Teste rápido para diagnóstico de hepatite B. Aula 3. Princípio do teste VIKIA HBsAg

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Transcrição:

Aula 3 Teste rápido para diagnóstico de hepatite B Princípio do teste VIKIA HBsAg Os testes rápidos utilizados para triagem da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) baseiamse na técnica de imunocromatografia de fluxo lateral, que permite a detecção do antígeno de superfície do HBV (HBsAg) no soro, plasma ou sangue total. Os testes rápidos para detecção de HBsAg que são enviados aos estados e municípios pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV), são adquiridos através de processo licitatório. Em 2013, o kit VIKIA HBsAg foi o produto licitado (Figura 1) e, na medida em que outros kits forem adquiridos, novas aulas serão incluídas nos cursos da Série Telelab. Figura 1 Kit Vikia O VIKIA HBsAg é um teste qualitativo de imunocromatografia de fluxo lateral para a pesquisa do HBsAg circulante. É baseado na associação de anticorpos monoclonais e policlonais contra o HBsAg, permitindo a detecção dos principais subtipos circulantes do vírus B. 1

O teste é composto por um suporte que contém uma membrana de nitrocelulose, uma área (S) para colocação da amostra e tampão e outra (janela de leitura) para leitura do resultado. Entre as duas áreas, na membrana de nitrocelulose, estão impregnados dois conjugados constituídos por uma mistura de dois anticorpos monoclonais anti-hbs ligados a microesferas de poliestireno de cor vermelha e um complexo BSA-biotinilado 1 ligado a microesferas de poliestireno de cor azul. 1 - BSA-biotinilado é um conjugado composto de albumina de soro bovino (BSA) ligado a biotina. A amostra é dispensada no poço designado por S (do inglês sample, ou amostra, em português) e migra por capilaridade ao longo da membrana de nitrocelulose. Se o HBsAg estiver presente na amostra, vai formar um complexo antígeno-anticorpo com os anticorpos específicos contra o antígeno de superfície do vírus B (anti-hbs) presentes nas microesferas vermelhas. Os complexos antígenos-anticorpos migram ao longo da membrana e ligam-se aos anticorpos anti-hbs, fixados na janela de leitura, na área de Teste (T), formando uma linha vermelha, visível na membrana. O princípio metodológico do teste é mostrado de maneira resumida na Figura 2. Ao mesmo tempo, o complexo BSA-biotinilado, ligado às microesferas azuis impregnadas na membrana, migra com a amostra e liga-se ao anticorpo antibiotina, imobilizado na área de Controle (C), formando uma linha azul visível. Figura 2 Princípío metodológico do teste VIKIA HBsAg 2

Composição do kit VIKIA HBsAg e materiais complementares Composição do kit VIKIA HBsAg O conjunto diagnóstico, apresentado na Figura 3, contém os elementos relacionados na sequência de 1 a 6. Figura 3 - Elementos no kit HBsAg O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (DDAHV) recomenda aos profissionais que realizam a coleta por punção digital que utilizem o capilar fornecido juntamente aos kits distribuídos pelo Ministério da Saúde em vez das micropipetas de plástico contidas no envelope lacrado. 3

! A micropipeta contida no envelope (item 2) não é utilizada para coleta de amostras com punçao digital. Ela é indicada para utilização de plasma, soro ou sangue total obtidos por punção venosa. Embalagem Na embalagem do kit, o fabricante utiliza alguns símbolos que necessitam de interpretação. Observe, no quadro a seguir, o que cada um significa. REF Referência de catálogo Fabricante IVD Dispositivo médico para diagnóstico in vitro Limites de temperatura Prazo de validade LOT Ʃ i Código de lote Consultar as instruções de utilização Conteúdo suficiente para n testes 2 Não reutilizar Quadro 1 - Símbolos presentes na embalagem do kit HBsAg! Quando realizar o teste, registre o número do lote do kit no seu protocolo de trabalho. Os dispositivos de teste, diluente e lancetas apresentam números de lote individuais, mas o número do lote para registro é o que está gravado na caixa. JAMAIS UTILIZE TESTES FORA DO PRAZO DE VALIDADE 4

Materiais necessários não fornecidos Além dos elementos fornecidos no kit, são necessários os seguintes materiais para a execução do teste rápido: Equipamentos de proteção individual (EPIs); Equipamento para marcar tempo (cronômetro ou relógio); Álcool 70%; Algodão ou gaze; Água sanitária ou solução de hipoclorito de sódio entre 2,0 a 2,5%; Recipiente para descarte de material biológico e perfurocortante. Caneta tipo marcador para escrever no dispositivo de teste Papel absorvente para forrar a área onde serão feitos os testes rápidos Cuidados e precauções para utilização O manuseio e execução dos testes rápidos necessitam de alguns cuidados. O teste é exclusivo para diagnóstico in vitro, e deve ser realizado por pessoas que tenham participado de capacitação técnica, presencial ou por meio de ensino a distância. Utilize os reagentes de cada kit até a data de validade definida pelo fabricante, estampada na parte externa da embalagem. Quando acabar o dispositivo de teste ou qualquer reagente do kit, jogue todo o restante fora em recipiente apropriado. O dispositivo de teste é descartável, e ele deve ser conservado no envelope lacrado até o momento da utilização. Para a manipulação do kit, deverão ser adotadas todas as precauções que se aplicam aos produtos potencialmente infecciosos, o que inclui não ingerir nem inalar tais produtos, bem como descartar os seus componentes apenas em local apropriado.! Todas as amostras devem ser consideradas potencialmente infectantes, e devem ser manipuladas e descartadas de acordo com as precauções de utilização e descarte recomendadas no Brasil pela RDC/ANVISA nº 306 de 07/12/2004 e suas atualizações, ou em conformidade com a regulamentação em vigor no país de utilização. 5

Condições de armazenamento e estabilidade Os componentes do kit permanecerão estáveis até a data de validade indicada nas respectivas embalagens, se forem conservados nas condições exigidas, listadas a seguir: Para uso exclusivo in vitro; Utilizar até a data de validade; Manter o dispositivo no envelope lacrado até a utilização; Proteger da umidade e da luz solar Conservar o kit em temperatura entre 4 e 30ºC.! Os kits podem ser armazenados em geladeira (4 a 8ºC), mas sempre na parte de baixo, para evitar que congelem, ou em temperatura ambiente (armários ou estantes), desde que dentro da faixa recomendada pelo fabricante. Caso não seja possível controlar a temperatura do local de armazenamento, os kits devem ser acondicionados em caixas térmicas e retirados apenas na hora do uso. Figura 4 Exemplos de caixas térmicas disponíveis no mercado 6

Coleta e preparação da amostra Para realizar o teste rápido é necessário que a coleta da amostra seja feita respeitando as recomendações do fabricante. Essas recomendações para uso correto do produto estão descritas no folheto informativo que é fornecido no kit. A coleta de amostra por punção digital é realizada com o auxílio de uma lanceta retrátil. A aspiração do sangue que brota na perfuração do dedo deve ser feita por meio do tubo capilar. Desta forma, embora o kit Vikia inclua uma micropipeta descartável (indicada para utilização de plasma, soro ou sangue total por punção venosa), o DDAHV recomenda a utilização do capilar fornecido em conjunto no kit. A seguir, você acompanhará uma instrução passo a passo para a realização do teste para detecção do HBsAg. Porém, antes de iniciar o teste, lembre-se de deixar os reagentes atingirem a temperatura ambiente e, só então, retire o dispositivo do envelope lacrado e coloque-o numa superfície plana, limpa, livre de vibrações e forrada com material absorvente. 1 Selecione o dedo para punção, higienize a área com algodão embebido em álcool 70% e faça a punção do dedo com o auxílio de uma lanceta retrátil. 2 Recolha a amostra utilizando o tubo capilar. Mantenha o tubo capilar na posição horizontal e recolha o sangue até atingir a marca preta do tubo capilar, sem que haja a formação de bolhas de ar. 3 Em seguida, coloque o tubo capilar na posição vertical, tampe o orifício da frente com o dedo e, com a outra mão, aperte a extremidade do capilar para dispensar todo o volume de sangue na área do dispositivo de teste indicada com um S. Não permita a formação de bolhas de ar no poço. Caso isso ocorra, repita o teste. 4 Imediatamente após a adição da amostra, adicione uma gota da solução tampão na mesma área (S) em que foi adicionada a amostra. Não permita a formação de bolhas de ar no poço. Caso isso ocorra, repita o teste. 5 Acione o cronômetro e faça a primeira leitura do teste, em 15 minutos. Se o teste for reagente, o resultado está definido. Se o teste for não reagente na primeira leitura, aguarde até 30 minutos.! Evite a formação de bolhas durante a aspiração do sangue e também ao adicionar a solução tampão. Isso pode levar a erros no volume adicionado e a não validação do teste. 7

Interpretação dos resultados Após realizar os procedimentos descritos no passo a passo, é hora de fazer a interpretação dos resultados. Primeiramente, espere o cronômetro marcar 15 minutos para ler o teste. Em caso de amostra reagente, o resultado pode ser liberado. Na situação de amostra não reagente, aguarde 30 minutos após a adição do diluente para liberar o resultado. Resultado não reagente Quando o resultado for não reagente, aparecerá uma linha azul na área de controle (C) e não aparecerá nenhuma linha na área de teste (T) (Figura 5). Resultado reagente Figura 5 - Interpretação de resultado não reagente no kit Vikia Quando o resultado for reagente (Figura 6), aparecerão duas linhas distintas, uma de cor azul na área de Controle (C) e uma de cor vermelha na área de Teste (T). Figura 6 - Interpretação de resultado de teste reagente no kit Vikia A linha vermelha poderá apresentar variações na intensidade da cor, porém, mesmo quando a coloração que surgir tiver uma intensidade muito fraca, a amostra será considerada reagente. 8

Teste inválido O teste inclui um sistema de controle interno de migração representado por uma linha azul que aparece na área de controle (C). Conforme é indicado no folheto que contém as instruções de uso definidas pelo fabricante, essa linha confirma que o teste foi corretamente executado e que o resultado obtido é válido. Caso não apareça a linha azul na área C no tempo determinado pelo fabricante para leitura do resultado, ou seja, após 30 minutos da adição do tampão, o teste não será considerado válido, mesmo que a linha vermelha apareça na área T (Figura 7). Figura 7a Dispositivo apresentando um resultado de teste inválido no kit Vikia ausência de linha na zona C e na zona T. Figura 7b Dispositivo apresentando um resultado de teste inválido no kit Vikia ausência de linha na zona C e presença de linha na zona T. Entre as causas prováveis para a invalidação do teste estão o armazenamento inadequado dos kits, volume insuficiente da amostra, volume incorreto do tampão e a execução incorreta do teste. Se o teste for inválido, leia novamente as instruções do fabricante e repita o teste com a utilização de um novo dispositivo.! Se o problema persistir, não utilize mais nenhum teste desse lote. Guarde o kit com problema, informe ao DDAHV o ocorrido e entre em contato com a empresa fornecedora do kit. Essa iniciativa é muito importante para o acompanhamento da qualidade dos testes e para que a empresa reponha o quantitativo de testes inválidos ao DDAHV. 9

Limitações do teste O fabricante do teste Vikia orienta os usuários a respeito de limitações que o produto apresenta e que devem ser levadas em consideração na utilização dos kits. Para concluir esta aula, confira a seguir algumas dessas orientações. 2 - Pool de soro ou pool de amostras, significa misturar partes iguais de diversas amostras. Por exemplo: Fazer 1 ml de um pool de 5 amostras de soro significa misturar 0,2 ml de cada uma delas. Um resultado não reagente no teste rápido não permite excluir uma infecção pelo vírus da hepatite B. O teste foi validado com soro, plasma e sangue total. Portanto, não deve ser utilizado com outros líquidos biológicos. Pool de soro 2 não deve ser utilizado. O resultado do teste deve ser sempre interpretado em conjunto com outras informações clínicas disponíveis. 10

Referências 1. Milich D.R., Immune response to the hepatitis B virus infection, animal models, vaccination, Viral Hepatitis 1997, 3, 63-103. 2. Hollinger F. B., Hepatitis B virus, in Fields Virology, Third Edition, Lippincott-Raven Publishers, Philadelphia, 1996, 2739-2807. 3. Blumberg B. S., Alter H. J., Visnich S., A New Antigen in Leukemia Sera, JAMA, 1965, 191, 541-546. 4. Prince A. M., An antigen detected in blood during the incubation period of serum hepatitis, Proc Natl Acad Sci USA, 1968, 60, 814-821. 5. BioMérieux. Manual de uso do kit Vikia HBsAg. Disponível em: <http://www.biomerieux.com. br/servlet/srt/bio/brazil/dynpage?doc=brz_cln_prd_g_prd_cln_76>. Acesso em: 02 de set. de 2014. 11