A equipe de saúde e a violência doméstica contra a criança e o adolescente

Documentos relacionados
RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA

O ATENDIMENTO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO 2016.

5 Referências Bibliográficas

Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual para Adolescentes. Elaborado por Viviane Vaz

DEVISA_VE_DANT_ VIGILÂNCIA VIOLÊNCIA

VIOLÊNCIA ESCOLAR AO OLHAR DA ENFERMAGEM 1

ENFRENTAMENTO DA NEGLIGÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE

Especialização em SAÚDE DA FAMÍLIA. Caso complexo Wilson. Fundamentação teórica Abuso sexual na criança

Compromisso da Psicologia com a visibilidade e Notificação das Violências

VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar. Psicóloga Daniela Carla Prestes

Capacitação para Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual Infantil. Por Viviane Vaz

Palavras-chaves: Violência Contra a Mulher. Homicídio. Direitos Humanos. Enfermagem.

Exposição à violência e a experiências adversas na infância e risco de suicídio na vida adulta VIOLÊNCIA NO BRASIL

Seminário Trabalho Social com Famílias: Trabalho com famílias em situação de violência doméstica Marcia Cristina Machado de Oliveira

Problema para a saúde do homem O Livro dos Acidentes de Cone Jr destinado principalmente às crianças.

A face oculta do trauma (Avaliação dos acidentes domésticos na infância na comunidade de Vila Nova de Cajá/PB)

Contribuições da Abordagem Centrada na Pessoa no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violências na Assistência Social

Módulo ABORDAGEM EM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA. Unidade: 3 Violência contra o idoso

14. Violência contra a pessoa idosa

Como Estudar Saúde da Criança para a prova de Enfermagem PROF. HYGOR ELIAS

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE

O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS MUNÍCIPIOS QUE COMPÕEM A AMREC

Componente Curricular: ENFERMAGEM EM ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE II PLANO DE CURSO

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN

Atenção à Saúde da Criança na Atenção Básica: Políticas e Programas. Profª Drª Aurea Tamami Minagawa Toriyama Enfermagem na Atenção Básica 2018

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MANOEL GUEDES Escola Técnica Dr. Gualter Nunes Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem

Componente Curricular: ENFERMAGEM EM ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER E DO HOMEM I

Soraide Isabel Ferreira 1

VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA

CURSO DE ENFERMAGEM Reconhecido pela Portaria nº 270 de 13/12/12 DOU Nº 242 de 17/12/12 Seção 1. Pág. 20

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

ANÁLISE DESCRITIVA DA MORBIMORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS EM IDOSOS NO BRASIL

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE ATORES DA REDE DE ENFRENTAMENTO E PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTO-JUVENIL

PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO CONHECIMENTOS GERAL

..UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA U.E.F.S DEPARTAMENTO DE SAÚDE PROGRAMA DE DISCIPLINA

Módulo ABORDAGEM EM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA. Unidades: 1 - Violência infanto-juvenil 2 - Violência doméstica 3 Violência contra o idoso

Programa Analítico de Disciplina EFG370 Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA GERAL E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO PSICOLOGIA CLÍNICA NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

VISIBILIDADE DA VIOLÊNCIA DE GRUPOS VULNERÁVEIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COM ÊNFASE NA PESSOA IDOSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Atenção às Mulheres em Situação de Violência

EMENTÁRIO CURSO DE ENFERMAGEM 8º PERÍODO

OS TIPOS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES E O SEU ENFRENTAMENTO

AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRAUMA DO NORDESTE DIA 23 DE MAIO DE 2019 HORÁRIO TELA CÓDIGO TÍTULO

Adolescência. Matéria: D.B.D.H. II Profa.: Janine Lopes 2º e 3º Períodos de Ed. Física

Níveis Básicos da Agressão

Especialização em SAÚDE DA FAMÍLIA. Caso complexo Maria do Socorro. Fundamentação teórica Maus-tratos

A COMPREENSÃO DE CORPO, EDUCAÇÃO E SAÚDE FRENTE À COMPLEXIDADE DO USO DE DROGAS. Núcleo Interdisciplinar de Enfrentamento à Drogadição NIED/UFPR 2018

Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes RELATÓRIO 2006/2007. Organização. Karla Livi

A prevenção da violência contra crianças e adolescentes: o papel do lar

Noções de Segurança do Trabalho, Ergonomia e Primeiros Socorros no Ambiente Escolar. Profª. Fernanda Barboza

Unidade de Cuidados na Comunidade Saúde Mais Perto de Ponte de Lima, Dezembro 2010

CAUSAS EXTERNAS DCNT 5 CAUSAS EXTERNAS

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E LINHAS DE PESQUISAS ATÉ 2018

UMA REVISÃO SOBRE MAUS TRATOS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: COMO DIAGNOSTICAR E CONDUZIR?

A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL EM AMBIENTE NÃO FORMAL.

+ Vitimização fatal de crianças no espaço público em decorrência da violência interpessoal comunitária:

NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA PARA EXTENSÃO DO CUIDADO COMO PROMOÇÃO DA SAÚDE SOB UM VIÉS EPIDEMILÓGICO

Plano de Ensino. Lucineia Ferraz Contato: Ementa

VIVÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE COM A CRIANÇA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA: UM ESTUDO NO HOSPITAL DE PEDIATRIA EM BOA VISTA/RR

PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DOMÉSTICOS NA INFÂNCIA

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES - CPqAM DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA NESC

PLANO DE CURSO 8 PERÍODO ANO:

Informe de Situação e Tendência

DISCIPLINA: ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

O UNICEF. Criado em 1946 para atender as crianças órfãs da Segunda Guerra Mundial

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Assistência de Enfermagem à Saúde do Adolescente

Maus Tratos às Crianças: Casuística do Serviço de Urgência Pediátrica

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CAMPUS CATALÃO

ARTIGO ORIGINAL RESUMO. UNITERMOS Violência; vítimas; agressores; infância; adolescência ABSTRACT

Parte II - Violência e saúde pública

CAPÍTULO 2 A VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: análise da situação, recomendações para o enfrentamento e prevenção

VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR E SAÚDE MENTAL: O QUE A ESCOLA TEM A VER COM ISSO? Amailson Sandro de Barros 1 Cláudia Bonete Siquinel 2 Kelly Kusnik 3

Ensino Público de Qualidade que faz a Diferença! Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

A VISÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE DIANTE DA CRIANÇA VIOLENTADA

VITIMIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL: ESTUDO DAS INCIDÊNCIAS EM DIFERENTES PERÍODOS.

Dra Hedi Martha Soeder Muraro

Centro de Convivência da Pessoa Idosa

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - IMPERATRIZ. CURSO: ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO

A criança é convencida que está doente, Sente-se culpada pelo trabalho constante que dá ao agressor e por tudo de mal que lhe é atribuído como causa,

VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR: CONCEITUAÇÃO E ENFRENTAMENTO DESSE FENÔMENO

VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE

INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA. Material de Base para Seminários PNASII

Escola de Formação Política Miguel Arraes

III Fórum de Pediatria do CFM. Fundamentos éticos do atendimento a vítimas de violência: ASPECTOS ÉTICOS

FATORES ASSOCIADOS A MORTALIDADE EM ADOLESCENTES

UNIDADE COORDENADORA FUNCIONAL DE AVEIRO

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTE

VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: O que podem fazer os profissionais de saúde?

Informes Epidemiológicos

Prevalência de lesões corporais em região oro-facial registrados no Instituto Médico Legal de Pelotas/RS. 1. Introdução

Mestrado Integrado em Psicologia. Ano Letivo 2013/2014. Calendário de Avaliações - Época Especial

Comitê de Enfrentamento da Violência e de Defesa dos Direitos Sexuais de Crianças e Adolescentes de MS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA

Calendário Temático Aprovação da Política Nacional do Idoso (Lei n 8.442/1994)

ESCOLA MUNICIPAL LEITÃO DA CUNHA PROJETO BOM DE PESO

VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA. Carolina Carvalho Bolsoni

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO LITERÁRIA

Transcrição:

A equipe de saúde e a violência doméstica contra a criança e o adolescente Prof. Enf. Cristina Brandt Nunes* Departamento de Enfermagem Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

A EQUIPE DE SAÚDE E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE INTRODUÇÃO A violência sempre esteve presente na história da civilização. 1870 A Sociedade para a Prevenção da Crueldade Contra os Animais socorreu a menina Mary Ellen que era maltratada pelos pais diariamente (OUTEIRAL e HERBERT,2003).

A EQUIPE DE SAÚDE E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE 1961 Simpósio coordenado por Kempe - Academia Americana de Pediatria reconheceu a Síndrome da Criança Espancada - Quadro clínico de fraturas múltiplas, equimoses, lesões ulceradas, queimaduras de ponta de cigarro, lesões no couro cabeludo e outros sinais. 1990 Promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei Federal 8.069/1990.

A EQUIPE DE SAÚDE E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Violência problema de Saúde Pública no mundo - Relatório Mundial sobre Violência e Saúde (OMS, 2002). No Brasil, os acidentes e as violências representam um problema de grande magnitude impacto na mortalidade e morbidade (BRASIL, 2002). Abordagem à questão da violência intrafamiliar contra a criança e o adolescente: envolve profissionais de diferentes campos de atuação e efetiva mobilização da sociedade (BRASIL, 2001; BRASIL, 2002).

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Conceito Todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra crianças e/ou adolescentes que sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima implica, de um lado, uma transgressão do poder/dever de proteção do adulto e, de outro, uma coisificação da infância, isto é, uma negação do direito que crianças e adolescentes têm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento. (GUERRA, 2001)

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Desigualdade de poder Negação da liberdade criança/adolescente cúmplices pacto do silêncio É É um processo de vitimização que às vezes leva meses até anos Tem na família sua ecologia privilegiada (GUERRA, 2001)

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Atinge todas as classes sociais Procura por vários Serviços de Saúde sem se fixar em nenhum Retardo entre a hora e o dia da ocorrência e a busca do atendimento Relato de uma história não condizente com a realidade

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Tipos Física Psicológica Sexual Negligência Síndrome de Münchausen por Procuração

Lesão ocular Fonte: DESLANDES, 1994 Fonte: FARINATTI, et al. 1993

Equimoses dentro do pavilhão auricular: incomuns no traumatismo acidental Equimoses: pontas de dedos na cabeça de um lactente Fonte: LISSAUER e CLAYDEN,1998

Marca de mordida de um adulto na perna de um lactente Frênulo lacerado: forçar a mamadeira ou colher dentro da boca ou por um golpe na boca Fonte: LISSAUER e CLAYDEN,1998

Fraturas posteriores das costelas Fratura metafisária: geralmente causada por um puxão violento Cintilografia óssea: várias fraturas de costelas Fonte: LISSAUER e CLAYDEN,1998

A. Marcas de espancamento com fio elétrico B. Marcas da fivela do cinto. Fonte: FARINATTI, et al. 1993

Fonte: DESLANDES, 1994

Fonte: DESLANDES, 1994

Condiloma Acuminado Fonte: FARINATTI, et al. 1993

Fonte: DESLANDES, 1994

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Infância e adolescência construção da própria identidade. A família é o filtro por meio do qual se começa a ver e a significar o mundo (SARTI, 2001).

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Adultos - modelos cognitivos e comportamentais referencial para se comportar e formar as representações de afeto (CAMINHA, 2000). Processo conturbado se este ambiente não as proteger.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE A violência pela sua natureza complexa, envolve as pessoas em sua totalidade biopsíquica e social de modo dinâmico (MINAYO, 2003). A maioria dos pais sofreu algum tipo de violência na infância e vai replicar no filho a mesma vivência (FARINATTI et al. 1993; CAMARGO e BURALLI, 1998). Dinâmica familiar as posições ocupadas por quem foi vitimizado e o agente agressor podem permanecer mantidas pelas mesmas pessoas durante anos (SCODELARIO, 2002).

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Famílias em situação de crise isoladas Família constitui-se num importante contexto no qual as vivências do cotidiano podem ser trabalhadas pela equipe de saúde (CIANCIARULLO, 2002).

A equipe de saúde e a violência doméstica contra a criança e o adolescente um desafio Conflitos na equipe lidar com sentimentos de rechaço/ajuda FAMÍLIA Maneira encontrada para aliviar o mal-estar : julgamento

A equipe de saúde e a violência doméstica contra a criança e o adolescente reflexões Raízes do fenômeno: fatores históricos, sociais, culturais, políticos, psicológicos... Abordagem interdisciplinar torna-se fundamental

REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. Política nacional de morbimortalidade por acidentes e violências. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas da Saúde. Violência intrafamiliar: orientação para prática em serviço. Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. CAMARGO, C. L.; BURALLI, K. O. Violência familiar contra crianças e adolescentes. Salvador: Ultragraph, 1998. CAMINHA, R. M. A violência e seus danos à criança e ao adolescente.in: UNICEF - FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA. Violência doméstica. Brasília, 2000. CIANCIARULLO, T. I. Compreendendo a família no cenário de uma nova estratégia de saúde. In: CIANCIARULLO, T. I.; GUALBA, D. M. R.; SILVA, G. T. R. et al (org). Saúde na família e na comunidade. São Paulo: Robe, 2002. DESLANDES, S. F. Prevenir a violência: um desafio para os profissionais de saúde. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ENSP/CLAVES Jorge Carelli, 1994. FARINATTI, F.; BIAZUZ, D.; LEITE, M. B. Pediatria social: a criança maltratada. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993.

REFERÊNCIAS GUERRA, V. N.de A. Violência de pais contra filhos: a tragédia revisitada. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001. [OMS] Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial Violência e Saúde. Genebra, 2002. LISSAUER, T.; CLAY DEN, G. Manual ilustrado de pediatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. MINAYO, M. C. S. A violência dramatiza causas. In: MINAYO, M. C. S. ; SOUZA, E. R. (org). Violência sob o olhar da saúde: a infrapolítica da contemporaneidade brasileira. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. OUTEIRAL, J. A.; HERBERT, S. A criança maltratada. In: HERBERT, S. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. SARTI, C. A. A família com ordem simbóloca [mimeo]. In: Seminário Internacional sobre a criança e o jovem na América Latina, Marília, 2001. Mesa redonda. Marília; 2001. SCODELARIO, A. S. A família abusiva. In: FERRARI, D. C.; VECINA, T. C. C. O fim do silêncio na violência familiar: teoria e prática. São Paulo: Agora, 2002. p. 95-130.

* Cristina Brandt Nunes Enfermeira Pediatra. Mestre em Enfermagem. Professora Assistente da Disciplina Enfermagem Pediátrica da UFMS (Campo Grande, MS). e.mail: cbrandt@terra.com.br