Alvenaria estrutural Blocos de concreto Parte 2: Execução e controle de obras



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Transcrição:

Alvenaria estrutural Blocos de concreto Parte 2: Execução e controle de obras APRESENTAÇÃO 1) Este 1º Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Alvenaria estrutural com Blocos de Concreto (CE-02:123.04) do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), nas reuniões de: 07/12/2009 26/01/2010 12/03/2010 30/04/2010 21/05/2010 2) Este 1º Projeto de Revisão/Emenda é previsto para cancelar e substituir a(s) ABNT NBR 10837:1989, ABNT NBR 8215:1983 e ABNT NBR 8798:1985, quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma continua em vigor 3) Baseado na(s) ABNT BNR 10837:1989; ABNT NBR 8215:1983 e ABNT NBR 8798:1985, 4) Previsto para ser equivalente à XXXX:AAAA; 5) Não tem valor normativo; 6) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus comentários, com documentação comprobatória; 7) Este Projeto de Norma será diagramado conforme as regras de editoração da ABNT quando de sua publicação como Norma Brasileira. 8) Tomaram parte na elaboração deste Projeto: Participante UFSCAR EPUSP BlocoBrasil Glasser Arq. Est. ANAMACO USP ABCP Representante Guilherme A. Parsekian Luiz Sérgio Franco Carlos A. Tauil Davério Rimoli Neto Márcio Santos Faria Rubens Morel N. Reis Márcio A. Ramalho Cláudio Oliveira Silva NÃO TEM VALOR NORMATIVO

LENC-BH ABCP-RJ UFMG Universidade Mackenzie Prensil Maria Estânica M. Passos Guilherme Coelho de Andrade Roberto Márcio da Silva Rolando Ramirez Vilató Renato Daminello NÃO TEM VALOR NORMATIVO 2/2

Alvenaria estrutural Blocos de concreto Parte 2: Execução e controle de obras Structural Masonry Concrete Blocks Part 2: Execution and site quality control Palavras-chave: Bloco de concreto. Alvenaria. Projeto.Execução. Controle de obra. Descriptors: Concrete blocks. Masonry. Execution. Site quality control. Sumário Prefácio Scope Introdução 1 Escopo 2 Referências normativas 3 Termos e definições 4 Requisitos do sistema de controle 5 Materiais 6 Recebimento 7 Produção da argamassa de assentamento e do graute 8 Controle da resistência dos materiais e das alvenarias à compressão axial 9 Produção da alvenaria 10 Aceitação da alvenaria Anexo A (normativo) Ensaio para determinação da resistência à tração na flexão de prismas Anexo B (normativo) Ensaio para a determinação da resistência à compressão de pequenas paredes Anexo C (normativo) Ensaio para a determinação da resistência à tração na flexão de prismas Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte: Scope This Part provides minimum requirements for the site execution and quality control of structural concrete block masonry. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/37

1 Escopo Esta Parte estabelece os requisitos mínimos exigíveis para a execução e o controle de obras com estruturas de alvenaria de blocos de concreto. 2 Referências normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5738, Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova ABNT NBR 5739, Concreto Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos ABNT NBR 7211, Agregado para concreto Especificação ABNT NBR 7480, Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado Especificação ABNT NBR 8949, Paredes de alvenaria estrutural Ensaio à compressão simples ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland Preparo, controle e recebimento Procedimento ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria Requisitos ABNT NBR 12118, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria Métodos de ensaio PN 02:123.04-015-1, Alvenaria Estrutural Blocos de concreto - Parte 1: projeto ABNT NBR NM ISO 7500-1; Materiais metálicos - Calibração de máquinas de ensaio estático uniaxial - Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão - Calibração do sistema de medição da força 3 Termos e definições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições. 3.1 componente menor parte constituinte dos elementos da estrutura. Os principais são: bloco, junta de argamassa, graute e armadura 3.2 bloco componente básico da alvenaria 3.3 junta de argamassa componente utilizado na ligação dos blocos NÃO TEM VALOR NORMATIVO 2/37

3.4 graute componente utilizado para preenchimento de espaços vazios de blocos com a finalidade de solidarizar armaduras à alvenaria ou aumentar sua capacidade resistente 3.5 elemento parte da estrutura suficientemente elaborada constituída da reunião de dois ou mais componentes 3.6 elemento de alvenaria não-armado elemento de alvenaria no qual não há armadura dimensionada para resistir aos esforços solicitantes 3.7 elemento de alvenaria armado elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras passivas que são consideradas para resistir aos esforços solicitantes 3.8 elemento de alvenaria protendido elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras ativas 3.9 parede estrutural toda parede admitida como participante da estrutura 3.10 parede não-estrutural toda parede não admitida como participante da estrutura 3.11 cinta elemento estrutural apoiado continuamente na parede, ligado ou não às lajes, vergas ou contravergas 3.12 coxim elemento estrutural não contínuo, apoiado na parede, para distribuir cargas concentradas 3.13 enrijecedor elemento vinculado a uma parede estrutural com a finalidade de produzir um enrijecimento na direção perpendicular ao seu plano 3.14 viga elemento linear que resiste predominantemente à flexão e cujo vão seja maior ou igual a três vezes a altura da seção transversal 3.15 verga viga alojada sobre abertura de porta ou janela e que tenha a função exclusiva de transmissão de cargas verticais para as paredes adjacentes à abertura NÃO TEM VALOR NORMATIVO 3/37

3.16 contraverga elemento estrutural colocado sob o vão de abertura com a função de redução de fissuração nos seus cantos 3.17 pilar elemento linear que resiste predominantemente a cargas de compressão e cuja maior dimensão da seção transversal não exceda cinco vezes a menor dimensão 3.18 parede elemento laminar que resiste predominantemente a cargas de compressão e cuja maior dimensão da seção transversal excede cinco vezes a menor dimensão 3.19 excentricidade distância entre o eixo de um elemento estrutural e a resultante de uma determinada ação que sobre ele atue 3.20 área bruta área de um componente ou elemento considerando-se as suas dimensões externas, desprezando-se a existência dos vazados 3.21 área líquida área de um componente ou elemento, com desconto das áreas dos vazados 3.22 área efetiva parte da área líquida de um componente ou elemento, sobre a qual efetivamente é disposta a argamassa 3.23 prisma corpo de prova obtido pela superposição de blocos unidos por junta de argamassa, grauteados ou não 3.24 amarração direta no plano da parede padrão de distribuição dos blocos no plano da parede, no qual as juntas verticais se defasam de no mínimo 1/3 do comprimento dos blocos 3.25 junta não amarrada no plano da parede padrão de distribuição de blocos no plano da parede que não atenda ao descrito em item 3.24. Toda parede com junta não amarrada no seu plano deve ser considerada não estrutural salvo se existir comprovação experimental de sua eficiência ou efetuada a amarração indireta conforme 3.27 3.26 amarração direta de paredes padrão de ligação de paredes por intertravamento de blocos, obtido com a interpenetração alternada de 50% das fiadas de uma parede na outra ao longo das interfaces comuns NÃO TEM VALOR NORMATIVO 4/37

3.27 amarração indireta de paredes padrão de ligação de paredes com junta vertical a prumo em que o plano da interface comum é atravessado por armaduras normalmente constituídas por grampos metálicos devidamente ancorados em furos verticais adjacentes grauteados ou por telas metálicas ancoradas em juntas de assentamento 4 Requisitos do sistema de controle 4.1 Plano de controle da qualidade O executor deverá estabelecer um plano de controle da qualidade, onde deverão estar explícitos: os responsáveis pela execução do controle e circulação das informações; os responsáveis pelo tratamento e resolução das não conformidades; a forma de registro e arquivamento das informações. 4.2 Projeto executivo A execução da alvenaria estrutural só poderá ser realizada com base em um projeto estrutural, conforme descrito em 5.3 da Parte 1 desta Norma, devidamente compatibilizado com os demais projetos complementares. 4.3 Procedimentos do plano de controle Devem constar do plano de controle da obra procedimentos específicos para os seguintes itens: a) bloco de concreto; b) argamassa de assentamento; c) graute; d) prisma; e) recebimento e armazenamento dos materiais; f) controle de produção da argamassa e do graute; g) controle sistemático da resistência do bloco, da argamassa e do graute; h) controle sistemático da resistência do prisma quando for o caso conforme especificação no item 8.3.2 desta Norma; i) controle dos demais materiais; j) controle da locação das paredes; k) controle de elevação das paredes; l) controle de execução dos grauteamentos; m) controle de aceitação da alvenaria. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/37

5 Materiais 5.1 Especificação prévia do bloco de concreto Os blocos devem atender integralmente as especificações da ABNT NBR 6136 além das resistências e outras especificações do projeto estrutural. Os blocos devem ser ensaiados conforme especificado na ABNT NBR 12118. 5.2 Definição prévia da argamassa de assentamento Para definição da argamassa de assentamento devem ser realizados ensaios com antecedência adequada com os materiais dos mesmos fornecedores selecionados para a obra, comprovando o atendimento dos requisitos estabelecidos no projeto estrutural através de ensaios realizados de acordo com o anexo D, no caso de controle na obra, ou conforme a ABNT NBR 13279 e demais normas pertinentes. Esses procedimentos devem ser atendidos tanto pelas argamassas não industrializadas quanto pelas industrializadas. 5.3 Especificação prévia do graute O graute deve ter resistência à compressão de modo que a resistência do prisma grauteado atinja a resistência especificada pelo projetista. O graute deve ser ensaiado quanto à resistência à compressão conforme a ABNT NBR 5739. Deve ter características no estado fresco que garantam o completo preenchimento dos furos e não apresentar retração que provoque o descolamento do graute das paredes dos blocos. Quando o graute for produzido em obra, devem ser realizados ensaios com antecedência adequada, comprovando o atendimento das características descritas acima. A critério do projetista pode-se empregar argamassa de assentamento utilizada na obra para preenchimento dos vazados, apenas em elementos de alvenaria não-armados e sem qualquer tipo de armadura, seja construtiva ou dimensionada, desde que os ensaios do prisma apresentem os resultados especificados pelo projetista. 6 Recebimento dos materiais 6.1 Disposições gerais Todos os materiais devem ser inspecionados no recebimento e antes do uso, de forma a detectar nãoconformidades. Os materiais devem ser armazenados na ordem do recebimento, e de forma que permitam inspeção geral e sejam identificados conforme o controle a ser realizado. 6.2 Recebimento dos blocos 6.2.1 Controle da Qualidade O recebimento dos blocos deve obedecer às prescrições da ABNT NBR 6136. 6.2.2 Estocagem a) os blocos devem ser descarregados em uma superfície plana e nivelada que garanta a estabilidade da pilha; b) os blocos devem ser empregados preferencialmente na ordem do recebimento; c) deve haver indicação das resistências identificando o número do lote de obra e o local de sua aplicação; NÃO TEM VALOR NORMATIVO 6/37

d) os blocos devem ser armazenados sobre lajes devidamente cimbradas ou sobre o solo, desde que seja evitada a contaminação direta ou indireta por ação da capilaridade da água; e) os blocos devem ser protegidos da chuva e outros elementos que venham a prejudicar o desempenho da alvenaria. 6.3 Recebimento da argamassa e graute 6.3.1 Argamassa e graute não industrializados No momento do recebimento dos materiais, o executor deve tomar as seguintes medidas: a) verificar na embalagem se o cimento e a cal têm selo de conformidade com as normas da ABNT, se estão dentro do prazo de validade e acondicionados em sacos secos e íntegros. Caso contrário, deve solicitar ensaios do fornecedor ou devolver o produto; b) armazenar o cimento e a cal em espaços cobertos, de preferência com piso argamassado ou de concreto. Os produtos devem ser mantidos secos e protegidos da umidade do solo e não devem estar em contato com paredes, tetos e outros agentes nocivos às suas qualidades. Devem ser armazenados sobre superfícies impermeáveis e protegidos da ação do tempo. Devem obrigatoriamente ser descartados se estiverem úmidos; c) evitar o empilhamento de mais de 10 sacos de cimento ou de cal. No caso especifico de tempo de estocagem de até 15 dias, as pilhas podem ser de até 15 sacos; d) assegurar que os agregados obedeçam às prescrições da ABNT NBR 7211; e) armazenar os agregados sobre superfície dura, provida de drenagem e que evite contato com o solo. As baias devem ser individualizadas de acordo com seu tipo, sem que haja possibilidade de contaminação; f) misturas de areia e cal devem estar dispostas sobre superfícies firmes, sem contato com o solo e protegidas da ação da chuva. Caso seja usada cal hidratada em pasta, esta deve ser mantidas saturadas até o seu uso; 6.3.2 Argamassas e grautes industrializados a) verificar na embalagem se a argamassa e o graute recebidos estão dentro do prazo de validade e em sacos secos e íntegros; b) armazenar a argamassa e o graute em espaços cobertos, de preferência em piso argamassado ou de concreto. Os produtos devem ser mantidos secos e protegidos da umidade do solo e não devem estar em contato com paredes, tetos e outros agentes nocivos às suas qualidades. Devem ser armazenados sobre superfícies impermeáveis e protegidos da ação do tempo. Devem obrigatoriamente ser descartados se estiverem úmidos; c) em qualquer caso, produtos diferentes devem ser armazenados separadamente por lote e por tipo, impedindo misturas acidentais. A seqüência de uso deve ser a mesma do recebimento, ou seja, produtos mais antigos devem ser utilizados em primeiro lugar; d) pilhas de sacos de argamassa industrializada devem ter a altura recomendada pelo fabricante desde que não ultrapassem a 10 sacos. 6.4 Recebimento de armaduras Os fios e barras de aço devem atender às especificações da ABNT NBR 7480. As armaduras e outras peças metálicas devem ser armazenadas sobre suportes que impeçam contato com o solo, de modo a evitar placas de oxidação e deposição de sujeiras que prejudiquem a aderência do graute. Também, NÃO TEM VALOR NORMATIVO 7/37

devem ser colocadas em locais que impeçam a ocorrência de danos e deformações que possam prejudicar seu uso no local especificado. 6.5 Aditivos Devem ser armazenados nas embalagens fornecidas pelos fabricantes em locais secos, frescos e ao abrigo das intempéries. Instruções específicas de armazenagem devem ser obedecidas rigorosamente. Diferentes lotes devem ser identificados, armazenados isoladamente e empregados na ordem do recebimento. 6.6 Concreto estrutural O controle de recebimento de concretos de uso estrutural (utilizados em lajes, fundações, pilares e vigas, etc.) deve ser feito em acordo com os procedimentos descritos na ABNT NBR 12655, inclusive a definição de lotes. Não é estabelecida, para a construção de edifícios em alvenaria estrutural, nenhuma exigência adicional para este controle de recebimento. 7 Produção da Argamassa de Assentamento e do Graute 7.1 Argamassa de assentamento A produção da argamassa deve ser feita de modo a garantir um coeficiente de variação inferior a 20 % nos ensaios de controle de obra especificados no item 8.3.3.1. 7.1.1 Disposições Gerais A trabalhabilidade da argamassa deve ser compatível com as características dos materiais constituintes da alvenaria e com os equipamentos a serem empregados na mistura, transporte e aplicação. A argamassa deve ser acondicionada em uma argamasseira metálica ou plástica que garanta a estanqueidade. O volume da argamasseira deve ser tal que toda a argamassa seja consumida no prazo máximo de 2h30min. Durante o período de uso, a argamassa poderá ter a consistência ajustada mediante a adição de água no máximo duas vezes. Em climas quentes ou com ventos acentuados, é recomendável que a perda de água seja amenizada cobrindo-se o recipiente da argamassa. Os aditivos devem obedecer às normas brasileiras (especificações) ou, na falta destas, suas propriedades devem ser verificadas experimentalmente. São permitidos óxidos puros de origem mineral utilizados como pigmentos. 7.1.2 Dosagem A proporção dos materiais deve ser conforme especificado a seguir: cimento e cal hidratada: medida em massa com tolerância de 3 % quando usado a granel; quando ensacado, pode ser considerado o peso nominal do saco; agregados miúdos: medida em massa ou volume, ambos com tolerância de 3 % e sempre levando em conta o inchamento por influência da umidade; água: medida em volume ou massa com tolerância de 3 %; aditivo líquido: medido em volume ou massa com tolerância de 5 %, seguindo as instruções do fabricante e dissolvendo-o em água antes da mistura com os demais materiais; aditivo em pó: medida em massa com tolerância de 5 %; NÃO TEM VALOR NORMATIVO 8/37

produtos à granel: medida em massa ou volume com tolerância de 3 %. No caso de produtos úmidos, devese levar em conta a água presente no mesmo. IMPORTANTE O teor de umidade e inchamento dos agregados deve ser levado em consideração na dosagem. 7.1.3 Mistura A argamassa deve ser misturada, com auxílio de misturador mecânico. O misturador deve garantir a mistura homogênea de todos os materiais. É proibida mistura manual. A argamassa deverá ser armazenada durante suas etapas de produção em locais limpos e secos. O tempo recomendado de mistura (dado em segundos) é de 240 d, 120 d, 60 d conforme o eixo do misturador for inclinado, horizontal e vertical respectivamente, sendo d o diâmetro máximo em metros do misturador. Nos misturadores contínuos, as primeiras partes da produção devem ser descartadas até que se obtenha um produto homogêneo continuamente. Para manter a trabalhabilidade, podem ser adicionadas pequenas porções de água à argamassa. Qualquer mistura não utilizada no período de 2h30min após o preparo deve obrigatoriamente ser descartada. Durante o transporte, a argamassa não deve sofrer perda de elementos ou segregação. Recomenda-se que seja remisturada manualmente no local de aplicação. 7.2 Graute 7.2.1 Disposições gerais A produção do graute deve ser feita de modo a garantir o valor característico especificado no projeto e de acordo com os ensaios de controle de obra especificados no item 8.3.3.1. a consistência do graute deve ser adequada para preencher todos os vazios sem que haja segregação; caso seja utilizada cal, o teor não deve ser superior a 10 % em volume em relação ao cimento; a dimensão máxima do agregado deve ser de 10 mm ou 20 mm, conforme o cobrimento da armadura, se for 15 (cobrimento mínimo) ou 25 mm respectivamente. Os agregados devem ter dimensão inferior a 1/3 da menor dimensão dos vazados a serem preenchidos. 7.2.2 Dosagem A medida dos materiais deve ser feita conforme especificado a seguir: cimento e cal hidratada: medida em massa com tolerância de 3 % quando usado a granel; quando ensacado, pode ser considerado o peso nominal do saco; agregados miúdos: medida em massa ou volume, ambos com tolerância de 3 % e sempre levando em conta o inchamento por influência da umidade; agregados graúdos: medida em massa ou volume, ambos com tolerância de 3 %; água: medida em volume ou massa com tolerância de 3 %; aditivo líquido: medida em volume ou massa com tolerância de 5 %, seguindo as instruções do fabricante e dissolvendo-o em água antes da mistura com os demais materiais; NÃO TEM VALOR NORMATIVO 9/37

aditivo em pó: medida em massa com tolerância de 5 %; produtos a granel: medida em massa ou volume com tolerância de 3 %. No caso de produtos úmidos, devese levar em conta a água neles contida; os aditivos devem obedecer às Normas Brasileiras para ser usados (especificações) ou, na falta destas, apenas se suas propriedades tiverem sido verificadas experimentalmente; a dosagem deve levar em conta a absorção dos blocos e das juntas de argamassa, o que pode proporcionar uma redução na quantidade de água; caso seja utilizada cal, o teor não deve ser superior a 10 % em volume em relação ao cimento; para blocos com vazados de dimensão mínima 50 mm, os agregados devem ter dimensão máxima de 10 mm ou 20 mm, conforme o cobrimento da armadura, se for 15 mm (cobrimento mínimo) ou 25 mm respectivamente. Os agregados devem ter dimensão inferior a 1/3 da menor dimensão dos furos a serem preenchidos. 7.2.3 Mistura o graute deve ser deve produzido, obrigatoriamente, com misturador mecânico; o tempo recomendado de mistura é de (dado em segundos) 240 d, 120 d, 60 d conforme o eixo do misturador for inclinado, horizontal e vertical respectivamente, sendo d o diâmetro máximo em metros; o graute deve ser utilizado dentro de 2h30min, hora contada a partir da adição de água. Em hipótese alguma, é permitido utilizar um produto com prazo de uso vencido, a não ser que seja utilizado um aditivo retardador de pega. Neste caso, devem ser seguidas as instruções do fabricante do aditivo; o graute deve ser transportado sem que haja segregação e perda de componentes, sendo desaconselhável o uso de depósitos intermediários. 8 Controle da resistência dos materiais e das alvenarias à compressão axial 8.1 Caracterização prévia dos materiais e da alvenaria Antes do início da obra, deve ser feita a caracterização da resistência à compressão dos materiais, componentes e da alvenaria a serem usados na construção. Os componentes: blocos, argamassa e graute, devem ser ensaiados conforme item 5. A caracterização da alvenaria deve ser feita através de ensaios de prisma, ou pequena parede ou parede executados com blocos, argamassas e grautes de mesma origem e características dos que serão efetivamente utilizados na estrutura, e nos números mínimos estipulados na Tabela 1. Tabela 1 Número mínimo de corpos-de-prova por tipo de elemento de alvenaria Tipo de elemento de alvenaria Número de corpos-de-prova Prisma 12 Pequena parede 6 Parede 3 Os ensaios de prisma e de pequena parede devem ser realizados de acordo com os métodos de ensaio descritos nos Anexos A e B, respectivamente. O ensaio de parede deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 8949. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 10/37

No caso do fornecedor dos materiais já ter realizado a caracterização da alvenaria com os materiais a serem usados dentro do prazo de 180 dias que antecedem o início da obra, este procedimento torna-se desnecessário, podendo ser utilizados os resultados desta caracterização anterior. 8.2 Resistência característica A resistência característica do elemento de alvenaria obtida nos ensaios deve ser igual ou superior à resistência característica especificada pelo projetista estrutural. Para amostragem menor do que 20 e maior do que 6 corpos-de-prova a resistência característica é o valor calculada da seguinte forma: f ek,1 fe(1) + fe(2) +...f = 2 i -1 e(i-1) ) f e(i) f ek,2 Ø x f e(1), sendo o valor de Ø indicado na Tabela 2; f ek,3 é o maior valor entre f ek,1 e f ek,2 ; f ek,4 0,85 x f em ; f ek é o menor valor entre f ek,3 e f ek,4. sendo i i n/2, se n for par; (n-1)/2, se n for ímpar. onde f ek,est é a resistência característica estimada da amostra, expressa em megapascal; f e(1), f e(2),..., f ei são os valores de resistência à compressão individual dos corpos-de-prova da amostra, ordenados crescentemente; f em n a média de todos os resultados da amostra; é o número de corpos-de-prova da amostra. Tabela 2 Valores de Ø em função da quantidade de elementos de alvenaria Nº de elementos 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 e 17 18 e 19 Ø 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,94 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00 1,01 1,02 1,04 NÃO TEM VALOR NORMATIVO 11/37

Para ensaios de parede com n menor do que 6, a resistência característica deve ser calculada por: f pak = Ø. f pa(1) Para ensaios com n maior ou igual a 20, a resistência característica deve ser calculada por: onde f ek = f em -1,65 S n f em S n resistência média dos exemplares; desvio padrão da amostra. 8.3 Controle dos materiais e alvenaria em obra 8.3.1 Determinação da forma de controle A forma de controle das resistências dependerá da probabilidade relativa de ruptura da alvenaria em função da razão entre a resistência característica especificada em projeto e a resistência característica obtida nos ensaios de caracterização descritos em 8.1. 8.3.2 Para obras de menor exigência estrutural Em obras com menor exigência estrutural aceita-se somente os ensaios de caracterização, descritos em 8.1, e de recebimento dos blocos, desde que: a maior resistência característica especificada para o prisma no projeto é menor ou igual a 35 % da resistência característica do bloco ou menor do que 50 % da resistência característica do prisma obtida em 8.2; não seja prescrito o preenchimento dos furos dos blocos para aumentar a resistência à compressão da alvenaria. 8.3.3 Para obras de maior exigência estrutural Quando a obra não se enquadra conforme descrito em 8.3.2, deve-se controlar o recebimento dos blocos e a produção da argamassa, graute e alvenaria. A alvenaria deve ter a resistência a compressão controlada pelo ensaio de prisma que pode ser padrão ou otimizado conforme a seguir. Os prismas devem ser moldados, armazenados e transportados de acordo com os procedimentos especificados no Anexo A. O controle deve ser feito separadamente para paredes não grauteadas e paredes grauteadas com objetivo de aumentar a resistência à compressão. 8.3.3.1 Controle da produção de argamassa e graute O controle da argamassa e do graute é sempre padrão, independente do tipo de controle de prisma. 8.3.3.1.1 Definição do lote Será considerado como lote para efeito do controle da qualidade da argamassa e do graute o menor dos limites: 500 m 2 de área construída em planta (por pavimento); NÃO TEM VALOR NORMATIVO 12/37

dois pavimentos; argamassa ou graute fabricado com matéria prima de mesma procedência e mesma dosagem. 8.3.3.1.2 Amostra A amostra de argamassa é de 6 exemplares. A moldagem e ensaio devem ser realizados de acordo com Anexo D. A amostra de graute é de seis exemplares. A moldagem dos corpos de prova deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 5738. O ensaio é realizado de acordo com a ABNT NBR 5739. 8.3.3.1.3 Aceitação A amostra de argamassa será aceita se o coeficiente de variação desta for inferior a 20 % e o valor médio for maior ou igual ao especificado no projeto. A amostra de graute será aceita se seu valor característico for maior ou igual ao especificado no projeto. 8.3.3.2 Controle da resistência da alvenaria através de ensaio de prisma 8.3.3.2.1 Controle padrão No controle padrão cada pavimento de cada edificação constitui um lote para coleta de amostras. O número de amostras de cada lote é sempre constituído de no mínimo 12 prismas, sendo 6 para ensaio e 6 para eventual contraprova. 8.3.3.2.2 Controle otimizado O controle otimizado deve ser feito em função do tipo de empreendimento. Os tipos de empreendimentos dividemse em: a) edificação isolada; b) conjunto de edificações iguais. São consideradas edificações iguais aquelas que atendam as seguintes condições: fazem parte de um único empreendimento; têm o mesmo projetista estrutural; têm especificadas as mesmas resistências de projeto; utilizam os mesmos materiais e procedimentos para a execução. 8.3.3.2.2.1 Controle otimizado para edificação isolada Para coleta de amostras, cada pavimento representa um lote. O número de amostras do primeiro lote é sempre constituído de no mínimo 12 prismas, dos quais 6 para eventual contraprova. Para efeito de controle considera-se como primeiro lote o primeiro pavimento do edifício e aqueles em que ocorram mudanças de materiais ou procedimentos de execução. Após os ensaios do primeiro lote de alvenaria, deve ser calculado o coeficiente de variação dos prismas. Este coeficiente de variação é utilizado para definir o número de amostras do lote subseqüente. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 13/37

A cada novo lote ensaiado deve-se recalcular o coeficiente de variação e a resistência característica estimada adicionando-se os resultados dos lotes anteriores que tenham sido executados com os mesmos materiais e procedimentos. O número de prismas a serem ensaiados para os pavimentos subseqüentes deve ser extraído da Tabela 3 usando o coeficiente de variação atualizado e a razão entre a resistência característica especificada em projeto para o pavimento e a resistência característica estimada conforme em 8.2. Deve ser moldado número adicional de prismas igual ao que será ensaiado para eventual contraprova. Na eventual indisponibilidade dos resultados dos prismas do lote anterior, o pavimento deve ser considerado como primeiro lote. Condição Tabela 3 Número mínimo de prismas a serem ensaiados (redução de acordo com a probabilidade relativa de ruína) Coeficiente de Variação dos Prismas (CV) fpk,projeto / fpk, estimado 0,35 > 0,35 0,50 > 0,50 0,75 > 0,75 A > 15 % 6 6 6 6 B < 10 % e 15 % 0 2 4 6 C < 10 % 0 0 0 0 IMPORTANTE Para pavimentos com especificação de resistência característica de bloco maior ou igual a 12,0 MPa deve-se sempre considerar no mínimo a condição B. Controle otimizado para conjunto de edificações iguais Pelo menos uma das edificações deve seguir o controle prescrito em 8.3.3.2.1 para edificação isolada. Cada pavimento das demais edificações construídas simultaneamente com os mesmos materiais e procedimentos daquela que seguir o controle prescrito para edificação isolada constitui um lote. Neste caso, o número de ensaios é definido conforme Tabela 3. Todos os resultados dos pavimentos e das edificações que forem construídos com os mesmos materiais e procedimentos devem ser usados para atualizar o valor do coeficiente de variação e o f pk calculado. 8.4 Condições especiais Sempre que houver mudança de fornecedores ou de tipos de materiais na obra, ou ainda mudança significativa na mão de obra, deverá ser feita nova caracterização dos materiais e da alvenaria, conforme determinado em 8.1. 9 Produção da alvenaria Para assegurar que a alvenaria seja construída conforme projetada, devem ser observados os procedimentos determinados nas Subseções 9.1, 9.2, 9.3. 9.1 Requisitos Antes do início da elevação, deve-se verificar: a locação, esquadros e nivelamento da base de assentamento da alvenaria conforme tolerâncias descritas na Seção 10 e especificadas no projeto; o posicionamento dos reforços metálicos e das tubulações de acordo com o projeto; NÃO TEM VALOR NORMATIVO 14/37

a limpeza do pavimento onde a alvenaria será executada quanto a materiais que possam prejudicar a aderência da argamassa entre o bloco e o pavimento; a limpeza dos componentes blocos e peças pré-fabricadas, que devem estar isentos de materiais que prejudiquem sua aplicação e desempenho. Durante a elevação, deve-se garantir que: os blocos depois de assentados não sejam movidos da sua posição para não perder a aderência com a argamassa; as paredes de alvenaria sejam executadas apenas com blocos inteiros e seus complementos. Para se utilizar peças cortadas, pré-fabricadas e pré-moldadas estas devem estar previstas no projeto de produção e obtidas mediante condições controladas; paredes estruturais não possuam amarração direta com as paredes não-estruturais. 9.2 Locação das paredes de alvenaria 9.2.1 Eixos referenciais planimétricos A marcação da alvenaria influencia na precisão geométrica do conjunto de paredes que serão elevadas. Os eixos de referência das medidas que localizam as paredes, a cada pavimento, deverão estar indicados no projeto. 9.2.2 Tolerâncias da variação do nível da superfície dos pavimentos A variação do nível da superfície do pavimento, não deve ultrapassar ± 10 mm em relação ao plano especificado, conforme Figura 1. plano de elevação especificado topo da laje conforme construído +10mm +10mm plano de elevação especificado -10mm -10mm Figura 1 Variação do nível da superfície dos pavimentos 9.2.3 Espessura da junta horizontal da primeira fiada O valor mínimo da espessura da junta horizontal de argamassa de assentamento dos blocos da primeira fiada é de 5 mm e o valor máximo não deve ultrapassar 20 mm, conforme Figura 2, admitindo-se espessuras de no máximo 30 mm em trechos de comprimento inferiores a 50 cm. Caso a espessura da junta horizontal de argamassa de assentamento dos blocos da primeira fiada ultrapassem o valor máximo, deverá ser feito um nivelamento com material com a mesma resistência da laje. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 15/37

9.3 Elevação e respaldo das paredes de alvenaria São considerados essenciais para o desempenho da parede, o cumprimento das tolerâncias de prumo (alinhamento da parede vertical), de nível (alinhamento da parede horizontal), a execução correta das espessuras das juntas de argamassas de assentamento dos blocos e dos reforços na alvenaria especificados. 9.3.1 Assentamento dos blocos Durante a elevação das paredes, os blocos devem ser assentados e alinhados segundo especificado em projeto e de forma a exigir o mínimo de ajuste possível. Devem ser posicionados enquanto a argamassa estiver trabalhável e plástica e, em caso de necessidade de re-acomodação do bloco, a argamassa deve ser removida e o componente assentado novamente de forma correta. Os cordões de argamassa devem ser aplicados sobre os blocos numa extensão tal que sua trabalhabilidade não seja prejudicada por exposição prolongada ao tempo e evitando-se a queda nos vazados dos blocos. 9.3.2 Espessura das juntas horizontais e verticais As juntas horizontais devem ter espessuras de 10 mm, exceto as juntas horizontais da primeira fiada, conforme Subseção 9.2.3. A variação máxima da espessura das juntas de argamassa deve ser de ± 3 mm. Figura 2 Variações máximas da espessura das juntas de argamassa 9.3.3 Tipos de juntas de argamassa As juntas devem ter o acabamento especificado em projeto e aspecto uniforme. Para alvenarias não revestidas, a junta deve ter seu acabamento na forma côncava conforme Figura 3, sendo para isso utilizado frisador que pressione e compacte a argamassa ainda fresca, sem arrastá-la para fora da junta, o que potencializa um acabamento durável e favorece a eliminação da água da chuva. A profundidade máxima do friso deve ser 3 mm. Para alvenarias revestidas, a argamassa deve ser rasada logo após o assentamento dos blocos de maneira a compor o plano da parede e sem apresentar rebarbas ou saliências. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 16/37

Figura 3 Chanfro das juntas de alvenaria aparente A menos que especificado o contrário no projeto de produção das alvenarias: as juntas horizontais devem ser feitas com a colocação de argamassa sobre as paredes longitudinais e transversais dos blocos; as juntas verticais devem ser preenchidas mediante a aplicação de dois filetes de argamassa na parede lateral dos blocos, garantindo-se que cada um dos filetes tenha espessura não inferior a 20 % da largura dos blocos. É vedado o uso de qualquer tipo de calço no assentamento dos blocos. A argamassa não deve obstruir os vazios dos blocos e aquela retirada em excesso das juntas pode ser remisturada à argamassa fresca. Entretanto, argamassa em contato com o chão ou andaime deve ser descartada e não pode ser reaproveitada. Alvenarias recém elevadas devem ser protegidas da chuva, evitando remoção da argamassa das juntas. Deve-se prever escoramento lateral de alvenarias recém elevadas e não travadas. Qualquer parede que ficar com a fiada de respaldo exposta ao tempo deve ser protegida da chuva, seja por meio de concretagem ou proteção de topo, evitando-se que o excesso de umidade se acumule nos vazados dos blocos. 9.3.4 Prumo, nível e alinhamento dos elementos de alvenaria O desaprumo e desalinhamento máximo das paredes e pilares do pavimento não podem superar 10 mm, além de atender ao limite de 2 mm por metro, conforme Figura 4. Na altura total do prédio o máximo desaprumo admitido é de 25mm. NÃO TEM VALOR NORMATIVO 17/37

fiada canaletas linha de prumada ± 2 mm a cada metro de altura ± 10 mm no máximo Figura 4 Limites máximos para o desaprumo e desalinhamento das paredes A descontinuidade vertical de pilares e paredes de um pavimento para outro, pode ser no máximo de 5 mm conforme Figura 5. No caso das alvenarias periféricas a tolerância do desalinhamento em relação a laje é de 5 mm. ± 5 mm para paredes estruturais parede superior parede inferior Figura 5 Descontinuidade máxima das paredes e pilares entre os andares NÃO TEM VALOR NORMATIVO 18/37