2. O poema desenvolve os preceitos de qual vanguarda europeia? Justifique.

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Transcrição:

2º EM Literatura Carolina Aval. Rec. Par. 22/08/12 1. Identifique a que vanguarda europeia o quadro abaixo se relaciona e, em seguida, dê as principais características de tal vanguarda. Texto para a questão 2: O mar soprava sinos, Os sinos secavam as flores, As flores eram cabeças de santos. NOTURNO Minha memória cheia de palavras, Meus pensamentos procurando fantasmas Meus pesadelos atrasados de muitas noites. De madrugada, meus pensamentos puros Voavam como telegramas; E nas janelas acesas toda a noite O retrato da morta Fez esforços desesperados para fugir. (João Cabral de Melo Neto) 2. O poema desenvolve os preceitos de qual vanguarda europeia? Justifique.

Texto para a questão 3: Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como uma máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo! Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto, Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento A todos os perfumes de óleos e calores e carvões Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável! 3. Responda: a) Com que vanguarda europeia o trecho acima se relaciona? Por quê? b) O trecho acima é de autoria de um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Qual? Justifique. 4. O fragmento do poema seguinte é parnasiano. Que característica é possível nele identificar que seria mais frequente no simbolismo? Chispam verdes fuzis riscando o céu sombrio; Em esmeraldas flui a água verde do rio. E do céu, todo verde, as esmeraldas chovem... (Olavo Bilac) Texto para as questões 5 e 6: VASO CHINÊS Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Fino artista chinês, enamorado, Casualmente, uma vez, de um perfumado Nele pusera o coração doentio Contador sobre o mármor luzidio, Em rubras flores de um sutil lavrado, Entre um leque e o começo de um bordado. Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura, Quem o sabe?... de um velho mandarim Também lá estava a singular figura. Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a, Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa. (Alberto de Oliveira) 5. Podemos classificar as rimas de um poema em: pobres, ricas, raras e preciosas. Extraia do poema um exemplo de rima pobre e um exemplo de rima preciosa, nessa ordem. 6. O poema acima pertence à escola literária do Parnasianismo. Que características permitem tal classificação? 7. Faça um resumo da polêmica conhecida como Questão Coimbrã.

8. Identifique, entre as características indicadas a seguir, a que predomina em cada um dos fragmentos extraídos da obra de Machado de Assis: (A) Denúncia do contraste entre a aparência e a essência; (B) Conversa com o leitor; (C) Pessimismo; (D) Aceitação da lei do mais forte; (E) Ironia; (F) Relatividade dos conceitos; (G) Concepção do homem como um feixe de atitudes contraditórias (H) Impossibilidade de escolher o próprio destino; (I) Denúncia da vaidade; (J) Concepção da vida como uma peça de teatro. ( ) Não, senhora minha, ainda não acabou este dia tão comprido; não sabemos o que se passou entre Sofia e o Palha, depois que todos se foram embora. ( ) Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. ( ) E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; (...) como quem se retira tarde do espetáculo. ( ) (no trecho a seguir resume-se a vida da criada Dona Plácida, personagem de Memórias Póstumas de Brás Cubas) Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se. Dessa conjunção de luxúrias vadias brotou D. Plácida. É de crer que D. Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias: Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe responderiam: Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia. ( ) a inveja não é senão uma admiração que luta, e sendo a luta a grande função do gênero humano, todos os sentimentos belicosos são os mais adequados à sua felicidade. Daí vem que a inveja é uma virtude.

9. Os prosadores do Pré-Modernismo diminuíram a distância entre realidade e ficção, incorporando em seus textos fatos e personagens de sua época. a) Cite dois exemplos que justifiquem essa afirmativa. b) Essa atitude dos pré-modernistas opõe-se radicalmente a uma característica dos românticos. Qual? Texto para a questão 10: Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos.) (...) Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses. (...) 10. O poema acima é assinado por Ricardo Reis. No convite feito a Lídia, há um trecho que não poderia ser de Alberto Caeiro. Qual? Justifique.