MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 019 /2013 NOME DA INSTITUIÇÃO: Centrais Elétricas do Pará - CELPA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL ATO REGULATÓRIO: AP-084-2013 EMENTA (Caso exista): CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS IMPORTANTE: Os comentários e sugestões referentes às contribuições deverão ser fundamentados e justificados, mencionando-se os artigos, parágrafos e incisos a que se referem, devendo ser acompanhados de textos alternativos e substitutivos quando envolverem sugestões de inclusão ou alteração, parcial ou total, de qualquer dispositivo.
Art. 1 Alterar o art 9o da Resolucão Normativa n 427, de 22 de fevereiro de 2011, que passa a vigorar com a seguinte redacão: Art. 9º Os agentes beneficiados pelo Fundo CCC terão direito ao reembolso do custo decorrente dos créditos não compensados de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS, acumulados a partir de agosto de 2009 (inclusive), nos termos e condições definidos nesta Resolução. 1º O reembolso efetivo consistirá na transferência pelo Fundo CCC dos montantes correspondentes aos créditos de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS e na devolução, pelo mesmo agente, dos montantes referentes aos créditos compensados desses tributos ao longo do ano. 1º O reembolso efetivo consistirá na transferência pelo Fundo CCC dos montantes correspondentes aos créditos de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS e na devolução ao fundo CCC, pelo mesmo agente, dos montantes referentes aos créditos compensados desses tributos ao longo do ano. Ajuste de texto. 2o A transferência ao agente do montante correspondente aos créditos de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS decorrentes da compra de combustível será realizada mensalmente, mediante cálculo dos tributos contidos nas notas fiscais cadastradas pelo próprio agente em sistema de informações da Eletrobrás.
3o A transferência ao agente do montante correspondente aos créditos de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS decorrentes da compra de energia será realizada mediante solicitação mensal à Eletrobrás, em conformidade com os contratos firmados de compra e venda de energia. 4o A transferência ao agente dos montantes correspondentes aos créditos de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS decorrentes das contratações de terceiros, do aluguel de geradoras, da compra de material, de consumo e de bens será realizada mediante repasse das parcelas de depreciação, de remuneração, de aluguel e de operação e manutenção que compõem o Custo Total de Geração Própria - CTqp, conforme art. 7o desta Resolução.
5o A transferência ao agente dos montantes correspondentes aos créditos de ICMS decorrentes da compra de combustíveis deve se limitar ao montante calculado com alíquota vigente em 30 de julho de 2009. 6o Não são passíveis de transferência ao agente os montantes correspondentes aos créditos de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS: I - constituídos até julho de 2009 (inclusive); II considerados não recuperáveis ou não passíveis de escrituração, nos termos da legislação federal; III - do agente que declarar que consegue recuperar por sua conta todo o crédito dos tributos e, ainda, que não recebe recursos da parcela de CTGp. 7o O prazo para devolução dos créditos compensados, referentes aos meses de competência de janeiro a dezembro, é até dia 15 de fevereiro do ano seguinte ao de competência, considerando que cada parcela recuperada deverá ser atualizada pelo índice do IPCA mais recentemente publicado.
8 o A devolução após o prazo e em condições diversas das estipuladas por esta Resolução e pelo procedimento da Eletrobrás implicará a suspensão da transferência dos montantes correspondentes aos créditos pela compra de combustíveis pelo agente inadimplente. 9 o Ficam isentos de devolução o agente beneficiário da CCC: I - em regime cumulativo de PIS/PASEP e COFINS. II - que recuperou créditos acumulados de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS constituídos até julho de 2009 (inclusive); III - que declarou que consegue recuperar por sua conta todo o crédito dos tributos e, ainda, que não recebe recursos da parcela de CTqp. 9 o Ficam isentos de devolução o agente beneficiário da CCC: I - em regime cumulativo de PIS/PASEP e COFINS. II - que recuperou créditos acumulados de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS constituídos até julho de 2009 (inclusive); III - que declarou que consegue recuperar por sua conta todo o crédito dos tributos e, ainda, que não recebe recursos da parcela de CTqp. IV que já reverteram os créditos de PIS/PASEP e COFINS para os consumidores na apuração da alíquota efetiva da alíquota efetiva. Texto no documento anexo
... 10 Uma vez executado o processo do reembolso efetivo dos créditos acumulados no ano de referência, ou seja, cumprido o processo de transferência e de devolução dos devidos recursos nos termos dessa Resolução, o agente poderá dar baixa no crédito. 11. Caso o agente opte por não dar baixa nesses créditos e se houver recuperação posterior, o recurso deverá ser integralmente devolvido ao Fundo CCC. 12. Agentes que lograrem êxito, por meio de processo judicial, no direito de recuperarem créditos de ICMS constituídos após agosto de 2009 (inclusive) podem, ao devolver os recursos ao Fundo CCC, reter parcela do montante recuperado até o limite de 30%, como ressarcimento das despesas incorridas no processo, mediante comprovação à ANEEL dos valores retidos. O montante do crédito do PIS/PASEP e COFINS sobre compra de combustíveis, recuperado pelo sistema não cumulativo e devolvido ao consumidor pelo sistema de apuração da alíquota efetiva, definido através da Nota Técnica 115/2005 SFF, está isento de devolução ao fundo CCC. Após tomar crédito dos valores dos tributos PIS/PASEP e COFINS na compra de combustível, a empresa, assim como na compra de energia, utiliza esses valores para calcular a alíquota efetiva desses tributos a serem aplicadas aos consumidores. Ao realizar o cálculo dessa forma, o crédito passa ao consumidor, por obter uma alíquota efetiva menor. Dessa forma, os valores de créditos compensados são totalmente repassados aos consumidores, havendo somente o débito no ato da compra do óleo.
13. Os montantes correspondentes aos créditos de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS compensados, decorrentes de processos descritos nos parágrafos 11 e 12, poderão ser devolvidos até o dia 15 de fevereiro do ano seguinte à compensação, devidamente corrigidos pelo IPCA. 14. Excepcionalmente para o período compreendido entre os meses de competência de agosto de 2009 até dezembro de 2012, o agente beneficiário da CCC deve apresentar à Eletrobrás, para fins de reembolso efetivo dos valores acumulados neste período, tabela com colunas que demonstrem, mês a mês, pelo menos as seguintes informações: montantes de créditos constituídos (total e passível de transferência nos termos desta Resolução), montante recuperado, montante devido para reembolso pelo Fundo CCC (em valores nominais e corrigidos). 13. Os montantes correspondentes aos créditos de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS compensados, decorrentes de processos descritos nos parágrafos 11 e 12, poderão ser devolvidos até o dia 15 de março do ano seguinte à compensação, devidamente corrigidos pelo IPCA, exceto para devoluções realizadas no mês subsequente ao recebimento da compensação. 14. Excepcionalmente para o período compreendido entre os meses de competência de agosto de 2009 até dezembro de 2012, o agente beneficiário da CCC deve apresentar à Eletrobrás, para fins de reembolso efetivo dos valores acumulados neste período, tabela com colunas que demonstrem, mês a mês, pelo menos as seguintes informações: montantes de créditos constituídos (total e passível de transferência nos termos desta Resolução), montante recuperado, montante devido para reembolso pelo Fundo CCC (em valores nominais e corrigidos), devendo: I Não incidir atualização nos valores a receber ou a devolver; II Somente serão passíveis de penalidade pela REN 63/2004, os agentes que não regularizarem o passivo no prazo estabelecido nesta resolução. A data 15 de março possibilita que a devolução de um ano civil fechado, diferente de 15 de fevereiro que deixará de fora o mês de dezembro. Deixar claro que a atualização não incide nas devoluções realizadas no mês subsequente ao recebimento da compensação. Os valores à receber ou a devolver decorrentes do processo em questão não podem ser atribuídos aos agentes, pois decorrem de lacunas regulatórias que somente agora estão sendo sanadas. Então, não há que se falar em correção monetária dos valores, ou aplicação de penalidade,
15. A transferência dos recursos, bem com a devolução posterior dos montantes correspondentes aos créditos recuperados de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS, serão executadas segundo procedimento específico a ser estabelecido pela Eletrobrás, gestora do Fundo CCC. 15. A transferência dos recursos, bem com a devolução posterior dos montantes correspondentes aos créditos recuperados de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS, serão executadas segundo procedimento específico a ser estabelecido pela Eletrobrás, gestora do Fundo CCC. A forma de recebimento e transferência deve ficar clara na resolução e ser tratada nessa Audiência Pública. 16. A Eletrobrás deve gerir com eficiência os procedimentos de transferência e de devolução dos recursos, com devido controle, registro e publicação das informações, conforme determinado nesta Resolução e no Manual de Monitoramento e Fiscalização da CCC.
17. A omissão em não compensar créditos comprovadamente recuperáveis será tratada como infração, sujeita à imposição da penalidade de multa do Grupo IV, conforme inciso XXIII do art. 7o da resolução Normativa n 63, de 12 de maio de 2004. 18. O agente beneficiário deve buscar todos os recursos possíveis para recuperar os seus créditos acumulados, de forma a torná-los recuperáveis à luz da justiça federal e estadual, sob pena de ser considerado omisso no seu dever de prezar pela modicidade tarifária. 19. O agente beneficiário da CCC deverá enviar à ANEEL, anualmente, até o dia 28 de fevereiro de cada ano, por meio físico e eletrônico, conforme disciplina da SFF, as informações, inclusive contábeis e fiscais, da constituição e do aproveitamento de créditos de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS. 20. A ausência do protocolo tempestivo das informações previstas no parágrafo 19 implicará a imediata suspensão da transferência pela CCC, somente sendo possível sua retomada mediante expressa autorização da SFF, após o recebimento e análise das informações.
21. A Eletrobrás deverá enviar à ANEEL, anualmente, até o dia 28 de fevereiro de cada ano, por meio físico e eletrônico, conforme disciplina da SFF, os relatórios extraídos do sistema de cadastro de notas fiscais de combustíveis com os insumos para cálculo dos valores transferidos referentes ao ICMS e ao PIS/PASEP e CONFINS 22. Compete à SFF fiscalizar os cálculos de transferência pela Eletrobrás e devolução realizadas pelo agente beneficiário, bem como apurar e fixar as eventuais diferenças, a maior ou a menor, a serem recebidas pelo agente ou devolvidas ao fundo, neste último caso com multa de 5% (cinco por cento) e juros SELIC, desde o vencimento até a efetiva quitação. - (novo) O crédito do ICMS a ser devolvido de acordo com 1º do Art 9º desta resolução, será o crédito recuperado pela compra de combustível, diminuído do valor do estorno do crédito decorrente da saída não tributada, conforme estabelecido no Art 68 do Decreto 4.676/2001. Adequação a resolução estadual vigente, que impede que a concessionária tenha sucesso na obtenção integral dos créditos de ICMS, em função da legislação tributária.
REN 427/2011 (...) TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/INSTITUIÇÃO Art. 3º Os reembolsos de que tratam os art. 2º e 27 serão efetuados pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Eletrobras a débito da CCC, em periodicidade mínima mensal, e condicionados à produção ou importação da energia e o consumo de combustíveis efetivamente registrados no Sistema de Coleta de Dados Operacionais (SCD), de acordo com critérios estabelecidos nesta Resolução. Art. 2 Alterar o art 3 da Resolucão Normativa n 427, de 22 de fevereiro de 2011, que passa a vigorar com a seguinte redacão: Art. 3º Os reembolsos de que tratam os art. 2º e 27 serão efetuados pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Eletrobras a débito da CCC, em periodicidade mínima mensal, até o décimo dia útil ao mês subsequente do envio das informações pelo agente, e condicionados à produção ou importação da energia e o consumo de combustíveis efetivamente registrados no Sistema de Coleta de Dados Operacionais (SCD), de acordo com critérios estabelecidos nesta Resolução. único 1º (manter) 2º O atraso no reembolso do CCC não motivado pelo agente beneficiado, implicará na atualização monetária dos valores pelo IPCA. As distribuidoras necessitam dos valores do CCC para pagamento dos fornecedores de óleo à BR distribuidora, e o atraso no recebimento dos valores pela Eletrobrás, resultará em atraso e no pagamento à BR de pagamento de juros e multa, e os agentes não podem ser penalizados devido atrasos que fogem da gestão. Outro ponto é proporcionar o tratamento isonômico, porque há uma previsão de atualização pelo IPCA no caso de devolução do crédito ao fundo CCC, logo, não atualizar atrasos no crédito é contrário ao princípio da isonomia.
Art 3 Incluir o art xx na Resolucão Normativa n 427, de 22 de fevereiro de 2011, que passa a vigorar com a seguinte redacão: Art xx O prazo para apresentação, pelo agente, da tabela a que se refere o art. 9º, 14 é de 120 dias a contar da data de publicação desta Resolução. 1º A Eletrobrás terá um prazo de 90 dias, a contar do recebimento das informações a que se refere o art. 9º, 14 para realizar a compensação dos valores informados pelo agente. 2º O agente poderá efetuar a devolução dos valores ao fundo de forma parcelada, conforme condições a serem negociadas com Eletrobrás e homologadas pela ANEEL. a) Inclusão prazo para regularização da situação dos agentes. b) Inclusão de prazo para a Eletrobrás realizar a transferência dos valores devidos. c) Inclusão de possibilidade de negociação do prazo da devolução pelo agente, para não prejudicar a saúde financeira da empresa e a capacidade de caixa e realização de investimento.
Considerações adicionais: A presente AP tem como principal mérito lançar luz e deixar claro, de forma definitiva, os efeitos do tratamento tributário vinculado ao ressarcimento de custos de geração nos chamados sistemas isolados, conforme Lei nº 12.111, de 2009. Neste contexto é preciso esclarecer um tema relevante, mas não abordado os efeitos dos créditos de PIS/PASEP e COFINS e o calculo da alíquota efetiva destes tributos a serem aplicadas nas tarifas de energia elétrica. Segundo a regra atual, explicada na Nota Técnica nº 115/2005 SFF/SRE/ANEEL, de 18 de abril de 2005, implica em que todos os créditos referentes à PIS/PASEP e COFINS são repassados aos consumidores no processo de apuração da alíquota efetiva para as distribuidoras submetidas ao regime de tributação não cumulativa. Deste modo, apesar dos créditos serem recuperáveis, o efeito da recuperação já é repassado, de forma automática para os consumidores no momento da apuração da alíquota efetiva de PIS/PASEP e COFINS. Isto posto, fica evidente que especificamente no que se refere ao PIS/PASEP e COFINS os créditos já são revertidos aos consumidores na apuração da alíquota efetiva e não devem, portanto serem devolvidos à CCC. Deste modo, a Celpa propõe que este ponto seja inserido no 9º da minuta de Resolução, um inciso adicional esclarecendo que também ficam isentos de devolução os créditos tributários já revertidos ao consumidor quando da apuração da alíquota efetiva de PIS/PASEP e COFINS, conforme abaixo: 9º Ficam isentos de devolução o agente beneficiário da CCC: I - em regime cumulativo de PIS/PASEP e COFINS. II - que recuperou créditos acumulados de ICMS e de PIS/PASEP e COFINS constituídos até julho de 2009 (inclusive); III - que declarou que consegue recuperar por sua conta todo o crédito dos tributos e, ainda, que não recebe recursos da parcela de CTqp; e IV que já reverteram os créditos de PIS/PASEP e COFINS para os consumidores na apuração da alíquota efetiva.