EU E MEUS VÍCIOS J. M. CARVALHO

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1 EU E MEUS VÍCIOS by J. M. CARVALHO

2 CENA 1. APARTAMENTO DE - DIA/FIM DE TARDE - INT. O CONTADOR ALVES, 55 ANOS, CHEGA EM CASA APÓS MAIS UM DIA CANSATIVO NO TRABALHO. MORA SOZINHO. ELE TEM UM FILHO, FRUTO DO CASAMENTO QUE ACABOU FAZ MAIS DE 10 ANOS. MAS ELE AGORA PREFERE ESTAR SÓ COM OS SEUS VÍCIOS. ELE FUMA DEMAIS, BEBE DEMAIS E GOZA DEMAIS. SEMPRE SOZINHO. É UM HOMEM ORGANIZADO. MAS HOJE ELE ESTÁ COM PREGUIÇA. ASSIM QUE CHEGA, ELE LARGA A MALETA PERTO DA PORTA, TIRA OS SAPATOS, TIRA O TERNO AOS POUCOS, JOGANDO TUDO NO CHÃO. FICA SÓ DE CUECA. PEGA UM CIGARRO E COMEÇA A FUMAR NA JANELA DO SEU APARTAMENTO. ELE PEGA UMA GARRAFA DE VODKA NA GELADEIRA E COMEÇA A BEBER, ENQUANTO FUMA, OLHANDO PARA UM OUTRO PRÉDIO. PEGA UM CIGARRO E COMEÇA A FUMAR NA JANELA DO SEU APARTAMENTO. ELE FUMA MUITOS CIGARROS, VEMOS O VOLUME NO CINZEIRO E A GARRAFA CADA VEZ MAIS VAZIA. CENA 2. O FILHO DE LIGA - NOITE - INT. FECHA A JANELA. ELE JÁ ESTÁ BÊBADO. SEU FILHO LIGA PARA O SEU CELULAR. Pai, onde o senhor tá? Ué, em casa... onde eu deveria estar? Aqui, né, pai! Hoje vou noivar com a Ariana. Eu te falei que seria nesta sexta, seu Amadeu! Ih, meu filho, esqueci totalmente. Me perdoa.

3 2. Poxa vida, hein, pai? Posso ir te buscar? Não se preocupe comigo. Sua mãe tá aí? Tá todo mundo aqui. Menos o senhor. Vou te buscar. Desculpa, meu filho, mas eu não vou não. Tive um dia difícil na contabilidade.. fechamento de mês. Estou sem cabeça pra nada. Próximo fim de semana comemoro com vocês dois. Ah, pai. Mais uma... Tô sem saco. De verdade. Tudo bem. Venha amanhã pra almoçar com a gente, tá? Te amo. Eu também. Fica com Deus. Beijo em todo mundo aí. CENA 3. PORNOGRAFIA. NOITE - INT. DESLIGA O CELULAR, PEGA UMA SEGUNDA GARRAFA E LIGA O COMPUTADOR. DEITADO NA CAMA, ELE VÊ UM MONTE DE VÍDEOS PORNÔS DE MOÇAS JOVENS COM HOMENS MADUROS, ENQUANTO SE MASTURBA. ELE SUJA MUITO PAPEL HIGIÊNICO E BEBE MUITA VODKA. DEPOIS DE UM TEMPO, SUJO, COM O COMPUTADOR LIGADO, ELE COCHILA, COM UM RONCO BASTANTE BARULHENTO. ELE ACORDA COM UM SUSTO. VIRA NA CAMA. NÃO CONSEGUE DORMIR. ELE SE LEVANTA. CENA 4. TRISTEZA. NOITE - INT. ENTRA EMBAIXO DO CHUVEIRO, COM A BEBIDA NA MÃO. ELE SE MASTURBA MAIS UMA VEZ. DEPOIS DO ATO, ELE CHORA

4 3. COMPULSIVAMENTE NO CHUVEIRO, SENTADO NO CHÃO DO BOX E BEBENDO MUITO. CENA 5. REFLEXÃO. NOITE - INT. ESTÁ NA FRENTE DA TV, EM PÉ NO MEIO DA SALA, EM SILÊNCIO. ELE NÃO ASSISTE A TV. ELE ESTÁ EM ESTADO DE REFLEXÃO. BUSCA UM CIGARRO E UM CADERNO. ELE ESCREVE. (ESCREVENDO em letras de forma) AMANHÃ EU NÃO TRABALHO. SEM TRABALHO EU SOU VÍCIOS, TÉDIO E NECESSIDADES. NADA MAIS. DESENHA ALGO TRISTE. (CONTINUA A ESCREVER) A TRISTEZA É UM VÍCIO. CUIDADO! CENA 6. TÉDIO. DIA - INT. ENQUANTO FUMA, CHORA NOVAMENTE. ELE ENTÃO SE DEITA NA CAMA E, COM A TV LIGADA, DORME PROFUNDAMENTE. O CELULAR DE TOCA E ELE ACORDA ABRUPTAMENTE. Pai, cadê o senhor? (SONOLENTO) Em casa, tava dormindo... São três da tarde. Estou esperando o senhor pro almoço. Preciso muito conversar. Aconteceu alguma coisa grave, meu filho?

5 4. Ela não aceitou. Disse que ainda não estou limpo... uma merda. Poxa, meu filho. Sinto muito. Vamos nos ver mais tarde então? Quer que eu te pegue? Não precisa, eu passo aí quando der. Te amo. Eu também. Fica bem. Beijo em todo mundo aí. CENA 7. NECESSIDADES. DIA - INT. COME UM PÃO COM PRESUNTO E QUEIJO, ENQUANTO TOMA UM CAFÉ E FUMA UM CIGARRO NA JANELA DO APARTAMENTO. QUANDO TERMINA, ELE PEGA O CADERNO E ESCREVE. (ESCREVE) MEU FILHO ESTÁ SUJO. SOMOS DOIS SUJOS. SOMOS FRACOS, PORQUE SOMOS ORGULHOSOS. SOMOS VICIADOS, PORQUE SOMOS ORGULHOSOS. O ORGULHO É A FONTE DE TUDO O QUE É RUIM. DESENHA SEU FILHO COM ELE E UM BURACO NEGRO AO LADO. ELE ENTÃO COMEÇA A BEBER. CENA 8. SOMOS FRACOS, SOMOS SUJOS. DIA - INT. É TARDE, COCHILA. VEMOS SEU CADERNO SOBRE SEU PEITO. ELE ESTÁ NU. VEMOS MAIS UMA GARRAFA VAZIA AO SEU LADO, O CINZEIRO CHEIO, PAPÉIS HIGIÊNICOS SUJOS E O COMPUTADOR REPRODUZINDO MAIS PORNOGRAFIA. SEU TELEFONE TOCA SEM PARAR (SEU FILHO JOÃO), MAS ELE NÃO ACORDA. NO CADERNO ABERTO ESTÁ ESCRITO: "MINHA VIRTUDE EU POSSO COMUNICAR. COM MEU VICIO EU SÓ POSSO CONTAGIAR".

6 5. CENA 9. CONTÁGIO. NOITE - INT. JÁ É NOITE. ENTRA CORRENDO NO SEU PEQUENO BANHEIRO E VOMITA. ELE SENTA AO PÉ DO VASO E FICA QUIETO. ESTÁ CADA VEZ MAIS TRISTE. ELE TOMA UM BANHO E SE MASTURBA. É UM CICLO VICIOSO. ELE VAI PRA CAMA. ELE LEVANTA. ESCREVE E FUMA. ELE VAI PRA CAMA. ELE LEVANTA. ESCREVE E FUMA. ELE VAI PRA CAMA. ELE LEVANTA. ESCREVE E FUMA. ELE NÃO CONSEGUE MAIS DORMIR. (ESCREVE) TUDO O QUE ME DÁ PRAZER É LÍCITO. ASSIM EU CANCELO A CENSURA QUE MEREÇO. EU MEREÇO. CENA 10. O INESPERADO ACONTECE. DIA - INT. ELE FALA COM ALGUÉM PELO TELEFONE. Sim, é meu filho. Por quê? Aconteceu alguma coisa com ele? (PAUSA) Que eu saiba só usou cocaína até hoje. O que ele usou? Onde ele está? Como assim é tarde? Quem é você? Onde tá meu filho? SE IRRITA, VESTE UMA ROUPA E SAI DESESPERADO. CENA 11. O COMEÇO. NOITE - INT. CHEGA EM CASA, DE TERNO PRETO, COMO SE ESTIVESSE MORRIDO TAMBÉM. ELE SEGURA UMA GARRAFA. ELE ESTÁ EM ESTADO DE CHOQUE. ELE ESTÁ ANULADO. ELE NÃO É MAIS NINGUÉM. FIM

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