Indústria de construção naval brasileira Apresentação ao BNDES Cenário Mundial Paulo de Tarso Rolim de Freitas Julho de 2003 1
Situação da frota mundial Frota mundial: 825 milhões de TPB. Novas construções (2000 a 2015): 550 milhões de TPB Sucateamento de navios: 400 milhões de TPB Construção naval anual média: 30 milhões de TPB Fonte: UNCTAD / Lloyd s Register 2
Situação da frota mundial Tipo de navio Milhões de TPB % Tanques Graneleiros Carga geral Contêineres Ferries e passageiros Outros Total 285,5 294,6 99,8 77,1 5,3 63,2 825,5 34,6 35,8 12,1 9,4 0,6 7,5 100,0 Fonte: UNCTAD / Lloyd s Register 3
Situação da frota mundial Novas encomendas Tanques Tipo de navio TPB milhões 2003 a 2005 61,1 Graneleiros 33,9 Contêineres* 19,6 *Estimado em 14 t o peso do contêiner Fonte: Platou Economic Research 4
Formato da frota 9% 12% 1% 8% 35% Frota Mundial 35% Graneleiro Tanques Porta Contêineres Carga Geral Passageiros e Ferries Outros Fonte: UNCTAD / participação em TPB 5
Formato do mercado Carga Marítima Mundial 40% 30% 8% 4% 8% 10% Petróleo Bruto Derivados do Petrol. Minério de Ferro Carvão Grãos Outras cargas Fonte: AWES / % da tonelagem 6
O domínio do contêiner Os portos do mundo movimentam 225 milhões de contêineres. A maior parte da carga geral mundial. A frota de navios porta-contêineres se expande a taxas anuais de 15%. Já conquistou mais de 9% do total da carga mundial. Fonte: UNCTAD / Conteinerization International 7
O domínio do contêiner O contêiner foi a maior mudança ocorrida no transporte marítimo, desde o navio a vapor. Criou o conceito dos portos concentradores (hub ports), servidos por navios de grande porte, com a carga redistribuída por navios menores em linhas alimentadoras (feeders lines). Fonte: UNCTAD / Conteinerization International 8
O domínio do contêiner O tamanho dos navios porta-contêineres continua aumentando: As encomendas para construção de porta-contêineres somam 102 novos navios, de 2003 a 2005, sendo 38 deles com capacidade de 8.000 TEU ou mais. Fonte: UNCATAD / Conteinerization International Platou 9
O domínio do contêiner O tamanho dos navios porta-contêineres continua aumentando: Os portos brasileiros realizaram dragagem adicional, aumentando a profundidade dos canais de acesso para receber navios com 3.500 TEU. Os grandes portos mundiais investiram em equipamentos alcançando a produtividade de operar 40,9 contêineres / hora, por navio. Fonte: UNCTAD / Conteinerization International 10
Evolução da frota mundial Idade da frota mundial * (TPB milhões) Existem 227 milhões de TPB em navios com idade superior a 20 anos. Ano de construção Portacontêineres Carga geral Antes de 1971 0,7 2,6 1971 a 1980 7,3 24,3 1981 a 1990 15,4 14,8 Depois de 1990 38,2 9,0 É a frota a ser substituída. Graneleiros Tanques 6,4 4,7 61,4 119,6 110,7 70,2 114,7 139,1 *Acima de 10 mil TPB em 2000. Total 14,4 212,6 211,1 301,7 Fonte: Lloyd s Maritime Information Service 11
Divisão do mercado: construção naval Europa (AWES) = 24% Japão = 32% Coréia do Sul = 30% Outros = 14% Fonte: AWES 2002 12
Divisão do mercado: concentração da frota mundial Operadores Top Players % do mundo 29,4% Top Players: Japão, EUA, China, Alemanha e Coréia do Sul. 20 maiores 85,3% Principais bandeiras de conveniência: Panamá, Libéria, Bahamas, Malta, Chipre TOP 20: os vinte países com as maiores frotas que representam 85,3% do total mundial em TPB. Fonte: UNCTAD 13
Divisão do mercado: concentração da frota mundial Países Top Players: País N TPB % Possuem grandes frotas.* Japão 2.994 102,7 13,5 Grandes estaleiros. Grande participação no trade mundial. EUA China Alemanha 1.428 2.236 2.220 42,2 41,9 37,9 5,5 5,5 4,9 Representam 29,4% da frota mundial. Coréia do Sul 872 N = número de navios 25,6 3,3 TPB milhões % da frota mundial * Frotas em bandeira própria e bandeira de conveniência Fonte:UNCTAD 14
Divisão do mercado: concentração da frota mundial As 20 maiores frotas (próprias e em bandeira de conveniência) Fonte:UNCTAD País Grécia Japão Noruega EUA China Alemanha Hong Kong Coréia do Sul Taiwan UK TPB milhões 145,7 102,7 62,6 42,2 41,9 37,9 36,3 25,6 21,6 19,2 15
Divisão do mercado: concentração da frota mundial As 20 maiores frotas (próprias e em bandeira de conveniência, incluindo empresas registradas no exterior) No caso brasileiro contam como frota brasileira navios registrados em empresas estrangeiras controladas pela Cia. Vale do Rio de Doce e outros. País Cingapura Dinamarca Fed. Russa Itália Índia Arábia Saudita Turquia Brasil* Suécia Bélgica TPB milhões 17,9 17,0 15,4 13,3 11,7 10,1 9,2 8,0 7,9 7,5 Fonte:UNCTAD 2002 16
Divisão do mercado: construção naval Fonte: Lloyds Register 17
Europa: visão estratégica 1975: os estaleiros na Europa empregavam 430 mil pessoas. 2001: 130 mil pessoas. A terceirização representa cerca de 200 mil empregos. Ocorreu a perda de 100 mil postos de trabalho, no período. Fonte: AWES Trabalhadores e construção naval 2001 Itália UK Total País Dinamarca Finlândia França Alemanha Holanda Noruega Polônia Romênia Espanha Pessoas 4.320 6.200 6.800 24.000 14.042 9.000 7.500 23.500 20.500 7.983 7.000 130.845 Valor const. Euro milhão 631 1.023 1.450 3.011 1.406 967 1.626 784 186 954 89 12.127 18
Europa: visão estratégica Até 1965, a Europa dominava a construção naval mundial. A partir de 1970, o Japão passa a disputar a liderança. Ocorre a mudança do eixo da construção naval da Europa para a Ásia. Na década de 1980, a Coréia do Sul entra na competição. Começa a transformação, por fusões e aquisições, criando conglomerados da indústria naval da Europa. 19
EUA: visão estratégica Existem apenas seis grandes estaleiros nos EUA: Avondale Industries, New Orleans, LA Bath Iron Works, Bath, ME (controlado pela General Dynamics) Electric Boat, Groton, CT (controlado pela General Dynamics) Ingalls Shipbuilding, Pascagoula, MS (Litton Industries) National Steel & Shipbuilding Co. (NASSCO), San Diego, CA (controlado pela General Dynamics) Newport News Shipbuilding, Newport News, VA 20
EUA: visão estratégica A partir de 1990, uma série de subsídios foi reeditada e ampliada, ao mesmo tempo em que era publicada a legislação exigindo a substituição da frota de petroleiros de casco simples para casco duplo. Os estaleiros tiveram condição de conquistar as encomendas de petroleiros americanos e estrangeiros, graças aos subsídios. 21
Japão: visão estratégica Fabrica todos os tipos de navio. 19 empresas reunidas no SAJ (Shipbuilding Association of Japan) Os 7 Grandes (Seven Majors): Mitsubishi Heavy Industries Ishikawajima Harima Heavy Industries Hitachi Zosen Corporation Kawasaki Heavy Industries Sumitomo Heavy Industries Mitsui Engineering & Shipbuilding Co. NKK Co. 22
Coréia do Sul: visão estratégica A Coréia do Sul é acusada de praticar preços até 40% abaixo dos custos de produção. A construção naval é concentrada, em cerca de 95%, nos 3 maiores conglomerados: Hyundai Heavy Industries Daewoo Shipbuilding & Heavy Machinery Samsung Heavy Industries 23
Cingapura: visão estratégica Os estaleiros Fels e Jurong estão presentes no Brasil. O mercado da indústria de petróleo offshore é a especialidade. São quatro estaleiros principais: PPL Shipyards Private Limited Keppel Fels Energy & Infrastructure Ltd Sembawang Shipyard Jurong Shipyards 24
China: visão estratégica Estaleiros North Shipbuilding Group Formado a partir do Dalian New Shipyard (DNS). South Shipbuilding Group Formado a partir do estaleiro Shanghai's Jiangnan, em Pudong, é o maior estaleiro chinês. A nova estrutura de construção naval China Shipbulding Trade Co., responsável pelos negócios internacionais. Produção sob o controle da China Shipbuilding Industry Association. 25