA RAQUIMEDULAR. Epidemiologia: Incidência : de 32 a 52 casos/m. Sexo : preferencialmente masculino. Faixa etária : entre 15 e 40 anos

PORTARIA Nº 196, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2012

PACS. III Encontro Sul Brasileiro de Engenharia Clínica. Santa Casa de Porto Alegre, RS. 24 de Novembro de 2012

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

...E QUANDO NADA RESOLVE?????

ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL

Sugestões para o rol. Núcleo Amil de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Suzana Alves da Silva Maria Elisa Cabanelas Pazos

de nódulos axilares e sintomas como desconforto e dor, são importantes para o diagnóstico e conduta a serem tomados em cada caso. Há exames de imagem

Avaliação das hérnias discais lombares pela ressonância magnética *

O que é câncer de mama?

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Rizotomia Rizotomia de facetas Rizotomia por radiofrequência Radiculotomia Radiculotomia percutânea de facetas por radiofrequência

Diretrizes Assistenciais

ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas

Setor de PET/CT & Medicina Nuclear PET/CT (FDG) Agradecimento a Dra. Carla Ono por ceder material científico

IMAGEM NO TEP AGUDO 30/07/2013. " O amor não é aquilo que te pega de surpresa e te deixa totalmente sem ar. O nome disso é asma " TEP

Imagiologia da Coluna Vertebral: Tomografia Computadorizada da Coluna. Coluna vertebral; Tomografia Computadorizada

ANULOPLASTIA INTRADISCAL ELECTROTHERMAL THERAPY IDET

Orientações sobre procedimentos em Medicina Nuclear. Ortopedia

A coluna vertebral é formada por vários ossos empilhados, uns sobre os outros, denominados vértebras (figura 1).

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DA COLUNA LOMBAR

AVALIAÇÃO POR IMAGEM DA COLUNA LOMBAR: INDICAÇÕES E IMPLICAÇÕES CLINICAS

Nefrolitotripsia Percutânea

Descobrindo o valor da

Linfomas. Claudia witzel

Prof. Ms. José Góes Página 1

Sumário. Data: 06/12/2013 NT 245 /2013. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA HÉRNIA DE DISCO. Thiago Pereira da Silva 1; Andre Felipe de Castro Fernandes 2; André Zago 3.

Imagem da Semana: Radiografia e Ressonância Magnética (RM)

II Curso de Atualização em Coloproctologia

Cintilografia Cerebral LARYSSA MARINNA RESIDENTE DE ENFERMAGEM EM NEONATOLOGIA

Imagem da Semana: Radiografia, Tomografia computadorizada


Medicina Diagnóstica e Preventiva MDP

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Grupo de Cirurgia de Coluna do Hospital Universitário Cajuru da Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUCPR - Curitiba (PR), Brasil.

Cuiabá USO DE ESTIMULAÇÃO NEUROLÓGICA TRANSCUTÂNEOA (TENS) NO TRATAMENTO DA DOR LOMBAR CRÔNICA

MAPEAMENTO ELETROANATOMICO NA ABLAÇÃO. Cristiane Miranda Hospital São Lucas - RJ

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

Lombociatalgia.

ESPONDILOLISTESE E OLISTESE DEGENERATIVA: ESCOLHENDO O MELHOR TERMO A SER USADO

TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS

VERTIGENS E PERDA DE AUDIÇÃO

COLUNA VERTEBRAL RAUL KRAEMER

RM MAMÁRIA: quando indicar?

Imagem da Semana: Radiografia, Tomografia Computadorizada

Há momentos na vida em que os segundos parecem horas, principalmente quando o assunto é saúde. Por isso seriedade, qualidade e agilidade são

Resumo da Revisão da Literatura

Coluna no lugar certo Fisioterapeutas utilizam método que reduz dores nas costas em poucas sessões e induz paciente a fazer exercícios em casa

Protocolo clínico e de regulação para lombalgia

LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL LESÃO MEDULAR (CHOQUE MEDULAR)

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR!

Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT. Segundo diretrizes ANS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

CURSO DIAGNÓSTICO MECÂNICO e TRATAMENTO TÉCNICA de McKENZIE. Parte A Coluna Lombar

29/08/2011. Radiologia Digital. Princípios Físicos da Imagem Digital 1. Mapeamento não-linear. Unidade de Aprendizagem Radiológica

Juiz de Direito Antônio Francisco Gonçalves Secretaria da 2ª Vara Cívil, Criminal e de Execuções Penais Comarca de Itabirito/MG

ESCLERODERMIA LOCALIZADA LOCALIZED SCLERODERMA

CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido

Transcrição:

Colégio Brasileiro de Radiologia Critérios de Adequação do ACR LOMBALGIA AGUDA - RADICULOPATIA Painel de Especialistas em Imagem Neurológica: Robert E. Anderson, Médico 1 ; Burton P. Drayer, Médico 2 ; Bruce Braffman, Médico 3 ; Patricia C. Davis, Médica 4 ; Michael D. F. Deck, Médico 5 ; Anton N. Hasso, Médico 6 ; Blake A. Johnson, Médico 7 ; Thomas Masaryk, Médico 8 ; Stephen J. Pomeranz, Médico 9 ; David Seidenwurm, Médico 10 ; Lawrence Tanenbaum, Médico 11 ; Joseph C.Masdeu, Médico, PhD 12. Resumo da Revisão da Literatura A lombalgia aguda, com ou sem radiculopatia (dor que se irradia para as pernas), é um dos problemas de saúde mais comuns nos Estados Unidos e é a maior causa de incapacidade de pessoas com menos de 45 anos de idade. O custo da avaliação e tratamento da lombalgia aguda (duração de menos de três meses), chega aos bilhões de dólares anualmente, não incluindo o tempo perdido no trabalho. Devido à alta prevalência e ao alto custo quando se trata deste problema, as agências governamentais patrocinaram estudos extensivos que, agora, fazem parte do crescente corpo de literatura sobre este assunto. Um dos primeiros estudos compreensivos foi realizado em Quebec e foi relatado no jornal Spine, em 1987 (1). O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos recentemente reuniu um painel multidisciplinar com 23 especialistas para revisar toda a literatura sobre este assunto, classificá-la e desenvolver uma Diretriz de Prática Clínica, que foi publicada em dezembro de 1994 (2). Os estados constituíram painéis similares, nos últimos anos, em grande parte devido ao rápido aumento da carga de reclamações trabalhistas por indenizações que vinha sendo imposta aos orçamentos dos estados pelo controle da lombalgia aguda. Um dos esforços mais abrangentes foi recentemente apoiado pelo Estado da Flórida, e seus resultados podem ser obtidos pelo correio ou pela Internet (3). Com base nos estudos acima, e em outros estudos, agora está claro que a lombalgia aguda não complicada é um estado benigno autolimitado, que não justifica nenhum exame diagnóstico por imagem. A grande maioria desses pacientes volta às suas atividades normais em 30 dias (1-3). O desafio para o médico, então, é distinguir qual o pequeno segmento, dentro desta grande população de pacientes, que deve ser avaliado mais profundamente devido a suspeita de um problema mais sério. As indicações de uma situação mais complicada, geralmente chamada de sinal vermelho, incluem as seguintes (2): (1) trauma importante recente ou trauma moderado com idade > 50; (2) perda de peso inexplicada; (3) febre inexplicada; (4) imunossupressão; (5) história de câncer; (6) uso de droga intravenosa; (7) uso prolongado de corticosteróides, osteoporose; (8) idade > 70. 1 Principal Autor, Medical Center Radiology Group, Orlando, Fla; 2 Presidente do Painel, Mt. Sinai Medical Center, New York, NY; 3 Memorial Regional Hospital, University of Miami, Hollywood, Fla; 4 Egleston Children s Hospital, Atlanta, Ga; 5 Cornell Medical Center, New York, NY; 6 University of California Irvine Medical Center, Orange, Calif; 7 Center for Diagnostic Imaging, St. Louis Park, Minn; 8 Cleveland Clinic Foundation, Cleveland, Ohio; 9 MRI Education Foundation, Cincinnati, Ohio; 10 Radiological Associates of Sacramento, Sacramento, Calif; 11 New Jersey Neuroscience Institute/JFK Medical Center, Edison, NJ; 12 St. Vincent s Hospital, New York, NY, American Academy of Neurology. O trabalho completo sobre os Critérios de Adequação do ACR (ACR Appropriateness Criteria ) está disponível, em inglês, no American College of Radiology (1891, Preston White Drive, Reston, VA, 20191-4397) em forma de livro, podendo, também, ser acessado no site da entidade www.acr.org; e em português no site do CBR - Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem www.cbr.org.br. Os tópicos adicionais estarão disponíveis on-line assim que forem finalizados. desenvolvimento destes critérios; entretanto, o estudo de novos equipamentos e aplicações deve ser incentivado. A decisão definitiva com relação à de qualquer exame ou Imagem Neurológica 649 Lombalgia aguda

Raios-X Simples Raios-X simples é recomendado quando qualquer dos sinais vermelhos acima está presente (2,3). Raios-X simples lombares normais podem ser suficientes para a avaliação inicial destes sinais vermelhos (2,3): (1) trauma importante recente (em qualquer idade); (2) uso prolongado de esteróides; (3) osteoporose; (4) idade acima de 70 anos. A avaliação inicial do paciente com lombalgia aguda pode exigir exames adicionais se sinais vermelhos, tais como suspeita de câncer ou infecção, estiverem presentes (2,3). Cintilografias Ósseas O papel da cintilografia óssea em pacientes com lombalgia aguda mudou nos últimos anos com a ampla disponibilidade da ressonância magnética (RM) e, especialmente, a RM com contraste. A cintilografia óssea é um exame moderadamente sensível para detecção da presença de tumores, infecções ou fraturas ocultas de vértebras, mas não para especificar o diagnóstico (2,3). O rendimento é muito baixo na presença de raios-x simples e exames laboratoriais normais e mais alto em neoplasias conhecidas (4). O exame é contra-indicado na gravidez. Os exames com isótopos de alta resolução, incluindo a tomografia computadorizada com emissão de fóton único (SPECT), podem localizar a origem da dor em pacientes com osteoartrite de faceta articular antes da injeção terapêutica na faceta (5). Varreduras similares podem ser úteis na detecção e localização do sítio da pseudoartrose dolorosa em pacientes, após a fusão espinal lombar (6). Os exames de RM sem e com contraste têm a capacidade de demonstrar lesões inflamatórias, neoplásicas e a maioria das traumáticas, bem como mostrar detalhes anatômicos não disponíveis nos exames com isótopos. A RM realçada com gadolínio mostra confiavelmente a presença e extensão da infecção espinal, e é útil para avaliar a terapia (7). A RM, então, assumiu o papel da cintilografia em muitos casos em que a localização da lesão é conhecida. A cintilografia continua tendo um valor inestimável quando é indicada uma pesquisa de todo o esqueleto. Ressonância Magnética (RM), Tomografia Computadorizada (TC), Mielografia, Tomomielografia A lombalgia aguda sem complicações (nenhum sinal vermelho) não justifica o uso destes exames de diagnósticos por imagem (1-3). O uso precoce indiscriminado destes procedimentos dispendiosos de diagnóstico por imagem nesta situação clínica comum causou grandes aumentos nos custos de indenizações trabalhistas e, em alguns casos, levou à percepção de que a TC e a RM da coluna lombar não justificam o seu custo. Além desta controvérsia, há o fato de que anormalidades de discos lombares não específicas são comuns e podem ser demonstradas prontamente na mielografia, TC e na RM, mesmo em pacientes assintomáticos (8-11). O uso apropriado desses procedimentos de imagem é um importante desafio que tem sido discutido extensivamente nas maiores revisões aqui mencionadas (1-3). Por exemplo, lombalgia aguda complicada por sinais vermelhos, sugerindo infecção ou tumor, pode justificar o uso precoce de TC ou RM, mesmo se o raio- X simples for negativo (2). A indicação mais comum para o uso destes procedimentos de imagem, entretanto, é a situação clínica de lombalgia aguda complicada por dor irradiante (radiculopatia, ciática) ou síndrome da cauda eqüina (fraqueza bilateral das pernas, retenção urinária, anestesia em sela), geralmente devido a hérnia de disco e/ou estenose de canal. desenvolvimento destes critérios; entretanto, o estudo de novos equipamentos e aplicações deve ser incentivado. A decisão definitiva com relação à de qualquer exame ou Imagem Neurológica 650 Lombalgia aguda

Ressonância Magnética A RM da coluna lombar tornou-se a modalidade inicial de exame de escolha na lombalgia aguda, substituindo a mielografia e a TC nos últimos anos. Imagens sagitais fornecem a maioria das informações vistas na mielografia. Vistas axiais se igualam ou excedem o valor da TC na maior parte das vezes. Tomografia Computadorizada Os exames de TC fornecem detalhes ósseos superiores, mas não são tão úteis para retratar protrusões de disco, quando comparadas com a RM multiplanar. Mielografia/Tomografia Computadorizada A mielografia simples foi, há décadas, o principal apoio para o diagnóstico de hérnia de disco lombar. Ela, agora, é geralmente combinada com a TC pós-mielografia. O exame combinado é tão preciso no diagnóstico de hérnia de disco como a TC simples ou a RM, mas tem a desvantagem de exigir punção lombar e injeção de contraste (12-14). Termografia, Discografia, Discografia por T C Os painéis de especialistas concordaram que estas modalidades de exames eram ou muito específicos (termografia) ou traziam risco adicional (discografia) não justificado em vista da eficácia de outros procedimentos de imagem menos invasivos (2,3). Quando outros exames não conseguem localizar a causa da dor, a discografia pode, ocasionalmente, ser útil. Embora as imagens freqüentemente retratem alterações não específicas, degenerativas ou da idade, a própria injeção pode reproduzir a dor do paciente, o que pode ter valor diagnóstico (15). Definições Lombalgia aguda: Radiculopatia: Estenose do canal vertebral: Hérnia de disco: Ciática: Síndrome da cauda eqüina: Dor lombossacra com menos de 3 meses de duração. Disfunção de uma raiz nervosa, geralmente causada por compressão. Canal ósseo estreito que pode causar radiculopatia ou síndrome da cauda eqüina. Herniação do núcleo pulposo através do anel fibroso. Irradiação da dor para a(s) perna(s), abaixo do joelho, junto à distribuição do nervo ciático, geralmente devida à pressão mecânica e/ou inflamação das raízes nervosas lombossacrais. Compressão de múltiplas raízes nervosas, freqüentemente resultando em fraqueza motora bilateral (pernas), retenção de urina e anestesia em sela. Exceções Previstas Nenhuma Informação de Revisão Esta diretriz foi originalmente desenvolvida em 1996. Uma análise e uma revisão completas foram aprovadas em 1999. Todos os tópicos dos Critérios de Adequação são revistos anualmente e, sendo necessário, são atualizados. desenvolvimento destes critérios; entretanto, o estudo de novos equipamentos e aplicações deve ser incentivado. A decisão definitiva com relação à de qualquer exame ou Imagem Neurológica 651 Lombalgia aguda

Condição Clínica: Dor Lombar não Complicada Variante 1: Sem sinais vermelhos. Raios-X da coluna lombar 2 Cintilografia óssea 2 TC 2 Tomomielografia 2 RM 2 RM + gadolínio 2 Variante 2: Trauma, corticoterapia, osteoporose, acima de 70 anos. Raios-X da coluna lombar 8 RM 5 RM + gadolínio 4 Cintilografia óssea 4 TC 4 Tomomielografia 2 Condição Clínica: Dor Lombar Aguda Variante 3: Suspeita de câncer, infecção. RM 8 RM + gadolínio 7 Raios-X da coluna lombar 7 Cintilografia óssea 5 TC 4 Tomomielografia 2 desenvolvimento destes critérios; entretanto, o estudo de novos equipamentos e aplicações deve ser incentivado. A decisão definitiva com relação à de qualquer exame ou Imagem Neurológica 652 Lombalgia aguda

Condição Clínica: Dor Lombar Aguda Variante 4: Radiculopatia. RM 8 Tomomielografia 5 TC 5 RM + gadolínio 4 Raios-X da coluna lombar 4 Cintilografia óssea 2 Variante 5: Cirurgia lombar prévia. RM 7 RM + gadolínio 7 Diferenciação de disco versus cicatriz. TC 5 Para estudo de fusão óssea. Cintilografia óssea 5 Ajuda a detectar e localizar pseudoartrose dolorosa. Raios-X da coluna lombar 5 Incidências em flexão e extensão podem ser úteis. Tomomielografia 5 Variante 6: Síndrome da cauda eqüina. RM 8 RM + gadolínio 6 Raios-X da coluna lombar 5 TC 4 Tomomielografia 4 Pode ser solicitada como exame pré-operatório. Cintilografia óssea 2 desenvolvimento destes critérios; entretanto, o estudo de novos equipamentos e aplicações deve ser incentivado. A decisão definitiva com relação à de qualquer exame ou Imagem Neurológica 653 Lombalgia aguda

Referências 1. Scientific approach to the assessment and management of activity-related spinal disorders. A monograph for clinicians. Report of the Quebec Task Force on Spinal Disorders. Spine 1987; 12(7):S1-S59. 2. Acute low back problems in adults: assessment and treatment. Agency for Health Care Policy and Research. Clin Pract Guidel Quick Ref Guide Clin 1994; (14)iii-iv:1-25. 3. Florida medical practice guidelines for low back pain or injury. State of Florida Agency for Health Care Administration; 1996; Tallahassee, Florida. 4. Schutte HE, Park WM. The diagnostic value of bone scintigraphy in patients with low back pain. Skeletal Radiol 1983; 10(1):1-4. 5. Even-Sapir E, Martin RH, Mitchell MJ, Iles SE, Barnes DC, Clark AJ. Assessment of painful late effects of lumbar spinal fusion with SPECT. J Nucl Med 1994; 35(3):416-422. 6. Holder LE, Machin JL, Asdourian PL, Links JM, Sexton CC. Planar and high-resolution SPECT bone imaging in the diagnosis of facet syndrome. J Nucl Med 1995; 36(1):37-44. 7. Post MJ, Sze G, Quencer RM, Eismont FJ, Green BA, Gahbauer H. Gadolinium-enhanced MR in spinal infection. J Comput Assist Tomogr 1990; 14(5):721-729. 8. Hitselberger WE, Witten RM. Abnormal myelograms in asymptomatic patients. J Neurosurg 1968; 28(3):204-206. 9. Wiesel SW, Tsourmas N, Feffer HL, Citrin CM, Patronas N. A study of computer-assisted tomography. I. The incidence of positive CAT scans in an asymptomatic group of patients. Spine 1984; 9(6):549-551. 10. Boden SD, Davis DO, Dina TS, Patronas NJ, Wiesel SW. Abnormal magnetic-resonance scans of the lumbar spine in asymptomatic subjects. A prospective investigation. J Bone Joint Surg Am 1990; 723:403-408. 11. Jensen MC, Brant-Zawadzki MN, Obuchowski N, Modic MT, Malkasian D, Ross JS. Magnetic resonance imaging of the lumbar spine in people without back pain. N Engl J Med 1994; 331(2):69-73. 12. Modic MT, Masaryk T, Boumphrey F, Goormastic M, Bell G. Lumbar herniated disk disease and canal stenosis: prospective evaluation by surface coil MR, CT, and myelography. AJR 1986; 147(4):757-765. 13. Jackson RP, Lain JE, Jacobs RR, Cooper BR, McManus GE. The neuroradiographic diagnosis of lumbar herniated nucleus pulposis: II. A comparison of computed tomography (CT), myelography, CT-myelography, and magnetic resonance imaging. Spine 1989; 14(12):1362 1367. 14. Kent DL, Haynor DR, Larson EB, Deyo RA. Diagnosis of lumbar spinal stenosis in adults: a metaanalysis of the accuracy of CT, MR, and myelography. AJR 1992; 158(5):1135-1144. 15. Colhoun E, McCall IW, Williams L, Cassar VN. Provocation discography as a guide to planning operations on the spine. J Bone Joint Surg Br 1988; 70(2):267-271. desenvolvimento destes critérios; entretanto, o estudo de novos equipamentos e aplicações deve ser incentivado. A decisão definitiva com relação à de qualquer exame ou Imagem Neurológica 654 Lombalgia aguda