Eletrobrás CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO CDE MOVIMENTAÇÕES 2006 CARVÃO MINERAL NACIONAL DIRETORIA DE ENGENHARIA - DE

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Transcrição:

Centrais Elétricas Brasileiras S/A DIRETORIA DE ENGENHARIA - DE CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO CDE MOVIMENTAÇÕES 2006 CARVÃO MINERAL NACIONAL JANEIRO/2006

CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO TÍTULO MOVIMENTAÇÕES 2006 CARVÃO MINERAL NACIONAL SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...2 2. TERMELÉTRICAS PARTICIPANTES...3 3. GERAÇÃO...3 3.1. GERAÇÃO ANUAL...4 4. QUANTIDADE DE COMBUSTÍVEIS...4 4.1. QUANTIDADE ANUAL...5 5. PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS...5 5.1. PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS...5 6. REEMBOLSOS PREVISTOS...6 6.1. REEMBOLSOS PREVISTOS R$...6 Movimentações 2006 Carvão Mineral Nacional - CDE 1

1. INTRODUÇÃO Criada pela Lei nº 10.438, no seu artigo 13º, de 26 de abril de 2002, a Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, foi regulamentada pelo Decreto nº 4.541, de 23 de dezembro de 2002, visando o desenvolvimento energético dos Estados e a competitividade da energia produzida nas áreas atendidas pelo Sistema Interligado Nacional SIN pelas termelétricas a carvão mineral, de origem nacional, dentre outras. O Decreto nº 5.029, de 31 de março de 2004, alterou artigos do Decreto nº 4.541, incluindo a cobertura dos custos de combustível primário e secundário das usinas participantes, bem como determinou que a cobertura será efetivada ao gerador mediante o sistema de reembolso, de percentual até cem por cento da despesa correspondente. Também pertence ao escopo da CDE a cobertura para as instalações de transporte de gás natural, a segunda etapa do PROINFA, a diferença entre o valor econômico da energia competitiva e a energia disponibilizada por termelétricas "novas" a carvão mineral de origem nacional, e ainda, a promoção da universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional. Os recursos para a cobertura da CDE têm como origem os pagamentos anuais realizados a título de Uso de Bem Público, os pagamentos de multas aplicadas pela ANEEL e as Quotas anuais a serem pagas por todos os agentes que comercializem energia elétrica com consumidor final, além dos agentes de transmissão. A CDE terá a duração de 25 (vinte e cinco) anos e será movimentada pela Eletrobrás, conforme parágrafo 6º, da referida Lei de criação, sem vantagem ou prejuízo e sem assumir compromissos ou riscos. O presente relatório discorrerá especificamente sobre as movimentações previstas ao longo de 2006 nas usinas a carvão mineral, de origem nacional, sendo o documento normatizador a Resolução Normativa nº 129, de 20 de dezembro de 2004, da ANEEL, que estabelece os procedimentos para o reembolso do custo do combustível primário e secundário para geração termelétrica por intermédio da CDE. Por solicitação da ANEEL em reunião conjunta da Eletrobrás, Ministério de Minas e Energia MME, ONS, COPEL, CGTEE e Movimentações 2006 Carvão Mineral Nacional - CDE 2

Tractebel Energia, a Eletrobrás já deve atuar como Agente Administrador da CDE, para os assuntos relacionados às usinas térmicas a carvão mineral junto ao ONS, ato que será formalizado com a aprovação da alteração dos Procedimentos de Rede pela ANEEL, previsto para 2006. 2. TERMELÉTRICAS PARTICIPANTES São participantes da CDE as termelétricas que já recebiam a cobertura via Conta de Consumo de Combustíveis CCC, a saber: Charqueadas e o Complexo de Jorge Lacerda, ambas de propriedade da Tractebel Energia; Presidente Médici (A e B) e São Jerônimo, ambas de Propriedade da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE, e a Termelétrica de Figueira, esta de propriedade da Companhia Paranaense de Energia Elétrica COPEL. 3. GERAÇÃO Para atendimento desta demanda, o ONS encaminhou à Eletrobrás a previsão de geração térmica nas usinas do Sistema Interligado, proveniente da Curva de Permanência de Geração Térmica, ressaltando que os valores de geração térmica para composição da CCC foram obtidos a partir de curvas de geração térmica para um nível de garantia de 70%. Como resultado, constatou-se que os valores apresentados eram inferiores às inflexibilidades equivalentes às compras mínimas contratuais, vigentes em 29 de abril de 2002, para todas as usinas consideradas. Considerando que a inflexibilidade para compra mínima do combustível para o ano de 2006 supera a necessidade de geração prevista pelo ONS, tem-se que os valores para a composição da Geração de Referência do ano de 2006 deverão ter como base os valores informados pelos Agentes Geradores conforme tabela a seguir: Movimentações 2006 Carvão Mineral Nacional - CDE 3

3.1. GERAÇÃO ANUAL Usina MW Médio Charqueadas 26,0 Presidente Médici A 50,0 Presidente Médici B 105,0 Presidente Médici Total 155,0 São Jerônimo 5,0 Jorge Lacerda A 1 25,0 Jorge Lacerda A 2 60,0 Jorge Lacerda B 160,0 Jorge Lacerda C 180,0 J. Lacerda Total 425,0 Figueira 9,8 Total 620,8 Tabela 1 4. QUANTIDADE DE COMBUSTÍVEIS Como em todos os casos analisados o despacho previsto está atendido pelas compras mínimas contratuais de carvão mineral, a quantidade a ser coberta pelos reembolsos será limitada aos quantitativos contratuais. Os níveis de compras para reembolso para os combustíveis secundários seguem os valores históricos de consumo, que se tem mostrado bastantes aderentes às necessidades verificadas. Movimentações 2006 Carvão Mineral Nacional - CDE 4

4.1. QUANTIDADE ANUAL Usina CMN OC OD Ton Ton Litro Charqueadas 346.392 960 12.000 Presidente Médici 1.600.000 25.200 180.000 São Jerônimo 78.000 - - Jorge Lacerda 2.400.000 2.400 2.400.000 Figueira 78.000-150.000 Total 4.502.392 28.560 2.742.000 Tabela 2 5. PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS Para o carvão mineral foram considerados preços médios anuais calculados pela Eletrobrás e para os combustíveis secundários foram considerados os preços informados pelos agentes geradores, para o mês de dezembro de 2005, sem nenhuma correção, expressos em reais, considerando o combustível posto na usina. 5.1. PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS Usina CMN OC OD R$/ton R$/ton R$/litro Charqueadas 70,26 1.272,00 1,814 Presidente Médici 44,88 898,80 1,886 São Jerônimo 113,08 - - Jorge Lacerda 141,25 919,00 1,438 Figueira 218,38-1,690 Tabela 3 Movimentações 2006 Carvão Mineral Nacional - CDE 5

6. REEMBOLSOS PREVISTOS Quando aplicados os preços sobre as compras previstas para cada usina, obtém-se como resultado os reembolsos previstos. Estes valores estão ilustrados a seguir, por tipo de combustível, em reais. 6.1. REEMBOLSOS PREVISTOS R$ Usina CMN OC OD Total Charqueadas 24.337.501,92 1.221.120,00 21.765,60 25.580.387,52 Presidente Médici 71.801.998,20 22.649.760,00 339.444,00 94.791.202,20 São Jerônimo 8.820.240,00 - - 8.820.240,00 Jorge Lacerda 339.000.000,00 2.205.600,00 3.450.000,00 344.655.600,00 Figueira 17.033.640,00-253.500,00 17.287.140,00 Total 460.993.380,12 26.076.480,00 4.064.709,60 491.134.569,72 Tabela 4 Movimentações 2006 Carvão Mineral Nacional - CDE 6