CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO DIREITO DAS MINORIAS 21/8/ :54. Profª: Kátia Paulino dos Santos
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1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO DIREITO DAS MINORIAS 1 21/8/ :54 Profª: Kátia Paulino dos Santos
2 2 JUSNATURALISMO X POSITIVISMO JURÍDICO Esta diferença é discutida desde Aristóteles, que pontuava esta filosofia de acordo com dois critérios: (BOBBIO, 1999) O CRITÉRIO DA EFICÁCIA defendia que o direito natural é universal, sendo aplicável em qualquer lugar, ao passo que o direito positivo vigoraria apenas naquele espaço em que é produzido. CRITÉRIO DA ORIGEM o direito natural não seria produzido pelo homem, enquanto direito positivo seria fruto da inteligência humana.
3 JUSNATURALISMO 3 Norberto Bobbio define o jusnaturalismo como a corrente do Direito que tem a convicção de que uma lei para ser lei, deve ser conforme a justiça e completa dizendo que a teoria do direito natural é aquela que considera poder estabelecer o que é justo de modo universalmente válido (BOBBIO, 2007, pag. 35).
4 Filosofia Jusnaturalista 4 De acordo com ALMEIDA e BITTAR (2001), a filosofia jusnaturalista pode ser dividida em duas fases: Jusnaturalismo na Antiguidade - centrado em leis divinas. O direito positivo deveria se adequar as normas naturais Jusnatualismo no Renascimento (Sec. XV) sofre reformulação, mudando no centro de sua filosofia. Passa-se a considerar o homem como sujeito principal do Direito. O fundamento do jusnaturalismo passa a ser a razão humana.
5 Fases do Jusnaturalismo 5 Jusnaturalismo clássico Jusnaturalismo no pensamento medieval Jusnaturalismo moderno (BOBBIO, 1999).
6 Jusnaturalismo Clássico 6 Desenvolvida pelas ideias dos filósofos gregos, como Platão e Aristóteles que buscam uma justiça universal baseada em uma razão natural. Bobbio afirma que para Aristóteles, o direito natural é aquele que tem em toda parte a mesma eficácia e que prescreve ações cuja bondade é objetiva, ou seja, trata-se de um direito justo e universal.
7 JUSNATURALISMO NA ANTIGUIDADE 7 A discussão na Antiguidade pode ser percebida na obra Antígona de Sófocles: O Rei Creontes proíbe a sobrinha Antígona de sepultar seu irmão Polínice. Esta, contudo, desrespeita a ordem de Creonte e sepulta seu irmão, alegando que, acima da ordem positiva, havia uma outra ordem de natureza eterna e imutável, não escrita. (MOREIRA, 2005)
8 JUSNATURALISMO NA ANTIGUIDADE 8 O Direito Natural surge pela primeira vez na história do Direito com os gregos. Sua grande contribuição é mostrar a ligação do Direito com as forças da natureza.
9 Jusnaturalismo Medieval 9 Pautado em fundamentos religiosos e caracteriza-se por pregar um Direito universal - busca por uma justiça dentro dos liames do cristianismo, ou melhor, da Igreja. Dentre as obras de Direito Natural desta época, destacam-se as do filósofo católico Santo Tomás de Aquino.
10 JUSNATURALISMO MEDIEVAL 10 No séc. XVII, o Direito Natural aparece como reação racionalista à situação teocêntrica na qual o Direito fora colocado durante o medievo. Deus deixa de ser visto como emanador das normas jurídicas, e a natureza passa a ocupar esse lugar. (ALMEIDA; BITTAR, 2001)
11 Jusnaturalismo Moderno 11 Busca através de uma justa razão atingir os ideais de moral e justiça respeitando a natureza racional do homem (BOBBIO, 1999). É aquele que se desenvolve através de filósofos racionalistas a partir do séc. XVI e pauta-se em uma lei ditada pela razão, o que é um dos marcos da Idade Moderna e base de uma nova cultura laica, consolidada a partir do século XVII (BARROSO, 2009).
12 JUSNATURALISMO caráter místico 12 O Direito Natural pressupõe a existência de normas que não dependem da vontade humana. São normas que se encontram na natureza ou na vontade divina. Já o positivismo se traduz na produção de normas pelas sociedades, pelos homens. O Direito é, portanto, visto como produto da inteligência humana.
13 JUSNATURALISMO caráter místico 13 O Direito Natural pressupõe a existência de normas que não dependem da vontade humana. São normas que se encontram na natureza ou na vontade divina. Já o positivismo se traduz na produção de normas pelas sociedades, pelos homens. O Direito é, portanto, visto como produto da inteligência humana.
14 Crítica ao Jusnaturalismo 14 Bobbio critica o Jusnaturalismo, afirmando que NÃO existe um direito que seja válido em todos os lugares e em todos os tempos, pois as concepções sociais variam. Critica ainda, afirmando que é impossível existir um ordenamento jurídico completamente justo, ou seja, que não contenha regras injustas. Nesse mesmo sentido, afirma que vale como direito também o direito injusto (BOBBIO, 2007, pág. 36).
15 Positivismo Jurídico 15 Nega a existência do Direito Natural e quaisquer normas que não sejam fruto da atividade de um legislador.
16 Positivismo jurídico validade da 16 norma Para Noberto Bobbio, o Jusnaturalismo se preocupa mais com a justiça, enquanto o Positivismo, mais formalista, com a validade da norma.
17 Positivismo Jurídico Base 17 histórica Protágoras (481 a.c a.c.) pode ser considerado o pensador que antecipou as opiniões dos positivistas modernos. Sustentava que as leis feitas pelos homens eram obrigatórias e válidas, sem considerar o seu conteúdo moral. 21/8/ :13
18 Separação entre o Direito e a 18 Moral A tese da Separação entre o Direito e a Moral é a que prevalece entre a principal entre os positivistas. Ainda que determinado positivista reconheça a influência da moral sobre o Direito, este é estudado de maneira independente daquela.
19 Positivismo Jurídico - 19 Neutralidade O Positivismo Jurídico oferece uma definição do Direito materialmente neutra, sem nenhum tipo de valoração. Deste modo, o conceito de Direito fica mais restrito do ponto de vista de seu conteúdo, com independência da moral e outros fatores.
20 Neutralidade em Hans Kelsen 20 Quando a si própria se designa como pura a teoria do Direito, isto significa que ela se propõe garantir um conhecimento apenas dirigido ao Direito e excluir deste conhecimento todo quanto não pertença ao seu objeto, tudo quanto não se possa, rigorosamente, determinar como Direito. (KELSEN, 1998)
21 Muito obrigada! 21
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