ACTA DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR

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Transcrição:

Documento assinado electronicamente. Esta assinatura electrónica substitui a assinatura autógrafa. Dr(a). Helena Cabrita Tribunal Judicial de Trancoso Processo: 271/08.4TBTCS Acção de Processo Sumário N/Referência: 477183 ACTA DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR Processo Nº 271/08.4TBTCS - Acção de Processo Sumário Data: 21-05-2010, às 14 horas Local: Tribunal Judicial de Trancoso Magistrada Judicial: Dra. Helena Cabrita Oficial de Justiça: Margarida Casanova Malta Autora: Junta de Freguesia de Aguiar da Beira Mandatária: Dra. Helena Mendes Réus: Deolindo Barata Monteiro, Maria Alice de Almeida Marques, António Barata Pereira e Maria Elisa Rodrigues de Almeida Pereira. Mandatário: Dr. Amaral Veiga Sendo a hora marcada, publicamente e de viva voz, identifiquei os presentes autos de Acção Sumária Nº 271/08.4 TBTCS e, de imediato, procedi à chamada de todas as pessoas que nele devem intervir, após o que comuniquei verbalmente à Mmª Juiz, o rol dos presentes e dos faltosos a saber: Presentes: Todas as pessoas para o acto convocadas. Quando eram 14 horas e 15 minutos, a Mmª Juiz declarou aberta a audiência preliminar. De imediato a Mmª Juiz tentou obter a conciliação das partes o que não logrou obter, por as partes manterem as precisas posições já expressas nos respectivos articulados. Nesta altura pela Ilustre Mandatária da autora foi pedida a palavra e no uso da mesma disse prescindir da apensação requerida a fls. 9 dos presentes autos.

Após, pela Mmª Juiz foi proferido e disponibilizado no sistema informático CITIUS o despacho saneador que se segue, tendo os Ilustres Mandatários das partes sido devidamente notificado com entrega de cópia. DESPACHO SANEADOR I. O Tribunal é competente em razão da matéria, da hierarquia e da nacionalidade. conhecer. Não há nulidades que invalidem todo o processado. As partes têm personalidade e capacidade judiciárias e são legítimas. Não há outras nulidades, excepções dilatórias ou peremptórias que cumpra II. Do Valor da Causa Ao abrigo do disposto no artigo 311.º, n.º 1, do Código de Processo Civil, fixo à causa o valor de 7.000 (sete mil euros). III. Factos Assentes A) Encontra-se inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 4352 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Aguiar da Beira sob o n.º 1214/19940322 o prédio rústico composto de terra de mato, sito em Lameiras. B) No registo predial consta que o prédio referido em A) tem a área de 10.080m2 e que confronta do norte, nascente e poente com estrada municipal, do sul com estrada antiga de fontearcadinha, mais constando, como inscrição no referido prédio, pela ap. 3 de 1994/03/22, a aquisição a favor da A., por usucapião.

C) Encontra-se inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 578 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Aguiar da Beira sob o n.º 38/19860411 o prédio rústico composto de terra de pastagem, sito em Lameiras. D) No registo predial consta que o prédio referido em C) tem a área de 20.700m2 e que confronta do norte com João Rebelo da Silva, do sul com herdeiros de Manuel Ferreira, do nascente com António do Nascimento e do poente com estrada, mais constando, como inscrição no referido prédio, pela ap. 2 de 1986/04/11, a aquisição a favor dos RR., por compra a Severino Jorge de Araújo Gomes. IV. Base Instrutória O prédio referido em A) confronta a nascente com o prédio referido em C)? 1) O prédio dos RR. tem 2.070m2 de área? 2) 3) A delimitação dos prédios referidos em A) e C) é feita por um muro que os RR. construiram em 1994? 4) Há mais de vinte anos que os RR. vêm utilizando a parte identificada com a letra A, sita a norte e delimitada pela Estrada Municipal de Fontearcadinha e pelos dois caminhos, toda a parte B e um pedaço a nascente da outra parte A, delimitado por

um muro rudimentar constituído por pedras soltas (conforme assinalado na planta de fls. 34)? 5) Há mais de vinte anos, o pai dos RR. maridos e estes edificaram na parte A (norte) um armazém, identificado na planta de fls. 34 como barracão? 6) Há mais de vinte anos que os RR. guardam materiais e lenha no armazém referido em 5)? 7) Há mais de vinte anos que os RR. delimitaram uma horta para agricultar, junto ao armazém referido em 5), onde colocaram terra vegetal e que há cerca de quinze anos cercaram com um muro? 8) Há mais de vinte anos que os RR. plantaram macieiras, pereiras e pessegueiros, na horta referida em 7)? 9) Há mais de vinte anos que os RR. tratam as árvores referidas em 8), podando-as e colhendo os seus frutos? 10) Há mais de vinte anos que os RR. solicitaram à Câmara Municipal de Aguiar da Beira ligação da água da rede pública ao armazém referido em 5)? Há seis anos, os RR. instalaram luz eléctrica no armazém referido em 5)? 11)

12) Há mais de vinte anos que os RR. construiram galinheiros, onde criam galinhas, junto ao armazém referido em 5)? 13) Há mais de dez anos, os RR. procederam à vedação com arame da parte A (norte), da parte B e de um pedaço a nascente da outra parte A, delimitado por um muro rudimentar constituído por pedras, tal como referido em 4)? 14) Há mais de quinze anos que os RR. vazaram na parte A (norte) quantidades de aterro com a qual atupiram poços e escavações? 15) Em 10/11/1971, a Câmara Municipal de Aguiar da Beira deu de arrendamento a Anacleto Pereira Monteiro, pai dos RR. maridos, a parte A (norte), mediante o pagamento de uma contrapartida monetária? 16) Em 1978, o arrendamento referido em 15) passou para o R. António Barata Pereira? 17) Foi na qualidade de arrendatários da parte A (norte) que os RR. a utilizaram, edificaram o barracão/armazém e o utilizaram como apoio ao fabrico de brita e derivados?

mesma disse: Tribunal Judicial de Trancoso Nesta altura, pela Ilustre Mandatária da autora foi pedida a palavra e no uso da A autora alegou no artigo 20º da petição inicial as 4 delimitações do seu prédio, concretamente, a norte com estrada Municipal de Aguiar da Beira/Fontearcadinha, pelo sul e poente com estrada antiga de Fontearcadinha, e pelo nascente com a antiga estrada de Fontearcadinha, e com o prédio dos réus, sendo esta extrema delimitada por um muro que os réus construíram em 1994. Na alínea a) do seu pedido a autora requer que se proceda à demarcação dos prédios identificados nos artigos 1º e 4º da petição inicial pela forma indicada nos artigos 20º e 21º do mesmo articulado. Ora, salvo melhor entendimento, na acção de demarcação a autora tem de delimitar concretamente o seu prédio, devendo demandar todos os confinantes que, no caso concreto, entende serem apenas partes legítimas os réus atendendo a que as demais confrontações são fisicamente inamovíveis e indiscutíveis. Por outro lado, a autora questiona a área do prédio dos réus pedindo a sua redução substancial tendo como referência a que consta da matriz e da descrição predial. Também por esta razão entende a autora que está obrigada a delimitar a área de 10.080m2 que diz ter no local, sendo fundamental apontar todos os limites. Acresce que os réus impugnam todos os factos referentes a este último pedido estando aliás quesitados elementos que permitem concluir qual a área objectiva dos prédios. Assim sendo, entende a autora que o facto alegado no artigo 20º, é fundamental para a boa decisão da causa e essencial ao conhecimento do pedido de demarcação subjacente aos autos devendo por isso constar da Base Instrutória. Dada a palavra ao Ilustre Mandatário dos réus no seu uso disse: No seu pedido a autora pede que se proceda à demarcação dos prédios identificados nos artigos 1º e 4º da petição inicial. A acção de demarcação tem como objectivo definir os limites entre o prédio da autora e o prédio dos réus. No artigo 20º da petição inicial a autora refere que o seu prédio deverá ser demarcado a nascente com a antiga estrada de Fontearcadinha e com o prédio dos réus, sendo esta extrema delimitada por um muro que os réus construíram em 1994.

Deste modo é a autora que afirma que a extrema que delimita o seu prédio e o prédio dos réus é fixada por um muro que os réus construíram em 1994. Assim, outro facto não poderia ser quesitado para além daquele que é referido no quesito 3º da Base Instrutória por tal ser o que consta quer do pedido da autora, quer da formulação do arttigo 20º da petição inicial. Assim por falta de fundamento deve a reclamação ser indeferida. Nesta altura pela Ilustre Mandatária da autora foi pedida a palavra e no uso da mesma disse que por razões de saúde necessita de se ausentar. Seguidamente pela Mmª Juiz foi proferido o seguinte: DESPACHO Atento o ora informado pela Ilustre Mandatária da autora, determino que os autos me sejam conclusos a fim de proferir decisão. Seguidamente a Mmª. Juiz deu por finda a presente diligência, quando eram 16 horas e 10 minutos. A presente acta foi integralmente revista e por mim Margarida Casanova Malta elaborada.