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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.011.725 - MG (2007/0285293-6) RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA RECORRENTE : BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTO SUDAMERIS S/A ADVOGADO : MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES E OUTRO(S) RECORRIDO : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROCURADOR : CAROLINA CARDOSO GUIMARÃES LISBOA E OUTRO(S) EMENTA PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. ISS. SERVIÇOS BANCÁRIOS. ALÍNEA "A". SÚMULA 7/STJ. ALÍNEA "B". SÚMULA 284/STF. ALÍNEA "C". DISSÍDIO INEXISTENTE. FALTA DE SIMILITUDE. 1. Alínea "a". Para chegar-se à conclusão de que o acórdão recorrido violou o disposto nos itens 24, 59, 95 e 96 do Decreto-Lei 406/68, com redação conferida pela LC 56/87, seria preciso rever toda a documentação examinada pelo aresto recorrido para se aferir se o tributo lançado no auto de infração incide sobre os serviços de análise, cadastro, controle e processamento prestados na elaboração e renovação de diversos contratos bancários ou sobre as próprias operações financeiras. Necessidade de revolvimento de fatos e provas. Incidência da Súmula 7/STJ. 2. Alínea "b". Ausência de fundamentação. Incidência da Súmula 284/STF. 3. Alínea "c". Falta de similitude entre os arestos paradigma e recorrido. Enquanto nos primeiros discutia-se a incidência do ISS sobre a própria operação financeira (adiantamento a depositantes e fiança bancária), no segundo discute-se a incidência do ISS sobre as tarifas cobradas ao cliente da instituição financeira pelos serviços de análise, cadastro, controle e processamento prestados na elaboração ou renovação de diversos contratos bancários, inclusive adiantamento a depositantes e fiança bancária. 4. Recurso especial não conhecido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, não conhecer do recurso nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Carlos Fernando Mathias (Juiz convocado do TRF 1ª Região) e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Humberto Martins. Sustentou oralmente Dr. Flávio Mifano, pela parte RECORRENTE: BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTO SUDAMERIS S/A Brasília, 26 de fevereiro de 2008 (data do julgamento). Ministro Castro Meira Relator Documento: 754469 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/03/2008 Página 1 de 8

RECURSO ESPECIAL Nº 1.011.725 - MG (2007/0285293-6) RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA RECORRENTE : BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTO SUDAMERIS S/A ADVOGADO : LUÍS MARCELO CAPANEMA BARBOSA E OUTRO(S) RECORRIDO : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROCURADOR : HERCÍLIA MARIA PORTELA PROCÓPIO FRIGO E OUTRO(S) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA (Relator): Cuida-se de recurso especial fundado nas alíneas "a", "b" e "c" do inciso III do art. 105 da Constituição da República e interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que deu provimento a recurso de apelação do Município de Belo Horizonte tirado dos autos de ação anulatória de débito fiscal por entender que "as atividades exercidas pela instituição financeira, ainda que não inseridas no universo das operações tipicamente bancárias, estão sujeitas à incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, eis que (...) efetivamente se tratam de serviços que o banco presta e pelos quais cobra de seus clientes, não se olvidando que, embora taxativa a lista de serviços, há que se reconhecer, por outro lado, que cada item da lista comporta interpretação extensiva, não se submetendo à nomenclatura ali prevista" (fl. 790). Os embargos de declaração opostos na seqüência foram rejeitados (fl. 822). Quanto à alínea "a", alega o recorrente que o acórdão contraria o disposto no art. 535 do CPC, bem como os arts. 24, 59, 95 e 96 da lista anexa ao Decreto-Lei 406/68, na redação dada pela Lei Complementar 56/87. Argumenta que o ISS não incide sobre as rendas de adiantamentos a depositantes, de títulos descontados comissão de permanência, de garantias prestadas fianças bancárias e de recuperação de encargos e despesas ressarcimento de despesas com telefone, telex, outras. Sustenta que a lista anexa ao Decreto-Lei 406/68 é taxativa, comportando interpretação extensiva dentro de cada item, mas apenas para permitir o enquadramento de "serviços idênticos aos expressamente previstos" (fl. 847), permitindo-se, assim, a tributação do mesmo serviço, embora com outra nomenclatura. No tocante à alínea "b", aduz que o Tribunal de origem julgou válido ato de governo local especificamente o auto de infração que se pretende anular em face da LC 56/87, que, segundo entende, não prevê a incidência do ISS sobre os serviços descritos na autuação. Finalmente, aponta dissídio jurisprudencial quanto à incidência do ISS sobre rendas de adiantamentos a depositantes, de empréstimos, de títulos descontados, de garantias prestadas, de financiamentos e de recuperação de encargos e despesas. Cita, para tanto, os Recursos Especiais 325.344/PR e 240.201/PE. O recorrente interpôs recurso extraordinário às fls. 898-925, inadmitido às fls. 972-976. O Município de Belo Horizonte ofertou contra-razões às fls. 932-948, alegando, quanto à admissibilidade, que o recurso esbarra na necessidade de reexame de provas, medida incompatível com o enunciado da Súmula 7/STJ, bem como que o apelo não comporta admissão pela alínea "b". No Documento: 754469 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/03/2008 Página 2 de 8

mérito, defende a correção do aresto recorrido. Admitido o recurso na origem (fl. 971), subiram os autos para exame e julgamento. É o relatório. Documento: 754469 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/03/2008 Página 3 de 8

RECURSO ESPECIAL Nº 1.011.725 - MG (2007/0285293-6) EMENTA PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. ISS. SERVIÇOS BANCÁRIOS. ALÍNEA "A". SÚMULA 7/STJ. ALÍNEA "B". SÚMULA 284/STF. ALÍNEA "C". DISSÍDIO INEXISTENTE. FALTA DE SIMILITUDE. 1. Alínea "a". Para chegar-se à conclusão de que o acórdão recorrido violou o disposto nos itens 24, 59, 95 e 96 do Decreto-Lei 406/68, com redação conferida pela LC 56/87, seria preciso rever toda a documentação examinada pelo aresto recorrido para se aferir se o tributo lançado no auto de infração incide sobre os serviços de análise, cadastro, controle e processamento prestados na elaboração e renovação de diversos contratos bancários ou sobre as próprias operações financeiras. Necessidade de revolvimento de fatos e provas. Incidência da Súmula 7/STJ. 2. Alínea "b". Ausência de fundamentação. Incidência da Súmula 284/STF. 3. Alínea "c". Falta de similitude entre os arestos paradigma e recorrido. Enquanto nos primeiros discutia-se a incidência do ISS sobre a própria operação financeira (adiantamento a depositantes e fiança bancária), no segundo discute-se a incidência do ISS sobre as tarifas cobradas ao cliente da instituição financeira pelos serviços de análise, cadastro, controle e processamento prestados na elaboração ou renovação de diversos contratos bancários, inclusive adiantamento a depositantes e fiança bancária. 4. Recurso especial não conhecido. VOTO O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA (Relator): Cuida-se de ação anulatória de débito fiscal proposta pelo Banco Comercial e de Investimentos Sudameris S/A contra o Município de Belo Horizonte, com o objetivo de desconstituir auto de infração lavrado pela municipalidade pelo não-recolhimento do ISS sobre diversos serviços bancários. O juiz de piso julgou procedente a demanda, tendo sido a sentença reformada pela Corte local, que deu provimento ao recurso de apelação e à remessa oficial por entender que os serviços tributados pelo Município encontram previsão nos itens 24, 29, 59, 95 e 96 da lista anexa ao Decreto-Lei 406/68, com redação dada pela LC 56/87. Na oportunidade, o Tribunal afirmou o seguinte: "No entanto, ao contrário do que pretende fazer crer a apelada, conforme se vê dos documentos de f. 45/47 e 59/61, os serviços sobre os quais incidem o tributo são, na sua maioria, referentes a receitas relativas às taxas e tarifas cobradas de clientes pelos serviços de análise, cadastro, controle e processamento prestados na elaboração e/ou renovação dos contratos de abertura de crédito, na forma de adiantamento a depositantes, dos contratos de empréstimo, dos contratos de abertura de crédito, na modalidade de operações com títulos descontados, dos contratos de cheque especial, enquadrando-se nos itens 24, 95 e 96 da Lista de Serviços. Portanto, o ISS não está sendo aplicado aos serviços de empréstimos ou garantias prestados pelo banco, o que lhe seria vedado, mas, conforme ressaltado pela Fazenda, 'os valores lançados nas subcontas acima referem-se, exclusivamente, à tarifa Documento: 754469 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/03/2008 Página 4 de 8

que o cliente paga no ato da abertura de crédito. Em momento algum essa tarifa se confunde com o valor efetivamente emprestado ao cliente ou à remuneração deste empréstimo' (fl. 46). No que concerne à rubrica 'recuperação de encargos e despesas', relativa aos valores de tarifas cobradas dos clientes pela utilização de telefone e telex na prestação de serviços bancários de transferências de fundos e de ordens de pagamento, de reconhecimento de firmas em documentos de clientes, de recolhimento de numerário, destacou o Fisco que 'os valores tidos como ressarcimento são componentes do preço dos serviços executados, sendo que, intimado a apresentar uma planilha com os valores dos custos ressarcidos, o contribuinte informou que não a possui, conforme documentos de fls. 25 e 26' (fl. 47), configurando-se a previsão dos itens 24, 29, 59 e 96 da Lista de Serviços. No pertinente à fiança bancária, o imposto também foi cobrado sobre 'serviços de processamento necessários à confecção, renovação e/ou manutenção de cartas de fiança bancária, fornecidas pela instituição a terceiros', f. 47, e não sobre a operação de crédito" (fls. 805-806). Como se observa, o acórdão recorrido, com base na documentação colacionada aos autos, concluiu que o ISS deve incidir sobre os serviços anteriormente mencionados, pois o que se tributa, no caso concreto, não são as receitas decorrentes das operações financeiras, mas as tarifas cobradas pelo banco ao cliente pelos serviços de análise, cadastro, controle e processamento prestados na elaboração ou na renovação de diversos contratos bancários, que encontram previsão na lista anexa ao Decreto-Lei 406/68, com redação conferida pela LC 56/87. O Tribunal dissecou cada um dos serviços indicados no auto de infração, com base na documentação acostada, para extrair-lhes a verdadeira natureza, indicando com especificidade o objeto da tributação. Para chegar-se à conclusão de que o acórdão recorrido violou o disposto nos itens 24, 59, 95 e 96 do Decreto-Lei 406/68, com redação conferida pela LC 56/87, seria necessário rever toda a documentação examinada pelo aresto recorrido para se aferir se o tributo lançado no auto de infração incide sobre os serviços de análise, cadastro, controle e processamento prestados na elaboração e renovação de diversos contratos bancários, que encontram previsão na Lista de Serviços Anexa, ou, ao revés, sobre as próprias operações financeiras, atividades que se põem à margem do ISS, como aliás reconheceu o acórdão recorrido: "Portanto, o ISS não está sendo aplicado aos serviços de empréstimos ou garantias prestados pelo banco, o que lhe seria vedado, mas, conforme ressaltado pela Fazenda, 'os valores lançados nas subcontas acima referem-se, exclusivamente, à tarifa que o cliente paga no ato da abertura de crédito. Em momento algum essa tarifa se confunde com o valor efetivamente emprestado ao cliente ou à remuneração deste empréstimo' (fl. 46)" grifo nosso. Assim, não obstante o elogiável esforço do recorrente e a qualidade inescusável das razões do recurso especial, a irresignação não merece trânsito, já que esbarra no óbice da Súmula 7/STJ. Documento: 754469 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/03/2008 Página 5 de 8

Pela divergência o recurso também não comporta admissão. Enquanto o acórdão recorrido afirmou a incidência do ISS sobre diversas tarifas cobradas pelo Banco ao cliente para a análise, cadastro, controle e processamento prestados na elaboração ou na renovação de diversos contratos bancários, inclusive adiantamentos a depositantes e fiança bancária, os acórdãos indicados como paradigma afastaram a incidência do ISS sobre os rendimentos auferidos pelo Banco nas operações de adiantamento a depositantes e de fianças bancárias, ao argumento de que essas atividades são de natureza financeira, e não serviços. Dos arestos paradigma, destacam-se os seguinte fragmentos: "Com efeito, as atividades de abertura de crédito e de adiantamento a depositantes, que envolvem operações de crédito, não são, como entendeu a Corte de origem, correlatas às de elaboração de ficha cadastral, previstas no item 96 da aludida lista, uma vez que não se cuida de serviços, mas sim, de atividades de natureza financeira que não sofrem a incidência do ISS. Nesse sentido, Sérgio Pinto Martins, ao tratar do desconto, definido pelo autor como típica operação bancária em que não há a incidência de ISS, ensina que 'o mesmo se diz da abertura de crédito, em que não está o banco prestando serviços, mas emprestando dinheiro, e do depósito bancário' (in 'Manual do Imposto sobre Serviços', 3ª ed., Ed. Atlas, São Paulo, 2000, p. 168). Tampouco aplica-se o ISS à atividade de compensação de cheques e de títulos, por não se tratar de prestação de serviço e nem de cobrança e recebimento por conta de terceiros, prevista no item 95, não encontrando atividade similar na lista anexa ao Decreto-lei n. 406/68. Por fim, à atividade de saque no caixa eletrônico não deve incidir o ISS, porquanto não está prevista na lista e tampouco é atividade correlata à emissão de cartões magnéticos e à consultas nos terminais eletrônicos, dispostas no item 96, como firmado no v. acórdão guerreado, sendo incabível a criação de novas hipóteses de incidência do tributo. Diante do exposto, peço vênia à ilustre Ministra Relatora Eliana Calmon para dar parcial provimento ao recurso, afastando a incidência do ISS sobre as atividades de abertura de crédito, de adiantamento a depositantes, de compensação de cheques e de títulos e de saque no caixa eletrônico" (REsp 325.344/PR, Rel. Min. Franciulli Netto); "A súplica reúne condições de prosperar, porquanto a matéria discutida nos autos já se encontra pacificada neste Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que a lista anexa ao Decreto-Lei n. 406/68 é exaustiva, não devendo ser interpretada ampliativa ou extensivamente. Nesse sentido, na referida lista, ampliada pelo Decreto-Lei n. 834/69, não está relacionado o serviço de fiança bancária, de forma a sustentar a exigência do ISS como quer o Município recorrido" (REsp 240.201/PE, Rel. Min. João Otávio de Noronha). Não é difícil perceber a ausência de similitude entre os arestos paradigma, anteriormente transcritos, e o acórdão recorrido. Enquanto nos primeiros discute-se a incidência do ISS sobre a própria operação financeira (adiantamento a depositantes e fiança bancária), no segundo discute-se a incidência do ISS sobre as tarifas cobradas ao cliente da instituição financeira pelos serviços de análise, cadastro, controle e processamento prestados na elaboração ou na renovação de diversos contratos Documento: 754469 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/03/2008 Página 6 de 8

bancários, inclusive adiantamento a depositantes e fiança bancária. Assim, a ausência de semelhança fática entre os acórdãos confrontados impede a configuração do dissídio e, por conseguinte, a admissão do apelo quanto à divergência. Por fim, também não logra admissão o recurso no tocante à alínea "b", já que tal alegação não foi desenvolvida nas razões recursais, o que atrai a incidência da Súmula 284/STF, de seguinte teor: "É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia". Ante o exposto, não conheço do recurso especial. É como voto. Documento: 754469 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/03/2008 Página 7 de 8

ERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2007/0285293-6 REsp 1011725 / MG Números Origem: 056321615 10024056321615001 10024056321615002 10024056321615003 10024056321615004 10024056321615005 10024056321615006 PAUTA: 21/02/2008 JULGADO: 26/02/2008 Relator Exmo. Sr. Ministro CASTRO MEIRA Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro CASTRO MEIRA Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA VASCONCELOS Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI AUTUAÇÃO RECORRENTE : BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTO SUDAMERIS S/A ADVOGADO : MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES E OUTRO(S) RECORRIDO : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROCURADOR : CAROLINA CARDOSO GUIMARÃES LISBOA E OUTRO(S) ASSUNTO: Tributário - ISS - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - Base de Cálculo SUSTENTAÇÃO ORAL Dr(a). FLÁVIO MIFANO, pela parte RECORRENTE: BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTO SUDAMERIS S/A CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Carlos Fernando Mathias (Juiz convocado do TRF 1ª Região) e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Humberto Martins. Brasília, 26 de fevereiro de 2008 VALÉRIA ALVIM DUSI Secretária Documento: 754469 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/03/2008 Página 8 de 8