Constituição do direito de superfície Aos dias do mês de.. do ano dois mil e cinco, nesta cidade de

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1 N.º /05 Constituição do direito de superfície -----Aos dias do mês de.. do ano dois mil e cinco, nesta cidade de Felgueiras, edifício dos Paços do Concelho e Departamento de Administração Geral da Câmara Municipal de Felgueiras, perante mim, Maria Fernanda Dá Mesquita Castro Leal, Directora do Departamento de Administração Geral, e notária privativa da mesma Câmara, compareceram como outorgantes: Primeiro Município de Felgueiras Segundo Instituto Politécnico do Porto A identidade do primeiro outorgante é do meu conhecimento pessoal e a do segundo outorgante verifiquei-a pela exibição do seu Bilhete de Identidade atrás mencionado. Do meu conhecimento pessoal são também a qualidade que se arroga o primeiro outorgante e os poderes que legitimam a sua intervenção neste acto, tendo verificado os poderes do segundo outorgante para a prática dos actos titulados pela presente escritura, E pelo primeiro outorgante foi dito, que o Município de Felgueiras, seu representado, é proprietário dos seguintes prédios: VERBA NÚMERO UM Um prédio urbano constituído por um edifício de cave, rés-do-chão e andar com a superfície coberta de seiscentos e um metros quadrados e descoberta de dois mil trezentos e sessenta e nove metros quadrados, sito no lugar do Curral, freguesia de Margaride deste concelho de Felgueiras e que confronta do norte com Rua do Curral, do sul com parcela A do loteamento, do nascente com Câmara Municipal e do poente com Rua Júlio Dinis, inscrito na matriz urbana daquela freguesia de Margaride sob o artigo 174, com o valor patrimonial

2 de seiscentos e cinquenta e um mil seiscentos e vinte e oito euros, descrito na Conservatória do Registo Predial de Felgueiras sob o número 02306/ e nela inscrito a favor do Município de Felgueiras pela inscrição G-1 da ficha respectiva VERBA NÚMERO DOIS Um prédio urbano constituído por uma casa de rés-do-chão e andar com a superfície coberta de setecentos e cinquenta e um metros quadrados e descoberta de mil quatrocentos e setenta e nove metros quadrados, sito no lugar do Curral, freguesia de Margaride deste concelho de Felgueiras e que confronta do norte com Rua do Curral, do sul com parcela A do loteamento, do nascente e do poente com Câmara Municipal inscrito na matriz urbana daquela freguesia de Margaride sob o artigo 509, com o valor patrimonial de trezentos e setenta e sete mil setecentos e cinco euros, descrito na Conservatória do Registo Predial de Felgueiras sob o número 02307/ e nela inscrito a favor do Município de Felgueiras pela inscrição G-1 da ficha respectiva VERBA NÚMERO TRÊS Uma parcela de terreno designada por parcela A do alvará de loteamento n.º 46/79, aditamento n.º 2, com a área de mil e oitocentos metros quadrados, sita no lugar do Curral, freguesia de Margaride deste concelho de Felgueiras e que confronta do norte, do sul e do nascente com Luís António Lemos Silva Pereira e do poente com Rua Júlio Dinis inscrita na matriz urbana daquela freguesia de Margaride sob o artigo 3402, com o valor patrimonial de oitocentos e trinta e quatro mil e oitenta e nove euros e oitenta e dois cêntimos, descrita na Conservatória do Registo Predial de Felgueiras sob o número 02305/ e nela inscrita a favor do Município de Felgueiras pela

3 inscrição G-1 da ficha respectiva Que, pela presente escritura, e nos termos gerais da Lei dos Solos aprovada pelo Decreto-Lei número 794/76, de 5 de Novembro, designadamente dos seus artigos 5º, 19º e 29º, e ainda subsidiariamente nos termos dos artigos 1524º e seguintes do Código Civil, o Município de Felgueiras constitui gratuitamente a favor do Instituto Politécnico do Porto, representado do segundo outorgante, o direito de superfície sobre os prédios acima identificados nas verbas números um, dois e três, com o seguinte objecto específico: a) Os edifícios já implantados nos prédios acima identificados sob as verbas números um e dois são cedidos ao Instituto Politécnico do Porto no estado em que actualmente se encontram, separadamente da propriedade do solo que fica a pertencer ao Município de Felgueiras; b) No restante terreno dos prédios identificados sob as verbas números um, dois e três fica o mesmo Instituto Politécnico do Porto com o direito de construir novos edifícios, igualmente em direito de superfície, ficando a propriedade do solo a pertencer ao Município de Felgueiras Que o regime do direito de superfície agora constituído será especialmente regulado pelas cláusulas seguintes: PRIMEIRA O superficiário Instituto Politécnico do Porto pode construir sobre os edifícios já existentes, ampliando-os ou alterando-os, com sujeição a prévia aprovação dos projectos pela Câmara Municipal de Felgueiras

4 -----SEGUNDA Do mesmo modo, a construção de novos edifícios a implantar nos terrenos ainda não ocupados ficarão sujeitos a prévia aprovação dos projectos pela Câmara Municipal de Felgueiras TERCEIRA Todos os edifícios construídos ou a construir ficam destinados à instalação e funcionamento da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras e o restante terreno ao funcionamento das actividades próprias daquela Escola Superior, designadamente a logradouros, jardins, arborização e semelhantes QUARTA O mesmo conjunto superficiário poderá também ser destinado a outros tipos de ensino, designadamente ensino universitário, formação pós-secundária, formação especializada e formação pósgraduada, bem como acessoriamente a actividades de investigação científica e a outras que venham a ser desenvolvidas pela Escola Superior ou pelo Instituto Politécnico do Porto QUINTA O direito de superfície é constituído pelo prazo de cinquenta anos, podendo ser prorrogado por sucessivos períodos de vinte e cinco anos, uma ou mais vezes Parágrafo Primeiro A prorrogação do prazo considerar-se-á tacitamente feita se nenhuma das partes denunciar o presente contrato; Parágrafo Segundo O direito de denúncia deverá ser exercido, através de comunicação escrita, com a antecedência mínima de três anos em relação ao termo do prazo inicial ou das prorrogações, se as houver SEXTA O superficiário Instituto Politécnico do Porto não pode alienar o seu direito nem ceder a sua posição contratual, salvo com autorização expressa da Câmara Municipal de Felgueiras

5 -----SÉTIMA Fica proibido o arrendamento, o empréstimo ou qualquer outra forma de cedência a terceiros do uso dos edifícios e dos terrenos objecto do direito de superfície, salvo autorização expressa da Câmara Municipal, tomada em deliberação camarária, para cada caso concreto OITAVA - O direito de superfície extingue-se, revertendo os prédios à posse e propriedade da Câmara Municipal de Felgueiras, com todos os seus edifícios, instalações e acessórios, sem direito de indemnização a favor de qualquer das partes, nos seguintes casos: a) Findo o prazo pelo qual é constituído ou, se houver prorrogação, findo o prazo da respectiva prorrogação; b) Por extinção do Instituto Politécnico do Porto, salvo se lhe suceder outra entidade jurídica que mantenha em actividade e em funcionamento a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras ou outro estabelecimento de ensino com fins equivalentes; c) Por cessação ou suspensão das actividades da mencionada Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras por prazo superior a um ano, salvo caso de força maior devidamente justificado e desde que a suspensão não se mantenha por mais de três anos Esclarecem as partes, tão só para efeitos administrativos e justificativos do contrato, que o regime do direito de superfície acima concretizado fica constituído gratuitamente tendo em conta não só o interesse público subjacente ao acto, como emerge das cláusulas a que fica subordinado, como também pela circunstância de o superficiário Instituto Politécnico do Porto ter levado a cabo, a expensas suas, vultosas obras de reconstrução, remodelação e ampliação do edifício implantado no prédio acima descrito sob a verba número um, obras nas quais

6 despendeu quantia não inferior a.., quantia esta de que o Município de Felgueiras beneficiou por tais obras terem ficado integradas no prédio, sem direito a indemnização por banda dele Instituto Politécnico do Porto Declarou o segundo outorgante, que o Instituto Politécnico do Porto, seu representado, aceita o presente contrato de constituição do direito de superfície, nos termos acima exarados Assim o disseram e outorgaram e mutuamente aceitaram Arquivo: a); b) Foram-me exibidos os seguintes documentos: a); b) Esta escritura foi lida e explicada no seu conteúdo aos outorgantes, tudo em voz alta e na presença simultânea de todos os intervenientes. ----