Fonte: Thinkstock Vista do bondinho do Pão de Açúcar, com a Enseada de Botafogo e o Cristo Redentor ao fundo
RIO DE JANEIRO: muito além dos megaeventos, a consolidação da transformação Os megaeventos esportivos que o Rio de Janeiro sediará entre 2014 e 2016 representam, desde o anúncio de sua realização, ganhos em diversos aspectos para o estado. Estes ganhos se refletem no expressivo volume de investimentos que se destina ao estado do Rio de Janeiro. De fato, o estado receberá R$ 235,6 bilhões no triênio 2014-2016. A construção e reforma de arenas esportivas e a implantação de vilas de atletas e de mídia, além de recursos aplicados em segurança e telecomunicações, são os investimentos diretamente relacionados aos Jogos Olímpicos. Contudo, a cidade do Rio de Janeiro assumiu compromisso com o Comitê Olímpico Internacional de também investir em mobilidade urbana e na ampliação da rede hoteleira para garantir o sucesso do evento. Os investimentos relacionados aos Jogos Olímpicos somam R$ 22,6 bilhões, sendo R$ 9,9 bilhões em investimentos em instalações olímpicas e R$ 12,7 bilhões em investimentos em infraestrutura e turismo. Embora de cifras impressionantes, esses números representam apenas 9,6% do total de investimentos que o estado do Rio de Janeiro receberá entre 2014 e 2016. De fato, grande parte do total anunciado para o Rio de Janeiro no triênio será destinada à indústria de transformação e à infraestrutura. A indústria de transformação receberá R$ 40,5 bilhões, ao passo que outros R$ 37,9 bilhões serão investidos em infraestrutura. Da construção de embarcações à implantação e expansão de fábricas de setores diversos, grandes investimentos industriais iniciados nos últimos anos caminham para entrada em operação. São empreendimentos que consolidam a diversificação da economia fluminense ao atrair empresas de diversas cadeias produtivas. É o caso do setor automotivo, concentrado na região Sul Fluminense, que atrai fornecedores das grandes empresas instaladas ou em instalação na região. Esse processo cria as bases para a consolidação do polo automotivo do Rio de Janeiro. A exploração de petróleo e gás, por sua vez, impulsiona fortemente o setor de construção naval e atrai fornecedores de máquinas e equipamentos e de prestadores de serviços diversos da cadeia de petróleo e gás. Este movimento será intensificado nos próximos anos com o aumento da produção do pré-sal. Dentre os investimentos em infraestrutura logística anunciados para o triênio 2014-2016, destaca-se a realização de obras em rodovias federais concedidas à iniciativa privada na década de 1990, ligações essenciais entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais (maiores economias do país, que concentram mais de 50% do PIB nacional). É o caso da nova pista de descida da Serra das Araras, na BR-116, e da nova pista de subida da Serra de Petrópolis, na BR-040. Estudo do Sistema FIRJAN aponta que a redução dos custos logísticos pode chegar a 39% com as obras na Serra das Araras e a 45% com as obras na Serra de Petrópolis. A realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos provoca mudanças culturais e estruturais, reforçando a condição de global player do Rio de Janeiro. Os grandes investimentos industriais anunciados nos anos anteriores, por sua vez, provocam uma segunda onda de investimentos, ao mesmo tempo em que a ampliação e melhora da infraestrutura expandem a fronteira de oportunidades para o interior do estado. O Rio de Janeiro avança, assim, rumo a um novo patamar de desenvolvimento e consolida as perspectivas de bons negócios no estado, que se manterão nos próximos anos.
Fonte: Concessionária Rio Mais Vista aérea das obras do Parque Olímpico na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro DECISÃO RIO 2014-2016 O Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) é uma das primeiras e maiores entidades empresariais do Brasil. Atualmente, congrega 104 sindicatos industriais patronais do estado do Rio de Janeiro. Seu objetivo é promover a competitividade empresarial, a educação e a qualidade de vida do trabalhador e da sociedade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do estado do Rio de Janeiro. A Diretoria de Desenvolvimento Econômico e Associativo do Sistema FIRJAN, por meio da Gerência de Competitividade Industrial e Investimentos, realiza anualmente uma pesquisa sobre as intenções de investimentos no estado do Rio de Janeiro com os próprios investidores privados e públicos, para um período prospectivo de três anos. Seu objetivo é reunir todas as informações em um único documento e apresentar as principais tendências aos tomadores de decisão do setor público e da iniciativa privada, configurando-se como o maior e mais completo mapa de oportunidades do Brasil. A presente edição descreve, em detalhes, os investimentos anunciados para o período 2014-2016, que superam R$ 230 bilhões, e mostra um estado com grandes e diversificadas oportunidades no curto, médio e longo prazos. O documento que você tem em mãos é o resumo executivo da versão completa do Decisão Rio 2014-2016, que pode ser obtida no site www.firjan.org.br/decisaorio. Ela inclui, ainda, mapeamento de todos os investimentos no Google Maps, uma seção especial sobre os Jogos Olímpicos de 2016, bem como informações sobre investimentos com alto potencial de ocorrer no estado no futuro próximo. Ao realizar este mapeamento e oferecê-lo ao público e aos investidores, o Sistema FIRJAN tem a certeza de estar contribuindo para o desenvolvimento econômico fluminense e para a atração de novos investimentos para o país. Com ele, o Rio de Janeiro certamente deixa de ser uma opção para se tornar, definitivamente, uma decisão.
INVESTIMENTOS ANUNCIADOS PARA O PERÍODO 2014-2016 NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Estão anunciados para o estado do Rio de Janeiro R$ 235,6 bilhões de investimentos entre os anos de 2014 e 2016, o que representa um aumento de 11,4% em relação ao anunciado para o período 20122014. Esse volume é composto por investimentos públicos e privados, de origem nacional e estrangeira. Do total, cerca de 60% (R$ 143,0 bilhões) correspondem a GRÁFICO 01 investimentos em exploração e produção de petróleo e gás. Na indústria de transformação serão investidos R$ 40,5 bilhões; no setor de infraestrutura, R$ 37,9 bilhões; e, em turismo, R$ 3,5 bilhões. Os Jogos Olímpicos, por sua vez, vão atrair R$ 9,9 bilhões de investimentos em equipamentos esportivos, instalações de apoio, segurança e tecnologia. INVESTIMENTOS POR SETOR DE ATIVIDADE 0,3% 1,5% 4,2% Outros R$ 0,8 bilhão Turismo R$ 3,5 bilhões Instalações Olímpicas R$ 9,9 bilhões 60,7% Petróleo e Gás R$ 143,0 bilhões 16,1% Infraestrutura R$ 37,9 bilhões 235,6 R$ bilhões 17,2% Indústria de Transformação R$ 40,5 bilhões Entre os diversos setores que compõem a indústria de transformação, destaca-se o setor petroquímico, que representa 51,6% (R$ 20,9 bilhões), liderado pela construção do Comperj em Itaboraí, já em andamento. A indústria naval também merece destaque, representando 30,0% do total (R$ 12,1 bilhões). Além de investimentos voltados à construção de embarcações, que totalizam R$ 7,4 bilhões, vale mencionar os investimentos em estaleiros, no valor de R$ 4,7 bilhões, como o que vem sendo construído pela Marinha Brasileira para fabricação de submarinos em Itaguaí. O setor automotivo, por sua vez, responde por 9,7% do total dos investimentos na indústria de transformação, liderado pelos investimentos para a implantação das fábricas da Nissan e da Land Rover em Resende e Itatiaia, respectivamente, e para a expansão das fábricas da PSA Peugeot Citroën e da MAN Latin America, em Porto Real e Resende, respectivamente.
Dos R$ 37,9 bilhões previstos para infraestrutura, 46,4% R$ 17,6 bilhões serão destinados a investimentos em transporte e logística, com destaque para a construção da Linha 4 do Metrô (R$ 4,8 bilhões), que ligará a Zona Sul à Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, e para a implantação do sistema BRT (R$ 3,4 bilhões), também na capital fluminense. No setor portuário, destaca-se a construção do Terminal Ponta Negra em Maricá (R$ 1,2 bilhão). Além dessas obras, devem ser mencionadas a duplicação da BR-116 (R$ 1,9 bilhão) e da BR-040 (R$ 0,7 bilhão), a ampliação da Via Light (R$ 0,4 bilhão) e a finalização das obras do Arco Metropolitano (R$ 0,3 bilhão), que contornará a Região Metropolitana do estado e ligará o Comperj, em Itaboraí, ao Porto de Itaguaí, trazendo ganhos logísticos importantes. GRÁFICO 02 INVESTIMENTOS PREVISTOS EM INFRAESTRUTURA NO RIO DE JANEIRO 11,8% Saneamento Básico R$ 4,5 bilhões 18,3% Desenvolvimento Urbano R$ 6,9 bilhões R$37,9 bilhões 46,4% Transporte/Logística R$ 17,6 bilhões 23,5% Energia Elétrica R$ 8,9 bilhões O setor de energia elétrica responde por 23,5% (R$ 8,9 bilhões) dos investimentos previstos em infraestrutura, com destaque para a construção da Usina Nuclear de Angra 3 (R$ 8,5 bilhões). Os investimentos relacionados ao setor de desenvolvimento urbano respondem por 18,3% (R$ 6,9 bilhões), com destaque para o projeto Porto Maravilha de revitalização da Zona Portuária da capital (R$ 4,0 bilhões), ao passo que o setor de saneamento básico receberá 11,8% (R$ 4,5 bilhões) dos investimentos em infraestrutura com as obras da Cedae no estado (ver Gráfico 2). Do total anunciado de R$ 235,6 bilhões, os investimentos relacionados aos Jogos Olímpicos somam R$ 22,6 bilhões, sendo R$ 9,9 bilhões em investimentos na reforma e construção de instalações olímpicas e R$ 12,7 bilhões em investimentos em infraestrutura e turismo (ver Tabela 1).
Partida de vôlei de praia: a modalidade será disputada nas areias de Copacabana Fonte: Gettyimages TABELA Copa 01 do Mundo/ Jogos Olímpicos Investimentos relacionados à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos R$ bilhões Infraestrutura de transporte 9,3 Rede hoteleira e outros investimentos turísticos 3,4 Investimentos do Comitê Olímpico (ainda não detalhados) 2,9 Demais investimentos públicos e privados na organização dos Jogos (ainda não detalhados) 7,0 Total geral 22,6 É importante ressaltar ainda a existência de dezenas de projetos de investimento de extrema importância e que, pelo grau de maturação, disponibilidade de informações e/ou prazo de execução superiores aos analisados no estudo, foram classificados como potenciais, não sendo, portanto, incluídos no total de R$ 235,6 bilhões previstos para o período. Não obstante a sua exclusão do valor total, devem ficar no radar dos investidores em decorrência do tamanho das oportunidades que podem gerar. São exemplos: os investimentos do Grupo EBX e das empresas que o compunham, que não foram considerados no valor total devido à possibilidade de alterações no escopo, prazo e valores decorrentes da revisão dos projetos. Em particular, merece destaque o Complexo Portuário do Açu, em função das oportunidades para instalação de empresas de diversos setores; a construção da nova base de exploração de petróleo da Petrobras, em Itaguaí, com foco no pré-sal; a construção da Linha 3 do Metrô, que depende de reelaboração do projeto de viabilidade pelo governo estadual; o trem-bala Rio de Janeiro-São Paulo, um projeto de quase R$ 40,0 bilhões que ainda enfrenta desafios licitatórios, ambientais e de orçamento, e tem baixa probabilidade de acontecer no período. Existem ainda oportunidades associadas a empreendimentos e aos eventos esportivos que o estado do Rio de Janeiro sediará e às quais os investidores devem estar atentos. São exemplos: a ocupação do entorno do Arco Metropolitano; a construção de centros comerciais e empreendimentos residenciais na Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro e no bairro da Barra da Tijuca; a construção de hotéis, por diversas redes internacionais de turismo, atualmente em fase de projeto. Os detalhes desses investimentos potenciais, bem como de todos os outros investimentos mapeados pelo Sistema FIRJAN, podem ser obtidos na publicação completa do Decisão Rio 2014-2016, disponível em www.firjan.org.br/decisaorio.
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