ATENA CURSOS GREICY AEE E O DEFICIENTE AUDITIVO. Passo Fundo

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7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Transcrição:

ATENA CURSOS GREICY AEE E O DEFICIENTE AUDITIVO Passo Fundo 2015

1 1. TEMA Deficiência auditiva e o Atendimento Educacional Especializado. 2. PROBLEMA A escola deve ser ante de mais nada uma representação do que acontece na vida social do sujeito surdo, com ênfase sobretudo no oferecimento de uma linguagem que lhe proporcione realizações em todos os aspectos da vida. Diante disso, a presente pesquisa procurará respostas teóricas para melhor definir a problemática: quais os melhores métodos de ensino em AEE para deficientes auditivos? 3. OBJETIVO GERAL O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a oferta dos suportes pedagógicos aos alunos em AEE, facilitando-lhes o acesso a todos os conteúdos curriculares na escola regular. 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Ampliar conhecimento sobre as tendências educacionais para surdez; Compreender os momentos didático-pedagógicos no AEE; Enfatizar a importância dos profissionais de educação de surdos. 5. JUSTIFICATIVA Justifica-se essa pesquisa, uma vez em que a inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a educação superior, garantindo-lhe, desde cedo, utilizar os recursos de que necessita para superar as barreiras no processo educacional e usufruir seus direitos escolares, exercendo sua cidadania, de acordo com os princípios constitucionais do nosso país.

2 6. HIPÓTESE DE PESQUISA No processo de educação, o AEE deverá se adequar a realidade de cada educando e suas especificidades, bem como valorizando o ser de forma íntegra. 7. METODOLOGIA O estudo será desenvolvido mediante Pesquisa bibliográfica, dentro dos procedimentos técnicos, comentaremos sobre a pesquisa bibliográfica, pois esta é a primeira a ser utilizada na pesquisa; é através dela que fundamentamos o trabalho em caráter cientifico. Segundo Gil (2007, p.44) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. As fontes bibliográficas são em grande número e podem ser assim classificadas: Livros de leitura corrente; (obras literárias, obras de divulgação). Livros de referências (informativa, remissiva) que por sua vez podem ser dicionários, enciclopédias, anuários, almanaques. Publicações periódicas (jornais, revistas). Impressos diversos. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço. A pesquisa bibliográfica, como qualquer outra modalidade de pesquisa, inicia-se com a escolha de um tema. No entanto a escolha de um tema que de fato possibilite a realização de uma pesquisa bibliográfica requer bastante energia e habilidade do pesquisador. Não basta o interesse pelo assunto. É necessário também dispor de bons conhecimentos na área de estudo para que as etapas posteriores possam ser adequadamente desenvolvidas.

3 8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA De acordo com o Decreto 5296 de 22 de dezembro de 2005, Deficiência Auditiva é perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (db) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz. A deficiência auditiva, trivialmente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, que apresente um problema auditivo. Além disso, o decreto n. 6.571 de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o AEE, considera que um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade organizados institucionalmente prestados de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. A inclusão da pessoa com surdez na escola comum exige que se busquem meios para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula comum, como no Atendimento Educacional Especializado, destacando três momentos didáticos pedagógicos: - Atendimento Educacional Especializado em LIBRAS; - Atendimento Educacional Especializado para o Ensino da LIBRAS; - Atendimento Educacional Especializado para o Ensino da Língua Portuguesa. Uma das maiores dificuldades encontradas pelos estudantes com necessidades educativas especiais, especificamente os surdos, é derrubar as barreiras referentes à comunicação. O Decreto nº 5.626/2005, que regulamenta a Lei nº 10.436/2002, assegura que os discentes surdos sejam instruídos em língua de sinais brasileira (Libras) como primeira língua (L1) enquanto que a segunda (L2) seja o português em sua modalidade escrita ou oral. Lacerda (2006), alerta para o fato de que o estudante surdo, frequentemente, não compartilha uma língua com seus colegas e professores, estando em desigualdade linguística em sala de aula, sem garantia de acesso aos conhecimentos trabalhados, aspectos estes, em geral, não problematizados ou contemplados pelas práticas inclusivas. REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso em: 02 dez. 2014. BRASIL. Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6571.htm>. Acesso em: 02 dez. 2014.

LACERDA, Cristina Broglia F. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Campinas, SP, v. 26, n. 69, p. 163-184, maio/ago. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v26n69/a04v2669.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2014. 4