HAI Horticilha Agro Industria S.A.

Documentos relacionados
Oroplus FILMES PLASTICOS PARA COBERTURA DE VIDEIRAS

GESTÃO DA ÁGUA E FERTILIZAÇÃO

MALHAS DE ALTA PERFORMANCE ALUMINIZADA VOCÊ NO CONTROLE!

Nitrato de potássio pode ser utilizado por um ou mais dos seguintes motivos:

Ambiente de produção de flores e plantas ornamentais

Clima(s) CLIMAS - SOLOS E AGRICULTURA TROPICAL. Mestrado em Direito à Alimentação e Desenvolvimento Rural UC: Agricultura Tropical.

MALHAS FOTOSSELETIVAS DE PROTEÇÃO E SOMBREAMENTO TRANSFORMANDO LUZ EM PRODUTIVIDADE!

Aquecimento e arrefecimento. Ventilação. Humidificação e desumidificação

Apresentação corporativa

Testes de Diagnóstico

41ª Reunião do CONSELHO NACIONAL DA ÁGUA 3 de Dezembro de Confederação dos Agricultores de Portugal Luís Bulhão Martins

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SEUS EFEITOS SOBRE OS PLANTIOS DE EUCALIPTO

A QUALIDADE DAS PLANTAS E FLORES: ASPETOS A CONSIDERAR NA CADEIA DE ABASTECIMENTO. Domingos Almeida

Encontro Técnico Blueprint- Protecção dos recursos hídricos da Europa Perspectivas para Portugal Práticas agrícolas e qualidade da água

Ficha de Unidade Curricular Agricultura Geral (1459C1100)

e ecofisiologia Edson Eduardo Melo Passos Bruno Trindade Cardoso Fernando Luis Dultra Cintra

recomendação personalizada da Dekalb esquema de Recomendação de rega de dekalb SEED YOUR SUCCESS segunda TERÇA domingo sábado quarta

Modelo Técnico da Framboesa

MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS

Evapotranspiração cultural. Coeficiente cultural

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS. Livia Tirone TIRONE NUNES

AGRICULTURA I Téc. Agroecologia

Atmosfera controlada durante o transporte e armazenamento de hortofrutícolas frescos

HORTICULTURA EM MODO BIOLÓGICO

Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido

ÍNDICE GERAL. CAPÍTULO 1 ENQUADRAMENTO E MOTIVAÇÃO DA DISSERTAÇÃO Enquadramento Objectivos Organização...

Hubel de Parceiro a Produtor Caso Prático de produção de Morango em Hidroponia. Margarida Mota 22 de Novembro 2012

PRODUTIVIDADE FATORES QUE AFETAM A MANEJO INADEQUADO DE NEMATOIDES QUALIDADE NAS OPERAÇÕES AGRÍCOLAS PROBLEMAS NUTRICIONAIS NO SOLO

Cultivo de banana em Modo de Produção Biológico na Região Autónoma da Madeira. Alcino da Silva e José Guerreiro

AGRICULTURA I Téc. Agronegócios

AUTOMAÇÃO DE ESTUFAS AGRÍCOLAS. 1. Introdução. 2. Estufas Agrícolas. Automação de estufas agrícolas. Ronaldo Tadeu Murguero Junior

Condensação nos edifícios e nas janelas. Prevenção e reparação dos danos.

FILME PLÁSTICO PARA COBERTURA DE VIDEIRAS. FILMES de CAMADAS. Vinecover. Conhecendo suas necessidades, contribuindo para seu crescimento.

26/04/2018. Árvores, Ecossistemas Florestais e Água

Produção de hortaliças (Aula 1-2ª. parte)

GESTÃO DE REGA EM PEQUENOS FRUTOS. Onno Schaap António Ramos

Uma solução integradora ao Serviço da Agricultura. Dept. Comercial

Estufas para o Brasil: túneis híbridos

Na raiz dos melhores negócios José Martino, CEO Espaço Visual e Ruris, Empresário Agrícola, Business Angel

Disciplina : Plantas Estimulantes

Prazer de comer e beber bem: a essência da marca RAR.

Transporte nas Plantas

Novas tecnologias e avanços na produção de tomate de mesa sob cul6vo protegido. Humberto Cas6llo R. Campinas. SP 23 de abril 2013

Alterações climáticas

A etiqueta energética das janelas explicada. Versão 1.0 Novembro de 2014

Plantas Aromáticas e Medicinais. Joaquim Morgado

COMPARAÇÃO DE PROPRIEDADES FÍSICO- QUÍMICAS DE PERAS SECADAS POR MÉTODOS DIFERENTES

1 - PROJECTO MAÇÃ DE ALCOBAÇA

Bloco B: ESPAÇOS VERDES E SUSTENTABILIDADE. 1.3 Uso eficiente da água nos espaços verdes

PRAZER DE COMER E BEBER BEM: A ESSÊNCIA DA MARCA RAR.

A Adubação Foliar em culturas hortícolas

AGRICULTURA DE PRECISÃO

SUBSTRATO. Engº Carlos Alberto Pereira

A cultura do tomate de indústria em Portugal. Novembro de 2011

Ecologia O mundo físico Clima Clima regional

REGA DA VINHA, UMA NECESSIDADE NA REGIÃO DOS VINHOS VERDES?

CURSO SOBRE PRODUÇÃO DE MORANGO Cultivo em Semi-Hidroponia. Eng.-Agr. Luciano Ilha Eng.-Agr. Cristina Gadea EMATER/RS-ASCAR

ENAAC - Grupo Sectorial Agricultura, Floresta e Pescas. Estratégia de Adaptação da Agricultura e das Florestas às Alterações Climáticas

para uma Reabilitação sustentável

Tomate Hidropônico em Vaso. Victor de Souza Almeida MSc. Fitotecnia Universidade Federal de Viçosa - UFV

REFRIGERAÇÃO UTILIZAÇÃO DE BAIXAS TEMPERATURAS NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

Influência das alterações climáticas na produção hortofrutícola

estado de tempo com clima. Embora sejam conceitos diferentes, eles estão inter-ligados, uma vez que à sucessão

DADOS AGROMETEOROLÓGICOS 2015 PRESIDENTE PRUDENTE - SÃO PAULO

Agradecimentos... I Resumo... III Abstract... IV Índice... V Índice de figuras... X Índice de gráficos... XXII Abreviaturas... XXIII Glossário...

Mestrado em Energia e Bioenergia BALANÇO ENERGÉTICO DA UTILIZAÇÃO DE MISCANTHUS NA PRODUÇÃO DE ENERGIA EM PORTUGAL

v e n u s Tal como todas as estufas que comercializamos, a gama Venus tem uma estrutura robusta de alumínio anodizado e está disponível em cinco medid

Factores Críticos de Sucesso na Criação e Dinamização de OP. Grândola 07/12/2016

Climatização. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014

AGRICULTURA URBANA Essencial para um Futuro Sustentável João Afonso Henriques Agro-Designer

Medidas de mitigação de Acrilamida em géneros alimentícios

GEOTERMIA SISTEMAS GEOTÉRMICOS DE BAIXA ENTALPIA E SUA APLICAÇÃO

ENGENHARIA + MANEJO DESAFIO. Eficiência no uso da ÁGUA; Eficiência no uso da ENERGIA; Eficiência no uso INSUMOS; Respeito ao MEIO AMBIENTE.

NOTA TÉCNICA. Como está o clima na safra de soja 2017/2018 no sul de Mato Grosso do Sul?

O PAPEL DA MATÉRIA ORGÂNICA NA FERTILIDADE E CONSERVAÇÃO DOS SOLOS. LUSOFLORA SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO 23 Fevereiro

O Meio Ambiente e a Produção Agrícola

Disciplina: Fitopatologia Agrícola CONTROLE FÍSICO DE DOENÇAS DE PLANTAS

HORTICULTURA EM MODO BIOLÓGICO

Projeto Proder Medida 4.1 Cooperação para a Inovação Novas Tecnologias de Produção de Trigo de Qualidade em Regadio

NITROGÊNIO. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Experimental de Dracena Faculdade de Zootecnia

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGO EFETIVO PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO Edital 06/2015 Campus Manhuaçu FOLHA DE PROVA

Um exemplo, sem ser exemplar

Fertirrega de pequenos frutos

Conservação a Baixas Temperaturas Baixas Temperaturas na conservação de Alimentos

GIRASSOL SEMEAMOS INOVAÇÃO PORTUGAL

JOSÉ MANUEL GODINHO CALADO

Trocas Gasosas em Seres Multicelulares

Gestão de energia: 2008/2009

TRANSPORTE DE INSULINA SOLUÇÕES ISOTÉRMICAS.

Instituto Politécnico de Bragança

Capítulo 5 Discussão dos Resultados

Camada onde se dão a vida e os fenômenos meteorológicos. As temperaturas são menores quanto maiores forem as altitudes.

Entre sistemas a temperaturas diferentes a energia transfere-se do sistema com temperatura mais elevada para o sistema a temperatura mais baixa.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

NOVIDADE. Protector térmico de segurança. Intensidade absorvida

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada AVENIDA BRASILIA, 46, 3º ESQ Localidade APELAÇÃO

Transcrição:

Caso prático Monitorizar e otimizar em agricultura protegida HAI Horticilha Agro Industria S.A. Alcochete - Portugal

Resumo Onde estamos, quem somos e o que fazemos. As nossas estruturas de produção. Que parâmetros culturais controlamos. Vantagens competitivas do controlo dos parâmetros de produção. Repartição dos custos.

Onde estamos, quem somos e o que fazemos Onde estamos

Onde estamos, quem somos e o que fazemos Quem somos A HAI foi criada em 1986 com 6,0ha de Estufas de vidro com um grau elevado de tecnologia de produção nas estruturas e equipamentos para produção convencional de Tomate. Estamos associados desde 1998 a uma empresa em Espanha (Margaret Nursery SM, S.L.) com as mesmas características de estruturas e equipamento (2,0ha de estufas de vidro e 2,0ha de estufas de plástico). Pertencemos ao Grupo Vitacress e consequentemente ao Grupo RAR. Em 2008 ampliamos a nossa área de produção com mais 7,0ha de Estufas de vidro para Modo de Produção Biologico (MPB) de Tomate. Somos um produtor de Tomate/hortícolas em estufa, no período de Inverno com um nível alto de qualidade vocacionado principalmente para o mercado externo.

Onde estamos, quem somos e o que fazemos O que fazemos Produzimos especialidades de Tomate em fresco (Cherry em cacho, mini-chucha, cocktail em cacho, tamanho medio em cacho) com Sabor; elevado grau brix, bom equilíbrio de acidez e açucares, pele macia, textura suave.

Onde estamos, quem somos e o que fazemos O que fazemos Em Portugal somos um produtor de Tomate em Modo de Produção Biologico Produzimos para o mercado Ibérico e comercializamos pela marca Vitacress. Exportamos principalmente para o Reino Unido e temos como clientes as principais cadeias de supermercados ingleses, tais como a M&S, a Waitrose, a Sainsbury Exportamos também para outros países da Europa tais como a Espanha, França, Alemanha, e Dinamarca, para cadeias de grande distribuição de referencia nesses países, tais como: Carrefour; Eroski; Rewe; Coop. Cumprimos com os parâmetros exigentes de qualidade dos nossos clientes e para isso somos certificados (GlobalGap; GlobalGap Grasp; MPB; F2F; Leaf; Tesco Nurture)

Onde estamos, quem somos e o que fazemos O que fazemos Trabalhamos com mercados exigentes em qualidade durante o período de Inverno, e colhemos tomate com grau de maturação elevado (para garantir o melhor sabor possível á data da colheita).

Onde estamos, quem somos e o que fazemos O que fazemos Recentemente iniciamos a produção de Ervas Aromáticas em colaboração com as empresas do Grupo Vitacress para o fornecimento de Inverno para os mercados Inglês, Holandês e Alemão.

13,0ha estufas vidro 6,0ha convencional 7,0ha MPB (2008) Controlo climático Sistema Fertirrigação Aquecimento a GN Injecção CO2 Sistema Mist Ventiladores Ecran Sombra/Térmica Rede anti-insectos As nossas estruturas de produção

As nossas estruturas de produção

As nossas estruturas de produção Estufa de Vidro Prós e Contras Prós Estrutura pesada muita quantidade de ferro/m2. Grande resistência e intempéries. Maior estanquicidade (isolamento térmico) Vidro duração ilimitada (a mesma vida útil da estrutura) Maior transmissão de luz Maior termicidade (vidro + Isolante) Maior capacidade automatização Contras Valor do investimento muito, muito elevado ( 7 x superior ao plástico). Risco de danos por granizo Menor capacidade de arejamento nos modelos tipo Venlo

As nossas estruturas de produção Controlo Computorizado Sistema computorizado integrado com controlo absoluto da estufa centralizado num só equipamento o que permite interacções entre os diferentes parâmetros que necessitamos de controlar. Arejamento (abertura e fecho de janelas para arrefecimento ou desumidificação) Humidade relativa do ar interior (desumidificação dinâmica ar quente) Temperatura do ar interior (liga e desliga o aquecimento) Concentração de CO2 ambiente Luminosidade (abertura ou fecho de ecran sombra em função da intensidade da luz) Ventilação forçada ambiente (controlo do funcionamento dos ventiladores) Sistema de humidificação do ar (mist para humidificação ou arrefecimento) Rega com adição ou não de fertilizantes em função dos outros parâmetros climáticos

As nossas estruturas de produção Controlo Computorizado

As nossas estruturas de produção Controlo Computorizado

Que parâmetros culturais controlamos Temperatura do ar Através da abertura e fecho de janelas Uso de agua quente para aquecimento Monotorização constante através do sistema Estabelecimento de parâmetros para diferentes horas do dia e da noite Humidade Relativa do ar Pelo arejamento e mistura com o ar exterior Com introdução de aquecimento para aumentar a temp e dimunuir a HR Convecção natural de ar quente vs ar frio Humidificação através de injecção de agua

Luminosidade Que parâmetros culturais controlamos Registo da quantidade instantânea de luz e reacção em função das quantidades observadas. Registo da quantidade acumulada diariamente e estabelecimento de estratégias de cultivo em função da luz. CO2 Monotorização das concentrações no ar ao nível da planta e subsequente acção de correcção. Rega Quantidade de agua no solo Nutrientes presentes no solo através de analises

Que parâmetros culturais controlamos O que fazer com os parâmetros culturais registados Temperatura Selecionar os valores mais adequados para a cultura de acordo com a hora do dia Promover a activação da planta. Controlar o aparecimento de doenças e pragas Promover transpiração da planta para estimular o consumo de agua e nutrientes. Induzir o stress necessário a uma boa frutificação Acelerar a maturação da fruta Ambiente agradável (para os outros actores abelhas e auxiliares e funcionarios)

Que parâmetros culturais controlamos O que fazer com os parâmetros culturais registados Humidade Relativa (HR) Selecionar o valores optimos para a espécie. Controlar o aparecimento de doenças e pragas. Ajudar o controlo da temperatura (evaporação de agua = arrefecimento) CO2 Um dos factores limitantes da Fotossintese: manter os níveis mínimos para que o processo fotosintectico se mantenha sempre activo

Que parâmetros culturais controlamos O que fazer com os parâmetros culturais registados Luminosidade Níveis instantâneos de luz reacções na planta ao nível da Fotossíntese e da temperatura da folha. Níveis acumulados de Luz diários e semanais indicadores para estratégias de Temperaturas diurnas e nocturnas. Escolher o melhor período do dia para tratamentos fitossanitarios Excesso de luz também provoca stress prejudicial

Que parâmetros culturais controlamos O que fazer com os parâmetros culturais registados Rega Humidade do solo ao nível das raízes optima para a espécie Frequencia e dotação Promover a absorção de nutrientes (diferentes tipos de rega) Provocar stress controlado para induzir a frutificação. Quantidade de agua no fruto e planta e suas consequências fisiológicas rachamentos; brix, etc Controlar o regime hídrico da planta de modo a maximizar produção.

Vantagens competitivas do controlo dos parâmetros de produção Escolher uma época de produção mais favorável relativamente á oferta e procura Poder selecionar as variedades mais adequadas e as mais apetecíveis pelo mercado Proporcionar á cultura as melhores condições possíveis em cada momento e assim maximizar a produção Rentabilizar todos os factores de produção maximizando a sua utilização Ter consciência absoluta da capacidade e das limitações das nossas estruturas

Custos Directos Energia GN Pessoal Outros custos Embalagem Transporte Amortizações Gestão Financeiros Repartição dos custos Transporte 3% Embalagem 3% Outros custos 8% Amortizações 14% Pessoal 25% Gestão 3% Financeiros 1% Custos Directos 24% Energia GN 19%

Obrigado pela vossa atenção Paulo Cavaco HAI