Processo Inflamatório e Lesão Celular Professor: Vinicius Coca www.facebook.com/profviniciuscoca www.viniciuscoca.com
O que é inflamação? INFLAMAÇÃO - Inflamare (latim) ação de acender, chama FLOGOSE phlogos (grego) queimar, pegar fogo É a resposta do tecido vascularizado a uma agressão local, com envolvimento de células do conjuntivo, do sangue, e do plasma. É fundamentalmente um resposta PROTETORA, cujo objetivo final é: - Livrar organismo da causa da lesão celular e das consequencias - Impedir o aumento da lesão
O que é inflamação? É responsabilidade do processo inflamatório proteger o organismo e causar reparação tecidual. Infelizmente, em algumas situações as respostas são demasiadamente desmedidas em intensidade ou tempo, podendo prejudicar o organismo, chegando a causar um dano maior do que a agressão que desencadeou essa resposta
Sinais Cardinais da Inflamação
A inflamação é SEMPRE benéfica? Ela pode ser potencialmente LESIVA quando dá origem a : Reações de hipersensibilidade Doenças crônica Cicatrizes deformantes
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Clinicamente a inflamação se manifesta por sintomas e sinais locais e sistêmicos. Locais: Os locais são representados pelo rubor, edema, calor, alteração funcional e dor. Os fenômenos locais resultam de modificações funcionais da rede vascular terminal em resposta a uma agressão. Sistêmicos: Os sistêmicos: febre, astenia, cefaléia e prostração.
Dor É um mecanismo de defesa, que quando ausente pode ser fatal. Na inflamação, a dor é causada: 1. Pela compressão das fibras nervosas pelo edema e acúmulo de exsudato; 2. As substâncias liberadas localmente podem causar dor, como a bradicinina e a serotonina 3. As PG (prostaglandinas) podem sensibilizar os receptores da dor a estímulos mecânicos e químicos.
Formas de Classificar a Inflamação Quanto a CAUSA: Física Química Biológica De acordo com DURAÇÃO: Inflamação Aguda Inflamação Subaguda Inflamação Crônica Qualquer que seja a causa, os ASPECTOS BÁSICOS DA INFLAMAÇÃO SÃO SEMPRE OS MESMOS. Deve ser ressaltado também que a inflamação é um processo dinâmico, sofrendo constantes modificações.
INFLAMAÇÃO AGUDA: Minutos a dias; Intensa vasodilatação; Sinais flogísticos; Fibrina; Neutrófilos; Mediadores inflamatórios INFLAMAÇÃO SUBAGUDA Semanas Edema residual e dor Alteração funcional INFLAMAÇÃO CRÔNICA: Semanas ou meses; Limitação funcional Presença de células mononucleares Angiogênese;
1) FASE IRRITATIVA: SUCESSÃO DOS MOMENTOS Células que participam: Plaquetas, neutrófilos, monócitos/macrófagos, mastócitos Ocorre liberação de mediadores inflamatórios Mediadores de ação rápida Histamina e Serotonina Mediadores de ação prolongada Citocinas, Bradicininas e Prostraglandinas Sistemas de coagulação Fibrinas e Protrombinas Aumento aderencia leucocitária e proliferação dos fibroblastos
2) FASE VASCULAR: Clinicamente: Edema, Rubor e Calor Modificações nos locais da circulação: Dilatação arteriolar HISTAMINA e SEROTONINA fluxo sanguíneo Abertura de novos capilares - volume de sangue que passa pelo local permeabilidade do sistema microvascular Hemoconcentração Alteração fluxo de leucócitos (quimiotaxia e diapedese)
3) FASE EXSUDATIVA / CELULAR: Extravasamento de líquidos, proteínas e células sanguíneas do sistema vascular para o tecido intersticial ou cavidades corporais; Citoplasma Celulas destruidas pelos macrófagos A partir da fase tres, a vasodilatação começa a diminuir, e começa o processo de isolamento da área 4) FASE DEGENERATIVA / NECRÓTICA: Caracterizada por células com alterações degenerativas reversíveis ou não, derivadas de ação direta ou indireta do agente agressor
5) FASE REPRODUTIVA / REPARATIVA: REGENERAÇÃO substitui células lesionadas por células do mesmo tipo CICATRIZAÇÃO substitui por tecido conjuntivo fibroso cicatriz permanente Constituído de: Angiogênese Migração e proliferação de fibroblastos
REGENERAÇÃO TECIDUAL Ø Controlada por fatores bioquímicos liberada em resposta a lesão celular, necrose ou trauma mecânico v Como exerce seu controle? ü Induz células em repouso a entrar em seu ciclo celular; ü Equilibra fatores esjmulatórios ou inibitórios ü Encurta o ciclo celular ü Diminui a perda celular
Cicatrização de primeira intenção Se dá pela união dos bordos da ferida, quando não há infecção nem grande perda de tecido Ex: ferimentos pequenos l Cicatrização de segunda intenção Quando a cicatrização se processa tardiamente, com formação de tecido de granulação e posterior epitelização. Ex: infarto
Tipos de Cicatriz Normotrofica A cicatrização é assim denominada quando a pele adquire o aspecto de textura e consistência anterior ao trauma. Atrófica Quando sua maturação não atinge o trofismo fisiológico esperado, surgindo, geralmente, por perda de substância tecidual Hipertrófica Ocorre quando o colágeno é produzido em quantidade normal, mas a sua organização é inadequada, oferecendo aspecto não harmônico, porém a cicatriz respeita o limite anatômico da pele Quelóide É decorrente da contínua produção de colágeno jovem devido à ausência de fatores inibitórios.