O comportamento alimentar e as rejeições e aversões alimentares de estudantes adolescentes de escolas públicas e privadas de Teresina-PI.

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Transcrição:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENADORIA GERAL DE PESQUISA Iniciação Científica Voluntária - ICV Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bloco 06 Bairro Ininga CEP: 64049-550 Teresina-PI Brasil Fone (86) 3215-5564 Fone/Fax (86) 3215-5560 E-mail: pesquisa@ufpi.br, pesquisa@ufpi.edu.br O comportamento alimentar e as rejeições e aversões alimentares de estudantes adolescentes de escolas públicas e privadas de Teresina-PI. Francisco das Chagas Rodrigues Júnior (aluno de ICV), Profª. Dr a. Marize Melo dos Santos (Orientador, depto de Nutrição UFPI). 1 INTRODUÇÃO No Brasil os adolescentes representam 19% da população atual, constituindo um grupo de 33,2 milhões de habitantes. As escolhas alimentares feitas nessa fase da vida, referentes às aversões e preferências, influenciarão a alimentação durante toda a vida (BRASIL, IBGE, 2007). Um dos problemas nutricionais mais importantes dos últimos anos que atingem os adolescentes, no Brasil e no mundo, são o sobrepeso e obesidade. O consumo de alimentos gordurosos de alta densidade energética, a omissão de refeições, a redução na prática de exercícios físicos e a aversão e rejeição de produtos integrais, frutas e vegetais em geral, constituem importantes fatores, ligados ao meio ambiente, que contribuem para ocorrência da obesidade (FONSECA et al, 1998; MONTEIRO et al, 2000). Vários estudos recentes têm identificado que os adolescentes rejeitam os alimentos naturais, tais como, frutas, legumes, verduras e hortaliças e vêm consumindo de forma progressivamente mais intensa, e por escolha própria, alimentos oferecidos pelas cadeias de lanchonetes fast food (VIEIRA e PRIORE, 2001). Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo conhecer as rejeições e aversões alimentares de estudantes adolescentes de escolas públicas e privadas de Teresina PI e as possíveis características dos alimentos que levam a essa aversão, a fim de indicar os possíveis malefícios destas práticas a curto e longo prazo para a saúde destes jovens, possibilitando uma intervenção para a melhoria da qualidade de vida. 3 METODOLOGIA Trata-se de estudo transversal, desenvolvido com adolescentes de ambos os sexos, entre 12 e 17 anos de escolas públicas e privadas de Teresina e com seus responsáveis. A amostra foi estratificada, de acordo com as zonas distritais do município de Teresina. Todos os alunos

pertencentes às turmas sorteadas foram convidados a participar do estudo. No total, participaram 1458 alunos de 30 escolas, públicas e privadas de Teresina (Bloch, et al, 2015). As escolas selecionadas foram contatadas para fins de planejamento da coleta de dados. A equipe de campo foi constituída por professores, acadêmicos do programa de iniciação científica da graduação e pósgraduandos do Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição. As variáveis abordadas foram as seguintes: Aversões alimentares: sim ou não; Características dos alimentos que induzem à aversão: cor, cheiro, textura e sabor. Para coleta dos dados utilizou-se um questionário, instrumento elaborado especificamente para os adolescentes e para seus responsáveis, com o propósito de identificar os alimentos rejeitados e qual característica desses alimentos influencia nesta rejeição (cor, sabor, cheiro, textura). Para prevenir ou minimizar erros sistemáticos ou aleatórios durante a coleta dos dados, foram adotados procedimentos padronizados para garantir a qualidade das informações. Os dados foram digitados em planilha eletrônica por três colaboradores da pesquisa, para evitar erros. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFPI sob o Nº 406.353, em 25 de Setembro de 2013. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 1 apresenta o índice percentual de rejeição dos alimentos e alimentação e as possíveis características que levam a essa rejeição. Tabela 1 Índice percentual de rejeição dos alimentos e as características dos mesmos que levam a essa rejeição. Variáveis N % Chocolate 1458 100 Nada 666 45,68 Bem-estar/Satisfação 651 44,65 Mal-estar 95 6,52 Aversão 46 3,16 Cor 2 4,35 Cheiro 3 6,52 Aspecto 6 13,04 Gosto 35 76,09 Sanduíche, bata frita, refrigerante 1456 99,86 Nada 441 30,29 Bem-estar/Satisfação 752 51,65 Mal-estar 217 14,90 Aversão 46 3,16 Cor 3 6,52 Cheiro 4 8,70 Aspecto 3 6,52 Gosto 38 82,61 Suco artificial/industrializado 1455 99,79 Nada 651 44,74 Bem-estar/Satisfação 424 29,14

Mal-estar 141 9,69 Aversão 239 16,43 Cor 3 1,26 Cheiro 13 5,44 Aspecto 17 7,11 Gosto 207 86,61 Refrigerante 1455 99,79 Nada 552 37,94 Bem-estar/Satisfação 616 42,34 Mal-estar 201 13,81 Aversão 86 5,91 Cor 6 6,98 Cheiro 2 2,33 Aspecto 16 18,60 Gosto 65 75,58 Sorvete 1455 99,79 Nada 496 34,09 Bem-estar/Satisfação 860 59,11 Mal-estar 63 4,33 Aversão 36 2,47 Cor 3 8,33 Cheiro 8 22,22 Aspecto 3 8,33 Gosto 32 88,89 Legumes ou Verdura 1458 100 Nada 387 26,54 Bem-estar/Satisfação 744 51,03 Mal-estar 33 2,26 Aversão 294 20,16 Cor 0 0 Cheiro 23 7,82 Aspecto 22 7,48 Gosto 247 84,01 Folhosos 1458 100 Nada 430 29,49 Bem-estar/Satisfação 714 48,97 Mal-estar 34 2,33 Aversão 280 19,20 Cor 7 2,50 Cheiro 17 6,07 Aspecto 21 7,50 Gosto 279 99,64 Sanduiche e suco de fruta natural 1455 99,79 Nada 398 27,35 Bem-estar/Satisfação 839 57,66

Mal-estar 40 2,75 Aversão 178 12,23 Cor 4 2,25 Cheiro 10 2,25 Aspecto 22 2,25 Gosto 143 2,25 Fruta ou suco de fruta natural 1455 99,79 Nada 252 17,32 Bem-estar/Satisfação 1143 78,56 Mal-estar 26 1,79 Aversão 34 2,34 Cor 2 5,88 Cheiro 4 11,76 Aspecto 1 2,94 Gosto 30 88,24 Arroz com feijão 1455 99,79 Nada 318 21,86 Bem-estar/Satisfação 1068 73,40 Mal-estar 25 1,72 Aversão 44 3,02 Cor 4 9,09 Cheiro 3 6,82 Aspecto 6 13,64 Gosto 33 75,00 Macarrão 1455 99,79 Nada 491 33,75 Bem-estar/Satisfação 831 57,11 Mal-estar 59 4,05 Aversão 74 5,09 Cor 6 8,11 Cheiro 7 8,11 Aspecto 11 8,11 Gosto 53 8,11 As análises demonstram que os estudantes pesquisados apresentam maior rejeição aos alimentos ou alimentação naturais (legumes e verduras; folhosos; e peixes) e rejeitam menos os industrializados (sanduíche, batata frita e refrigerante; chocolate; e sorvetes). O estudo também aponta o gosto como a principal característica dos alimentos que influenciam na aversão aos alimentos. Os alimentos industrializados são pobres em vitaminas e minerais e ricos em gorduras saturadas, açúcares simples e sódio, componentes alimentares que estimulam o desenvolvimento de DCNT. O reduzido consumo de produtos naturais também estimula o desenvolvimento de doenças

crônicas, visto que estes possuem nutrientes fundamentais ao funcionamento adequado do organismo. 5. CONCLUSÕES Diante do exposto, constata-se que os estudantes pesquisados apresentam maior rejeição aos alimentos naturais (legumes e verduras; folhosos; e peixes) e rejeitam menos os alimentos industrializados (sanduíche, batata frita e refrigerante; chocolate; e sorvetes). Os resultados refletem a necessidade de uma reeducação alimentar e nutricional voltada ao público adolescente e da maior participação dos pais na vida dos filhos relacionada à conduta alimentar. REFERÊNCIAS BLOCH, L.; DUCA, L.; REITTER, M.; SCHLEIER-SMITH, M.; SCHNEIDER, U. An Aharonov-Bohm interferometer for determining Bloch band topology. Science Journals, v 347, n 6219, 2015. FONSECA, V. M.; SICHIERI G. V.; Fatores associados à obesidade em adolescentes. Revista de saúde Pública, v. 32, n 6, p. 541-549, 1998. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. POF - Pesquisa de Orçamentos Familiares.Disponível em: <ww.ibge.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2007. MONTEIRO, P.O.A.M.; VICTORA, C.G.; BARROS, F. C.; TOMASI, E. Diagnóstico de sobrepeso em adolescentes: estudo do desempenho de diferentes critérios para o índice de massa corporal. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 5, p.503 513, 2000. VIEIRA, V.C.R., PRIORE, S. E. Hábitos alimentares de adolescente, Revista Nutrição em Pauta, São Paulo, n. 46, p. 14-16, 2001.