Questões: filosofia medieval

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Disciplina: Filosofia Professor: Reinaldo Souza Aluno(a): Série:3º ANO Data: / 08 / 2016 Questões: filosofia medieval a) por meios metafísicos, resultantes de investigação intelectual. 01. (Unesp 2013) Texto 1 Para santo Tomás de Aquino, o poder político, por ser uma instituição divina, além dos fins temporais que justificam a ação política, visa outros fins superiores, de natureza espiritual. O Estado deve dar condições para a realização eterna e sobrenatural do homem. Ao discutir a relação Estado-Igreja, admite a supremacia desta sobre aquele. Considera a Monarquia a melhor forma de governo, por ser o governo de um só, escolhido pela sua virtude, desde que seja bloqueado o caminho da tirania. Texto 2 Maquiavel rejeita a política normativa dos gregos, a qual, ao explicar como o homem deve agir, cria sistemas utópicos. A nova política, ao contrário, deve procurar a verdade efetiva, ou seja, como o homem age de fato. O método de Maquiavel estipula a observação dos fatos, o que denota uma tendência comum aos pensadores do Renascimento, preocupados em superar, através da experiência, os esquemas meramente dedutivos da Idade Média. Seus estudos levam à constatação de que os homens sempre agiram pelas formas da corrupção e da violência. (Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins. Filosofando, 1986. Adaptado.) Explique as diferentes concepções de política expressadas nos dois textos. 03. (Ufu 2013) Com efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um só Deus etc. AQUINO, Tomás de. Súmula contra os Gentios. Capítulo Terceiro: A possibilidade de descobrir a verdade divina. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 61. Para São Tomás de Aquino, a existência de Deus se prova b) por meio do movimento que existe no Universo, na medida em que todo movimento deve ter causa exterior ao ser que está em movimento. c) apenas pela fé, a razão é mero instrumento acessório e dispensável. d) apenas como exercício retórico. 04. (Uem 2013) Os artigos de fé não são princípios de demonstrações nem conclusões, não sendo nem mesmo prováveis, já que parecem falsos para todos, para a maioria ou para os sábios, entendendo por sábios aqueles que se entregam à razão natural, já que só de tal modo se entende o sábio na ciência e na filosofia. (OCKHAM, G. [1280-1349]. In: COTRIM, G. Fundamentos de Filosofia, São Paulo: Saraiva, 2006, p. 120). A partir do trecho citado, é correto afirmar que 01. os argumentos calcados na fé não podem ser submetidos a demonstrações lógicas. 02. o filósofo apresenta a típica separação entre aquilo que é do domínio da fé e do domínio da razão para o pensamento medieval. 04. os artigos de fé são falsos por natureza, visto que não estão submetidos nem à ciência nem à filosofia. 08. as demonstrações e as conclusões, para os filósofos, não podem ser deduzidas a partir de princípios falsos. 16. a distinção entre a teologia e a ciência ou a filosofia está, entre outras coisas, nos diferentes procedimentos ou nos métodos de comprovação utilizados por elas. 05. (Ufu 2013) A fé ajuda o conhecimento e o amor de Deus, não no sentido de que no-lo faça conhecer e amar porque antes de fato não o conhecíamos ou não o amávamos, mas nos ajuda a conhecê-lo de modo mais luminoso e a amá-lo com amor mais firme. Agostinho, A Trindade, VIII, 9, 13. a) Para Agostinho, a fé não tem um caráter a- racional ou metarracional, e sim um preciso valor 1

cognoscitivo. Assim, qual é, para ele, a relação entre razão e fé? b) Em qual teoria Agostinho se baseia para afirmar os critérios de conhecimento imutáveis e necessários que vêm de Deus? 06. (Enem 2012) TEXTO I Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transformase em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras. BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado). TEXTO II Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha. GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que a) eram baseadas nas ciências da natureza. b) refutavam as teorias de filósofos da religião. c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. d) postulavam um princípio originário para o mundo. e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. 07. (Ufu 2012) A teologia natural, segundo Tomás de Aquino (1225-1274), é uma parte da filosofia, é a parte que ele elaborou mais profundamente em sua obra e na qual ele se manifesta como um gênio verdadeiramente original. Se se trata de física, de fisiologia ou dos meteoros, Tomás é simplesmente aluno de Aristóteles, mas se se trata de Deus, da origem das coisas e de seu retorno ao Criador, Tomás é ele mesmo. Ele sabe, pela fé, para que limite se dirige, contudo, só progride graças aos recursos da razão. GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média, São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 657. De acordo com o texto acima, é correto afirmar que a) a obra de Tomás de Aquino é uma mera repetição da obra de Aristóteles. b) Tomás parte da revelação divina (Bíblia) para entender a natureza das coisas. c) as verdades reveladas não podem de forma alguma ser compreendidas pela razão humana. d) é necessário procurar a concordância entre razão e fé, apesar da distinção entre ambas. 08. (Uff 2012) A grande contribuição de Tomás de Aquino para a vida intelectual foi a de valorizar a inteligência humana e sua capacidade de alcançar a verdade por meio da razão natural, inclusive a respeito de certas questões da religião. Discorrendo sobre a possibilidade de descobrir a verdade divina, ele diz que há duas modalidades de verdade acerca de Deus. A primeira refere-se a verdades da revelação que a razão humana não consegue alcançar, por exemplo, entender como é possível Deus ser uno e trino. A segunda modalidade é composta de verdades que a razão pode atingir, por exemplo, que Deus existe. A partir dessa citação, indique a afirmativa que melhor expressa o pensamento de Tomás de Aquino. a) A fé é o único meio do ser humano chegar à verdade. b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à revelação da verdade que Deus lhe concede. c) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar certas verdades por seus meios naturais. 2

d) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades acerca de Deus. e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser humano nada pode conhecer d Ele. 09. (Uem 2012) Tomás de Aquino (1225-1274), no seu livro A Realeza, afirma: Comecemos apresentando o que se deve entender pela palavra rei. Com efeito, em todas as coisas que se ordenam a um fim que pode ser alcançado de diversos modos, faz-se necessário algum dirigente para que se possa alcançar o fim do modo mais direto. Por exemplo, um navio, que se move em diversas direções pelo impulso de ventos opostos, não chegará ao seu fim de destino se não for dirigido ao porto pela habilidade do comandante. (AQUINO, T. de. A realeza: dedicado ao rei de Chipre. In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 667.) Conforme esse trecho, é correto afirmar que 01. o rei, como um dirigente, não tem um poder opressor ou dominador sobre os súditos. 02. o rei é aquele que realiza as coisas sem intermediários. 04. o rei não é necessário em todas as decisões, mas somente naquelas que envolvem interesses coletivos. 08. as ações do rei não precisam levar em conta os desejos dos súditos, mas considerar aquilo que é melhor para o reino. 16. o rei ou o comandante tem a função de dirigir, orientar, o que não implica uma imposição de sua vontade aos súditos. 10. (Uem-pas 2012) As questões religiosas influenciaram diversos aspectos da sociedade europeia medieval. No universo político, por exemplo, perante um poder diluído em virtude da organização feudal da sociedade, a Igreja Católica representava uma instituição com poder unificador. Nos âmbitos cultural e artístico, a construção e a decoração de igrejas, as músicas e os ritos litúrgicos e a exegese dos textos sagrados contribuíram para o florescimento de uma arte sacra. Até mesmo no campo da Filosofia, as discussões eram pautadas por questões religiosas, pois a principal preocupação dos filósofos medievais era conciliar fé e razão. A respeito desses aspectos da sociedade medieval, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01. A Patrística foi a filosofia e a teologia desenvolvidas pelos padres da Igreja para encontrar justificativas racionais para as verdades reveladas. 02. A Escolástica dedicou-se, preponderantemente, a produzir teses e discussões inaugurais sobre filosofia, uma vez 3 que, sob a supervisão da Igreja, os filósofos não tinham acesso a textos de autores clássicos. 04. O Barroco, estilo artístico que reflete o sentimento humano de conflito entre si e a divindade, apareceu no período medieval. 08. A seita dos Cátaros e a dos Albigenses foram consideradas heréticas porque defendiam doutrinas dualistas que conflitavam com a doutrina católica da ressurreição e o modo de vida levado pelos membros eclesiásticos. 16. Em A Divina Comédia, o poeta florentino Dante Alighieri resumiu a visão filosófica e o espírito religioso da sociedade medieval. Nessa obra, Alighieri descreve uma viagem imaginária e cheia de simbolismo, por meio do inferno, do purgatório e do paraíso. 11. (Ueg 2012) Durante seu reinado, Carlos Magno buscou reverter o quadro de estagnação cultural gerado pelas invasões bárbaras, quando muito do conhecimento da Antiguidade clássica havia se perdido. Reuniu então, com o apoio da Igreja, grandes sábios que deveriam transmitir sua sabedoria nas escolas da época. Esses grandes mestres foram chamados scholasticos. As matérias ensinadas por eles nas escolas medievais eram chamadas de artes liberais e foram divididas em a) fé e razão. b) matemática e gramática. c) trívio e quadrívio. d) teologia e filosofia. 12. (Ufu 2012) Na medida em que o Cristianismo se consolidava, a partir do século II, vários pensadores, convertidos à nova fé e, aproveitando-se de elementos da filosofia grecoromana que eles conheciam bem, começaram a elaborar textos sobre a fé e a revelação cristãs, tentando uma síntese com elementos da filosofia grega ou utilizando-se de técnicas e conceitos da filosofia grega para melhor expor as verdades reveladas do Cristianismo. Esses pensadores ficaram conhecidos como os Padres da Igreja, dos quais o mais importante a escrever na língua latina foi santo Agostinho. COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia: Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Saraiva, 1996, p. 128. (Adaptado) Esse primeiro período da filosofia medieval, que durou do século II ao século X, ficou conhecido como a) Escolástica. b) Neoplatonismo.

c) Antiguidade tardia. d) Patrística. 13. (Ufu 2012) Segundo Agostinho de Hipona (354-430), as ideias ou formas originárias de todas as coisas, razões estáveis e imutáveis das coisas de nosso mundo, estão contidas na mente divina e não nascem nem morrem, e tudo o que, em nosso mundo, nasce e morre é formado a partir delas. Essas ideias eternas não são criaturas, antes, participam da Sabedoria eterna, mediante a qual Deus criou todas as coisas e são idênticas a Ele. Assim, conhecemos verdadeiramente quando nos voltamos para tais ideias; sendo o fundamento da natureza das coisas são também o fundamento para o conhecimento dessas mesmas coisas; assim, por meio delas podemos formar juízos verdadeiros sobre elas. INÁCIO, Inês. C. & LUCA, Tânia R. de. O Pensamento Medieval. São Paulo, São Paulo: Ática, 1988, p. 26. Levando em consideração o texto acima e a teoria da iluminação de Agostinho, responda: O que são as ideias eternas? Qual o seu papel ou função em nosso conhecimento do mundo? 14. (Uncisal 2012) A filosofia de Santo Agostinho é essencialmente uma fusão das concepções cristãs com o pensamento platônico. Subordinando a razão à fé, Agostinho de Hipona afirma existirem verdades superiores e inferiores, sendo as primeiras compreendidas a partir da ação de Deus. Como se chama a teoria agostiniana que afirma ser a ação de Deus que leva o homem a atingir as verdades superiores? a) Teoria da Predestinação. b) Teoria da Providência. c) Teoria Dualista. d) Teoria da Emanação. e) Teoria da Iluminação. 15. (Ufu 2011) Considere o seguinte texto sobre Tomás de Aquino (1226-1274). Fique claro que Tomás não aristoteliza o cristianismo, mas cristianiza Aristóteles. Fique claro que ele nunca pensou que, com a razão se pudesse entender tudo; não, ele continuou acreditando que tudo se compreende pela fé: só quis dizer que a fé não estava em desacordo com a razão, e que, portanto, era possível dar-se ao luxo de raciocinar, saindo do universo da alucinação. 4 Eco, Umberto. Elogio de santo Tomás de Aquino. In: Viagem na irrealidade cotidiana, p.339. É correto afirmar, segundo esse texto, que: a) Tomás de Aquino, com a ajuda da filosofia de Aristóteles, conseguiu uma prova científica para as certezas da fé, por exemplo, a existência de Deus. b) Tomás de Aquino se empenha em mostrar os erros da filosofia de Aristóteles para mostrar que esta filosofia é incompatível com a doutrina cristã. c) o estudo da filosofia de Aristóteles levou Tomás de Aquino a rejeitar as verdades da fé cristã que não fossem compatíveis com a razão natural. d) a atitude de Tomás de Aquino diante da filosofia de Aristóteles é de conciliação desta filosofia com as certezas da fé cristã. 16. (Ufu 2011) Há três posturas sobre a questão dos universais: a dos realistas, a dos nominalistas e a de Pedro Abelardo. Com base nessas posturas e na imagem reproduzida abaixo, responda ao que se pede. a) Escolha uma das posturas filosóficas citadas acima e descreva o significado que poderia ser atribuído ao conceito de passageiro ou de usuário do transporte público. b) Analise a imagem reproduzida acima e indique como ela representa um problema urbano. 17. (Ufmg 2011) Leia este trecho: Ouvi dizer a um homem instruído que o tempo não é mais que o movimento do sol, da lua e dos astros. Não concordei. Por que não seria antes o movimento de todos os corpos? Se os astros parassem e continuasse a mover-se a roda do oleiro, deixaria de haver tempo para medirmos suas voltas? [...] Ou, ao dizermos isto, não falamos nós no tempo, e não há nas nossas palavras sílabas longas e sílabas breves, assim chamadas, porque umas ressoam durante mais tempo e outras durante menos tempo? SANTO AGOSTINHO. Confissões (Livro XI: O Homem e o Tempo). Tradução de J. Oliveira Santos e Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 286. Nesse trecho, o autor argumenta contra a identificação do tempo ao movimento dos astros. Apresente o argumento proposto por Santo Agostinho.

18. (Ufu 2011) Segundo o texto abaixo, de Agostinho de Hipona (354-430 d. C.), Deus cria todas as coisas a partir de modelos imutáveis e eternos, que são as ideias divinas. Essas ideias ou razões seminais, como também são chamadas, não existem em um mundo à parte, independentes de Deus, mas residem na própria mente do Criador, [...] a mesma sabedoria divina, por quem foram criadas todas as coisas, conhecia aquelas primeiras, divinas, imutáveis e eternas razões de todas as coisas, antes de serem criadas [...]. Sobre o Gênese, V Considerando as informações acima, é correto afirmar que se pode perceber: a) que Agostinho modifica certas ideias do cristianismo a fim de que este seja concordante com a filosofia de Platão, que ele considerava a verdadeira. b) uma crítica radical à filosofia platônica, pois esta é contraditória com a fé cristã. c) a influência da filosofia platônica sobre Agostinho, mas esta é modificada a fim de concordar com a doutrina cristã. d) uma crítica violenta de Agostinho contra a filosofia em geral. 19. (Uncisal 2011) Uma das preocupações de certa escola filosófica consistiu em provar que as ideias platônicas ou os gêneros e espécies aristotélicos são substâncias reais, criadas pelo intelecto e vontade de Deus, existindo na mente divina. Reflexões dessa natureza foram realizadas majoritariamente no período da história da filosofia: a) pré-socrático. b) antigo. c) medieval. d) moderno. e) contemporâneo. 20. (Uff 2011) Na Idade Média, se considerava que o ser humano podia alcançar a verdade por meio da fé e também por meio da razão. Ao mesmo tempo, o poder religioso (Igreja) e o poder secular (Estado) mantinham relacionamento político tenso e difícil. O filósofo Tomás de Aquino desenvolveu uma concepção destinada a conciliar FÉ e RAZÃO, bem como IGREJA e ESTADO. De acordo com as ideias desse filósofo, a) o Estado deve subordinar-se à Igreja. b) a Igreja e o Estado são mutuamente incompatíveis. c) a Igreja e o Estado devem fundir-se numa só entidade. d) a Igreja e o Estado são, em certa medida, conciliáveis. e) a Igreja deve subordinar-se ao Estado. 5