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Transcrição:

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INTRODUÇÃO As dúvidas sobre a apuração e recolhimento de tributos federais geram no contribuinte uma incerteza sobre os procedimentos corretos. Com a complexidade do sistema tributário, a dinâmica da legislação, a eficiência maior da fiscalização e o aumento da concorrência, o recolhimento de tributos não pode ser visto como mero cumprimento de obrigações. O assunto merece dedicação e tempo para analisar e tirar proveito do que a legislação tributária oferece. Portanto, a correta apuração e recolhimento podem ser uma importante ferramenta de administração no planejamento de uma despesa com tributos menor, significando margem de lucro maior e mais competitividade. TRIBUTAÇÃO DOS RESULTADOS DAS PESSOAS JURÍDICAS. O artigo 44 do Código Tributário Nacional dispõe que a base de cálculo do imposto é o montante real, presumido ou arbitrado das rendas e proventos tributáveis. 2

A LUCRO PRESUMIDO (ART. 516 DO RIR) O lucro presumido é uma forma simplificada e opcional de tributação do imposto de renda das pessoas jurídicas, desde que aquelas não estejam obrigadas a apuração pelo lucro real. A opção será manifestada por ocasião do pagamento da primeira ou única parcela do imposto devido, correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário e será aplicada em relação a todo o período de atividade da empresa. O período de apuração é trimestral, podendo a empresa efetuar os recolhimentos mensais, se assim o desejar. Para as empresas que iniciarem atividades a partir do segundo trimestre, a opção será manifestada quando do pagamento da primeira ou única quota do imposto correspondente ao período de início de suas atividades. A) IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA 1 NÃO PODEM OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO: Empresas obrigadas ao sistema do Lucro Real; quais sejam: 1. As que tiveram no ano-calendário anterior, receita total superior a R$ 48 milhões, ou seja, uma receita a mais de R$ 4 milhões, vezes o número de meses de atividades no ano; 2. Instituições financeiras ou a elas equiparadas e submetidas às normas do Banco Central, bem como empresa de seguro privado, capitalização, previdência privada aberta e de factoring; 3. Tenham auferido rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 4. Usufruam redução ou isenção do imposto de renda decorrente de benefícios fiscais; 5. Tenham efetuado, no ano-calendário, pagamento mensal do imposto por estimativa; 6. Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria mercadológica, creditícia, gestão de crédito, seleção de riscos e administração de contas a pagar e a receber(factoring); 7. Constituídas sob a forma de S/A de capital aberto; 8. Que se dediquem a compra e venda, ao loteamento, a incorporação ou a construção de imóveis e à execução de obras da construção civil (com fornecimento de materiais); 9. Que tenham sócio ou acionista, residente ou domiciliado no exterior; 10. Que sejam filiais, sucursais, agências ou representações, no país de pessoas jurídicas com sede no exterior; 11. Cuja receita decorrente da venda de bens importados, auferida no decorrer do anocalendário, seja superior a 50% da receita bruta da atividade nos casos em que esta for superior a R$ 994.440,00; 12. De cujo capital participe entidade da administração pública. NOTAS: a) Segundo o ADI SRF nº 05/01, a empresa que houver pago IR e CSLL com base no lucro presumido e que, em relação ao mesmo ano-calendário, for obrigada a apuração pelo lucro real, por ter por exemplo, auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital 3

oriundos do exterior, deverá apurar o IR e a CSLL pelo regime do lucro real trimestral a partir, inclusive, do trimestre em que ocorreu o fato. b) As empresas cuja receita total do ano calendário tenha excedido a R$ 48.000.000,00 ou R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade, assim como aquelas que usufruíram lucros ou ganhos oriundos do exterior, podem optar, somente durante o período em que estejam submetidas ao REFIS, pelo regime do lucro presumido, segundo normas constantes da INSRF nº 16/01. 2 BASE DE CÁLCULO DO LUCRO PRESUMIDO: A base de cálculo presumida do imposto, em cada trimestre, será o resultado da soma das seguintes parcelas: a) Valor que resultar da aplicação do percentual, conforme a atividade, sobre a receita bruta auferida em cada trimestre; b) Ganhos de capital oriundos da venda de bens do ativo permanente; c) Rendimentos líquidos auferidos em aplicações financeiras, seja de renda fixa ou variável; d) Juros auferidos sobre o capital próprio; e) Demais receitas e resultados positivos não abrangidos pelos itens anteriores; f) Valores recuperados, correspondentes a custos, despesas, e perdas no recebimento de créditos, exceto se a empresa comprovar que não deduziu ditos valores em período anterior quando tributada pelo lucro real ou porque tributada pelo lucro presumido ou arbitrado; g) O valor resultante da aplicação dos percentuais determinantes da base de cálculo, sobre a parcela das receitas auferidas em cada atividade, no respectivo período de apuração, nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, segundo o que determina a IN SRF nº 32/01; h) As multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, pela rescisão de contrato, a teor do art. 70 da lei 9.430/96. 3) DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO: Para obtenção da base de cálculo, deve-se utilizar os percentuais definidos por atividades aplicáveis sobre o valor da receita bruta apurada no período de competência. Quanto às empresas que desenvolvem atividades exclusivamente de prestação de serviços em geral, exceto de profissão regulamentada e cuja parcela bruta anual não exceda a R$ 120.000,00, poderão fazer uso do percentual de 16% para determinação da base de cálculo do imposto (IN SRF nº 11/96). A empresa que houver utilizado percentual de 16% para o pagamento trimestral do imposto, e cuja receita bruta acumulada até determinado período do ano calendário exceder o limite de $ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto que resultou postergado, e apurada em relação a cada trimestre, recolhendo esta diferença até o último dia útil do período subseqüente aquele em que houver o excesso, em quota única, sem atualização. Se a empresa exercer atividades mistas, deverá aplicar o respectivo percentual sobre cada uma das receitas segundo as atividades, não sendo aplicada a alíquota reduzida de 16%. 4

Percentuais Incidentes sobre a Receita Bruta Mensal (ART.223 RIR): - Revenda de combustíveis inclusive gás natural e CLP (para consumo) 1,6% - Fabricação própria 8,0% - Revenda de mercadorias 8,0% - Industrialização por encomenda 8,0% - Transporte de cargas 8,0% - Serviços Hospitalares 8,0% - Atividade Rural 8,0% - Serviços de transporte, exceto cargas. 16,0% - Instituições financeiras, bancos e assemelhadas. 16,0% - Administração de Consórcios 32,0% - Hotelaria e estacionamento 32,0% - Serviços de profissionais habilitados (sociedade simples) 32,0% - Representante comercial 32,0% - Administração, locação, cessão bens imóveis, móveis e direitos qualquer natureza. 32,0% - Corretagem e intermediação de negócios 32,0% - Serviços de construção civil (somente mão-de-obra) 32,0% - Construção por empreitada com emprego de materiais 8,0% - Empresas de Fomento FACTORING 32,0% - Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda ou revenda de imóveis. 8,0% - Prestação de qualquer serviço não mencionado 32,0% a) Atividades Diversificadas (art. 223 3º RIR): b) Aplicam-se os percentuais acima sobre a receita bruta de cada atividade. c) Empresas exclusivamente prestadoras de serviços (IN SRF 11/96): d) Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 120.000,00 podem utilizar o percentual de 16% sobre a receita bruta auferida em cada mês. Esta regra não vale para as atividades de profissão regulamentada. Se ultrapassar este limite, sujeitar-se-á ao percentual de 32% sobre a receita de todo o anocalendário, devendo pagar a diferença do imposto postergado em relação aos meses transcorridos no ano-calendário. O recolhimento deverá ocorrer até o último dia útil do mês subseqüente aquele em que ocorrer o excesso, sem acréscimos de mora. As regras tratadas neste subitem 3b não se aplicam as empresas prestadoras de serviços hospitalares, de transporte e as sociedades civis prestadoras de serviços relativos à profissão legalmente regulamentada. Segundo a superintendência da receita federal da 8ª Região Fiscal (Estado de São Paulo), as atividades abaixo relacionadas poderão utilizar o percentual de 16%, por se caracterizarem como prestadoras de serviços relativos a profissões regulamentadas (decisão nº 247/01). De natureza artístico-cultural, tais como a apresentação de peças teatrais e a realização de cursos de teatro; De intermediação no comércio de mercadorias em geral; De consultoria e assessoria em recursos humanos, patrimoniais e planejamento operacional e estratégico de empresas. A 5

c) Serviços Médico-Laboratoriais, Hospitalares e Assemelhados: Diversas Superintendências Regionais da Receita Federal manifestaram-se no sentido de que o percentual de 32% deve ser utilizado para determinação do lucro estimado sobre receitas de prestação de serviços médico-laboratoriais, como segue: Serviços médicos profissionais relativos a tratamento com radiação e ionizações das afecções benignas e malignas (decisão nº 15/98 da 4ª RF); Avaliação médica e psicológica (decisão nº 324/97 da 7ª RF); Hemodiálise e análise peritoneal (decisões nº 82 e 83/98 da 6ª RF); Análises clínicas, clínicas médicas, exames clínicos, serviços laboratoriais e correlatos (decisão nº 9E97R007/97 da 9ª RF); Consultas médicas (decisão nº 653/97 da 6ª RF); Diagnóstico por imagem, ultra-sonografia e similares (decisão nº 104/97 da 1ª RF); Serviços de gesso e curativos, radiografia, fisioterapia e reabilitação (decisão nº 151/99 da 8ª RF e 52/99 da 1ª RF). De conformidade com o ADI SRF nº 18/03, sujeita-se ao percentual de 8% calculado sobre a receita bruta os serviços hospitalares, assim considerados aqueles prestados por estabelecimentos assistenciais de saúde, constituídos por empresários ou sociedades empresárias, ressalvadas as seguintes hipóteses: Serviços prestados exclusivamente pelos sócios da empresa; Serviços referentes unicamente ao exercício de atividade intelectual, de natureza científica, dos profissionais envolvidos; Segundo a decisão SRRF nº 185/98 da 7ª RF, o banco de sangue, como estabelecimento dedicado à captação de doadores, hemotransfusão, coleta e armazenamento de sangue, produção e armazenamento de hemoderivados, análises laboratoriais e atendimento laboratorial a pacientes, tem a sua receita bruta submetida ao coeficiente de 32%. Em relação ao estabelecimento de saúde que obtém receitas oriundas de serviços médicos e laboratoriais e também presta serviços hospitalares, deverá segregar suas receitas para aplicação dos coeficientes. d) Atividades Gráficas: Uma empresa gráfica pode desenvolver uma atividade comercial, industrial ou de prestação de serviços (ADN COSIT nº 18/00). Considera-se prestação de serviço segundo o art. 5º, V e 7º, II do RIPI decreto 4544/02, o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina com no máximo cinco operários e força motriz não superior a cinco quilowatts, e cuja mão-de-obra contribua com pelo menos sessenta por cento do valor do produto. Em assim sendo o percentual aplicável por uma empresa do ramo gráfico, na apuração do lucro presumido será de: 8% se atuar nas áreas comercial e industrial; 32% se atuar na prestação de serviços com ou sem emprego de material. e) Software: Se produzido por encomenda caracteriza-se como prestação de serviços, sujeitando suas receitas ao percentual de 32%. Porém se produzir software padrão ou de prateleira, sujeita-se ao percentual de 8% (decisão nº 329/97 da 8ª RF). Já a Superintendência da Receita Federal da 9ª região fiscal, entende que se aplica o percentual de 8% no caso de revenda de programas 6

elaborados por terceiros e 32% sobre as receitas de programação e manutenção de softwares específicos, sob encomenda (decisões nº 165/98 e 167/98). f) Hotelaria: A 8ª região fiscal entendeu que as atividades estão sujeitas ao percentual de 32%. Todavia em sendo a atividade diversificada (hotel e restaurante) e desde que segregadas as respectivas receitas, aplica-se o percentual de 8% sobre a receita de venda de refeições e de 32% sobre a de prestação de serviços (hospedagem). g) Escolas e Creches: Sujeita-se ao percentual de 32% por se caracterizarem como prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões regulamentadas (ADN COSIT nº 22/00). 4) RECEITA BRUTA DEFINIÇÃO: A receita bruta compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado obtido nas operações de conta alheia, podendo-se excluir as vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais. 5) GANHO DE CAPITAL: Segundo o art. 17 da lei nº 9.249/95, as empresas tributadas com base no lucro presumido deverão para apuração do ganho de capital, observar o seguinte: Tratando-se de bens adquiridos até o ano de 1995, o custo de aquisição poderá ser corrigido até 31/12/95, tomando-se por base o valor da UFIR divulgada para o 1º semestre de 1996, que é de R$ 0,8287, não incidindo nenhuma correção monetária a partir desta data; Para bens e direitos adquiridos após 31/12/95, ao custo de aquisição não será atribuída nenhuma correção; Por ganho de capital deve-se entender a diferença entre o valor de alienação e o custo de aquisição diminuído das depreciações, amortizações ou exaustão acumulados, inclusive quando computados de forma acelerada e controlados na parte B do LALUR. Na apuração do ganho de capital, as reavaliações poderão ser computadas no custo dos bens, desde que se comprove que estes valores foram computados na base de cálculo do imposto de renda. 6) ALÍQUOTA E ADICIONAL: a) Cálculo: Sobre a base de cálculo em cada trimestre aplica-se a alíquota de 15%. b) Adicional: Sobre o valor que exceder em cada trimestre a R$ 60.000,00, haverá um adicional de 10%, que será somado ao IR normal. A A 7

c) Exemplo: Vejamos o caso de uma empresa com atividades mistas, cuja receita de prestação de serviços foi de R$ 280.000,00 e da atividade comercial de R$ 150.000,00, no primeiro trimestre: 150.000,00 x 8% = 12.000,00 280.000,00 x 32% = 89.600,00 Subtotal... 101.600,00 Ganho de Capital = 35.000,00 Receita Financeira = 15.000,00 Base de Cálculo do IR = 151.600,00 Cálculo do Imposto 15% de R$ 151.600,00 = 22.740,00 10% adic. S/ R$ 91.600,00 = 9.160,00 TOTAL A PAGAR = 31.900,00 7) DEDUÇÕES PERMITIDAS: Poderão ser deduzidos do imposto a pagar, os valores de IR retido na fonte sobre receitas que integraram a base de cálculo. Igualmente, poderá ser deduzido o imposto de renda pago indevidamente em períodos anteriores. 8) INCENTIVOS FISCAIS REVOGADOS: Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir, do imposto apurado em cada trimestre, os dispêndios com o PAT, doações aos fundos dos direitos da criança e do adolescente, às atividades culturais ou artísticas e a atividade audiovisual, respeitado o valor do adicional do IR que deverá ser recolhido integralmente, não sendo permitidas quaisquer deduções. 9) PRAZO DE RECOLHIMENTO E CÓDIGO: O imposto de renda apurado pelo lucro presumido deverá ser recolhido até o último dia útil do mês subseqüente ao trimestre de apuração, pelo código 2089. A empresa pode optar pelo parcelamento do imposto em até três quotas, desde que nenhuma quota seja inferior a R$ 1.000,00 e o imposto do trimestre não seja inferior a R$ 2.000,00. No caso de parcelamento, o valor das quotas estará sujeitas a aplicação da taxa SELIC acumulada mensalmente a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao de encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento. 10) OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS E ESCRITURAÇÃO: A empresa que optar pelo lucro presumido deve manter: Escrituração contábil nos termos da legislação comercial; 8

Livro de inventário para registro dos estoques existentes ao término do ano calendário; Arquivar todos os livros de exigência legal e fiscal e os documentos que embasaram a escrituração, obedecendo-se o prazo decadencial ou prescricional. Segundo o art. 45, parágrafo único da lei 8.981/95, a empresa que mantiver livro caixa, onde conste escriturada a movimentação financeira, inclusive bancária, ficará dispensada das obrigações acima enumeradas. 11) DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS: Os lucros e dividendos pagos ou creditados aos sócios, acionistas ou titular de empresa individual, não estão sujeitos a tributação pelo imposto de renda, ainda que estes residam ou tenham domicílio no exterior. O lucro a ser distribuído poderá ser obtido da seguinte forma: O valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a empresa; A parcela de lucros ou dividendos que exceder ao valor determinado acima, desde que a empresa possa provar através de escrituração contábil feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas de apuração determinadas para a apuração do lucro presumido. Todavia a parcela de rendimentos pagos ou creditados a sócio ou acionista ou ao titular de empresa submetida aos regimes de tributação com base no lucro real, presumido ou arbitrado, a título de lucros ou dividendos distribuídos, ainda que por conta de período base encerrado, e que exceder ao valor apurado com base na escrituração, será imputado aos lucros acumulados ou reservas de lucros de exercícios anteriores, sujeitando-se a incidência do imposto de renda calculado segundo o disposto na legislação específica, com acréscimo, legais. Esta regra não se aplica ao imposto obtido pela dedução da base de cálculo do lucro presumido, dos impostos e contribuições pagos. A distribuição de lucros ou dividendos que não tenha sido apurado em balanço sujeita-se a incidência do IR, calculado com base na tabela progressiva mensal. 12) DEVOLUÇÃO DE CAPITAL SOCIAL: Em ocorrendo a devolução de capital através de bens ou direitos da empresa aos seus sócios, acionistas ou titular, a operação poderá ser realizada pelo valor contábil ou de mercado. Se pelo valor de mercado, a diferença entre este e o valor contábil dos bens entregues será considerada ganho de capital a ser computado nos resultados da empresa tributada pelo lucro real ou na base de cálculo do IR e da CSLL se submetida ao regime do lucro presumido. Para o sócio, acionista ou titular pessoa jurídica, os bens ou direitos recebidos em devolução de capital serão registrados pelo valor contábil ou de mercado, conforme avaliado pela empresa que está procedendo a devolução. Na empresa investidora, a diferença entre o valor de mercado e o contábil não será computada na base de cálculo do imposto nem da CSLL, desde que a investidora esteja submetida a tributação com base no lucro presumido ou arbitrado. A 9

13) MUDANÇA DE LUCRO PRESUMIDO PARA LUCRO REAL: Segundo o parágrafo único do art. 19 da lei nº 8.541/92, a pessoa jurídica que não mantiver escrituração comercial ficará obrigada a realizar no dia primeiro de janeiro (início pelo lucro real), levantamento patrimonial e balanço de abertura para iniciar a escrituração contábil. O entendimento manifestado pela SRF através do PNCST nº 33/78, é o seguinte: Em não havendo registros contábeis, o balanço de abertura deve utilizar o custo dos bens do ativo permanente e do capital social, atualizados até 31/12/95 (data da última correção monetária de balanço); Considerar como utilizadas as cotas de depreciação do imobilizado relativamente aos exercícios anteriores ao balanço de abertura. De conformidade com entendimento manifestado pela SRF em Perguntas e Respostas do IRPJ, no balanço de abertura, a ser elaborado no início do período base (trimestral ou anual com recolhimentos mensais por estimativa), a empresa deverá adotar o seguinte tratamento relativamente as seguintes situações (PNCST 33/78): A empresa que nunca manteve escrituração contábil, deverá basear-se, no custo de aquisição dos bens bem como do valor do capital social, corrigidos monetariamente até 31/12/95, quando se tratar de valores já existentes até essa data e no custo de aquisição após esta data. A empresa que abandonou a escrituração ao optar pelo lucro presumido, deverá pautar-se nestas informações para o balanço de abertura procedendo a correção monetária consoante demonstrado no item anterior, se for o caso. Qualquer que seja a situação apresentada, a diferença entre o ativo e o passivo será classificada como lucros ou prejuízos acumulados, não compensáveis na apuração do lucro real ou do presumido assim obtido, por tratar-se de prejuízo contábil. Na hipótese da empresa ter mantido contabilidade regular o balanço de abertura será obtido por simples transposição dos valores constantes do último balanço ou seja 31 de dezembro do ano anterior. No balanço de abertura deverão ser consideradas como utilizadas as quotas de depreciação, amortização e exaustão relativamente aos períodos anteriores. B) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (INSRF Nº 390/04) 1) REGIMES DE APURAÇÃO: De conformidade com a lei 7.689/88, a CSLL possui critérios próprios para apuração da sua base de cálculo, consoante o regime de tributação adotado pela empresa. Já o seu recolhimento segue a mesma forma do IRPJ durante o ano-calendário, exceto em relação às empresas que optaram pelo SIMPLES. A partir de 1997 a CSLL e o IRPJ passaram a ser apurados pelos regimes de lucro real trimestral, lucro presumido trimestral ou pagamento mensal por estimativa com apuração anual em 31 de dezembro. 2) ALÍQUOTA: Segundo a lei 9.316/96 o valor da CSLL deixou de ser dedutível de sua própria base de cálculo. 10

A alíquota aplicável é de 9% para empresas comuns, inclusive instituições financeiras, seguradoras, equiparadas e corretoras de seguros. A 3) BASE DE CÁLCULO: A base de cálculo mensal da CSL quer em base estimada, ou pelo lucro presumido trimestral, será obtida com a aplicação dos percentuais de 12% (empresa comercial) ou 32% (prestação de serviços) sobre a receita bruta mensal, segundo a atividade, acrescida das demais receitas operacionais e ganhos de capital auferidos no mês. Sobre o valor resultante deste cálculo, aplica-se a alíquota de 9%. Exemplificando: Receita da atividade comercial R$ 35.000,00 Receita da atividade de prestação de serviços R$ 25.000,00 Ganhos de capital e receita financeira R$ 7.000,00 Receita de aluguel (eventual) R$ 2.000,00 Cálculo da CSLL R$ 35.000,00 x 12% x 9% = R$ 378,00 R$ 25.000,00 x 32% x 9% = R$ 720,00 R$ 9.000,00 x 9% = R$ 810,00 CSLL... R$ 1.908,00 4) MAJORAÇÃO DA BC DAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS PRESUMIDA: A partir de setembro/03, a base de cálculo da CSLL devida pelas empresas prestadoras de serviço em geral, exceto serviços hospitalares, passou a ser apurada pela aplicação sobre a receita bruta mensal do percentual de 32%, independentemente dos acréscimos à base de cálculo das demais receitas e ganhos. Este aumento na base de cálculo aplica-se também nas atividades de intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens móveis e direitos de qualquer natureza e ainda a prestação cumulativa e continua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 5 ) CONCEITO DE RECEITA BRUTA: A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia, observando-se que: a) As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda, deverão considerar como receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às unidades imobiliárias vendidas; 11

b) Nos casos de contratos com prazo de execução superior a um ano, de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens ou serviços a serem produzidos, será computado na receita bruta parte do preço total da empreitada, ou dos bens ou serviços a serem fornecidos, determinada mediante a aplicação, sobre esse preço total da percentagem do contrato ou da produção executada em cada mês, nos termos da Instrução Normativa SRF nº 021/79; c) No caso de construções ou fornecimentos contratados com base em preço unitário de quantidades de bens ou serviços produzidos em prazo inferior a um ano, a receita deverá ser incluída na base de cálculo do imposto de renda mensal e da contribuição social sobre o lucro, no mês em que for completada cada unidade; d) A receita decorrente de fornecimento de bens e serviços para pessoa jurídica de direito público ou empresas sob seu controle, empresas públicas, sociedades de economia mista ou suas subsidiárias, nos casos de empreitada ou fornecimento contratado nas condições dos arts. 407 e 408 do RIR/99, será reconhecida no mês do recebimento. e) Instituições financeiras e equiparadas: a base de cálculo será doze por cento da receita bruta mensal ajustada conforme determinações do art. 3º da IN SRF nº 11/96. f) Exclui-se, da receita bruta, as vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos. 6) ACRÉSCIMOS À BASE DE CÁLCULO DA CSL: Serão acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive: Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a mutuária for instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; Os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições; Os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; A receita de locação de imóvel, quando não for este o objetivo social da pessoa jurídica; Os juros calculados à taxa SELIC, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados; As variações monetárias ativas; Os rendimentos das aplicações financeiras. 12% (doze por cento) da parcela das receitas auferidas nas exportações a pessoas vinculadas ou para países com tributação favorecida, determinada conforme a Instrução Normativa SRF nº 243, de 11.11.2002, que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa; O valor dos encargos suportados pela mutuária que exceder ao limite calculado com base na taxa Libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo prazo de seis meses, acrescida de três por cento anuais a título de "spread", proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros, quando pagos ou creditados a pessoa vinculada no exterior e o contrato não for registrado no Banco Central do Brasil; A diferença de receita correspondente ao valor calculado com base na taxa a que se refere o inciso anterior e o valor contratado, quando este for inferior, caso o contrato, não registrado 12

no Banco Central do Brasil, for realizado com mutuária definida como pessoa vinculada domiciliada no exterior. 7) CONCEITO DE GANHO DE CAPITAL (ART. 418/RIR): Corresponde a diferença positiva obtida nas alienações de bens do ativo permanente e de ouro não considerado ativo financeiro, e resultante da diferença entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil. 8) BASE DE CÁLCULO NEGATIVA: O valor correspondente ao saldo negativo da CSLL deverá ser controlado em relatório de trabalho, arquivado com os demais documentos contábeis, para fins de compensação nos períodos futuros de apuração da CSLL, respeitado o máximo de 30% do resultado positivo apurado. A partir de outubro de 1999, a empresa sucessora por incorporação, fusão ou cisão não poderá compensar a base de cálculo negativa da sucedida. No caso de cisão parcial, a empresa cindida poderá compensar sua própria base de cálculo negativa, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido. O saldo negativo da CSLL poderá ser restituído ou compensado a partir do encerramento do trimestre, acrescido da SELIC. 9) PRAZOS DE RECOLHIMENTO E CÓDIGOS DA CSLL: Em relação aos prazos para recolhimento, devem ser respeitados os mesmos dos imposto de renda, segundo o regime adotado no ano-calendário. Quanto aos códigos a serem utilizados, são os seguintes: 2484 Pagamento mensal por estimativa - Empresas em geral. 6012 Lucro real com balanço trimestral - Empresas em geral. 6773 Saldo anual, opção pelo pagamento mensal - Empresas em geral. 2469 Pagamento mensal por estimativa - Entidades financeiras. 2030 Apuração trimestral - Entidades financeiras. 6758 Saldo anual, opção pelo pagamento mensal - Entidades financeiras. 2372 Lucro presumido ou arbitrado - Apuração trimestral. 13