PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA DE PATENTES RELACIONADAS À AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE ÓLEOS POR TÉCNICAS DE FLUORESCÊNCIA

Documentos relacionados
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA DE PATENTES PARA DETERMINAÇÃO DE MASSA ESPECÍFICA E VISCOSIDADE DE ÓLEOS, BIOCOMBUSTÍVEIS E COMBUSTÍVEIS POR MÉTODOS ÓTICOS

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA DE PATENTES PARA DETERMINAÇÃO DE MÉTODOS UTILIZADOS PARA ANÁLISE DE MATÉRIA-PRIMA NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA SOBRE MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DA OXIDAÇÃO DE ÓLEOS E BIOCOMBUSTÍVEIS COM ÊNFASE EM MÉTODOS ÓTICOS

Biodiesel obtenção e aplicação

Prospecção Tecnológica como uma Ferramenta Aplicada em Ciência e Tecnologia para se Chegar à Inovação

Blendas do Biodiesel: Lacunas Tecnológicas e Científicas

Laboratório de eletrocatálise e reações superficiais, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru,

Aplicação da técnica de Espectroscopia Raman para a Determinação do Teor de Biodiesel em Misturas BX.

Bioquímica PROFESSOR GILDÃO

BENEFÍCIOS DOS ANTIOXIDANTES NA PADRONIZAÇÃO DA QUALIDADE DO BIODIESEL

Funções biológicas variadas

O ÓLEO DE ALGODÃO COMO FONTE PARA O BIODIESEL - Aspectos Técnicos

RECURSOS ORGÂNICOS RENOVÁVEIS NÃO RENOVÁVEIS

BIODIESEL UMA RÁPIDA VISÃO GERAL

2 o CONGRESSO BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS

Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S. website:

LIPÍDIOS. vol. 04 e 06 frente A módulo 03

Curitiba, Av. Sete de setembro, 3165, CEP , Curitiba, PR, Brasil Salvador, BA, Brasil. Salvador, BA, Brasil

AVALIAÇÃO DO USO DE ANTIOXIDANTES COMERCIAIS NA ESTABILIDADE OXIDATIVA DE SEBO BOVINO

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA DA UTILIZAÇÃO DO CITRONELOL TECHNOLOGICAL FORECASTING OF THE USE OF CITRONELLOL

Minicurso Produção de Biodiesel & Educação Ambiental. Autora: Cristiane Geissler

BIODIESEL DO ÓLEO DE PINHÃO MANSO DEGOMADO POR ESTERIFICAÇÃO

ÓLEOS E GORDURAS. Curso: Gastronomia Turma: 1 Semestre Disciplina: MAPA Professor: Acácio Sacerdote

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA SOBRE PROCESSO DE TRANSESTERIFICAÇÃO COM ÊNFASE NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 122

MSc. Bolsista CNPq/Embrapa Clima Temperado. 2. Acadêmica de Engenharia Química FURG.

A Agricultura do Brasil e do Paraná

Prof. Msc. João Neto Prof.

SEMINÁRIO REGIONAL SOBRE PRODUÇÃO E USO DE BIODIESEL BACIA DO PARANÁ III

LIPÍDEOS, ÁCIDOS GRAXOS E FOSFOLIPÍDEOS

PARTICIPAÇÃO DOS INSUMOS E INFLUÊNCIA DA VENDA DOS SUB-PRODUTOS NO CUSTO DE PRODUÇÃO DO BIODIESEL. Danielle Magalhães Rochael 1

CIB Conselho de Informações sobre Biotecnologia BIODIESEL PARA TODOS. Prof. Gil Miguel de Sousa Câmara USP/ESALQ Piracicaba SP

MERCADO DE ALIMENTOS E BEBIDAS UNIÃO EUROPEIA E CHINA

Energia a partir de Fontes Renováveis

Energia da Biomassa Células a combustível

As gorduras são triglicerídeos de cadeia média a longa contendo mais ácidos graxos saturados que os óleos.

Capítulo 15. Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal

Controle de qualidade físico-químico de óleos e gorduras. Profa. Édira Castello Branco de Andrade Gonçalves

Química - Grupo A - Gabarito. 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos) Avaliador Revisor

ANÁLISES DE ÓLEOS VEGETAIS E ÓLEO RESIDUAL BRUTO POR CROMATOGRAFIA GASOSA VISANDO À PRODUÇÃO DO BIODIESEL

UTILIZAÇÃO DA GLICERINA OBTIDA NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL PARA NEUTRALIZAÇÃO DE ÓLEO VEGETAL RESIDUAL

A Estratégia da ANP para o Controle de Qualidade do Biodiesel

Como as células são estudadas? Métodos de Estudo da Célula Biomoléculas:Estrutura e Função 28/03/2017. Microscópio. Robert Hooke (1665): Termo Célula

MATÉRIAS-PRIMAS PARA PRODUÇÃO DO BIODIESEL: PRIORIZANDO ALTERNATIVAS

OPORTUNIDADES PARA INOVAÇÃO NO BRASIL

SÍNTESE DE BIODIESEL A PARTIR DE BLENDAS UTILIZANDO PLANEJAMENTO FATORIAL 2 3

Biodiesel no Brasil: conjuntura atual e perspectivas

Classificação LIPÍDIOS

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA SOBRE O TEOR DE ENXOFRE EM DIESEL COM ÊNFASE EM FLUORESCÊNCIA

Capítulo 15. Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal

UTILIZAÇÃO DE ADITIVOS NATURAIS NO BIODIESEL PARA O MELHORAMENTO DA SUA ESTABILIDADE OXIDATIVA

Nutrientes. Leonardo Pozza dos Santos

10ª. AUDIÊNCIA DE SUSTENTABILIDADE PARCERIAS PELA SUSTENTABILIDADE AGOSTO/2008

Submetido ao II SJPB - AVALIAÇÃO DE ESPÉCIES IÔNICAS VOLATILIZADAS APÓS OXIDAÇÃO ACELERADA DO BIODIESEL DE SOJA

DETERMINAÇÃO DE PROPRIEDADES DO ÓLEO RESIDUAL DE FRITURAS, COM E SEM FILTRAÇÃO, EM DIFERENTES TEMPERATURAS

Reações de Substituição Folha 01 Prof.: João Roberto Mazzei

6 Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel 965 Biodiesel de

A SUSTENTABILIDADE COMO REFERÊNCIA PARA A CADEIA DO BIODIESEL: REFLEXÕES PRELIMINARES

AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM REATORES PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DA ANÁLISE DOS PEDIDOS DE PATENTES.

UTILIZAÇÃO DE ADITIVOS NATURAIS A PARTIR DA Moringa oleifera LAM PARA O MELHORAMENTO DA ESTABILIDADE OXIDATIVA DO BIODIESEL

ESTUDO DA ESTABILIDADE OXIDATIVA DOS ÓLEOS DE BURITI (Mauritia flexuosa) E BABAÇU (Orrbignya speciosa)

Engº Giuseppe Sarpa Field Specialist

QUIMICA: Química Orgânica/Cadeias Carbônicas Prof. Douglas_17/10/2018 1

Palavras Chave: Óleo essencial, cravo-da-índia, eugenol, prospecção tecnológica

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA DE ARTIGOS E PATENTES SOBRE INIBIDORES DE CORROSÃO METÁLICA EM MEIO CORROSIVO DE COMBUSTÍVEL OU BIOCOMBUSTÍVEL

Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I

CH 2 H H. β-galactose α-frutose β-ribose (gomas das plantas, parte pegajosa) (açúcar das frutas) (parte do RNA, ácído ribonucléico) H 4.

ANÁLISE DOS PARÂMETROS DE QUALIDADE ATRAVÉS DAS CURVAS DE DESTILAÇÃO DO B100 A PARTIR DO ÓLEO VEGETAL DE GIRASSOL.

O POTENCIAL E A APLICAÇÃO DOS BIOCOMBUSTÍVEIS

Humbervânia Reis Gonçalves da Silva 1 ; Alexandre Lopez Del Cid 1 ; Cristina M. Quintella 1

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 92

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 50

Mercado de Óleos Vegetais: histórico e conjuntura

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 18

A PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DA AMÊNDOA DO TUCUMÃ DO AMAZONAS

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO BIODIESEL DE JATROPHA CHARACTERIZATION PHYSICAL CHEMISTRY OF BIODIESEL JATROPHA

Cadeia produ+va do Biodiesel

Avaliação da estabilidade oxidativa do B100 com o uso de aditivos comerciais e extrativos

Estudo Reológico Comparativo entre Óleos Lubrificantes Automotivos Sintéticos E Minerais

2 o CONGRESSO BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS

Razões para os programas públicos de incentivos a combustíveis de fontes renováveis. Eng. GABRIEL FERIANCIC SISTRAN Engenharia

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 128

QUÍMICA ORGÂNICA II. Funções Orgânicas

Que tipo de gordura estou consumindo?

LIPÍDEOS, LIPÍDIOS OU LÍPEDOS AULA 3

Fundamentos de Lubrificação e Lubrificantes Aula 6 PROF. DENILSON J. VIANA

SEMINÁRIO REGIONAL SOBRE PRODUÇÃO E USO DE BIODIESEL BACIA DO PARANÁ III. Programa Paranaense de Bioenergia - PR Bioenergia -

22/11/2012 CONCEITO. - São compostos orgânicos heterogêneos (átomos de carbono), de origem animal ou vegetal.

INFORMAÇÕES ECONÔMICAS DA MAMONA COMO BIOCOMBUSTÍVEL

Determinação de Glicerina Total em Biodiesel: Uma análise crítica Cromatografia Gasosa x Iodometria

EXPORTAÇÕES (US$ Milhões FOB) IMPORTAÇÕES (US$ Milhões FOB)

José Manuel Cabral de Sousa Dias Embrapa Agroenergia. Guarujá (SP), 29 de outubro de 2012

Coordenador do Grupo de Extensão e Pesquisas em História da Agricultura e dos Complexos Agroindustriais GEPHAC - e orientador do Grupo de Estudos e

SIMULAÇÃO DO PROCESSO CONTÍNUO DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL

Normalização para Biodiesel

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA AUTOR(ES): CHRISTIANE RAYSSA MIGUEL

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA DE RECONHECIMENTO DE PLACAS DE VEÍCULOS PROSPECTION TECNOLOGICAL FOR RECOGNITION OF LICENSE PLATE

Integração de Negócios. Integração de Negócios

ANÁLISE DE DESGASTE MECÂNICO DE UM MOTO GERADOR OPERANDO COM BIODIESEL DE SOJA

Transcrição:

115 PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA DE PATENTES RELACIONADAS À AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE ÓLEOS POR TÉCNICAS DE FLUORESCÊNCIA Saionara Luna¹*; Marilena Meira 2 ; Cristina Quintella¹ 1 Universidade Federal da Bahia, Rua Barão de Geremoabo, s/n, 1 Campus Universitário de Ondina, Salvador-BA Cep. 40.170-290 (saionaraluna@gmail.com) 2 Instituto Federal da Bahia, Av Universitária Sn. Pitanguinha Simões Filho - Bahia RESUMO O termo óleo refere-se a todos os fluídos imiscíveis em água (hidrofóbico) e miscíveis em outros óleos (lipofílico), podendo ter origem vegetal, animal, mineral ou sintética. Os óleos e gorduras animais e vegetais são utilizados principalmente na culinária e como matéria-prima para a produção de biodiesel. Já os óleos minerais são empregados basicamente como combustíveis, lubrificantes, como isolantes elétricos e como proteção contra ferrugem. Os óleos sintéticos são fabricados como o intuito de substituir com vantagem os óleos minerais em suas funções e têm sido utilizados como lubrificantes especiais, fluidos de freios e óleos hidráulicos. Com o objetivo de apresentar uma visão geral do estado atual de P&D de tecnologias relacionadas à avaliação da qualidade de óleos por meios ópticos com ênfase em técnicas de fluorescência foi feita esta prospecção na base de dados Espacenet. A metodologia de pesquisa inicial consistiu na associação da palavra-chave oil* com o código G01N21, que se refere a métodos ópticos sendo encontradas 1109 patentes. Acrescentando nesta busca a palavrachave fluores* foram encontradas 147 patentes. PALAVRAS-CHAVE: Óleo, Prospecção Tecnológica, fluorescência ABSTRACT The term oil refers to all fluids immiscible with water (hydrophobic) and miscible in other oil (lipophilic), which generally are viscous at ambient conditions and may be vegetable, animal, mineral or synthetic. Oils vegetables and animal fats are mainly used in cooking and as a feedstock for biodiesel production. Since mineral oils are mainly employed as fuel, lubricants, electrical insulation and protection against rust. Synthetic oils are made to replace the mineral oils in their roles and have been used as special lubricants, brake fluids and hydraulic oils. In order to present an overview of the current state of P&D of technologies related to evaluating the quality of oils by optical techniques with emphasis on fluorescence was this technological forecasting in Espacenet. The research methodology consisted of the associated keyword oil* with the code G01N21, which refers to optical methods and were found 1109 patents. Adding in this search the keyword fluores* were found 147 patents. Keywords: Oil, Technological Prospecting, fluorescence Área tecnológica: Biocombustíveis, análise de qualidade de materiais.

116 INTRODUÇÃO O termo óleo refere-se a todos os fluídos imiscíveis em água (hidrofóbico) e miscíveis em outros óleos (lipofílico) podendo ter origem vegetal, animal, mineral ou sintética (REDA, 2007) Muitos óleos são viscosos como os óleos vegetais outros possuem menor viscosidade como o óleo diesel. Os óleos vegetais e gorduras animais são formados basicamente por triglicerídeos que são ésteres do glicerol com ácidos graxos de cadeias longas. 2 O comprimento e o grau de insaturação variam de acordo com a fonte. As gorduras animais contêm principalmente cadeias saturadas. Já os óleos de peixe e de vegetais são predominantemente constituídos por cadeias insaturadas e muitas poliinsaturadas. Os óleos vegetais são extraídos principalmente das sementes oleaginosas. As principais matérias-primas utilizadas são a soja, mamona, dendê, girassol, milho, coco, linhaça, babaçu e amendoim. As gorduras animais são extraídas, principalmente da banha de porco, galinha e boi. Os óleos e gorduras animais e vegetais são utilizados na culinária e como matéria-prima para a produção de biodiesel (MMORETTO, 1998; MEIRA, 2011). Os óleos denominados de óleos essenciais são também de origem vegetal, mas, constituem uma mistura de substâncias voláteis odoríferas utilizados nas indústrias cosmética, farmacêutica e alimentícia (MEIRA, 2011). Os óleos minerais são obtidos a partir da destilação fracionada do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos, na sua maioria hidrocarbonetos. São empregados como lubrificantes de peças mecânicas, como anti-ferruginosos, como combustíveis e como isolantes elétricos, neste caso são conhecidos como óleos de transformador. Os óleos sintéticos são produzidos pelas indústrias através de uma reação química que pode ser síntese total ou parcial. É possível a obtenção de vários tipos de cadeia molecular, com diferenças características físico-químicas. Podem ser de cinco tipos principais: silicones, poliésteres, diésteres, perfluorados e hidrocarbonetos sintéticos. Os óleos sintéticos são fabricados como o intuito de substituir com vantagem os óleos minerais em suas funções e têm sido utilizados como lubrificantes especiais, fluidos de freios e óleos hidráulicos. Alguns óleos sintéticos são solúveis em água (BRUNETON, 2001). Este trabalho teve por objetivo apresentar o panorama do estágio atual e identificar as tendências tecnológicas de desenvolvimento cientifico e tecnológico relacionados ao desenvolvimento de métodos ópticos para determinação da qualidade de óleos com ênfase nas técnicas de fluorescência. METODOLOGIA A base de dados escolhida foi a da Espacenet que é uma base mundial de acesso livre usualmente escolhida para prospecção. A metodologia consistiu na busca de patentes através da associação das palavras-chaves oil*, no título ou resumo, com o código G01N21 que se refere a métodos ópticos sendo encontradas 1109 patentes. Acrescentando nesta busca a palavra-chave fluores* foram encontradas 147 patentes. Através do software Vantage Point foi feita a mineração dos dados para elaboração dos gráficos da prospecção.

117 RESULTADOS E DISCUSSÃO As quatro primeiras patentes foram requeridas no ano de 1972. Foram duas do Japão, uma dos EUA e a outra da Suécia. Observa-se que o depósito de patentes na área de estudo está concentrado nos últimos 10 anos com maior crescimento em 2002 (Figura 1). Nos primeiros 45 anos (1924-1969), foram depositadas apenas 21 patentes que estão ilustradas no gráfico. Logo após o ano de 1972, podemos perceber que há um aumento crescente do número de patentes com o passar dos anos. A falta de dados nos anos de 2010 e 2011, que é atribuída ao fato de não se dispor dos dados completos em função do período de 18 meses de sigilo das patentes. Podemos ainda inferir que ao longo dos anos o número de patentes relacionado ao tema estudado vem aumentando. Nos Estados Unidos a produção de biodiesel passou de 757 litros em 1999 para cerca de 80 milhões de litros em 2004. A frota de caminhões e tratores já tinha autorização para adicionar 20% de biodiesel ao diesel sem ainda legislação específica. 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1924 1945 1948 1951 1954 1957 1960 1963 1966 1969 1972 1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005 2008 Figura 1: Evolução anual do depósito de patentes conforme escopo deste trabalho. Fonte: Autoria própria, 2012. A Figura 2 diz respeito aos países que mais depositaram patentes relacionadas ao tema estudado. Os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão são os grandes detentores da tecnologia relativa ao uso de métodos ópticos para análise de óleos. A Figura 3 mostra o número de patentes para os inventores mais produtivos. Verifica-se que a maior produção é de apenas 3 patentes por inventor. Entre os inventores que mais produziram destacam-se Wu Xu da Coréia do Sul, Gergely John dos Estados Unidos e Spilker Kerry Kennedy também dos Estados Unidos com 3 patentes cada relacionadas ao tema estudado.

118 A empresa holandesa Schlumberger, foi a que mais depositou com 6 patentes como mostra a Figura 4. Destacam-se ainda a Texaco, Conoco e Switzer Brother Inc cada uma com 4 patentes depositadas. Eslovênia Noruega França Dinamarca Suíça Austrália Coréia do Sul Alemanha Japão Grã-Bretanha Estados Unidos 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 Figura 2: Volume de depositante por País. Fonte: Autoria própria, 2012. KONG HOSUNG [KR] HEGAZI EZZAT M [CA] GAVISH MOSHE [IL] WEI AI-PING [CN] SPILKER KERRY KENNEDY [US] GERGELY JOHN S [US] WU XU [CN] 0 1 2 3 Figura 3: Número de patentes por inventores. Fonte: Autoria própria, 2012.

119 BAILEY METERS CONTROLS LTD [US] ELECTROFLOR INC [US] MAGNAFLUX CORP [US] SWITZER BROTHERS INC [GB] CONOCO INC [US] TEXACO DEVELOPMENT CORP [US] SCHLUMBERGER TECHNOLOGY BV [NL] 0 1 2 3 4 5 6 Figura 4: Número de patentes por depositantes de maior relevância. Fonte: Autoria própria, 2012. PERSPECTIVAS Com esta prospecção, verificou-se que o uso de métodos ópticos para determinação da qualidade de óleos é explorado em diferentes finalidades. A maior desvantagem dos métodos ópticos em relação aos métodos clássicos existentes atualmente diz respeito ao custo do equipamento. No entanto, a necessidade de sistemas de detecção mais versáteis, rápidos e eficientes para o monitoramento da oxidação de óleos e biodiesel pode estimular o desenvolvimento, em curto espaço de tempo, de uma grande variedade de tecnologias com o uso de métodos ópticos que aliados as vantagens de maior precisão e exatidão dos resultados, a possibilidade de automatização e principalmente a maior rapidez analítica pode superar em muito a questão econômica. Os métodos ópticos, principalmente a espectrofluorimetria revelam grandes perspectivas quanto a sua utilização no monitoramento da qualidade de óleos sendo campos férteis de estudos e de tecnologias a serem desenvolvidas. CONCLUSÃO O termo óleo é um termo geral e refere-se a todos os fluídos que são imiscíveis em água e miscíveis em solventes apolares e podem ter origem vegetal, animal, mineral ou sintética. Existem hoje, 1109 patentes relacionadas a óleos e métodos ópticos. E destas, 147 são relacionadas à fluorescência o que se pode concluir que o uso da fluorescência para determinar qualidade de óleos ainda é muito pouco utilizada consistindo de oportunidade para P&D, tendo alto potencial de gerar inovação. REFERÊNCIAS BRUNETON, J. Farmacognosia: fitoquímica, plantas medicinales. 2 ed. Zaragoza: Acribia, 2001, 1099 p.

120 FIRESTONE, D. Physical and chemical characteristics of oils, fats, and waxes. Washington: 1999, 152p. MEIRA, M; QUINTELLA, C. M.; TANAJURA, A. S.; SILVA, H.R.G ; FERNANDO, J. E. S.; COSTA NETO, P. R.; PEPE, I. M.; SANTOS, M. A.; NASCIMENTO, L. L. Determination of the oxidation stability of biodiesel and oils by spectrofluorimetry and multivariate calibration. Talanta, n. 85, p. 430 434, 2011. MORETTO, E.; FETT, R. Tecnologia de óleos e gorduras vegetais. São Paulo: Varela, 1998, 150p. Óleo mineral, semi-sintético e sintético diferenças. Disponível em: <http://escolademecanica.wordpress.com/2007/11/18/oleo-mineral-semi-sintetico-e-sinteticodiferencas/>. Acessado em: 20 nov. 2011. REDA, S. Y.; CARNEIRO, P. I. B. óleos e gorduras: aplicações e implicações. Revista Analytica, n. 27, p. 60-66, 2007. SOLOMONS, G.T.W. Química Orgânica. 6 ed. Rio de Janeiro, 1996, 645p.