ARCO METROPOLITANO Ordenamento urbano e desenvolvimento social na Baixada Fluminense Roberto Kauffmann Conselho Empresarial da Construção Civil 29 de setembro de 2015
Baixada Fluminense I & II Municípios: 16 População 2014: 3,8 milhões de habitantes (23,2% do estado) Área: 3,8 mil km² PIB 2012: R$ 68,0 bilhões (13,5% do PIB estadual) PIB industrial 2012: R$ 13,2 bilhões (9,5% do PIB estadual)
Déficit habitacional Municípios Domicílios particulares Domicílios particulares ligados às redes gerais de Domicílios particulares sem acesso às redes gerais de água e esgoto Domicílios perticulares em aglomerados subnormais¹ água e esgoto (A) (B) (C) Magé 70.395 28.239 42.156 59,9% 5.589 7,90% Guapimirim 15.718 8.768 6.950 44,2% ND ND Miguel Pereira 8.324 4.665 3.659 44,0% 983 11,80% Mangaratiba 11.778 6.746 5.032 42,7% 2.801 23,80% Paty do Alferes 7.998 4.616 3.382 42,3% ND ND Belford Roxo 145.667 108.529 37.138 25,5% 10.398 7,10% Duque de Caxias 269.284 168.536 100.748 37,4% 18.336 6,80% Paracambi 15.242 10.372 4.870 32,0% 1.803 11,80% Nova Iguaçu 248.092 189.281 58.811 23,7% 2.853 1,10% Itaguaí 33.894 27.524 6.370 18,8% 2.371 7,00% Queimados 42.230 34.831 7.399 17,5% 1.624 3,80% Japeri 28.424 23.640 4.784 16,8% 671 2,40% Mesquita 53.108 48.445 4.663 8,8% 320 0,60% São João de Meriti 147.435 137.175 10.260 7,0% 14.456 9,80% Seropédica 24.249 22.741 1.508 6,2% 2.119 8,70% Nilópolis 50.496 46.056 4.440 8,8% ND ND Total 1.172.334 870.164 302.170 25,8% 64.324 5,50% 1: Assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, ressacas, mocambos e palafitas, entre outros. Fonte: IBGE (Censo 2010, Atlas do Saneamento); Instituto Trata Brasil B/A C/A
Déficit habitacional 302,2 mil domicílios sem acesso a água e esgoto, insumos mais básicos para uma condição de vida digna. 64,3 mil domicílios em favelas, onde não existem ofertas adequadas de saúde, educação, trabalho e segurança. Esta condição descumpre direitos essenciais à moradia digna previstos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Constituição Brasileira e Política Nacional de Habitação
Combatendo o déficit de forma ordenada Não basta construir novos conjuntos habitacionais. É preciso construir do jeito certo e no lugar certo.
Combatendo o déficit de forma ordenada Os projetos devem ser coordenados com as áreas públicas de assistência social (creches), educação (escolas), saúde (postos médicos), transportes (proximidade com ramais metroferroviários e ônibus), segurança (policiamento ostensivo para impedir a ação de grupos criminosos); Os investimentos, em especial destinados à faixa de renda até 3 salários mínimos, devem manter a relação com o local de moradia atual, evitando que a família selecionada seja transferida para áreas distantes de seus empregos ou escolas;
Combatendo o déficit de forma ordenada Os projetos não podem reproduzir o modelo Cidade de Deus : um grande conjunto habitacional construído longe dos sistemas de transporte, sem oferta de escolas, creches, comércio, serviços e emprego.
Combatendo o déficit de forma ordenada Os empreendimentos precisam ser planejados como minibairros. Oferecendo toda a infraestrutura social com uso misto, garantindo que, além dos domicílios, haja comércio, serviços e estabelecimentos industriais de baixo impacto ambiental.
Combatendo o déficit de forma ordenada Em 2005 o Sinduscon/RJ apresentou o Projeto Piloto de Habitação Popular Sustentável. O projeto previa a construção de minibairros em terrenos localizados próximos às estações ferroviárias e ao longo da Avenida Brasil, o que garantiria o acesso dos futuros moradores ao transporte coletivo de massa. Estação Eng. Pedreira 850 mil/m² Nova estação de trem Estação Queimados
Combatendo o déficit de forma ordenada Os novos corredores de mobilidade urbana (TransOeste, TransCarioca, TransBrasil e TransOlímpica) podem ter a mesma função de facilitadores do surgimento de bairros de uso misto ao longo de seus traçados. Ao longo do Arco Metropolitano, existe uma grande oportunidade para os minibairros, que aproveitariam a infraestrutura já existente nas regiões, inclusive de transporte público.
Integração urbana Novas áreas industriais bem relacionadas com a cidade e vetores de expansão habitacional NOVA IGUAÇU Jardim Marambaia 0,4 km DUQUE DE CAXIAS Área para Minibairro 1,5 milhão/m² 3,5 km 4,5 km Área industrial 4,3 km Vila de Cava 1,7 km EF 118 Jardim Mariana Miguel Couto
Integração urbana DUQUE DE CAXIAS Capivari Jardim Mariana Área industrial Área industrial Figueira Minibairro 813 mil/m² Minibairro 750 mil/m² Vale do Ipê Minibairro 1,8 milhão/m² BELFORD ROXO Santo Antônio
Conclusão A elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, através da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, é a grande oportunidade para o ordenamento dos municípios metropolitanos. As prefeituras precisam aproveitar a oportunidade para adequarem seus planos diretores, não apenas de ordenamento, mas também de mobilidade e de saneamento, assim como as leis de zoneamento e ocupação e uso do solo, de forma a que todos os municípios estejam no mesmo patamar de planejamento É preciso que os setores público e privado e a sociedade civil ajam em conjunto na elaboração e na execução de políticas de planejamento destinadas a garantir o desenvolvimento socioeconômico e a qualidade de vida da região.
OBRIGADO! Roberto Kauffmann Conselho Empresarial da Construção Civil Sistema FIRJAN