CNTE VII Conferência Nacional de Educação. Leda Scheibe UFSC/UNOESC

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Transcrição:

CNTE VII Conferência Nacional de Educação Leda Scheibe UFSC/UNOESC

VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL num Sistema Nacional Articulado de Educação A valorização da profissão de professores da Educação Básica passa por: sua formação e pelas condições de carreira e de salários vinculadas a ela pelas condições de trabalho nas escolas políticas que visem contribuir para o desenvolvimento da profissionalidade (qualificação mais aprofundada) e da profissionalização dos professores.

A situação atual da valorização do profissional do magistério - DIAGNÓSTICO Temos hoje cerca de 2,6 milhões de professores da EB Cerca de 600 mil professores, segundo o MEC, não têm a formação para atuar na EB. Por outro lado, 221 mil já fazem mestrado e doutorado Baixos salários, ao lado da formação acadêmica, aparecem como impecilhos para a carreira do magistério no Brasil. As diferenças regionais elevam a média salarial no país, mas escondem situações mais precárias A categoria está entre as que tem o menor salário entre os profissionais com a mesma escolaridade

A situação atual da valorização do profissional do magistério - DIAGNÓSTICO diversidade de condições entre as regiões entre os anos de 2003 e 2008, os professores da rede pública da Educação Básica em todo o Brasil tiveram aumento real de 18% planos de carreira não são recompensadores e não propiciam valorização social da profissão docente. Recém-graduados optam por outras carreiras mais rentáveis professores brasileiros são mais valorizados pelo tempo de serviço do que por especializações acumuladas ao longo da carreira. Avaliações com base no desempenho ou nos cursos feitos pelos docentes não têm sido regulamentadas na maior parte dos municípios, embora previstas em lei. ( desestímulo para a busca de aperfeiçoamento)

A situação atual da valorização do profissional do magistério - DIAGNÓSTICO o Brasil precisa de mais professores, sobretudo de matemática, física e química. Licenciados nessas áreas não pretendem ser docentes cerca de 26,5% dos professores tem até 29 anos (41% desses são docentes da educação infantil) o maior percentual de docentes sem formação está na educação infantil profissionais que estão na sala de aula têm, em média, 14 anos de estudo (o tempo necessário para concluir os níveis fundamental, médio e superior é, pelo menos, de 15 anos) as mulheres representam 83,1% da categoria

A situação atual da valorização do profissional do magistério - DIAGNÓSTICO no modelo universitário brasileiro as licenciaturas ocupam um lugar secundário currículos de formação precisam ser mais bem equacionados estágios obrigatórios na formação são precários não há avaliação de desempenho nos estágios probatórios. Mesmo prevista em lei, esta avaliação não tem sido implementada hoje há cerca de 80 mil estudantes matriculados em cursos na modalidade à distância, na qual a evasão é marcante (quase 80 % dos estudantes abandonam antes da conclusão) não há aparato suficiente de acompanhamento,supervisão e fiscalização dos cursos a distância a tutoria tem se apresentado como um dos aspectos mais vulneráveis na experiência de EAD, causando precária formação

Formação deficiente? enfatiza pouco a relação entre teoria e prática? ou o quê e o como ensinar? grande maioria dos estudantes das licenciaturas estudam à noite, em instituições privadas, ou ainda em cursos a distância: qual a qualidade destes cursos?que condições de estudo têm estes estudantes? atividades de estágio fracamente coordenadas em geral não há acompanhamento dos estágios nas escolas. Como trabalhar os estágios nos cursos noturnos, maioria dos cursos formadores de docentes...? universitários de cursos de licenciatura e pedagogia vêm de famílias mais pobres (50,6% tem pais sem escolaridade ou apenas até a 4ªsérie); o que é preciso fazer para oferecer uma formação mais integral?

Concurso para ingresso, estágio probatório, e carreira docente? O concurso para a carreira de magistério no setor público é obrigatório. No entanto, contratam-se professores em condição transitória, ou os concursos deixam a desejar em sua concepção e execução Estágio probatório bem conduzido pode auxiliar o professor a iniciar sua carreira com algum acompanhamento e agregar valor Os diferenciais nos planos de carreira evidenciam fraca possibilidade de professores subirem na carreira sem deixar a sala de aula

Pacto pela Valorização do Magistério e Qualidade da Educação 1994 CNTE/MEC/CONSED/UNDIME, CRUB, Conselhos Estaduais de Educação Selou Acordo Nacional de Educação para Todos: previu Piso Salarial, Política Nacional de Formação Inicial e Continuada p/ os profissionais da Educação, revisão dos currículos dos cursos formadores, reorientação dos programas de Pós- Graduação, revisão dos Estatutos e Planos de Carreira etc

Reforma dos Anos de 1990 Projeto neo-liberal Desprezou noção sistêmica Centralização da organização das políticas e descentralização das ações Priorização do ensino fundamental Negou diretrizes de carreira e piso salarial Implementou o sistema de avaliação

Políticas Atuais FUNDEB Piso Salarial Profissional Nacional PDE ( 2007)+ PAR (Plano de Ações Articuladas) + Regime de Colaboração nova CAPES - novo tratamento p/ formação de professores: Diretoria de Educação Presencial e Diretoria do Ensino a Distância (incorporou a Universidade Aberta do Brasil criada pelo MEC em 2005)

Políticas Atuais A CAPES deu início ao processo de organização do Sistema Nacional de Formação de Professores Política Nacional de Formação de professores (Decreto nº 6.755/2009), com princípios básicos para a organização das ações necessárias (Fórum Estadual de Formação) Em andamento: Plano Nacional de Formação de professores da Educação Básica destinado á formação inicial dos professores em exercício, articulando os diversos subsistemas de ensino (em regime de colaboração) Tal política deve constituir um programa específico de regulação de todas as instituições formadoras de profissionais da educação sob a responsabilidade do Estado e de apoio especial às IES públicas, com previsão de financiamento, bolsas, expansão, contratação de docentes etc.

DESAFIOS Como não caracterizar o Plano Nacional como centralizador e nem como descentralizador, mas sim pela sua capacidade de articulação? Há implicações legais que requerem regulamentação para assegurar uma adequada articulação, entre União, estados e municípios (institucionalização) A instância reguladora deve oferecer instrumentos claros que garantam o respeito ao princípio constitucional de colaboração entre as instâncias federadas, e estes ainda não estão definidos (Lei de Responsabilidade Educacional?) O equacionamento dessas questões representará um avanço em direção à elevação da qualidade da educação pública no país

O Plano Nacional de Formação de professores da Educação Básica (2009) Significa um importante processo em andamento, que precisa ser aprimorado e institucionalizado A concretização do Plano (dar conta do Planejamento Estratégico dos Estados) foi delegada à Diretoria de Educação Básica da CAPES com a participação da Diretoria de Educação a Distância e da SEED/MEC O Plano especifica unicamente os cursos de formação inicial destinados a professores que atuam no ensino fundamental e médio. Não contemplam a educação infantil O Planejamento estratégico para a construção do Plano não contou com a totalidade dos membros que devem compor o Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente, conforme determina o Decreto 6.755/09. Estiveram ainda ausentes os principais sujeitos desse processo (professores, representação dos fóruns das licenciaturas...

Plano Nacional de Formação de professores da Educação Básica Inexistência de normas internas de funcionamento dos Fóruns estaduais, o que dificultou em muitos estados a elaboração democrática de Planejamentos Estratégicos, mais coletivos e partilhado Preocupa a predominância da modalidade à distância justamente nos cursos de 1ª Licenciatura, ou seja, naqueles destinados a professores sem formação superior. De um total de 252.662 vagas para estas licenciaturas, 142.498 (ou seja, 56,24 %) são vagas em cursos a distância

O que é preciso regulamentar para a valorização dos Profissionais da Educação Diretriz: indissociabilidade dos elementos da carreira: formação, salário, jornada e condições de trabalho Ampliar e consolidar o papel da União na formação de docentes para a Educação Básica, em suas etapas e modalidades.

Prioridades para Formação dos Profissionais Institucionalização do Decreto 6.755/09 sobre a Política Nacional de Formação de Professores Ampliar vagas nas IES públicas para licenciatura e pós-graduação na forma presencial, com garantia de financiamento público, seja na sede da IES seja com ampliação de campi avançados. Curso normal de nível médio no País: discutir a sua prorrogação enquanto curso de formação para chegar a acordo= há controvérsias Programas de bolsas para alunos de licenciatura (incentivo ao ingresso e a garantia de permanência nos cursos). Plano emergencial para a área das licenciaturas nas ciências exatas, que apresentam falta de professores/as. Ampliar e democratizar a distribuição de bolsas para professores da rede pública em nível de mestrado e doutorado (licença remunerada, sem prejuízo funcional e com critérios contidos no plano de cargos, carreiras e salários).

Prioridades para Formação dos Profissionais Ampliar a oferta de cursos de formação de docentes, técnicoadministrativos e gestores, visando à qualificação da oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica, incentivando os CEFET, IFET e IES públicas, segundo os catálogos existentes Sedimentar os pólos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em centros de formação continuada dos profissionais da educação, coordenados pelas universidades, em parceria com as redes de ensino público

Prioridades para Formação dos Profissionais Proporcionar formação continuada aos profissionais que atuam nas modalidades da Educação Básica: EJA e PROEJA, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, e para atendimento educacional especializado. Implementar em todos os programas de formação inicial de professores, a discussão sobre novas tecnologias, gênero e diversidade étnico-racial, e sustentabilidade ambiental. Ampliar a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu voltados para a formação de gestores e administradores da educação, orientadores educacionais, supervisores/coordenadores pedagógicos, dentre outros como espaço mais adequado a essa formação.

Prioridades para Formação dos Profissionais Discutir a Avaliação dos Docentes de forma a proporcionar a sua melhoria no trabalho, sem o viés meritocrático Elaborar e implantar diretrizes para o funcionamento dos Fóruns Estaduais permanentes de Apoio à Formação Docente e acompanhar o desenvolvimento do Plano Nacional de Formação Inicial de Professores. Constituir o Plano Nacional de Formação Continuada de professores

Prioridades para Valorização dos Profissionais da Educação Básica Reduzir a carga horária do professor, sem perda salarial, para aqueles que participam de programas de formação inicial. Dedicação exclusiva dos docentes em uma única instituição de ensino. Implantar piso salarial nacional profissional Realizar concurso público no regime estatutário para professores/as, especialistas e funcionários/as para ingresso na carreira e preenchimento de cargos, com vagas reais.

Prioridades para Valorização dos Profissionais da Educação Básica Implantar planos de carreira, abrangendo funcionários de escola, professores e especialistas em educação, assegurando remuneração digna e condizente com as especificidades de cada profissão Garantir número máximo de alunos por turma e por professor: 1) na Educação Infantil: de 0 a 2 anos, seis a oito crianças por professor; de 3 anos, até 15 crianças por professor; de 4 a 5 anos, até 20 crianças por professor; Ensino Fundamental: nos anos iniciais, 25 alunos por professor; nos anos finais, 30 aluno por professor; no Ensino Médio e na Educação Superior, até 35 alunos por professor.