ANÁLISE DO IMPACTO DO TREINAMENTO FÍSICO EM QUATRO MODALIDADES SOBRE OS NÍVEIS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL

Documentos relacionados
EFEITOS DE DOIS PROTOCOLOS DE TREINAMENTO FÍSICO SOBRE O PESO CORPORAL E A COMPOSIÇÃO CORPORAL DE MULHERES OBESAS

Prof. Ms Artur Monteiro

IMPACTO DO IMC SOBRE O DESEMPENHO MOTOR EM ATIVIDADES COM PREDOMINÂNCIA AERÓBIA DE MULHERES ACIMA DE 40 ANOS

Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. ISSN versão eletrônica

Composição corporal de judocas: aspectos relacionados ao desempenho

RESUMO INTRODUÇÃO: Pessoas com sintomas de ansiedade apresentam maiores níveis de pressão arterial. A presença de ansiedade está associada com as

IMC DOS ALUNOS DO 4º PERÍODO DO CURSO TÉCNICO EM ALIMENTOS DO INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS CAMPI/INHUMAS.

FIEP BULLETIN - Volume 82 - Special Edition - ARTICLE I (

Adaptações Metabólicas do Treinamento. Capítulo 6 Wilmore & Costill Fisiologia do Exercício e do Esporte

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES DE 10 A 14 ANOS DA CIDADE DE JOAÍMA, SITUADA NA ZONA DO MÉDIO JEQUITINHONHA - MINAS GERAIS RESUMO

Objetivo da aula. Trabalho celular 01/09/2016 GASTO ENERGÉTICO. Energia e Trabalho Biológico

TÍTULO: ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS DECORRENTE DE DOIS MÉTODOS DE TREINAMENTO DE FORÇA

INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA PERSONALIZADO DE EXERCÍCIOS RESISTIDOS SOBRE A COMPOSIÇÃO DE INDIVÍDUOS ADULTOS.

Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN versão eletrônica

LERIANE BRAGANHOLO DA SILVA

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE QUATRO DIFERENTES PROTOCOLOS PARA A ESTIMATIVA DO PERCENTUAL DE GORDURA DE JOGADORES DE FUTEBOL DA CATEGORIA JUVENIL

O EFEITO DA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL EM MULHERES FISICAMENTE ATIVAS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

6º Simposio de Ensino de Graduação

V Encontro de Pesquisa em Educação Física 1ª Parte

Efeitos da prática de exercício anaeróbio na composição corporal

Prof. MSc. Paulo José dos Santos de Morais

METABOLISMO ENERGÉTICO DO BASQUETE E HANDEBOL

Exercícios Aquáticos. Princípios NATAÇÃO. Teste máximo de corrida realizado na água PROGRAMAÇÃO

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular EXERCÍCIO E SAÚDE Ano Lectivo 2010/2011

Mudanças morfológicas em mulheres praticantes de Jump Fit : um estudo longitudinal

UTILIZAÇÃO DE AVALIAÇÕES FÍSICAS PARA DIAGNÓSTICO DE SAÚDE DOS SERVIDORES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AERÓBICA EM JUDOCAS ENTRE 7 E 14 ANOS DA CIDADE DE SANTA MARIA -RS

V Encontro de Pesquisa em Educação Física EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO SOBRE OS COMPONENTES DE APTIDÃO FÍSICA EM ATLETAS DE FUTEBOL DE CAMPO

Princípios Científicos do TREINAMENTO DESPORTIVO AULA 5

Laboratório de Investigação em Desporto AVALIAÇÃO E CONTROLO DO TREINO 2014

EFEITOS DO USO DE SUPLEMENTOS NO TREINAMENTO DE HIPERTROFIA E FORÇA EFFECTS OF SUPPLEMENTS FOR USE IN HYPERTROPHY AND STRENGTH TRAINING

TEORIA DO TREINAMENTO DE NATAÇÃO

Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN versão eletrônica

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO. Profa. Ainá Innocencio da Silva Gomes


Perfil antropométrico de atletas de handebol da cidade de Santa Maria RS Anthropometric profile of handball players from the city of Santa Maria RS

Fazer de Cada Momento uma Oportunidade de Aprendizagem!

Avaliação da composição corporal de acadêmicos dos cursos de educação física e nutrição

ESTUDO ANALÍTICO REFERENTE AO GANHO DE RESISTÊNCIA MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES ENTRE HOMENS E MULHERES PRATICANTES DE BODY PUMP

TREINAMENTO DE FORÇA X EMAGRECIMENTO RESUMO

COMPOSIÇÃO CORPORAL: análise e comparação entre alunos do ensino fundamental do município de Muzambinho e Guaxupé

Associação de Futebol da Guarda

Introdução. avalon 04/02/2016. José Pereira De Mattos Filho

Estudo do Somatotipo em atletas de luta Greco Romana

Avaliação da composição corporal e da potência aeróbica em jogadoras de Voleibol de 13 a 16 anos de idade do Distrito Federal

Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. ISSN versão eletrônica

RELATÓRIO DA 2ª AVALIAÇÃO FÍSICA OIKOS

6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 e 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG

Instituto Superior de Educação Nair Forte Abu-Merhy Fundação Educacional de Além Paraíba

Minha Saúde Análise Detalhada

Avaliação da Composição Corporal: Uma importante ferramenta no controle do treino. Me. Ruy Calheiros

AGILIDADE E EQUILIBRIO DINÂMICO EM ADULTOS E IDOSOS

INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS PARA OBESIDADE DE MULHERES IDOSAS NA CIDADE DE PERDIZES MINAS GERAIS.

28/10/2016.

DESEMPENHO MOTOR DE ADOLESCENTES OBESOS E NÃO OBESOS: O EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR

INFLUÊNCIA DO EXCESSO DE PESO NA FORÇA MUSCULAR DE TRONCO DE MULHERES

INTRODUÇÃO Avaliação Morfofuncional

ALTERAÇÕES NA APTIDÂO FÍSICA DE JOVENS ATLETAS DE FUTEBOL DURANTE O PERÍODO PREPARATÓRIO

CAPÍTULO III. Metodologia METODOLOGIA

Cassio Nobre - Personal trainner e Consultori

MEDIDAS E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA

Maria Silva 25 Dez 1988 Guaratinguetá-SP. Data da Avaliação: 12/02/2018 ANAMNESE

11º Congreso Argentino y 6º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias CAPACIDADE DE SPRINTS DE FUTEBOLISTAS NA PRÉ-TEMPORADA

NUTRIÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO

Como evitar os riscos e aumentar os benefícios??

Maria Silva 25 Dez 1988 Guaratinguetá-SP. Data da Avaliação: 13/11/2017 ANAMNESE

MUSCULAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS. Charles Pereira Ribeiro Luciano do Amaral Dornelles RESUMO

TÍTULO: INFLUENCIA DO HIIT NA MASSA E MEDIDAS CORPORAIS RESISTENCIA MUSCULAR E AGILIDADE

Orientações para o Treino da Resistência no Montanhismo

COMPOSIÇÃO CORPORAL ANTES E APÓS UM PROGRAMA DE TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO EM ADOLESCENTES

Faculdade de Motricidade Humana Unidade Orgânica de Ciências do Desporto TREINO DA RESISTÊNCIA

EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS ASSISTIDOS PELO NASF DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB

Caracterização antropométrica, maturacional e funcional de jovens atletas mirins feminino de atletismo.

Baterias de testes para avaliação da Aptidão Física

DISCUSSÃO DOS DADOS CAPÍTULO V

BIOENERGÉTICA PRODUÇÃO ATP

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA

EFEITO DE OITO SEMANAS DE TREINAMENTO COM PESOS EM CIRCUITO SOBRE A FORÇA MUSCULAR E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM MULHERES UNIVERSITÁRIAS

Minha Saúde Análise Detalhada

Palavras-chave: exercícios; resultados; saúde.

TÍTULO: NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICAS DE PRATICANTES DE DOIS MODELOS DE TREINAMENTO RESISTIDOS.

NUT-154 NUTRIÇÃO NORMAL III. Thiago Onofre Freire

Prof. Dr. Bruno Pena Couto Teoria do Treinamento Desportivo. Encontro Multiesportivo de Técnicos Formadores Solidariedade Olímpica / COI

MÉTODOS DE EMAGRECIMENTO: ANÁLISE DO TREINO RESISTIDO EM CIRCUITO COM TRABALHO AERÓBIO COM MULHERES

TÍTULO: OS EFEITOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO NA PORCENTAGEM DE GORDURA EM IDOSOS

Baterias de testes para avaliação da Aptidão Física

Revista Brasileira de Futsal e Futebol ISSN versão eletrônica

Plano de Frankfurt. Posição Ortostática

TEORIA E PRÁTICA DO TREINAMENTO TREINAMENTO PRINCÍPIOS PIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO AULA 2

A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRA DE PRATICANTES DE AULAS DE JUMP E RITMOS DE UM MUNICÍPIO DO LITORAL DO RS

A partir do consumo de nutrientes, os mecanismos de transferência de energia (ATP), tem início e estes auxiliam os processos celulares.

Prof. Ms. Sandro de Souza

A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA GORDURA CORPORAL DOS PARTICIPANTES DO PIBEX INTERVALO ATIVO 1

RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFÊRENCIA DE PESCOÇO E OUTRAS MEDIDAS INDICADORAS DE ADIPOSIDADE CORPORAL EM MULHERES COM SOBREPESO E OBESIDADE.

CAPÍTULO V DISCUSSÃO DOS RESULTADOS. Evolução da percentagem de massa gorda na Escola Secundária D.Duarte 15,8 12,8

Metabolismo do exercício e Mensuração do trabalho, potência e gasto energético. Profa. Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti

Transcrição:

ANÁLISE DO IMPACTO DO TREINAMENTO FÍSICO EM QUATRO MODALIDADES SOBRE OS NÍVEIS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL RESUMO João Agnaldo do Nascimento 1,4, Rômulo José Dantas Medeiros 1,3, José Ednaldo Alves de Sena 5, Luciano Meireles de Pontes 1,4, Maria do Socorro Cirilo de Sousa 1,2,3. Objetivo: Analisar o impacto de quatro tipos de treinamentos sobre os níveis de composição corporal em homens, por meio de percentual de gordura (%G), peso de gordura armazenada (PGA) e massa corporal magra (MCM). Metodologia: Estudo descritivo, transversal e de campo, com 32 atletas, sendo 8 fundistas(gi), 8 velocistas(gii), 8 culturistas(giii) e 8 praticantes de exercício resistido musculação (GIV) (idade média 21,65 ± 3,21 anos). Resultados: GI %G 9,59 % ±0,932, PGA 5,90 ±0,68 kg e MCM 55,70 ±5,38 kg; GII %G 9,95 % ±0,94, PGA 6,80±1,19 kg e MCM 61,48±8,71 kg; GIII %G 10,44%±0,31, PGA 8,60±0,51kg e MCM 73,77±3,17 kg, GIV %G 13,19 % ±2,07 PGA 10,30±2,87 kg e MCM 66,55±9,23 kg, ANOVA p<0,05 entre GI,GII e GIII, GIV. Conclusão: O nível de composição corporal sofre impacto pela modalidade e o tipo de treinamento. Palavras-chave: Composição corporal, treinamento físico, desporto. ABSTRACT Objective: To analyze the impact of four types physical training on the body composition levels in man, by means of percentage of fat (%F), weight of stored fat (WSF) and lean corporal mass (LCM). Methodology: Descriptive, transversal and of field study, with 32 athletes, being 8 long runner (GI), 8 short runner (GII), 8 bodybuilders (GIII) and 8 practitioners of resisted exercise (GIV) (average age 21,65 age ± 3.21 years) Results: GI %F 9,59 % ±0,932, WSF 5,90 ±0,68 kg and LCM 55,70 ±5,38 kg; GII %F 9,95±0,94, WSF 6,80±1,19 kg e LCM 61,48±8,71 kg; GIII %F 10,44±0,31, WSF 8,60±0,51kg e LCM 73,77±3,17 kg, GIV %F 13,19 ±2,07 WSF 10,30±2,87 kg e LCM 66,55±9,23 kg. ANOVA p<0,05 between GI,GII and GIII,GIV. Conclusion: The body composition levels suffer impact for the modality and the type of training. Key-words: Body composition, physical training, sport. INTRODUÇÃO A contribuição dos treinamentos físicos em geral para o processo de emagrecimento decorre do aumento no gasto calórico diário, e do estímulo ao metabolismo, cujos níveis de atividade tendem à redução durante dietas hipocalóricas. No caso dos exercícios resistidos, além desses efeitos, ocorre o aumento da taxa metabólica basal devido ao aumento da massa muscular. Segundo Santarém (1997; 1998) os exercícios resistidos são reconhecidos como os mais eficientes para modificar favoravelmente a composição corporal. Para esse efeito, contribuem o aumento de massa muscular, o aumento da massa óssea calcificada, e a redução da gordura corporal. Sendo o tecido adiposo a principal forma de reserva de energia do organismo, compreende-se que quando faltam calorias na alimentação, para suprir a demanda energética, ocorre mobilização de gordura corporal. Um aspecto que pode ser mal interpretado quando se comparam os efeitos dos exercícios com pesos e dos exercícios aeróbios na redução da gordura corporal, é que o aumento de massa muscular pode compensar em peso (peso corpóreo total) a diminuição do tecido adiposo. Nesse caso, deve-se ter a consciência de que a composição corporal está mudando favoravelmente no sentido da saúde, da aptidão física e da modelagem do corpo. Para Gentil (2006), um dos maiores problemas que se encontra é a diminuição do metabolismo de repouso, ou seja, passa-se a utilizar menos energia, facilitando a recuperação da gordura perdida. Atividades intensas produzem maiores gastos calóricos e elevações na taxa metabólica de repouso por tempo e magnitude proporcionais a intensidade da atividade, isto se refere a atividades com pesos. O fato de se ter um bom condicionamento aeróbio em nada ajuda o metabolismo, este por si só nada tem a ver com o gasto de energia no metabolismo de repouso. Já o treino com sobrecargas, a capacidade de reduzir a gordura corporal e simultaneamente manter ou até mesmo aumentar a massa muscular, o que evita o ganho futuro de peso, melhora a estética e parâmetros funcionais, principalmente na força. Neste mesmo contexto, Fleck (2003) relata que o treinamento com pesos faz parte de um programa de controle de peso corporal para 69

pessoas de qualquer idade, através da taxa metabólica basal que têm relação direta com a massa magra. Isso significa que, quanto maior a massa magra maior a taxa do metabolismo basal. Muitas pessoas passam a maior parte do dia dentro ou nas proximidades da faixa do metabolismo basal. Assim um pequeno aumento na taxa do metabolismo basal pode fazer significativo impacto no total de calorias metabolizadas, e dessa forma ajudar a controlar o peso corporal e causar mudanças na aparência. O organismo pode produzir energia através de processos metabólicos com oxigênio (metabolismo aeróbio) e sem oxigênio (metabolismo anaeróbio). A produção de energia por mecanismos aeróbios é muito econômica: aproveita a totalidade das fontes energéticas que se transforma apenas em água e dióxido de carbono. O metabolismo aeróbio utiliza como substratos os hidratos de carbono e as gorduras. É utilizado por excelência quando o organismo se encontra em repouso ou em exercícios de intensidade submáxima e de longa duração. No metabolismo anaeróbio, os combustíveis sofrem apenas uma degradação parcial, pelo que é muito menos econômico e muito mais rápido. Já se viu que durante um exercício de longa duração e de baixa intensidade a gordura é responsável por uma grande percentagem do dispêndio energético, sendo esse contributo diminuto durante um exercício de média/alta duração e grande intensidade. À medida que um exercício se torna mais intenso, menos gordura é utilizada, mas o número total de calorias conseguidas após o exercício através da degradação de gorduras é superior. Hickson (1993) citado por Lucena (2005) descobriu que "a predominância do substrato energético utilizado durante o exercício não tem um papel importante na perda de gordura". Assim, as evidências sugerem que a perda de gordura pode ocorrer num treino de alta intensidade, apesar da fonte energética utilizada durante o exercício ser os carboidratos. Convém ainda salientar que ambos os sistemas, anaeróbio e aeróbio, funcionam paralelamente, complementando-se. A predominância de cada um em termos de contributo energético depende, em primeiro lugar, da intensidade do esforço e, secundariamente, da sua duração. A maioria das atividades é mista, ou seja, aeróbia com momentos de anaerobiose. Devido a uma quantidade considerável de controvérsias encontradas por meio de estudos científicos, faz-se necessário a elaboração de uma pesquisa que tenha a importância de um estudo que analise a composição corporal de atletas submetidos aos diferentes tipos de treinamentos, julgando-se que desta forma, seja possível indicar aquele, que atenda às necessidades específicas da sociedade. Sendo assim, a questão norteadora deste estudo é: Será que o tipo de treinamento físico provoca impacto sobre os níveis de composição corporal? Neste sentido o objetivo geral é analisar o impacto de quatro tipos de treinamentos sobre os níveis de composição corporal. METODOLOGIA Caracterização da pesquisa: Este estudo caracteriza-se como descritivo, transversal e de campo, que segundo Gil (1991), as pesquisas desse tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população, fenômeno ou estabelecimento de relações entre variáveis. População e amostra: A população foi de atletas fundistas e velocistas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), de culturistas da cidade de João Pessoa, Paraíba e de praticantes de exercício resistido - musculação da Academia Prodígio Manaíra, da cidade de João Pessoa, Paraíba. A amostra se constituiu de 32 atletas do sexo masculino que pertencem a diferentes raças e classes sociais, com média de idade de 21,65 ± 3,21 anos. Estes atletas foram divididos em quatro grupos sendo respectivamente: GRUPO I formado por 8 fundistas (GI); GRUPO II formado por 8 velocistas (GII); GRUPO III formado por 8 culturistas (GIII); GRUPO IV formado por 8 praticantes de exercício resistido (musculação) (GIV); A seleção da amostra foi de forma probabilística aleatória simples e voluntária. Instrumentos e procedimentos utilizados na pesquisa: Para o desenvolvimento do trabalho, foram utilizados os seguintes instrumentos: Ficha para coleta dos dados, para informações dos dados pessoais e gerais para uma simples anamnese do atleta e para identificação de cada treinamento. Adipômetro Científico da marca Cescorf com escala de medida de 0,1mm, para mensuração das dobras cutâneas. Balança da marca Filizola aferida com precisão de 100g e estadiômetro metálico com precisão de 1 mm, para a mensuração da massa corporal e da estatura corporal. Foi avaliado como se encontrava o treinamento atual de cada grupo das respectivas amostras, de forma a ser observado o sistema energético (aeróbio ou anaeróbio) predominante no treinamento, a intensidade de cada treino, o tempo da duração diária do treinamento e se havia atividades extras ao treinamento específico da modalidade de cada grupo, por essas variáveis serem determinantes no processo da coleta de dados para com os resultados a serem discutidos. 70

Os atletas passaram por uma única avaliação antropométrica, em que foram aferidas as medidas de estatura, massa corporal e dobras cutâneas. A avaliação antropométrica consistiu de: Mensuração da massa corporal de forma que o indivíduo subia na balança mantendo-se ereto na posição ortostática, pés afastados à largura do quadril, com o peso dividido em ambos os pés, mantendo a cabeça no plano de Frankfurt, ombros descontraídos e braços soltos lateralmente, se encontrando descalço e sem camisa. Em seguida foi realizada a mensuração da estatura corporal, de forma que o indivíduo esteja em posição ortostática, pés descalços e unidos, procurando pôr em contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica escapular e região occipital, e a cabeça orientada no plano de Frankfurt. Foi utilizado o protocolo de Faulkner (1968), para o cálculo do percentual de gordura (%G), do peso de gordura armazenada (PGA) e da massa corporal magra (MCM). Incluindo as dobras cutâneas triciptal, subescapular, supra-ilíaca e abdominal. As medidas foram realizadas no hemi-corpo direito do avaliado, num total de três medidas sucessivas no mesmo local, considerando a média das três medidas obtidas. Estas dobras foram submetidas ao somatório para posterior análise do percentual de gordura e da massa magra, de todos os atletas do estudo. Características do treinamento físico: O treinamento físico dos atletas foi caracterizado conforme respostas obtidas pelos técnicos e anotada na ficha de coleta de dados. Os velocistas e fundistas se encontravam em fase de treinamento pré-competitivo, treinando diariamente no período da tarde, totalizando assim cerca de duas horas de treino/dia. As sessões de treinamento eram subdivididas em: velocistas, treinamento específico como técnica de partida e força de explosão, coordenação, potência e séries de treinamento lático e alático (2 a 3dias/semana), exercícios com pesos e tiros de 40m (3dias/semana), e para fundista corrida prolongada (4 a 5dias/semana) e exercícios de flexibilidade (2 dias/semana). Os culturistas analisados individualmente se encontravam predominantemente com um treinamento de musculação (hipertrofia e força) diário (5 a 6 dias/semana), alternado por grupo muscular e por membros, e com treinamento aeróbio (3 dias/semana) em horário oposto ao da musculação. Os praticantes de exercício resistido (musculação) se encontravam predominantemente em treinamento de hipertrofia muscular (4 a 5 dias/semana) e sem a realização de treinamento aeróbio pré ou pós exercícios. Confeccionou-se o quadro 01 para destacar as especificidades do treinamento de 4 semanas de cada modalidade pela média de sessões dos indivíduos participantes da amostragem de acordo com o modelo FITT de treinamento, que constitui-se de freqüência, intensidade, tempo (duração) e tipo de atividade. Plano analítico: Análise estatística descritiva de média, desvio padrão, mínimo e máximo para o Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 13.0. Para o cálculo estatístico dos dados do percentual de gordura (%G), do peso de gordura armazenada (PGA) e da massa corporal magra (MCM), foi utilizado o teste de análise de variância ANOVA one way para amostras independentes, sendo adotado um nível de significância de 5%, utilizou-se o teste de Scheffé como post-hoc da ANOVA e o coeficiente de correlação momento produto r de Pearson. Os dados foram distribuídos em gráficos e tabelas. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados antropométricos e da composição corporal foram analisados por grupo geral (GG) e por grupos específicos: fundista (GI), velocistas (GII), culturistas (GIII) e praticantes de exercícios resistidos musculação (GIV), através da estatística descritiva de média, desvio padrão, máximo e mínimo, para a diferença estatística das variáveis da composição corporal por modalidades, utilizou-se o teste de Scheffé como post-hoc da ANOVA e a correlação dos dados entre os grupos GI, GII, GIII e GIV foi obtido através do coeficiente de correlação momento produto r de Pearson. Na Tabela I estão apresentados os valores a partir da estatística descritiva de média, desvio padrão, máximo e mínimo das variáveis de composição corporal: percentual de gordura (%G), peso de gordura armazenada (PGA) (kg) e massa corporal magra (MCM) (kg), e observou-se que o percentual de gordura (%G) encontrou-se com média igual a 10,79% ±1,86, especificando os atletas fundistas (GI) com a menor média 9,59% ±0,93 dentre as modalidades da amostragem e os praticantes de exercício resistido (musculação) (GIV) com a maior média 13,19 ±2,07. A partir destes dados, temos que a média dos atletas do (GI), (GII) e do (GIII) estão classificadas percentualmente a homens atletas, conforme as médias: (GI) Fundista = 9,59% ±0,93; (GII) Velocista = 9,95% ±0,94; (GIII) Culturista = 10,44% ±0,31 e se classifica como pessoas ativas os praticantes de exercício resistido - musculação (GIV), com média = 13,19% ±2,07. 71

TABELA 1 - Estatística descritiva de media, desvio padrão, mínimo e máximo, para dados independentes por tipo de modalidade: Fundista (GI), Velocista (GII), Culturista (GIII) e Exercício Resistido (musculação) (GIV) e do Grupo Geral (GG) das variáveis: %G, PGA (Kg) e MCM (Kg) (N=32). Composição Corporal Modalidade N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Fundista 8 9,59 0,93 8,13 10,88 %G Velocista 8 9,95 0,94 9,14 11,54 Culturista 8 10,44 0,31 9,97 10,95 Exercício Resistido - musculação 8 13,19 2,07 10,18 15,54 Grupo Geral (GG) 32 10,79 1,86 8,13 15,54 Fundista 8 5,90 0,68 4,76 6,72 PGA (Kg) Velocista 8 6,80 1,19 5,43 8,36 Culturista 8 8,60 0,51 7,67 9,42 Exercício Resistido - musculação 8 10,30 2,87 6,06 13,73 Grupo Geral (GG) 32 7,90 2,30 4,76 13,73 Fundista 8 55,70 5,38 47,95 65,62 MCM (Kg) Velocista 8 61,48 8,71 52,57 74,20 Culturista 8 73,77 3,17 69,33 77,96 Exercício Resistido - musculação 8 66,55 9,23 50,67 74,57 Grupo Geral (GG) 32 64,38 9,52 47,95 77,96 A média do Peso de Gordura Armazenada (PGA) no GG (N=32) foi de 7,90kg ±2,30, como o PGA, é diretamente proporcional ao percentual de gordura, a maior média também foi dos praticantes de exercício resistido (musculação) (GIV), com média = 10,90Kg ±2,87 e a menor média foi a do (GI) fundistas 5,90Kg ±0,68. A média da Massa Corporal Magra (MCM), no GG (N=32) foi 64,38Kg ±9,52, obteve os atletas culturistas maior média 73,77Kg ±7,17 e os atletas funditas a menor média 55,70Kg ±5,38. Brown e Wilmore, citados por Pollock (1993), estudaram um grupo de sete atletas de pista e arremesso com idades entre 16 e 23 anos onde foram treinados durante seis meses com treinamento de resistência máxima três vezes por semana por 60 a 90 minutos por dia. Obtiveram em seu trabalho os seguintes resultados: ligeiro declínio no peso corporal, gorduras corporais totais e relativas e um aumento no peso livre de gordura. A Tabela II apresenta as diferenças estatísticas das variáveis IMC, %G, PGA e MCM por tipo de modalidade. O GII não se difere estatisticamente do GI (subset 1) e do GIV (subset 2), mas o GI se difere do GIV, contudo o IMC do GIII (subset 3) se difere de todos os outros grupos. O percentual de gordura dos GI, GII e do GIII (subset 1) não se diferem estatisticamente, mas, o GIV (subset 2) se difere estatisticamente de todos os outros grupos. Um estudo de Ballor et al. (1996) citado por Hauser (2004) observou os efeitos dos exercícios de resistência e aeróbio sobre o peso corporal, composição corporal e metabolismo de energia durante o repouso, em um grupo de 5 mulheres e 4 homens que realizaram somente treinamento aeróbio, e outro grupo de 5 mulheres e 4 homens que treinaram somente com pesos durante 12 semanas (com sessões de 3 vezes por semana). O resultado desse estudo mostrou que a razão da troca respiratória durante o exercício para sujeitos obesos foi de 1.03 e 0.80, respectivamente, para o treinamento com peso e exercício aeróbio de 72

moderada intensidade. Esse resultado sugere que a oxidação de gordura é muito mais alta durante o exercício aeróbio do que durante o treinamento com peso. O PGA do GII não se difere estatisticamente do GI (subset 1) e do GIII (subset 2), mas o GI se difere estatisticamente do GIII, o GIII também não se difere estatisticamente do GIV (subset 3), tendo assim o GIV diferença do GI e do GII. A MCM do GII não se difere estatisticamente do GI (subset 1) e do GIV (subset 2), mas o GI se difere estatisticamente do GIV, o GIV também não se difere estatisticamente do GIII, o GIII obteve assim diferença do GI e do GII. TABELA 2 - TESTE POST-HOC DE SCHEFEÉ, para dados independentes por tipo de modalidade: Fundista (GI), Velocista (GII), Culturista (GIII) e Exercício Resistido (musculação) (GIV). Das variáveis: Índice de Massa Corporal IMC (Kg/m 2 ), Percentual de Gordura - %G, Peso de Gordura Armazenada - PGA (Kg) e Massa Corporal Magra - MCM (Kg). VARIÁVEIS IMC (Kg/m 2 ) Subset para alpha p< 0,05 1 2 3 Fundista - Atletismo 19,860 Velocista - Atletismo 22,172 22,172 Exercício Resistido - musculação 24,185 Culturista 27,378 Sig. 0,188** 0,297** 1,000** %G Subset para alpha p< 0,05 1 2 Fundista - Atletismo 9,596 Velocista - Atletismo 9,956 Culturista 10,440 Exercício Resistido - musculação 13,199 Sig. 0,611 1,000 PGA (kg) Subset para alpha p< 0,05 1 2 3 Fundista - Atletismo 5,903 Velocista - Atletismo 6,808 6,808 Culturista 8,602 8,602 Exercício Resistido - musculação 10,303 Sig. 0,741** 0,202** 0,242** MCM (Kg) Subset para alpha p< 0,05 1 2 3 Fundista - Atletismo 55,708 Velocista - Atletismo 61,485 61,485 Exercício Resistido - musculação 66,558 66,558 Culturista 73,772 Sig. 0,459** 0,568** 0,268** *p<0,05 Significante e **p>0,05 Não Significante De acordo com o Gráfico I observa-se que os valores de Percentual de Gordura (%G), Peso de Gordura Armazenada (PGA) e Massa Corporal Magra (MCM) dos atletas fundista são menores do que as demais modalidades analisadas e quando relacionado com o tipo de treinamento verifica-se que as cargas de predominância de treinamento aeróbio são maiores, em torno de 100% para os fundistas e os praticantes de exercício resistido (musculação) e 73% para os culturistas no que se refere a min/dias de treinamento aeróbio. O valor da Massa Corporal Magra é maior para os atletas culturistas seguido dos praticantes de exercício resistido (musculação), correlacionando ao tipo de treinamento verifica-se predominância do SIG. 73

Média treinamento anaeróbio com pesos (musculação), ficando predominantemente 100% maiores comparados com os atletas fundistas, e ficando os culturistas 75% e os praticantes de exercício resistido (musculação) 70% mais predominante que os velocistas. Diante da descrição desses dados, evidencia-se a direta relação que o treinamento resistido tem com a manutenção de maiores níveis de massa isenta de gordura, em indivíduos que o praticam (FAHEY e BROWN, 1973). Gráfico 1 - Média das variáveis por tipo de modalidade: Percentual de Gordura (%G), Peso de Gordura Armazenada (PGA) e Massa Corporal Magra (MCM). 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Fundista Velocista Culturista % Gord. PGA Exercício Resistido MCM Segundo um estudo, de Rose et al (2003) que teve como objetivo descrever a composição corporal, o somatotipo e a proporcionalidade de 23 culturistas finalistas do Campeonato Brasileiro de Culturismo do ano de 2000. Os atletas apresentaram idades entre 20 e 56 anos e peso corporal entre 57,4kg e 105,8kg. O percentual médio de gordura foi de 9,65%, usando o protocolo de Faulkner, proposto pelo Grupo Brasileiro de Cineantropometria. O peso de gordura encontrado foi de 7,29kg. Concluiu-se que os culturistas brasileiros de elite estudados apresentam baixo percentual de gordura e grande peso muscular, quando comparados com o modelo de Ross e Wilson (1974), sendo a sua estrutura corporal semelhante à dos culturistas da elite internacional. O Gráfico 2 e 3 é representado pelos valores do percentual de gordura e do peso de gordura armazenado e mostram de um modo geral, que não houve uma homogeneidade com relação aos valores do percentual de gordura e do peso de gordura armazenada, para as quatro modalidades na maioria dos indivíduos, mais evidenciado os culturistas, pois a amostra dividiu-se igualmente e os valores máximo e mínimo se encontram próximo a mediana, os fundistas que obtiveram menores valores do percentual de gordura conseqüentemente menor peso de gordura armazenada, também dividiu-se igualmente nos valores acima e abaixo da mediana, mas havendo um maior distanciamento entre os valores máximo e mínimo. Com relação aos praticantes de exercício resistido, os quais obtiveram maior média do percentual de gordura e por conseqüência maior peso de gordura armazenada, a maior parte situou-se abaixo da linha da mediana, mostrando menos homogeneidade, além de se evidenciar uma grande separação entre o máximo e mínimo, e os velocistas situou-se acima da linha mediana ficando em relação ao %G menos homogêneo, mas relacionado ao PGA ficaram bem próximo a linha mediana e com pequeno distanciamento entre os valores mínimo e máximo. 74

Percentual de Gordura (%) Gráfico 2 - Percentual de Gordura - (%G) dos Fundista (GI), Velocista (GII), Culturista (GIII) e Praticantes de Exercício Resistido - musculação (GIV). 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 Fundista - Atletismo Velocista - Atletismo Modalidades Culturista Exercício Resistido - musculação Gráfico 3 - Peso de Gordura Armazenada - (PGA) dos Fundista (GI), Velocista (GII), Culturista (GIII) e Praticantes de Exercício Resistido - musculação (GIV). O Gráfico 4 é representado pelos valores da massa corporal magra e mostra de um modo geral que não houve uma homogeneização entre os valores. O (GIII) culturistas, os quais obtiveram maior massa livre de gordura, encontra-se com a amostragem dividida igualmente e os valores máximo e mínimo próximos a mediana. Os praticantes de exercício resistido encontram-se com uma grande diferença entre os valores máximo e mínimo e com a maior parte situando-se abaixo da linha mediana. Os velocistas se situam em maior parte acima da linha mediana, porém encontra-se com valores máximo e mínimo bastante separado. Gráfico 4 - Massa Corporal Magra MCM dos Fundista (GI), Velocista (GII), Culturista (GIII) e Praticantes de Exercício Resistido - musculação (GIV). 75

CONCLUSÃO O estudo com base na amostra permitiu concluir que o tipo de treinamento para velocistas, fundistas, culturistas e praticantes de musculação provoca impacto sobre os níveis de composição corporal, sendo que para os fundistas os níveis de % de Gordura, MCM e PGA, são menores e para os atletas culturistas e praticantes de musculação, maiores, o que está altamente correlacionado ao tipo de treinamento. REFERÊNCIAS DE ROSE, E. H.; TRINDADE, R. S e SILVA, P. R. P. Composição corporal, somatotipo e proporcionalidade de culturistas de elite do Brasil. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.9, n.6, Niterói Nov./Dec. 2003. FAHEY, T. D.; BROWN, C. H. The effects of anabolic steroid on the strength, body composition, and endurance of college males when accompanied by a weight training program. Medicine and Science in Sports. v.5, p.272-76, 1973. FAULKNER, J. A. Exercise physiology. Baltimore: Academic Press, 1968. FLECK, S. J.; JÚNIOR, A. F. Treinamento de Força Para Fitness e Saúde. São Paulo: Phorte, 2003. GENTIL, P. Musculação para Emagrecer. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 1991. HAUSER, C.; BENETTI, M. e REBELO, F. P. V. Estratégias para o emagrecimento. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v.6, n.1, p.72-81, 2004. LUCENA, M. Exercícios aeróbios vs exercícios anaeróbios. The Place, vol.12, p. 12-4, 2005. POLLOCK, M. L.; WILMORE, J. H. Exercícios na Saúde e na Doença: avaliação e prescrição para a prevenção e reabilitação. 2ª edição. Rio de Janeiro: Ed. MEDSI, 1993. ROSS, W. D.; WILSON, N. C. A. Stratagem for proportional growth assessment. Acta Paediatrica Belgica 1974;28 (Suppl):169-82. SANTARÉM, J. M. Atualização em Exercícios Resistidos: mobilização do tecido adiposo. Saúde Total, 1998. Disponível em: http://www.saudetotal.com Acesso em 02 de dezembro de 2007 SANTARÉM, J. M. Medicina Desportiva: exercícios resistidos. Revista Âmbito. Vol. 31, p. 15-6, 1997. 1 Grupo de Pesquisa em Cineantropometria, Atividade Física e Saúde, Desenvolvimento e Desempenho Humano UFPB; 2 Universidade Federal da Paraíba Dept. de Educação Física; 3 Laboratório de Cineantropometria (LABOCINE) UFPB, 4 Programa de pós graduação em Saúde Pública da UFPE, 5 Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). 76