PROGRAMA SETORIAL DA QUALIDADE PSQ - SETOR DE PROJETOS



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Transcrição:

PROGRAMA SETORIAL DA QUALIDADE PSQ - SETOR DE PROJETOS ENTIDADES FORMULADORAS DO PROGRAMA: ASBEA Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura ABECE Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural ABRASIP Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais IAB - SP Instituto dos Arquitetos do Brasil/ Departamento de São Paulo IE Instituto de Engenharia SINAENCO Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva SINDINSTALAÇÃO Sindicato das Indústrias de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Estado de São Paulo 1

1. INTRODUÇÃO O Plano Setorial da Qualidade do setor de projetos foi elaborado com a finalidade de integrar todos os subsetores que atuam no processo de desenvolvimento de projeto em torno de objetivos comuns. O setor é constituído pelas entidades responsáveis pela elaboração deste documento e outras entidades que atuam em áreas referentes ao desenvolvimento de projetos na construção civil. A partir de um diagnóstico que apresenta as principais dificuldades do setor e registra suas iniciativas recentes, apresenta-se os programas de gestão da qualidade que as entidades se dispõem a desenvolver de forma compatibilizada e coordenada visando o aumento de competitividade do setor como um todo. Parte-se do princípio que esse aumento de competitividade é necessário diante de um potencial de crescimento que o setor de projetos apresenta em função do crescimento do mercado da construção civil em todos os seus segmentos e da possibilidade de superação de situações predatórias de desenvolvimento de empreendimentos e obras de várias naturezas com projetos de má qualidade e/ou ausência de projetos. O setor demonstra com esse documento a sua atualização com as tendências modernas de gestão voltadas às estratégias de competição promovendo por meio de ações específicas a modernização e capacitação de profissionais e empresas para os novos desafios de mercado que se apresentam para o setor. Este documento apresenta as condições específicas elaboradas pelo setor para atender às necessidades do programa QUALIHAB da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, em consonância com o disposto no Decreto 41337 de 25 de novembro de 2001. 2. ENTIDADES REPRESENTATIVAS DO SETOR O setor de projetos na construção civil habitacional é representado pelas seguintes entidades de caráter nacional e estadual: IAB - Instituto dos Arquitetos do Brasil ASBEA - Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura ABECE - Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural ABRASIP - Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais SINAENCO - Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva SINDINSTALAÇÃO - Sindicato de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e 2

Sanitárias do Estado de São Paulo ABEF - Associação Brasileira das Empresas de Engenharia, Fundações e Geotecnia IE - Instituto de Engenharia ABMS - Associação Brasileira de Mecânica dos Solos ABAP - Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas AREA - Campinas - Associação Regional de Escritórios de Arquitetura 3. EMPRESAS ASSOCIADAS ÀS ENTIDADES Entre as entidades representativas do setor pode-se citar os seguintes dados quanto ao número de empresas associadas e/ou filiadas, no Estado de São Paulo: ASBEA: 68 empresas associadas; ABECE 200 empresas IAB-SP: 7750 profissionais de Arquitetura e Urbanismo IE : 6000 profissionais SINAENCO: Arquitetura: 31 empresas associadas e 631 filiadas; Engenharia Consultiva: 103 empresas associadas e 958 empresas filiadas. SINDINSTALAÇÃO: 2100 empresas filiadas e 245 empresas associadas AREA-Campinas:- Associação Regional de Escritórios de Arquitetura (Campinas - São Paulo) - 92 empresas associadas (inclui empresas de projetos específicos como paisagismo e iluminação) 4. DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DO SETOR Assim como toda a cadeia produtiva da construção civil o setor de projetos tem sido motivado nos últimos anos a dar início a um processo de modernização, visando não só atingir melhores condições de qualidade e produtividade nas empresas de desenvolvimento de projetos, mas, sobretudo, melhorar a qualidade do projeto gerado, uma vez que este é elemento chave na qualidade e produtividade dos bens finais. Os principais aspectos da situação atual do setor podem ser resumidos a seguir: 4.1 Natureza da atividade e características das empresas do setor A atividade de desenvolvimento de projetos é essencialmente ligada à formação profissional. Atuam nesse setor principalmente os profissionais das 3

áreas de Arquitetura, Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e Geologia. Entende-se por projetos todas as especialidades envolvidas para o desenvolvimento de projetos tecnicamente adequados para a construção civil em obras de toda natureza, tais como: projeto de arquitetura, de estruturas, de fundações, de sistemas prediais ( hidráulicos, elétricos, ar condicionado, transporte vertical, acústica, Tc), projeto geotécnico, projeto urbanístico, projeto de paisagismo, de impermeabilização, de vedações, e outros conforme as características do empreendimento. O setor não está organizado somente em empresas formalmente constituídas, mas também em atividades desenvolvidas por profissionais autônomos que atuam por conta própria ou como prestadores de serviços de empresas de projeto. Isto torna difícil a quantificação do nível de atividade do setor considerando-se área projetada, faturamento e empregos gerados e não existem levantamentos sistemáticos sobre os dados que permitem caracterizar as empresas do setor quanto ao seu tamanho e nível de atividades. As informações conhecidas por parte das entidades permitem inferir que as empresas do setor são de pequeno porte, isto é, não ultrapassando em média o número de 15 (quinze) funcionários diretamente vinculados às empresas. Destacam-se, no entanto, um reduzido número de empresas que desenvolvem outros serviços além de projetos, como é o caso das empresas gerenciadoras de empreendimentos e obras, as quais possuem filiais em várias localidades e acima de 100 (cem) funcionários de nível universitário, o que as coloca na categoria de empresas de grande porte. O nível potencial de atividades do setor é bastante maior que o nível de atividades efetivo, tendo em vista que grande número das unidades produzidas no País, especialmente unidades residenciais, não são desenvolvidas a partir da existência de projetos técnicos adequadamente detalhados. A tabela a seguir apresenta alguns dados estimados para mensurar o nível de atividades do setor, exclusivamente para a produção de unidades habitacionais: TABELA 1 - ESTIMATIVA DE FATURAMENTO DO SETOR A PARTIR DOS VALORES DE FINANCIAMENTO CONCEDIDOS NO SISTEMA 4

BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO PARA CONSTRUÇÃO HABITACIONAL - BRASIL - 1996 Valor das unidades Nº de unidades financiadas Total financiado (mil Reais) Incidência dos serviços de projeto sobre o custo da obra Faturamento projeto (mil Reais)* Até R$ 23 mil 1159 18844 5,5% 740,3 De R$ 23 a R$ 70 mil 8486 400546 5,5% 15735,7 Acima de R$ 70 mil 1067 104497 5,5% 4105,2 Total 10712 523887 20.581,2 de *Incidência sobre o custo estimado das obras, considerando-se que, em média, os valores financiados correspondem a 70% do valor de venda e o custo de obra a 50% do valor de venda. A incidência média de 5,5% de valor de projeto sobre o custo da obra considera não só os projetos das unidades, mas também os projetos de infra-estrutura. O valor obtido de 20,6 milhões de Reais em todo o País, no ano de 1996, corresponde a uma situação bastante próxima da realidade, uma vez que os imóveis financiados pelo SBPE estão relacionados à produção por empresas construtoras que, obrigatoriamente, apresentam o projeto desenvolvido seja qual for o valor das unidades. TABELA 2 - ESTIMATIVA DO POTENCIAL DE FATURAMENTO DO SETOR A PARTIR DA CONSTRUÇÃO DE NOVOS DOMICÍLIOS NÃO FINANCIADOS PELO SBPE - PROJEÇÃO PARA 1996 Faixa de renda Nº de unidades novas em 1996 Valor médio de venda (mil Reais) Incidência de valores de projeto sobre o custo da obra Faturamento de projeto (mil Reais) A 422.083 150.000,00 5,5% 1.741.092,4 B 266.865 70.000,00 5,5% 513.715,1 C 392.128 23.000,00 5,5% 248.030,0 D 454.760 16.000,00 5,5% 200.094,4 E 1.187.277 10.000,00 5,5% 326.501,2 Total 2.723.113 3.029.433,1 Estes dados foram obtidos mediante manuseio estatístico dos dados da PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Analisou-se as diferenças entre 5

números de domicílios entre diferentes anos para se chegar a uma taxa média de crescimento vegetativo do número de domicílios de 3,9% ao ano, distribuídos entre as faixas de renda consideradas pelo IBGE. Por meio de projeção foram obtidos os dados para 1996 e a diferença entre o número de unidades financiadas pelo SBPE e o número de domicílios novos foi distribuída segundo as participações das várias classes de renda Observa-se que o faturamento potencial do setor, considerando-se que toda e qualquer unidade habitacional produzida seja construída a partir de projetos elaborados por profissionais do setor, seria da ordem de R$ 3 bilhões para o ano de 1996 em todo o País. Nas duas estimativas considera-se apenas a produção habitacional o que deixa ainda um potencial de dimensionamento do faturamento do setor em todos os demais tipos de obras. Alguns dados sobre obras de outra natureza permitem avaliar o faturamento do setor: TABELA 3 - INVESTIMENTOS RECENTES OU PREVISTOS PARA OBRAS DE NATUREZA COMERCIAL E INDUSTRIAL QUE IMPLICAM A CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE PROJETO- 1994-1997/98 SETOR Data do levantamento Hotéis (Brasil) Dezembro de 1994 Parques aquáticos (Brasil) Parques temáticos (Brasil) Shopping Centers ( Brasil) Investimentos totais previstos 118 hotéis em obras investimentos = R$ 1,5 bilhão Período da previsão 1994-96 Agosto de 1996 R$ 154 milhões 1996-98 Agosto/96 R$ 625 milhões - R$ 2 bilhões 1996-98 1995/99 Edifícios comerciais (cidade de São Paulo) Dezembro/1996 e janeiro/1997 R$ 225,6 milhões* *(custo das obras) ** valores de projeto podem ser estimados em R$ 12,4 milhões 1996-98 6

Indústria (Estado de São Paulo) Agosto de 1996 para o período R$ 13,5 bilhões (investimento total em projetos novos) 1996-98 Fonte: Estimativas e levantamentos realizados por publicações especializadas (Editora Pini; Emep Editorial; Gazeta Mercantil) A estimativa do impacto desses valores sobre o faturamento do setor de projetos é dificultada pelo fato de não ser possível projetar os valores referentes às obras civis. Os investimentos previstos envolvem obras novas e todos os demais itens necessários à instalação do empreendimento e da produção, no entanto, pode-se identificar com estes valores grande potencial de faturamento do setor, uma vez que estas obras não podem prescindir dos serviços de projeto. Ao contrário, em alguns desses segmentos avalia-se que o investimento em projeto é essencial para o retorno do investimento na medida em que as características de uso, operação e manutenção são totalmente condicionadas pela qualidade do projeto e podem representar ganhos significativos de rentabilidade. No setor hoteleiro, por exemplo, estima-se que o projeto tenha impacto direto sobre os custos de operação a ponto de se identificar um potencial de ganhos de até 30% do valor do custo a ser repassado nas diárias em função das características de projeto. Os estudos disponíveis sobre o impacto do projeto em deficiências de operação, manutenção e durabilidade também apontam para essa fase um alto potencial de ganhos quanto a estes aspectos. O quadro a seguir apresenta alguns resultados dessa natureza: QUADRO 1 - RESUMO DE ESTUDOS E LEVANTAMENTOS REALIZADOS NO BRASIL SOBRE PATOLOGIAS COM IDENTIFICAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO PROJETO AUTORES DESCRIÇÃO IMPLICAÇÕES DE PROJETO IPT-SP 1979 [1] DAL MOLIN 1988 [2] 36 conjuntos habitacionais no Estado de São Paulo; 462 unidades em 24 cidades. 1615 casos de patologias em estruturas de concreto armado atendidas pela Fundação de Ciência e Tecnologia do RS (CIENTEC) entre 1977 e 1986 - edificações habitacionais, comerciais e industriais Fase de projeto identificada como a origem da maior parte dos problemas patológicos analisados. As causas da maioria dos problemas foram identificadas como atribuíveis ao dimensionamento e detalhamento de projeto. 7

CREMONINI 1988 [3] Análise de 243 edificações escolares no RS com problemas patológicos A maioria dos problemas patológicos tinha suas causas associadas à deficiências na especificação de materiais e componentes e/ou no detalhamento de projeto. AUTORES DESCRIÇÃO IMPLICAÇÕES DE PROJETO CTE 1993 [4] BERNARDES,C. et al. 1996 [5] Avaliação pós-ocupação em 64 unidades habitacionais construídas com sistemas construtivos inovadores após 2 anos de uso. Levantamento das ocorrências e custos advindos da assistência técnica pós-venda - dados de 8 construtoras em 52 obras entregues em São Paulo. Os problemas patológicos ou de inadequação ao uso tiveram como causa principal a falta de solução adequada em projeto em todos os subsistemas e nas interfaces. Os custos de manutenção resultantes chegaram a 3% do custo inicial das unidades. Deficiências de projeto puderam ser identificadas como geradoras dos principais problemas: instalações hidráulicas; vedações; impermeabilização [1] IOSHIMOTO, E. Incidência de manifestações patológicas em edificações habitacionais. In: IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (Divisão de Edificações). Tecnologia de Edificações. São Paulo, Pini, 1988, p. 545-548. [2] DAL MOLIN, D.C.C. Fissuras em estruturas de concreto armado - análise das manifestações típicas e levantamento de casos ocorridos no Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, CPGEC/UFRGS, 1988 (Dissertação de mestrado). [3] CREMONINI, R. A. Incidência de manifestações patológicas em unidades escolares na região de Porto Alegre. Porto Alegre, CPGEC/UFRGS, março 1988 (Dissertação de mestrado). [4] CTE - Centro de Tecnologia de Edificações. Avaliação Pós-Ocupação no Núcleo Experimental de Habitação Popular de Cubatão. Relatório Técnico CTE nº 76/93 [ 5 ] BERNARDES, C. et al. Qualidade e o custo das não-conformidades em obras de construção civil. Trabalho de conclusão do Programa de capacitação em Eng. De Produção para construção civil,- Fundação Carlos Alberto Vanzolini), São Paulo, maio 1996. São poucos os insumos utilizados pelo setor no seu processo de produção, no entanto, a evolução tecnológica e a redivisão do trabalho que vem 8

ocorrendo gera atividades para uma série de serviços como os bureau de plotagem e impressão, consultores em multimídia, por exemplo. Devido ao grande número de profissionais formados em todo o País anualmente e às pequenas barreiras à entrada de novas empresas no mercado de desenvolvimento de projetos a competição no setor é acirrada. A abertura econômica propiciou também a atuação de escritórios estrangeiros de projeto que têm se destacado pelo desenvolvimento de edifícios comerciais e empreendimentos de grande porte como, por exemplo, os parques de lazer. Também se pode identificar casos de exportação de serviços de projeto para obras de várias naturezas e vários países. Dada a característica de trabalho por encomenda, ligada à atividade da construção civil e a sensibilidade dessa atividade às mudanças de ciclo econômico, o setor atualmente utiliza-se em grande parte da terceirização de serviços no que diz respeito às etapas de detalhamento de projeto, produção de maquetes e recursos de apresentação, plotagem e desenhos diversos. Esta estratégia visa a redução de custos fixos das empresas que, sujeitas a grandes flutuações de demanda, têm dificuldades para dar sustentação permanente a esses custos, especialmente, no que se refere aos encargos sociais e tributação. 4.2 Características do processo de produção de projeto A divisão e organização do trabalho do setor de projetos apresentam características diferentes, conforme o tipo de empreendimento e tipo de contratante dos serviços. Em função das características do empreendimento e do tipo de contrato estabelece-se maior ou menor grau de integração entre os serviços técnicos e projetos a serem desenvolvidos e entre estes e os demais agentes da cadeia produtiva. O desenvolvimento do projeto é um processo compartilhado entre os projetistas das várias especialidades envolvidas e o contratante, uma vez que, à exemplo do desenvolvimento de um produto industrial, envolve a identificação das necessidades dos clientes/usuários e a interação com a tecnologia que viabiliza a construção da edificação projetada ou outro elemento do ambiente construído. O processo de desenvolvimento do projeto como um todo envolve ainda fatores condicionantes de ordem regulatória, legislação urbana e normas relacionadas aos serviços públicos, e de características técnicas de interação do bem produzido com os demais elementos do ambiente construído. As responsabilidades pela qualidade e produtividade do processo de desenvolvimento e do produto final gerado são assim divididas entre os vários intervenientes do processo. 9

O processo de produção do setor é intensivo em conhecimento técnico, fazendo com que as maiores necessidades de investimento estejam centradas no desenvolvimento dos recursos humanos. O processo de desenvolvimento de projeto está atualmente em fase de transição, para uma intensificação do uso de recursos da informática e tecnologia da informação, fazendo com que estes aspectos também se constituam em fatores de capacitação do setor. Busca-se, assim, um incremento significativo na produtividade atingida pelos profissionais e empresas e na garantia da qualidade no que diz respeito à confiabilidade possibilitada pela padronização de etapas e automação por meio de sistemas informatizados específicos. 4.3 Mudanças recentes e principais dificuldades do setor quanto à qualidade As mudanças pelas quais vem passando o ambiente econômico e a tecnologia de produção do ambiente construído têm introduzido novas necessidades quanto às características do processo de desenvolvimento dos projetos. A introdução de novas tecnologias construtivas, de novos produtos de construção, novas tendências na ocupação do solo e no processo de urbanização, bem como mudanças de comportamento dos usuários quanto ao uso dos bens construídos vêm introduzindo a necessidade de novos conhecimentos no processo de desenvolvimento de projeto. Por outro lado, avanços na tecnologia da informação, com a possibilidade de compartilhamento de dados e informações de projeto em tempo real, alteram a estrutura de desenvolvimento de projeto, delineando-se como tendência a simultaneidade de desenvolvimento entre todos os agentes. No entanto, existem dificuldades relativas ao processo do setor de projetos no que diz respeito à qualidade que podem ser resumidas a seguir: 4.3.1. Principais dificuldades e mudanças de caráter sistêmico: aspectos regulatórios, de educação, economia, Tc Neste âmbito as dificuldades do setor estão fora do alcance da unidade produtiva, a empresa, ou do profissional de forma individual. Constituem-se em aspectos que derivam ou interagem com o sistema econômico, social e político do País: Educação 10

excesso de cursos de Engenharia e Arquitetura no País em relação à capacidade de absorção local ou regional dos profissionais em relação ao mercado demandante de projeto; deterioração do ensino e defasagem em relação às necessidades de mercado; falta de cultura de planejamento no âmbito da formação dos profissionais do setor da construção civil, predominando o improviso de soluções; Trabalho exercício ilegal da profissão - profissionais não habilitados desenvolvendo projeto, projetos com apenas assinatura de responsabilidade técnica; incidência de obras clandestinas nos segmentos de mercado de mais baixa renda sem o desenvolvimento de projeto com ameaça à segurança dos usuários e vizinhança; ocorrências de cópia de projeto com descaraterização de responsabilidade técnica; ausência e/ou insuficiência de ação fiscalizadora por parte dos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia; insuficiência de ação normativa por parte das entidades do setor sobre as relações de trabalho de seus profissionais e empresas. Aspectos regulatórios legislação de contratação de serviços de projeto no setor público inadequada do ponto de vista da garantia de contratação que assegure a qualidade e inexistência de mecanismos reguladores da contratação com base em critérios de qualificação de profissionais e empresas; heterogeneidade e conflitos na legislação de caráter federal, estadual e municipal nos aspectos que afetam projeto: meio ambiente, legislação urbana (Planos Diretores e códigos de obras); leis e normas específicas; normas de concessionárias de serviços públicos com ênfase em aspectos burocráticos e defasadas das necessidades de tecnologia construtiva que afetam o projeto, atuando como barreiras à qualidade e modernização; transferência de tecnologia: atraso do setor em termos de tecnologia de processo de produção em decorrência da abertura tardia da economia (especialmente quanto à tecnologia de informatização do processo de produção). alta incidência de encargos trabalhistas sobre as empresas na medida em que são intensivas no uso do trabalho especializado/qualificado. inexistência de planos diretores urbanos e planos setoriais (saneamento, habitação, por exemplo). Pesquisa e desenvolvimento 11

baixa inserção das necessidades de desenvolvimento do setor em termos de sistemas e mecanismos de incentivo à pesquisa. Exigência do cliente quanto à qualidade: baixa exigência de clientes públicos e privados quanto à qualidade do projeto impondo-se essa condição ao cliente final (consumidor). Sistema econômico flutuações acentuadas de demanda tendo em vista a descontinuidade das políticas públicas de provimento de bens e serviços que demandam projetos e das políticas econômicas de stop and go para a atividade de construção. As mudanças que vêm ocorrendo neste âmbito estão situadas predominantemente no lado do mercado com maior interferência do consumidor final nas características do produto, pela exigência junto ao construtor e incorporador. Altera-se também a exigência dos contratantes privados quanto às características solicitadas do projeto e dos contratantes públicos exercendo seu poder de compra por meio de critérios ligados à qualidade. São lentos os movimentos no sentido de mudanças na legislação de toda natureza. 4.3.2. Principais dificuldades e mudanças de caráter estrutural/ setorial Tendo em vista a estrutura de setor extremamente pulverizada, com grande número de profissionais atuantes, diferentes especialidades e fragmentação do processo de elaboração do projeto entre vários agentes, o setor é desprovido de mecanismos que permitam a articulação e integração adequados ao seu próprio desenvolvimento; Inexistência de metodologias de acompanhamento da demanda por projeto e projeções que permitam desenvolver um planejamento adequado da mobilização dos profissionais do setor em todos os níveis; O processo de trabalho do setor é altamente dependente do processo de produção e da cadeia produtiva da construção civil como um todo, gerando fatores condicionantes da qualidade do projeto como: ausência de metodologias adequadas para levantamento das necessidades dos clientes finais/usuários; falta de estratégia de produto por parte dos contratantes; carência de dados e informações técnicas sobre o terreno, macro e microclima, solo, serviços públicos, etc.; 12

ausência de desenvolvimento do projeto de forma integrada ao ambiente urbano em que se insere; falta de desenvolvimento do projeto de forma global, incluindo o projeto de paisagismo, drenagem, pavimentação, equipamentos de lazer etc.; ausência de dados e indicadores de custo, desempenho e qualidade de produtos para a seleção de tecnologia e especificação de produtos; excesso de retrabalho no processo de desenvolvimento em função de alterações por parte do contratante e da falta de integração entre os profissionais envolvidos no projeto; falta de indicadores que permitam aferir os ganhos de qualidade e produtividade no processo de execução e no produto final em função da qualidade do projeto e conseqüente compra com base unicamente no preço; falta de mecanismos correntes de retroalimentação do projeto a partir da obra executada e da ocupação pelos usuários; baixo grau de compromisso dos profissionais e empresas de projeto com a estratégia e metas dos contratantes (estratégia de produto, custos, prazos, atendimento ao usuário final, etc.) atraso conceitual que afeta o desenvolvimento do projeto: incorporação efetiva de conceitos relacionado ao desempenho dos bens finais (durabilidade, vida útil, desempenho térmico e acústico, custos de operação e manutenção, etc.); anarquia dimensional na fabricação de materiais e componentes e falta de integração de concepção entre os mesmos dificultando a racionalização de projeto; falta de mecanismos de incentivo à melhoria da qualidade do projeto em empreendimentos promovidos pelo Poder Público - educação, saúde, transportes, habitação; enfoque de valor da produção (horas técnicas, tempo de desenvolvimento, número de documentos gerados) para a remuneração dos profissionais de projeto em vez de um enfoque de valor que o projeto agrega ao produto final com um processo de desvalorização do projeto, enquanto produto, no processo de produção; concorrência predatória entre profissionais e empresas; falta de critérios objetivos de qualificação de profissionais e empresas; baixo nível de produção científica e tecnológica para o setor, caracterizando-se ainda um acentuado afastamento entre as carências tecnológicas das empresas do setor e os temas desenvolvidos no âmbito de universidades e centros de pesquisa; 13

reduzido número de normas técnicas quando comparado à situação de outros países e dificuldades de produção das normas tendo em vista a ausência de caráter profissional no processo de elaboração de normas. As mudanças que vem ocorrendo nesse âmbito são decorrentes de alterações na tecnologia de produção, nas relações entre os agentes de produção, mas ainda chegam lentamente ao setor de projeto. 4.3.3 Principais dificuldades e mudanças de caráter empresarial Falta de metodologias adequadas para a gestão da qualidade especificamente aplicada ao processo de desenvolvimento de projeto; Falta de metodologias de gestão e gerenciamento do negócio adequadas: planejamento e controle de custos do escritório, custos do projeto segundo as características do empreendimento, formação de preço, remuneração e distribuição de resultados, marketing, atendimento ao cliente. Falta de capacidade de investimento no aperfeiçoamento do processo de produção: capacitação e aperfeiçoamento dos recursos humanos; informatização; desenvolvimento de metodologias próprias de desenvolvimento do projeto. Dificuldades de manutenção de equipes dadas as características de flutuação de demanda. Baixo grau de integração com profissionais complementares em função da forma de contratação por parte dos clientes. Dificuldades de acompanhamento da evolução da tecnologia construtiva pela falta de integração adequada com os detentores das tecnologias. Falta de padronização de procedimentos entre os clientes, demandando um alto grau de adaptação aos padrões de cada cliente. Falta de normalização técnica que assegure o desenvolvimento de projeto com base em requisitos de desempenho do edifício e suas partes. As principais mudanças em termos de qualidade que vem ocorrendo no âmbito da empresa dizem respeito aos processos de busca de metodologias adequadas à formalização da gestão da qualidade como necessidade de mercado, tendo em vista a competição acirrada e as necessidades dos contratantes. O processo de informatização também foi acelerado nos últimos anos, permitindo-se por esse meio a redução de prazos e a automação de algumas etapas de trabalho que envolviam a conferência, verificação, dificuldades de alterar partes dos projetos. 14

Há cerca de três anos várias empresas do setor vem desenvolvendo ações no sentido de implantar sistemas formais de gestão da qualidade, até mesmo resgatando-se práticas de controle da qualidade durante o desenvolvimento do projeto já utilizadas no passado. Em 1996, por meio de uma ação cooperativada entre entidades do setor e entidades representativas de empresas contratantes de projeto, foi iniciado um programa visando o desenvolvimento de metodologia específica de gestão da qualidade para o processo de desenvolvimento do projeto (PROGRAMA DE GESTÃO DA QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DE PROJETO NA CONSTRUÇÃO CIVIL). O programa parte do princípio de que uma parte significativa do que vem a se constituir na garantia da qualidade do projeto deve ser obtida a partir da implantação de mecanismos adequados à operação dos processos intermediários que ocorrem no contratante e na empresa de projeto, bem como em cada uma das empresas ou profissionais parceiros. O programa está estruturado em módulos que foram concebidos por consultores especializados em gestão da qualidade na construção civil e consensados entre as entidades participantes. A metodologia fornece conceitos e ferramentas adequadas para a autoimplantação do sistema de gestão da qualidade, atendendo-se aos requisitos da família de normas ISO NBR 9000. Participam do projeto 06 (seis) empresas de projeto de Arquitetura, 4 (quatro) empresas de projeto estrutural, 3 (três) empresas de projeto de instalações e 10 empresas construtoras/ incorporadoras. A metodologia resultante dará origem a um programa contínuo de formação de empresas de projeto a ser difundido em todo o Estado de São Paulo e a nível nacional pelas entidades participantes: ASBEA; ABECE; Sinduscon-SP; Secovi-SP. Esta difusão ocorrerá pela formação de grupos de empresas para implantação da metodologia, preparando-as para a busca da qualificação de sistema de gestão da qualidade. Também têm sido desenvolvidas várias ações nas diversas entidades do setor que visam promover a atualização de conhecimento técnico dos profissionais tais como: cursos, eventos, concursos, missões técnicas a países desenvolvidos visitando-se empresas e empreendimentos de interesse para o setor. 4.4. Normalização técnica A normalização técnica de projeto não se refere somente às normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, mas também às normas de entidades e instituições públicas e privadas, bem como às normas das concessionárias de serviços públicos de cada localidade. 15

Não são identificadas neste documento todas as normas técnicas relacionadas a projeto, mas apenas as normas principais das várias áreas do conhecimento envolvidas. 4.4.1.Principais normas técnicas brasileiras relativas a projeto no âmbito da ABNT NÚMERO/ANO NBR 6118 (1978) NBR 8800 (1986) NBR 7197 (1989) NBR 9062 (1985) NBR 7190 (1951) NBR 6119 (1978) NBR 6120 (1978) NBR 5665 (1982) NBR 6122 (1996) NBR 5413 (1991) NBR 9575 (1985) NBR 10837 (1989) NBR 12190 (1990) TÍTULO Projeto e execução de obras de concreto armado (em revisão) Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios - método dos estados limites Projeto de estruturas de concreto protendido (em revisão) Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado Projeto de estruturas de madeira (em revisão) Cálculo e execução de lajes mistas (em revisão) Cargas para cálculo de estruturas de edificações Cálculo de tráfego de elevadores Projeto e execução de fundações Iluminâncias de interiores Elaboração de projetos de impermeabilização Cálculo de alvenaria estrutural de blocos de concreto (em revisão) Seleção da impermeabilização 16

NÚMERO/ANO NBR 13707 (1996) NB 024 (1965) NBR 5410 (1990) NBR 5419 (1970) NBR 5626 (1980) NBR 7198 (1993) NBR 8160 (1983) NBR 9818 (1986) NBR 10339 (1987) NBR 10810 (1988) NBR 11238 (1990) NBR 11239 (1990) NBR 9077 (1983) NBR 09050 (1983) NBR 8039 (1983) NBR 7199 (1988) NBR 6123 (1987) NBR 6492 (1994) NBR 12219 (1980) NBR 6506 (1973) NBR 5706 (1969) a NBR 5717 (1981) e NBR 5721,22,23,25 a 31 (1981/82) NB 1350 (1991) TÍTULO Projeto de revestimento de paredes e estruturas com placas de rocha Instalações hidráulicas prediais contra incêndio sob comando Instalações elétricas de baixa tensão Proteção de edificações contra descargas elétricas atmosféricas Instalações prediais de água fria (texto revisto em votação) Instalações prediais de água quente Instalações prediais de esgotos sanitários Projeto e execução de piscinas Projeto e execução de piscinas - sistemas de recirculação e tratamento Projeto e execução de piscinas - casa de máquinas, vestiários e banheiros Segurança e higiene de piscinas Projeto e execução de piscinas- equipamento para borda do tanque Saídas de emergência em edifícios Adequação das edificações e do mobiliário urbano à pessoa deficiente Projeto e execução de telhados com telhas cerâmicas Projeto, execução e aplicações - vidros na construção Forças devidas ao vendo em edificações Representação de projetos de arquitetura Elaboração de caderno de encargos para execução de edificações Uso do solo no planejamento urbano * Conjunto de normas relativas a coordenação modular Normas para elaboração de Plano Diretor NBR 13532 (1995) Elaboração de projetos de edificações - arquitetura NBR 13531 (1995) Elaboração de projetos de edificações - atividades técnicas 17

NÚMERO/ANO NBR 6401 (1987) NBR 10152 - CB CENI TÍTULO Instalações centrais de ar condicionado para conforto - parâmetros básicos de projeto Níveis de ruído para conforto acústico NBR 13133 (1994) Execução de levantamento topográfico - Procedimento NBR 12722 (1992) NBR 10844 (1988) NBR 8044 (1982) NBR 7191 (1951); 8196 (1992); 8402 (1983); 8403 (1983); 8404 (1983); 10067 (1985); 10068 (1987); 10126 (1986); 10582(1988);10647 (1989); 12288 (1991); 12298 (1991); 12519 (1994); 12520 (1994); 12523 (1994); 12524 (1994) NBR 9284 (1985) NBR 9649 (1986) NBR 00891 (1984) NBR 00953 (1985) NBR 9283 (1985) NB 00049 NBR 5670 (1977) NBR 5671 (1989) NBR 5678 (1977) NBR 5679 (1977) Discriminação de serviços técnicos para construção de edifícios Instalações prediais de águas Projeto Geotécnico Normas relativas a desenho de projeto e representação. Equipamento urbano Projetos de redes coletoras de esgoto Execução de redes prediais de gases combustíveis para uso doméstico Usos de centrais de GLP Mobiliário urbano Projeto e execução de obras de concreto simples Seleção e contratação de serviços e obras de engenharia e arquitetura de natureza privada Participação dos intervenientes em serviços de engenharia e arquitetura Estudos de viabilidade de serviços e de obras de engenharia e arquitetura Elaboração de projetos de obras de engenharia e arquitetura 18

4.4.2 Normas brasileiras relativas a projeto no âmbito de instituições e empresas 1. CORDE - Coordenadoria Nacional para Integração de Pessoa Portadora de Deficiência/ CEAPD - Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa Deficiente. Elementos básicos para a eliminação de barreiras arquitetônicas e ambientais. 2. Encol. Critérios e parâmetros de projetos estruturais de edificações. Ditec, fevereiro de 1994. 3. Encol. Novos procedimentos para instalações prediais - Novatec-01. Dezembro, 1993. 4. Encol. Serviços de projetos de coberturas. 5. Encol. Normas de serviço de projeto e especificação de impermeabilização. 1989. 6. FDE-Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Especificações da edificação escolar de primeiro grau, 1996. 7. Petros-Fundação Petrobrás de Seguridade Social. Norma de projeto e contratação. 8. Companhia do Metropolitano de São Paulo. Cadernos de detalhes e normas de apresentação de projeto. 9. Sehab-SP. Roteiro legal de parcelamento do solo. 10.CTE-Centro de Tecnologia de Edificações. Procedimentos para especificação de materiais e componentes, 1996/97. 11.CTE-Centro de Tecnologia de Edificações. Procedimentos gerenciais e operacionais de desenvolvimento de projeto. 19

4.4.3. Principais normas estrangeiras relativas a projeto correspondentes a normas não existentes no Brasil 1. Normas do American Institute of Architects - AIA NÚMERO /ANO AIA A 191-85 AIA A 491-85 AIA B141-87 AIA B151-87 AIA B161-77 AIA B162-77 AIA B 352-79 AIA B 431-79 AIA C 141-87 AIA C 801-79 AIA D 200-82 AIA G601-79 AIA G 602 AIA G809-70 AIA 1.5-88 AIA 1.13-88 AIA 1.14 AIA 2.3-87 AIA2.4-87 AIA 2.5-87 AIA 2.9-87 TÍTULO Standard form of agreements between owner and design/builder Standard form of agreements between design/builder and contractor Standard form of agreements between owner and architect Abbreviated form of agreement between owner and architect for construction projects of limited scope Standard form agreement between owner and architect for designated services Scope of designated services Duties, responsabilities and limitations of authority of the architects project representative Architect s qualification statement Standard form agreement between architect and consultant Joint-venture agreement for professional services Project checklist Land survey agreement Geotechnical services agreement Project data Professional conduct and ethics Interprofessional relationships Marketing and public relations Predesign services Site analysis Building design Postconstruction services 20