O Papel da Psicologia Jurídica na adoção por homoafetivos

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Transcrição:

O Papel da Psicologia Jurídica na adoção por homoafetivos Edmara Tantin 1 RESUMO Situar a Psicologia Jurídica, como agente de interrelação entre as Ciências do Direito e da Psicologia, bem como entender o papel daquela nos conflitos, em especial no caso de adoção por homoafetivos, é a tônica fundamental do presente trabalho. A adoção homoafetiva é tema de vanguarda no direito de família, suscitando decisões judiciais que necessitam do amparo da psicologia, o que este breve estudo buscou demonstrar. 1 INTRODUÇÃO A sociedade humana vem se transformando ao longo de toda sua história. Tal transformação acontece em todos os aspectos. A princípio uma família tradicional se compunha de pai, mãe e filhos, porém a modernidade constrói outras instituições aceitas como familiares, e neste contexto surgem às relações homoafetivas, que tem tido a possibilidade de fazer adoção, constituindo assim uma família. Dentro deste contexto, nascem conflitos de toda ordem, em especial aqueles que fazem relação entre o direito e o comportamento, exigindo dessa forma a apreciação cientifica de tais fatos. Cabe então à psicologia jurídica, aplicar os conhecimentos psicológicos aos assuntos relacionados ao direito, em especial quanto à saúde mental, quanto a personalidade da Pessoa Natural em seus embates subjetivos, e quanto aos estudos sócios jurídicos dos crimes. 2 Tendo como foco as relações familiares, este trabalho pretende verificar como atua Psicologia Jurídica, na adoção por casais homoafetivos. 1 Doutoranda em Ciências Forenses pela Universidad Internacional Tres Fronteras (UNINTER/PY). Mestre em Ciências de Alimentos pela Fundação Universidade Estadual de Londrina (UEL). Farmacêutoca Bioquímica; Advogada. 2 WIKIPEWDIA, Psicologia Jurídica. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/psicologia_jur%c3%addica. Acesso em: 28/01/2013.

2 NOÇÕES DE PSICOLOGIA JURÍDICA A psicologia jurídica vai muito além daquela imagem de doutor que procura entender a mente criminosa de um individuo ou que esteja assistindo aos presos. É a área da psicologia que se liga ao direito quer seja nas questões práticas quanto nas questões teóricas 3. Não é qualquer tipo de comportamento que ocorra ou possa vir a ocorrer que é objeto de estudo da psicologia jurídica, mas somente naqueles em que se torna indispensável a inter-relação do Direito e a Psicologia, quais sejam, a violência doméstica, casos de adoção, inovação na atuação em penitenciárias, entre outros. 4 A subjetividade é o objeto da psicologia jurídica. De outro lado, o sujeito de direito de desejo do campo psicológico é o mesmo sujeito de direito do âmbito jurídico, e estes não estão dissociados. Embora não sejam os mesmos, integram o mesmo todo que é o ser humano. Em função disto a pessoa deve ser vista em sua integridade, de tal forma que a objetividade é o objeto do direito 5. Assim, pois a Psicologia Jurídica, não mais centra o indivíduo como enfoque, mas sim o sujeito-singular que se coaduna com o sujeito-cidadão e constitui-se na aplicação dos conhecimentos psicológicos nos assuntos relacionados com o Direito, apresentando subdivisões como a Psicanálise Forense, a Psicologia Judiciária, a Psicologia Criminal, a Psicologia da Família, a Psicologia Trabalhista e a Psicologia Obrigacional do Consumidor 6. Por tanto como ciência autônoma a Psicologia Jurídica, produz conhecimento que vai se relacionar com o Direito, possibilitando a interação e o diálogo entre essas ciências. A Psicologia se insurge no Direito, para mostrar uma natureza, mais sensível, mais subjetiva do sujeito, mostrando que por trás de uma vítima ou 3 VIANA, Yuri. Psicologia Jurídica. Disponível em: http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-juridica/psicologia-juridica. Acesso em 28/01.2013. Ibid. 5 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: Direito de família. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 6 ZOLET, Sandra Regina Kapper Damásio. Psicologia Jurídica: Relações com o Direito a Moral e a Justiça. Disponível em: http://www.esmesc.com.br/upload/arquivos/5-1274831293.pdf. Acesso em 31/01/2013.

um agressor, existe um ser humano integral o qual precisa ser visto em sua totalidade e não somente como uma ação ou ato 7. O profissional que presta o papel de interlocução entre a Psicologia Jurídica e o Direito é o psicólogo, desempenhando para tal, várias funções. O psicólogo jurídico atua fazendo avaliações psicológicas, perícias, orientações, acompanhamento, contribui para políticas preventivas, estuda os efeitos do jurídico sobre a subjetividade do indivíduo, entre outras formas de atuação 8. As noções de Psicologia Jurídica servem aos juristas, para que estes não sejam totalmente leigos diante de um laudo pericial psicológico, tanto na atividade de advogados quanto de juízes, permitindo a estes uma visão mais subjetiva, não limitada à subjetividade da lei 9. 3 A ADOÇÃO HOMOAFETIVA A adoção decorre de um ato jurídico, onde indivíduo é assumido permanentemente, como filho, por uma pessoa ou casal que não são pais biológicos do adotado. Esse ato transfere àqueles que adotam direitos e responsabilidades sobre o adotado, destituindo o pátrio poder dos pais biológicos 10. Para Maria Helena Diniz: A adoção é, portanto, um vínculo jurídico de parentesco civil, em linha reta, estabelecendo entre adotado ou adotantes, e o adotado um liame legal de paternidade e filiação civil. Tal posição de filho será definitiva ou irrevogável, para todos os efeitos legais, uma vez que desliga o adotado de qualquer vínculo com os pais de sangue, salvo os impedimentos para o casamento. A adoção é, portanto, um vínculo jurídico de parentesco civil, em linha reta, estabelecendo entre adotante, ou adotantes, e o adotado um liame legal de paternidade e 7 LIVIA, Sacramento T. Um Pouco Sobre a Importância da Psicologia Jurídica. Disponível em: http://www.mosaicopsicologia.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=77&catid =38&Itemid=62 Acesso em: 28/01/2013. 8 DA SILVA, Maria Denise Perissini. Aplicação da psicologia nas questões judiciais. Disponível em: http://www.coladaweb.com/direito/aplicacao-da-psicologia-nas-questoesjudiciais. Acesso em: 31/01/2013. 9 Ibid. 10 WIKIPEDIA: Adoção. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/ado%c3%a7%c3%a3o Acesso em 03/02/2013.

filiação civil. Tal posição de filho será definitiva ou irrevogável, para todos os efeitos legais, uma vez que desliga o adotado de qualquer vínculo com os pais de sangue, salvo os impedimentos para o casamento 11. As relações homoafetivas vêm aos poucos adquirindo transparência e aceitação social. É notório o aumento de lésbicas e gays que estão assumindo sua orientação sexual e procurando constituir família com a presença de filhos 12. Nossa lei não presta juridicidade às relações homoafetivas, não havendo previsão legal para adoção ou ainda vedando-a, nem mesmo pelo Estatuto da Criança e Adolescente 13. Há muitas dificuldades quer sejam sociais ou judiciais, no que tange a adoção por casais homoafetivos, além do aspecto preconceituoso com a qual a relação homoafetiva é encarada, já que a homossexualidade é vista como algo anormal, podendo influenciar de maneira negativa a formação da personalidade da criança 14. Tais crianças ou adolescentes poderiam ser influenciados em sua orientação sexual, existindo uma tendência destes a optarem pela homossexualidade, alem de poderem ser discriminados pela sociedade por terem dois pais ou duas mães. Sob esse aspecto João Roberto Salazar Júnior, assevera: É necessário observar que a adoção visa à proteção da criança e do adolescente de todo e qualquer tipo de violência e discriminação. Para que ocorra tal objetivo, é necessário observar se a inclusão de uma criança e adolescente no seio de uma família homoafetiva não irá prejudicar o desenvolvimento do menor, de acordo com princípio do melhor interesse da criança e do adolescente 15. Muito embora não haja lei a regulamentar a adoção por casais homoafetivos, já houve decisões favorecendo casais de mesmo sexo a adotar em conjunto uma criança ou adolescente. Os juízes prolatores de tais sentenças fundamentaram suas decisões amparadas nos princípios fundamentais de dignidade humana, melhor 11 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: Direito de família. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 12 DIAS, Maria Berenice. Adoção Homoafetiva. Disponível em: http://www.mariaberenice.com.br/uploads/6_-_ado%e7%e3o_homoafetiva.pdf. Acesso em: 0/02/2013. Ibid. 14 ALMEIDA, EDER LUIS DOS SANTOS. ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS: Análise Jurisprudência dos Tribunais de Superposição. Disponível em: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7327. Acesso em: 03/0/2013. 15 SALAZAR JR., João Roberto. Adoção por casais homoafetivos na Constituição Federal Apud CUNHA, Anna Mayara Oliveira. Adoção por casais homoafetivos: Do preconceito ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Disponível em: http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8165. Acesso em: 03/02/2013.

interesse da criança e igualdade, para justificar o direito de casais homoafetivos adotarem crianças ou adolescentes 16. CONCLUSÃO Hodiernamente a sociedade tem recebido um novo modelo de família, sem estar pronta para tal situação, pois não dispõe das condições legais e nem intelectuais, que a permita se posicionar sobre o tema. O instituto da adoção, sob o ponto de vista psicológico, trata-se do processo que tem por objetivo atribuir o lugar de filho a uma criança ou adolescente que não tem a mesma descendência da mesma história do casal. Surge assim de integração à dinâmica familiar de pessoa advinda de outra história familiar, requerendo para isso um alto investimento afetivo e capacidade de acolhimento. Tem então a Psicologia Jurídica, o papel de analisar os indivíduos que compõem o conflito da relação jurídica, bem como a de terceiros envolvidos, fornecendo subsídios aos juristas, por meio dos laudos e informações abstraídas pelos psicólogos, de modo a tornar o processo menos doloroso às crianças e adolescentes. Permite ainda que juízes tomem decisões com mais justiça, tendo em vista a individualidade de um determinado grupo familiar. Fornecerá ainda material que possibilite aos juízes dar procedência ao pedido, observando o equilíbrio emocional, estabilidade profissional, maturidade, disponibilidade afetiva que permita assumir o encargo de educar uma criança, bem como consciência do papel que um adotante tem de desempenhar. Certamente a Psicologia Jurídica, é um grande instrumento na solução de conflitos, já que está apta não somente a resolver os litígios, mas também resolver pessoas. REFERÊNCIAS ALMEIDA, EDER LUIS DOS SANTOS. ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS: Análise Jurisprudencialdos Tribunais de Superposição. Disponível em: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7327. Acesso em: 03/0/2013. CUNHA, Anna Mayara Oliveira. Adoção por casais homoafetivos: Do preconceito ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Disponível em: http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8165. Acesso em: 03/02/2013. 16 CUNHA, Anna Mayara Oliveira. Adoção por casais homoafetivos: Do preconceito ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Disponível em: http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8165. Acesso em: 03/02/2013.

DA SILVA, Maria Denise Perissini. Aplicação da psicologia nas questões judiciais. Disponível em: http://www.coladaweb.com/direito/aplicacao-da-psicologia-nas-questoesjudiciais. Acesso em: 31/01/2013. DIAS, Maria Berenice. Adoção Homoafetiva. Disponível em: http://www.mariaberenice.com.br/uploads/6_-_ado%e7%e3o_homoafetiva.pdf. Acesso em: 0/02/2013. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: Direito de família. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. LIMA, Flora Fernandes. Adoção Homoafetiva: amor incondicional. Disponível em: http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-juridica/adocao-homoafetiva-amorincondicional. Acesso em 04/02/2013. LIVIA, Sacramento T. Um Pouco Sobre a Importância da Psicologia Jurídica. Disponível em: http://www.mosaicopsicologia.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id= 77&catid=38&Itemid=62 Acesso em: 28/01/2013. SALAZAR JR., João Roberto. Adoção por casais homoafetivos na Constituição Federal Apud CUNHA, Anna Mayara Oliveira. Adoção por casais homoafetivos: Do preconceito ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Disponível em: http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8165. Acesso em: 03/02/2013. VIANA, Yuri. Psicologia Jurídica. Disponível em: http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-juridica/psicologia-juridica. Acesso em 28/01.2013. ZOLET, Sandra Regina Kapper Damásio. Psicologia Jurídica: Relações com o Direito a Moral e a Justiça. Disponível em: http://www.esmesc.com.br/upload/arquivos/5-1274831293.pdf. Acesso em 31/01/2013. WIKIPEDIA: Adoção. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/ado%c3%a7%c3%a3o Acesso em 03/02/2013. WIKIPEWDIA, Psicologia Jurídica. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/psicologia_jur%c3%addica. Acesso em: 28/01/2013.