Universidade São Francisco Curso de Fisioterapia. Perfil da Lombalgia em Acadêmicos de Fisioterapia da Universidade São Francisco



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Transcrição:

Universidade São Francisco Curso de Fisioterapia Perfil da Lombalgia em Acadêmicos de Fisioterapia da Universidade São Francisco Bragança Paulista 2008

2 Pádua José Barizon Gustavo Araújo da Silva Perfil da Lombalgia em Acadêmicos de Fisioterapia da Universidade São Francisco Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, sob orientação do Profº Ms. Rafael Davini como exigência da graduação de fisioterapeuta Bragança Paulista 2008 2

3 BARIZON, Pádua José; SILVA, Gustavo Araújo; Perfil da Lombalgia em Acadêmicos de Fisioterapia da Universidade São Francisco. Monografia defendida e aprovada na Universidade São Francisco em 4 de dezembro de 2008 pela banca examinadora constituída pelos professores: Prof. Ms. Rafael Davini USF Orientador Temático Profª. Drª. Rosimeire Simprini Padula USF Orientadora Metodológica Prof Ms. Cláudio Fusaro USF Examinador 3

4 DEDICATÓRIAS Dedico este estudo com todo meu carinho e amor aos meus pais João e Sônia que abdicaram de seus sonhos para que eu estudasse e me tornasse alguém na vida. Aos meus irmãos Thiers Francisco e João Bento que ao ensino dos meus pais lutaram e batalharam na vida. À minha namorada Vanessa Aparecida Orcini pelo apoio, dedicação, lágrimas, carinho, amor e compreensão apostando tudo em mim e nunca me permitiu desistir. Aos meus amigos João Paulo Moreira, William Costa, Rafael Cipoleta e Celso Margotti que juntos descobrimos o valor da amizade e aos meus amigos de faculdade, os quais jamais irei esquece-los. Pádua José Barizon A memória de minha querida mãe Olinda Palma da Silva que não teve a oportunidade de vivenciar este momento. A meu pai Expedito pelo encorajamento durante o tempo de minha formação. A minhas tias Maria e Geralda que me ajudaram tanto que sem elas eu não estaria vivendo este momento. A pessoas especiais como minha namorada Alessandra e meus irmãos Reinaldo e Vanessa, que me alegraram e deram atenção e coragem durante momentos importantes e momentos difíceis da minha vida. Gustavo Araújo da Silva 4

5 AGRADECIMENTOS A Deus por sua imensidão e ser sempre a luz que rege nossas vidas Aos nossos Pais pelo apoio e amor incondicional Ao nosso Orientador Professor Mestre Rafael Davini, que em meio a risos nos ensinou e orientou com paciência nosso estudo A Professora Doutora Rosimeire Simprini Padula pelos preciosos conselhos Ao Professor Mestre Cláudio Fusaro por ter aceito gentilmente fazer parte da banca examinadora de nosso estudo Aos nossos amigos e futuros fisioterapeutas que em dia de avaliação de setor responderam o questionário de nosso estudo e acreditaram em nós. 5

6 Vim, Vi e Venci (Júlio César) 6

7 BARIZON, Pádua José; SILVA, Gustavo Araújo; Perfil da Lombalgia em Acadêmicos de Fisioterapia da Universidade São Francisco. 2008. 35f. Monografia Curso de Fisioterapia da Unidade Acadêmica da Área da Saúde da Universidade São Francisco, Bragança Paulista, defendida e aprovada em 4 de dezembro de 2008 sob orientação do Professor Mestre Rafael Davini. RESUMO Introdução: A lombalgia é um dos mais comuns problemas da sociedade moderna, podendo ter diversos fatores predisponentes. Os fisioterapeutas estão entre os profissionais da área de Saúde que mais apresentam este distúrbio, pois exercem suas atividades, as quais exigem a realização de movimentos repetitivos e de força, em postos de trabalhos inadequados e numa postura indesejável. Objetivo: Avaliar a incidência de lombalgia em cada setor do estágio nos alunos do 4º ano do curso de fisioterapia da USF. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de série de casos que foi desenvolvido através da aplicação de um questionário com 56 alunos que estagiavam na clínica de fisioterapia da USF. Resultados: Foi verificado um alto índice de lombalgia nos pesquisados, chegando a um total de 62% dos alunos. Conclusão: No presente estudo verificamos que a maioria dos acadêmicos possuem dor lombar de intensidade média. A queixa de lombalgia é maior na posição em pé e o sexo feminino tem a maior incidência. Foi verificado também que o setor de geriatria foi o setor de maior queixa e o principal fator de influência foi a manutenção da mesma postura por longos períodos. A maioria da população estudada não pratica atividade física e uma pequena porcentagem procurou atendimento médico e fisioterapêutico sendo que a maior parte deles que procuraram atendimento fisioterapêutico obtiveram melhora dos sintomas. Palavras-chave: incidência; lombalgia; fisioterapeutas. 7

8 BARIZON, Pádua José; SILVA, Gustavo Araújo; Perfil da Lombalgia em Acadêmicos de Fisioterapia da Universidade São Francisco. 2008. 35f. Monografia Curso de Fisioterapia da Unidade Acadêmica da Área da Saúde da Universidade São Francisco, Bragança Paulista, defendida e aprovada em 4 de dezembro de 2008 sob orientação do Professor Mestre Rafael Davini. ABSTRACT Introduction: The low back pain is one of the most common problems of modern society, may have different predisposing factors. The physiotherapists are among the professionals in the area of Health show that over this disorder, because performing its activities, which require the execution of repetitive movements and strength in the jobs and an inadequate posture undesirable. Objective: To evaluate the incidence of low back pain in every sector of the placement of students in the 4th year of the physiotherapy course, USF. Materials and Methods: This is a study of the number of cases that was developed by the application of a questionnaire with 56 students who staged the physiotherapy clinic of the USF. Results: We found a high rate of low back pain in your search, reaching a total of 62% of students. Conclusion: This study found that most scholars have average intensity of back pain. Complaints of low back pain is greater in the standing position and the female has the highest incidence. It was also noted that the department of geriatrics was the largest sector of complaint and the main factor of influence was to maintain the same posture for long periods. The majority of the population does not carry physical activity and a small percentage sought medical care and physical being that those who sought care received most physical improvement of symptoms. Key words: incidence; low back pain, physiotherapists. 8

9 SÚMARIO 1. Introdução 10 2. Objetivo 14 3. Metodologia 15 4. Resultados e Discussão 16 5. Conclusão 27 6. Considerações Finais 28 7. Referências Bibliográficas 29 8. Anexos 32 8.1 Anexo1 32 8.2 Anexo2 34 9

10 1. Introdução A coluna lombar promove suporte para a porção superior do corpo e transmite o peso dessa área para a pelve e os membros inferiores. Os movimentos de flexão anterior, extensão, flexão lateral e rotação ocorrem graças às articulações facetárias e essas por sua vez, suportam de 20 a 25% da carga axial, mas pode atingir 70% com a degeneração do disco, além de prover 40% das forças rotacionais e de cisalhamento (MAGEE, 2005). A lombalgia é um dos mais comuns problemas da sociedade moderna. Dados epidemiológicos sugerem que nos Estados Unidos da América a lombalgia seja a causa mais freqüente de incapacidade física para o trabalho em pessoas com menos de 45 anos (SILVA et al., 2004). Na Noruega a prevalência de dores lombares crônicas, tanto para homens como para mulheres é de 2,4% e 1,2%, respectivamente (SILVA et al., 2004). Estima-se que o gasto anual relacionado a esse problema envolvendo custos médicos e indenizações chegaram a 20 bilhões de dólares durante a década de 90. A previsão para a próxima década é de que esses gastos superem 50 bilhões de dólares (KOLYNIAK et al., 2004) A dor lombar é uma das alterações músculo-esqueléticas mais comuns nas sociedades industrializadas afetando 70 a 80% da população adulta em algum momento da vida, tendo predileção por adultos jovens em fase economicamente ativa, sendo uma das razões mais comuns para a aposentadoria por incapacidade total ou parcial (ANDRADE, 2005). O afastamento de trabalhadores representa um significativo gasto para os cofres públicos, pois o governo e as indústrias arcam com as despesas (SILVA et al., 2004) As patologias da coluna vertebral constituem um importante fator responsável pelo afastamento do trabalho. Em comum, as doenças da coluna vertebral são responsáveis por alterações em sua estrutura e função, comumente associadas com dor predominantemente na coluna lombar (BARBOSA et al., 2007). A dor lombar crônica não decorre de doenças específicas e sim de um conjunto de causas de fatores sócio-demográficos (idade, sexo, renda), comportamentais (fumo e sedentarismo) e atividades cotidianas (trabalho, vibração, posição viciosa, movimentos repetitivos) (SILVA et al., 2004). 10

11 Segundo PEREIRA et al. (2006) a dor lombar pode ter diversos fatores predisponentes. Um deles é o esforço laboral. Tal estudo focou na atividade laboral de coletores de lixo os quais constituem um grupo que apresenta alta incidência de dor lombar, sendo a dor resultante da manipulação de grandes volumes de lixo e de movimentos abruptos de flexão, extensão e rotação da coluna. O ato de levantar um peso está incluído muitas vezes nos movimentos que realizamos durante todo o dia. Mesmo que sua massa seja pequena, realizamos este levantamento manual de carga muitas vezes automaticamente, sem que tenhamos consciência dos mecanismos de exigência necessário sobre o organismo para que esta carga possa ser elevada ou sustentada. Devido ao fato de ser uma atividade de vida diária e, na grande maioria das vezes, sem consciência da melhor forma de executar este movimento, em nossos dias, existe uma porcentagem significativa da população que sofre das conseqüências da execução modificada deste ato (GONÇALVES, 1998). Outro fator que é predisponente para causar dor lombar é o sedentarismo. Dor lombar pode ser caracterizada também como doença de pessoas com vida sedentária; a inatividade física estaria relacionada, direta ou indiretamente, com dores na coluna; a maior parte da atenção dirige-se a considerá-la um sub-produto da combinação da aptidão músculo-esquelética deficiente e uma ocupação que force essa região (TOSCANO et al., 2001). Segundo MORAES et al. (2003) a lombalgia não atinge somente indivíduos sedentários. A dor lombar pode ser influenciada pelo tipo de esporte praticado. Os efeitos podem atingir até 30% dos atletas que o praticam. Foi encontrada uma alta taxa de prevalência de lombalgias em atletas jovens, praticantes, principalmente, de ginástica, patinação e dança. Geralmente, ocorre um desequilíbrio entre a carga funcional, que seria o esforço requerido para atividade do trabalho e da vida diária e a capacidade funcional, que é o potencial de execução para essas atividades (ANDRADE et al., 2005). Segundo SIQUEIRA et al. (2008) os profissionais da área da Saúde estão incluídos nas referências de altos índices de dor na coluna vertebral relacionados à ocupação laboral, e este é um sintoma que interfere na realização das atividades diárias, causando desde limitação de movimentos até invalidez temporária, dependendo da intensidade da patologia. Apesar de ser uma profissão cujo objetivo maior é promover a saúde do indivíduo, a grande maioria dos instrumentos e ambientes de trabalho desses profissionais não 11

12 respeitam preceitos ergonômicos. Assim, muitos fisioterapeutas exercem suas atividades, as quais exigem a realização de movimentos repetitivos e de força, em postos de trabalhos inadequados e numa postura indesejável, o que pode predispor ao aparecimento de distúrbios músculo-esqueléticos principalmente na coluna lombar (SIQUEIRA et al., 2008). Os fisioterapeutas estão entre os profissionais da área de Saúde que mais apresentam distúrbios posturais, pois as atividades laborativas destes implicam em exigências do sistema músculo-esquelético, com movimentos repetitivos de membros superiores, manutenção de posturas estáticas e dinâmicas por tempo prolongado e, principalmente, movimentos de sobrecarga para a coluna vertebral (SIQUEIRA et al., 2008). Como qualquer outro profissional o fisioterapeuta também está exposto a risco e cargas ocupacionais, embora poucos estudos abordem esse assunto. Segundo levantamento realizado nos Estados Unidos, em uma população de 928 fisioterapeutas, 45% referiram sintomas músculo-esqueléticos na coluna lombar, e foi destacado que as atividades que ocasionaram riscos corporais agudos e acumulativos foram: transferências de pacientes dependentes, treino e auxílio de marcha de pacientes, assistência ao paciente no leito, promoção de resistência manual e levantamento de pesos e equipamentos inadequados (TRELHA et al., 2004). Posturas inadequadas adotadas durante o exercício profissional e a inadequação do mobiliário do fisioterapeuta, quando associadas à sobrecarga e à rapidez de execução dos movimentos, podem provocar graves lesões na coluna lombar (SIQUEIRA et al., 2008). A dor lombar em fisioterapeutas pode iniciar ainda na vida acadêmica, durante o período em que começa o atendimento a pacientes e o risco do aparecimento deste distúrbio aumenta conforme se aproxima o final do curso e no decorrer da prática profissional (SIQUEIRA apud NYLAND & GRIMMER, 2003). A continuidade da exposição diária a movimentos repetitivos ou de força, sem pausas, como ocorre com a atividade executada pelos fisioterapeutas, pode produzir lesões nos músculos, tendões e ligamentos, predispondo ao aparecimento de distúrbios na coluna lombar (SIQUEIRA et al., 2008). Segundo TRELHA et al. (2004) 91% dos fisioterapeutas australianos apresentaram sintomatologia de LER/DORT e um em cada seis profissionais mudaram de especialidade ou abandonaram a profissão. 12

13 Fazendo parte do contexto de dores lombares, as dores lombares crônicas devem ser tratadas como um problema de saúde pública. Esse tipo de dor contínua e por longo período de tempo afeta muitos aspectos da vida, podendo levar a distúrbios do sono, depressão e irritabilidade (SILVA et al., 2004). Segundo MAGEE (2005) os problemas da coluna lombar são muito difíceis de serem diagnosticados. Os exames giram em torno de diferenciação de sintomatologia de hérnia discal referidos para o membro inferior, daqueles de outras condições (p. ex., reação inflamatória, distensão, entorse, síndrome facetária) que podem causar dor. A intervenção fisioterapêutica para o tratamento da causa da lombalgia é importante por proporcionar alívio da dor, por meio de recursos que reduzem a contratura muscular, melhoram o trofismo e aumentam a flexibilidade e o relaxamento global, melhorando a postura e possibilitando, com isso, melhora do bem-estar e qualidade de vida dos pacientes (SIQUEIRA et al., 2008). Exercícios de estabilização lombar em superfícies instáveis tem apresentado bons resultados no tratamento de dor lombar em atletas, aumentando a ativação dos estabilizadores do tronco, trabalhando todo o sistema neuromucular em maior extensão que os métodos tradicionais de treinamento (LOPES, 2006). LOPES (2006) sugere que na literatura vários programas de treinamento de 6 semanas tem dado bons resultados no tratamento e prevenção de algias lombares. Os programas de exercícios propostos tem sido divididos em 4 estágios 1) reeducação dos músculos estabilizadores; 2) progressão de exercícios para estabilização estática; 3) progressão de exercícios para estabilização dinâmica e 4) estabilização ocupacional e específicas a atividade (LOPES, 2006). Em seu estudo, LOPES (2006) ainda conclui que após realizar um protocolo de intervenção de 6 semanas de exercícios em bola suíça, a dor lombar referida pela população diminuiu significativamente. Frequentemente, quando não existem sintomas radiculares abaixo do joelho, torna-se muito difícil para o examinador determinar onde o problema está localizado na coluna ou se o problema realmente é da coluna lombar ou é originário de problemas das articulações pélvicas, principalmente das articulações sacroilíacas, ou dos quadris (MAGEE, 2005). Concluindo, a literatura sugere, então, a necessidade de mais estudos e investimentos em informação, prevenção e formas de tratamento adequados e eficazes. 13

14 2. Objetivo Avaliar a incidência de dores lombares (lombalgias) em cada setor do estágio nos alunos do 4º ano do curso de fisioterapia da Universidade São Francisco, por meio de um questionário de atividades de vida diária e quantificar a intensidade de dor lombar em uma escala analógica de dor. 14

15 3. Metodologia O estudo foi realizado com a população de alunos do 7º e 8º semestres do curso de fisioterapia do ano de 2008. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Universidade São Francisco e os alunos foram informados do objetivo do programa, de seu funcionamento, de alguns critérios estabelecidos e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido(anexo 1), sendo que uma via ficou com os pesquisadores e a outra com os alunos, firmando assim um compromisso de que estavam cientes que fariam parte de um projeto de pesquisa para a finalização do curso. Eles foram entrevistados no dia de prova do 2º setor (14/04/08) e foi aplicado um questionário elaborado com perguntas fechadas sobre dados pessoais, atividades de vida diária e dor lombar. Para a graduação de dor, foi utilizado uma união da Escala Visual Numérica (EVN), graduada de zero a dez, nas quais zero significa ausência de dor e dez a pior dor, com a Escala Visual Analógica (EVA), que consiste de uma linha reta, não numerada, indicando-se em uma extremidade a marcação de ausência de dor, e na outra, pior dor (Anexo 2). As seções do questionário utilizado na pesquisa foram pré-codificadas e processadas em microcomputador, pelo software Excel 2003. A análise descritiva dos dados foi expressa em percentuais, médias, desvios-padrão, valor máximo e mínimo, por meio da análise visual de gráficos. Os resultados obtidos foram analisados e discutidos para posteriormente serem apresentados no trabalho de conclusão de curso para a banca examinadora. Foi analisado o tipo de transporte utilizado, posição de maior queixa dos acadêmicos, a incidência de dor lombar, foi correlacionado a incidência de dor lombar com a área de setor em que o acadêmico se encontrava, tipo de atividade realizada em cada setor, se havia correlação da dor lombar com o setor, como surgiam as lombalgias, quais eram os fatores de influência, há quanto tempo estavam com o quadro álgico, se procuraram auxílio médico ou fisioterapêutico, e se houve melhora com a fisioterapia. 15

16 4. Resultados e discussão Os resultados foram colhidos por meio de um questionário elaborado pelos pesquisadores e os dados analisados e processados pelo programa Microsoft Excel 2003. A análise descritiva dos dados foi expressa em percentuais, médias, desviospadrão, por meio da análise visual de gráficos. Da idade dos acadêmicos foi encontrado um valor mínimo de 21(anos) e máximo de 45 (anos) com média de 24 e desvio padrão de ±4,5 anos. No gráfico 1 temos a distribuição da amostra analisada por sexo. Sobre os dados colhidos no questionário, a maioria dos alunos são do sexo feminino. 21% masculino feminino 79% Gráfico 1 Divisão dos acadêmicos por sexo 16

17 O gráfico 2 ilustra a distribuição dos alunos pelos setores da prática clínica nos 7º e 8º semestres na data da aplicação do questionário. O setor de pediatria foi o setor com maior número de alunos em um total de 11 alunos. O setor de Ortopedia foi o que apresentou a menor quantidade com um total de 6 alunos. 13% 13% 11% 14% G.O. Cardio 16% Geriatria/P.O. Pediatria Neuro Preventiva 19% 14% Ortopedia Gráfico 2 Divisão da amostra por setor No gráfico 3 verificou-se que a maioria dos acadêmicos apresenta dor lombar. 38% sim não 62% Gráfico 3 Porcentagem de acadêmicos que possui dor lombar 17

18 Em um estudo realizado por SIQUEIRA et al. (2008) com 56 fisioterapeutas da cidade de Recife, Pernambuco, um total de 78,58% dos entrevistados apresentaram dor lombar. No estudo de PERES (2002) relata em seu estudo realizado com fisioterapeutas em Santa Catarina, foi verificado que em um n=156, 33,97% apresentavam dor lombar. No gráfico 4 mostra que a maioria da dor referida está na categoria 2 que refere a dor sendo > que 2 chegando até 4, de acordo com a escala analógica de dor, sendo o 0 sem dor e 10 a pior dor imaginável, a escala foi categorizada no presente estudo para ter um resultado que pudesse ser expresso em gráfico. 100,00 80,00 Porcentagem 60,00 40,00 20,00-2,86 Categoria 1 (0-2) 40,00 Categoria 2 (>2-4) 34,29 Categoria 3 (>4-6) 20,00 Categoria 4 (>6-8) 2,86 Categoria 5 (>8-10) Escala de dor Gráfico 4 Divisão da dor referida por escala De acordo com PEREIRA (2006) em um estudo realizado com transportadores de sacas de café, com o uso da escala analógica de dor, 58,33% apresentaram-se na categoria 1, que referia um nível de dor lombar considerado baixo, apesar de ser uma profissão diferente da fisioterapia, consideramos a biomecânica do movimento em relação ao aparecimento da dor lombar e a intensidade de dor referida no presente estudo. 18

19 O gráfico 5 ilustra que a posição mais realizada no setor é a posição ortostática, sendo esta a posição onde apontou maiores queixas pelos entrevistados (gráfico 6) 21% 5% ajoelhado sentado 74% em pé Gráfico 5 Posição mais realizada no setor O gráfico 6 ilustra em qual posição os acadêmicos relataram sentir mais dor na região lombar. 17% 14% EM PÉ DEITADO SENTADO 69% Gráfico 6 Posição de maior queixa. A postura em pé é a posição que a coluna lombar mais suporta carga axial. Nos setores acadêmicos, pode ser verificado (gráfico 5) três posições predominantes: 19

20 ajoelhado, sentado e em pé. A relação da postura em pé com a posição mais realizada no setor pode ser um fator predisponente para as queixas de lombalgia. De acordo com PERES (2002) 78,84% dos fisioterapeutas adotavam a postura em pé como a mais realizada durante os procedimentos fisioterpêuticos. No estudo de SIQUEIRA (2008) do total da amostra que apresentou dor lombar, 63,63% apresentaram exacerbação da queixa de dor durante a manutenção da postura em pé e cita que a dor localizada na lombar, sem irradiação, que se exacerba na posição de pé, provavelmente está atribuída a tensão e fadiga da musculatura paravertebral lombar desencadeada por posturas de pé inadequadas e mantidas por longos períodos. No gráfico 7 foi verificado a correlação de homens e mulheres que apresentaram lombalgia. Os dados mostraram que a incidência feminina com dor lombar é superior à masculina. 100,00 Porcentagem de lombalgia 80,00 60,00 40,00 20,00 41,67 68,18 - Homens Mulheres Sexo Gráfico 7 Porcentagem de homens e mulheres que apresentam lombalgia Segundo SILVA (2004) o sexo feminino apresentou risco superior ao masculino. As mulheres combinam tarefas domésticas com o trabalho fora de casa e ficam mais tempo expostas a fatores de risco ergonômicos, além de possuir características anátomofuncionais particulares (menor estatura, menor massa óssea, articulações mais frágeis e menos adaptadas ao esforço físico). 20

21 MATOS (2008) entre os 775 indivíduos entrevistados de um plano de saúde em seu estudo observou que o maior percentual de adultos com lombalgia era do sexo feminino. No gráfico 8 ilustra sobre a distribuição dos alunos com dor lombar em cada setor. Podemos verificar que a maior incidência de lombalgia foi no setor de Geriatria e Prótese e Órtese. Acredita-se que esse dado possa estar relacionado às atividades realizadas durante o setor tal como alongamento e transferência de pacientes. O setor de pediatria apresentou o menor índice de lombalgia. Acredita-se que devido ao perfil do paciente pediátrico, o terapeuta é menos exigido durante a transferência e deslocamento do mesmo. 100,00 G.O. PORCENTAGEM 80,00 60,00 40,00 20,00 62,50 55,56 75,00 45,45 71,43 71,43 66,67 Cardio Geriatria/P.O. Pediatria Neuro Preventiva - SETORES Ortopedia Gráfico 8 Distribuição da Dor Lombar por setor Em nosso estudo, foi verificado que o setor de geriatria/prótese e órtese foi o setor onde mais obteve queixas de lombalgia. No setor em si são realizadas atividades semelhantes aos setores das áreas de Ortopedia e Neurologia, tais como alongamento e transferência de pacientes. Sendo assim os dados corroboram com o trabalho de SIQUEIRA (2008) que mostrou que a ocorrência de lombalgia está relacionada ao perfil do exercício profissional do fisioterapeuta, principalmente na área de Traumatologia e Neurologia, que exigem grandes demandas físicas, sustentação de carga e alta repetição no atendimento dos pacientes. 21

22 No gráfico 9 foi verificado que os acadêmicos acreditam que a lombalgia não é devido às atividades realizadas durante os setores. 46% 54% SIM NÃO Gráfico 9 Opinião dos acadêmicos da correlação da dor lombar com o setor No gráfico 10 temos a distribuição dos fatores que influenciam a piora da lombalgia na população estudada. A manutenção da mesma postura apresentou o maior índice. Acredita-se que a ergonomia e as posturas inadequadas dos terapeutas possam estar influenciando diretamente esse fator. 100 80 mesma posição/tempo nenhum PORCENTAGEM 60 40 42,86 25,71 esforços intensos atividades do setor deitada 20 0 14,29 8,57 2,86 2,86 2,86 movimentos repetitivos período menstrual FATORES DE INFLUÊNCIA Gráfico 10 Análise dos fatores de influência 22

23 MATOS (2008) descreve em seu estudo que as maiores queixas de influência foram trabalhar sentados, manter a mesma postura por certo período de tempo (flexão de tronco), trabalhar em pé e carregar algum tipo de peso. Segundo ANDRUSAITIS (2006) que realizou um estudo sobre prevalência de lombalgia com 410 caminhoneiros, encontrou como fator de influência da lombalgia, a manutenção da postura sentado por longos períodos de tempo. No gráfico 11 temos ilustrado a porcentagem de acadêmicos que carregam algum tipo de peso. 54% 46% SIM NÃO Gráfico 11 Porcentagem da amostra que carrega peso 23

24 O gráfico 12 ilustra que a maioria dos entrevistados adquiriu a lombalgia durante o período de estágio, mesmo tendo a maioria respondida que a lombalgia não possuía correlação com as atividades clínicas. QUANDO APARECEU A DOR? 21% 1 ANO > 1 ANO < 3 ANOS 3 ANOS 52% 27% Gráfico 12 Distribuição do período de dor O gráfico 13 mostra que a minoria dos acadêmicos pratica atividade física 55% 45% sim não Gráfico 13 Porcentagem de acadêmicos que praticam atividade física O gráfico 13 corrobora com o estudo de TOSCANO (2001) que pode observar que 72% da população investigada em clínicas particulares de reumatologia, com diagnóstico confirmado de lombalgia, tinham característica sedentária; e citou que tanto o sedentarismo como o trabalho com grandes cargas representam indicadores de risco para a lombalgia. 24

25 O gráfico 14 mostra que apesar da grande maioria dos entrevistados apresentarem dor lombar, apenas uma pequena parcela procurou tratamento médico. 6% SIM NÃO 94% Gráfico 14 Porcentagem da amostra com dor lombar que procurou tratamento médico. Em um estudo realizado por MATOS (2008) a procura por consulta médica para pessoas com dor lombar foi de 6,9%. O gráfico 15 mostra que mesmo com dor lombar a minoria dos entrevistados não procurou auxílio fisioterapêutico para solucionar a lombalgia. 11% SIM NÃO 89% Gráfico 15 Porcentagem da amostra com dor lombar que realizou tratamento fisioterapêutico 25

26 No gráfico 16 apenas 1 (um) acadêmico relatou não ter melhora da fisioterapia para a lombalgia 25% SIM NÃO 75% Gráfico 16 Porcentagem da amostra que realizou tratamento fisioterapêutico e obteve melhora do quadro álgico De acordo com SIQUEIRA (2008) 61,36% dos fisioterapeutas com dor lombar procuraram tratamento para o alívio dos sintomas e, dentre os que optaram pelo tratamento fisioterapêutico, 100% deles obtiveram resultados satisfatórios; já daqueles que realizaram o tratamento medicamentoso, 50% obtiveram bons resultados. 26

27 5. Conclusão No presente estudo verificamos que a maioria dos acadêmicos possuem dor lombar de intensidade média. A queixa de lombalgia é maior na posição em pé e o sexo feminino tem a maior incidência. Foi verificado também que o setor de geriatria foi o setor de maior queixa e o principal fator de influência foi a manutenção da mesma postura por longos períodos. A maioria da população estudada não pratica atividade física e uma pequena porcentagem procurou atendimento médico e fisioterapêutico sendo que os que procuraram atendimento fisioterapêutico a maioria obteve melhora dos sintomas. 27

28 6. Considerações Finais Para uma melhor avaliação da incidência e causas de dor lombar seria necessário que os setores tivessem uma reavaliação em setores diferentes. Para isso, seria necessário que os setores tivessem uma rotatividade seqüencial ao invés de aleatória. Sugerimos também a realização de pesquisas sobre lombalgia que envolvam a população de fisioterapeutas ou futuros fisioterapeutas em diferentes áreas de atuação. 28

29 7. Referências Bibliográficas: ANDRADE, S. C. de; ARAÚJO, AURELAN, G. R de; VILAR, M. J. P. Escola de Coluna : Revisão Histórica e Sua Aplicação na Lombalgia Crônica. Rev. Brás Reumatol. v.45, n.4, p.224-8 jul/ago., 2005. BARBOSA, F. S. S.; GONÇALVES, M. Proposta Biomecânica Para Avaliação de Sobrecarga Na Coluna Lombar: Efeito de Diferentes Variáveis Demográficas na Fadiga Muscular. ACTA ORTOP BRAS v.15, n.3, p.132-137, 2007. GONÇALVES, M. Variáveis Biomecânicas Analisadas Durante o Levantamento Manual de Carga. Motriz v.4, n.2, Dezembro, 1998. KOLYNIAK, I.E.G.G.; CAVALCANTI, S.M.B.; AOKI, M.S. Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método Pilates. Rev Bras Med Esporte v.10, n.6, Nov/Dez, 2004. LOPES, C.H.C.; GHIROTTO, E.M.S.; MATSUDO, S. M.; ALMEIDA, V. S. Efeitos de um programa de 6 semanas de exercícios na bola suíça sobre a percepção da dor lombar em estudantes de educação física. Rev. Bras. Ci e Mov. 2006 v.14, n.4, p.15-21. MAGEE, David J. Avaliação musculoesquelética. 4. ed. Barueri: Manole, 2005. MATOS, M. G.; HENNINGTON, E. A.; HOEFEL, A. L.; DIAS-DA-COSTA, J. S. Dor lombar em usuários de um plano de saúde: prevalência e fatores associados Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.24, n.9, p.2115-2122, set, 2008. MORAES, E. R. P.; SILVA, M.A.G.; SANTOS, J.P. A prevalência de lombalgia em capoeiristas do Rio de Janeiro. Fisioterapia Brasil v.4, n.5 - setembro/outubro de 2003. 29