ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA



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Transcrição:

0 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA- UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE- CCBS CURSO DE FISIOTERAPIA Analu Figueiredo Chavaglia Carolline Assunção da Silva ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA BELÉM-PA 2010

1 ANALU FIGUEIREDO CHAVAGLIA CAROLLINE ASSUNÇÃO DA SILVA ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Qualificação do Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade da Amazônia-UNAMA, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof. Paulo Eduardo Santos Ávila. BELÉM-PA 2010

2 ANALU FIGUEIREDO CHAVAGLIA CAROLLINE ASSUNÇÃO DA SILVA ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Banca examinadora: Prof. Paulo Eduardo Santos Ávila (Universidade da Amazônia) Orientador Prof. Ms. Márcio Clementino (Universidade da Amazônia) Examinador interno Ft. João Basílio Filho (Hospital Saúde da Mulher) Examinador externo Apresentado em: / / Conceito Qualificação do Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Fisioterapia da Universidade da Amazônia-UNAMA, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof. Paulo Eduardo Santos Ávila. Belém-Pará 2010

3 A minha família Aos meus amigos A minha amiga de projeto Carolline Analu Chavaglia A mim Aos meus pais e noivo A minha dupla Analu Carolline Silva

4 AGRADECIMENTOS - Analu Chavaglia Agradecer primeiramente a Deus, por me iluminar e abençoar minha trajetória. Ao meu pai Levi, e minha mãe Marly, pelo apoio e por tudo que sempre fizeram por mim, pela simplicidade, exemplo, amizade, e carinho, fundamentais na construção do meu caráter. Além da ajuda incansável da minha mãe para ajudar nos cuidados com meu filho, você é demais! Aos meus irmãos, José e Arthur, especialmente ao José, pelo conhecimento e dicas importantes que contribuíram para a minha formação profissional. Ao meu amado filho Giovanni, que chegou para alegrar as nossas vidas. Hoje a minha vitória também é dele. Ao meu esposo, Fábio, pacientemente sempre me dando conselhos, força, coragem e incentivo. Aos meus guias espirituais, pela proteção e inspiração. A professora, Carla Serrão, que no princípio foi de suma importância para a realização desse estudo. Você é maravilhosa! Ao orientador Paulo Ávila, pelo apoio e conhecimento transmitido. A Gorete, por nos ajudar com a coleta dos dados. A todos que de alguma forma ajudaram, agradeço por acreditarem no meu potencial, nas minhas idéias, nos meus devaneios, principalmente quando nem eu mais acreditava. E por último, e não menos importante, obrigada à minha amiga de projeto: Carolline, Sem você nada disso seria possível..

5 AGRADECIMENTOS - Carolline Silva Ao meu bom Deus, por me dar sabedoria, oportunidade de viver, paciência e fôlego de vida a cada amanhecer. Aos meus pais, Ray e Bosco, pela força, incentivo a lutar pelos meus ideais, carinho e muito amor que me deram durante toda a minha vida pessoal e acadêmica. Ao meu noivo (Silvio Otero), que durante todos esses anos tem sido meu amigo e juntamente comigo chorou e riu muitas vezes durante todo esse percurso da faculdade e da minha vida com muito amor e paciência. Aos meus familiares por me ajudarem e me apoiarem. Agradeço aos meus amigos de estágio, por todo ensinamento e motivação que me deram e pela amizade de todos esses anos. A minha amiga e autora do projeto, Analu Figueiredo Chavaglia, pela amizade, companheirismo, paciência e motivação durante esses anos de muita vitória e dedicação. Amiga você foi porto seguro, na hora em que pensei que não daria certo e você acreditou e incentivou-nos a alcançar o que sonhamos. Ao meu atual orientador, Paulo Ávila, por nos ajudar com seus ensinamentos, paciência, e por sempre colocar caminhos que no qual, poderíamos trilhar sem medo. A nossa querida professora Carla Serrão, que tem seus méritos desde a escolha do tema, sua atenção, dedicação e motivação. Adoro você professora!

6 AGRADECIMENTOS - Analu e Carolline Ao nosso bom Deus, por ter nos dado o dom da vida e a capacidade podermos alcançar a tudo que almejamos em nossas vidas. A todos nossos professores que contribuíram e enriqueceram nossos conhecimentos em toda nossa vida acadêmica. Ao nosso atual orientador, Paulo Ávila, por nos ajudar com seus ensinamentos, paciência e por sempre nos mostrar que conseguiríamos vencer esta etapa de nossas vidas. Em especial a nossa primeira orientadora, Carla Serrão, que sempre acreditou nessa pesquisa e no nosso potencial e não nos permitiu desistir nos momento de dificuldades. A diretora da Unidade Básica de Saúde da Pedreira, Nazaré Carvalho, pela sua simplicidade em nos dar a oportunidade de realizar nossa pesquisa. As funcionárias da Unidade Básica de Saúde da Pedreira, as enfermeiras Lucy e Rosi, em especial a Gorete, pela sua forma de como nos acolheu, ajudou-nos nas dificuldades, pela sua paciência em nos aturar esses meses. Você será lembrada sempre! Aos participantes da pesquisa que, com dedicação e carinho, contribuíram para o sucesso desse estudo.

7 RESUMO CHAVAGLIA, A.F; SILVA, C.A. Análise dos Fatores de Risco Cardiovascular na Hipertensão Arterial Sistêmica. 2010. Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia, Universidade da Amazônia. Belém- PA, 2010. Estima-se que as doenças cardiovasculares (DCV) sejam a causa principal de mortalidade no mundo e no Brasil. Segundo vários estudos, as DCV estão ligadas a genética, estilo de vida (dieta inadequada, sedentarismo) e qualidade de vida, sendo estes, seus principais fatores de risco. A hipertensão arterial sistêmica tornou-se uma problemática para a saúde pública mundial, devido sua alta incidência e associação com DCV. Perante a grande incidência da doença nos últimos anos, implicou-se no aumento de pesquisas sobre os fatores de risco cardiovascular. Com isso, objetivou-se realizar a análise dos fatores de risco cardiovascular na hipertensão arterial sistêmica. Para tanto, a pesquisa foi realizada na Unidade Básica de Saúde da Pedreira, no qual, foram avaliados 100 mulheres matriculadas no programa HIPERDIA e 100 mulheres saudáveis com idade compreendida entre 35 a 60 anos, na Unidade Básica de Saúde da Pedreira. A coleta de dados foi realizada mediante a aplicação do termo de consentimento livre e esclarecido e por meio de uma ficha de avaliação. Para a análise dos dados, examinaram-se as estatísticas descritivas das amostras; utilizou-se a estatística quiquadrado que permitiu a avaliação da associação entre as categorias das amostras e os fatores de risco cardiovascular; e as estatísticas t de Student e Mann-Whitney para comparar as medidas de fatores de risco entre as mulheres hipertensas e saudáveis. Os resultados indicaram a existência de associação significativa entre mulheres hipertensas e Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC) e Circunferência do Pescoço (CP) e que as mulheres hipertensas apresentaram medidas de IMC, CC e CP significativamente maiores do que as mulheres saudáveis. Palavras-chave: Doenças cardiovasculares, fatores de risco, hipertensão arterial sistêmica

8 ABSTRACT CHAVAGLIA, Analu Figueiredo SILVA, Carolline Assumption. Analysis of Cardiovascular Risk Factors in Hypertension. 2010. Completion of the work of School of Physical Therapy, University of Amazonia. Belém-PA, 2010. It is estimated that cardiovascular diseases (CVD) are the leading cause of mortality worldwide and in Brazil. According to several studies, CVD is linked to genetics, lifestyle (poor diet, sedentary lifestyle) and quality of life, the latter being the main risk factors. Hypertension has become a problem for global public health, due to its high incidence and association with CVD. Given the high incidence of the disease in recent years, resulted in the increase in research on cardiovascular risk factors. With that aimed to perform the analysis of cardiovascular risk factors in hypertension. Therefore, the research was carried out in the Basic Health Unit of the Quarry, in which we evaluated 100 women enrolled in the program HIPERDIA and 100 healthy women aged 35-60 years in the Basic Health Unit of the Quarry. Data collection was performed by applying the term of consent and through an evaluation form. For data analysis, were examined descriptive statistics of the samples we used the chisquare statistic that allowed assessment of the association between the categories of samples and cardiovascular risk factors, statistics and Student t and Mann- Whitney test to compare measurements of risk factors among the hypertensive women and healthy. The results indicated the existence of a significant association between hypertensive women and Body Mass Index (BMI), waist circumference (WC) and neck circumference (PC) and the hypertensive women had BMI measurements, CC and CP significantly higher than healthy women. Keywords: Cardiovascular diseases, risk factors, hypertension

9 LISTA DE FIGURAS Figura 01 Anatomia das Artérias Coronárias 18 Figura 02 Depósito do Trombo 21 Figura 03 Verificação do Peso 33 Figura 04 Posição Ortostática 34 Figura 05 Orientação da Cabeça 34 Figura 06 Posicionamento da fita métrica 36 Figura 07 Posição do esfigmomanômetro 37 Figura 08 Posição do individuo 37 Figura 09 Posição ortostática 38 Figura 10 Distribuição do Índice de Massa Corporal (IMC) de mulheres 46 hipertensas e mulheres saudáveis Figura 11 Distribuição do índice de massa corporal (IMC) 47 Figura 12 Distribuição da Circunferência da Cintura de mulheres hipertensas e 49 mulheres saudáveis Figura 13 Distribuição da Circunferência da Cintura 51 Figura 14 Distribuição da Circunferência do Pescoço de mulheres hipertensas 53 e mulheres saudáveis Figura 15 Distribuição da circunferência do pescoço 54 Figura 16 Distribuição do Nível de Escolaridade de mulheres hipertensas e 55 mulheres saudáveis Figura 17 Distribuição do Tabagismo de mulheres hipertensas e mulheres 57 saudáveis Figura 18 Distribuição do consumo de álcool entre mulheres hipertensas e 58 mulheres saudáveis Figura 19 Distribuição do padrão de atividade física entre mulheres hipertensas e mulheres saudáveis 60

10 LISTA DE TABELAS Tabela 01 Classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) 35 Tabela 02 Classificação da Pressão Arterial Sistêmica 37 Tabela 03 Distribuição dos índices de massa corporal (IMC) do grupo de 45 mulheres hipertensas e mulheres saudáveis Tabela 04 Estatísticas dos índices de massa corporal (IMC) de mulheres 46 hipertensas e mulheres saudáveis Tabela 05 Distribuição das medidas de circunferência da Cintura do grupo de 49 mulheres hipertensas e mulheres saudáveis Tabela 06 Estatísticas dos índices da circunferência da cintura do grupo de 50 mulheres hipertensas e mulheres saudáveis Tabela 07 Distribuição das medidas da circunferência do pescoço do grupo de 52 mulheres hipertensas e mulheres saudáveis Tabela 08 Estatísticas das medidas da circunferência do pescoço do grupo de 53 mulheres hipertensas e mulheres saudáveis Tabela 09 Distribuição do nível de escolaridade entre o grupo de mulheres 55 hipertensas e mulheres saudáveis Tabela 10 Distribuição do Tabagismo entre o grupo de mulheres hipertensas e 56 mulheres saudáveis Tabela 11 Distribuição do consumo de álcool entre o grupo de mulheres 58 hipertensas e mulheres saudáveis Tabela 12 Distribuição do padrão de atividade física entre o grupo de mulheres hipertensas e mulheres saudáveis 59

11 LISTA DE SIGLAS DCV- Doença cardiovascular CP- Circunferência da Cintura CP- Circunferência do pescoço cm- Centímetro DAC- doença arterial coronariana h²- altura ao quadrado HAS- Hipertensão Arterial Sistêmica IAM- Infarto agudo do miocárdio IMC- Índice de massa corporal Kg- Quilograma mmhg- Milímetros de Mercúrio P.A- Pressão arterial PAD- Pressão arterial diastólica PAS- Pressão arterial sistólica PO- Posição ortostática UNAMA- Universidade Da Amazônia

12 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO 14 2-REFERENCIAL TEÓRICO 17 2.1- ANATOMIA DO CORAÇÃO 17 2.2- SISTEMA CARDIOVASCULAR 19 2.2.1- Funções do Sistema Cardiovascular 19 2.3- DOENÇAS CARDIOVASCULARES 19 2.3.1- Doença Arterial Coronariana 20 2.3.2- Aterosclerose 21 2.3.3 - Infarto Agudo Do Miocárdio 22 2.4- HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 23 2.5- FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR 24 2.5.1- Obesidade 24 2.5.2- Índice de Massa Corporal (IMC) 25 2.5.3- Tabagismo 25 2.5.4- Atividade Física 26 2.5.5- Sedentarismo 27 2.5.6- Alcoolismo 27 2.5.7- Antecedentes Familiares 28 2.5.8 -Circunferência da Cintura 28 2.5.9- Circunferência do Pescoço 29 3- METODOLOGIA 30 3.1- TIPO DE ESTUDO 30 3.2- ABORDAGEM DA PESQUISA 30 3.2.1- Local 30 3.2.2- Amostra 30 3.2.3- Período 31 3.3- CRITÉRIO DE INCLUSÃO 31 3.4- CRITERIO DE EXCLUSÃO 31 3.5- COLETA DE DADOS 31 3.5.1- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 32 3.5.2- Ficha de Avaliação 32 3.5.3- Verificação do Peso 33 3.5.4- Verificação da Estatura 33 3.5.5- Verificação do Índice de Massa Corporal 34 3.5.6- Verificação da Circunferência da Cintura 35 3.5.7- Aferição da Pressão Arterial 36 3.5.8- Verificação da Circunferência do Pescoço 37 3.5.9- Antecedentes Pessoais 38

4- Riscos e Benefícios 39 4.1- RISCOS 39 4.2- BENEFÍCIOS 39 5- ANÁLISE ESTATÍSTICA 40 6- RESULTADOS E DISCUSSÃO 45 CONSIDERAÇÕES FINAIS 62 REFERÊNCIAS 63 APÊNDICE A 70 APÊNDICE B 71 APÊNDICE C 72 APÊNDICE D 74 APÊNDICE E 76 ANEXO A 77 13

14 1. INTRODUÇÃO As doenças cardiovasculares (DCV) tornaram-se um grave problema para a saúde pública no Brasil, no qual em 2000, ocorreram 260.555 mortes, ou seja 30% do total de óbitos no ano, devido causas cardiovasculares. A doença cardiovascular é um fenômeno multifatorial e sistêmico, de genêse e fatores hereditários, ambientais e estilo de vida. O aumento progressivo da incidência de doenças cardiovasculares (DCV) em países desenvolvidos no século XX estabeleceu a aceleração de pesquisas, principalmente relacionada aos agentes etiopatogênicos. Nos países industrializados essas doenças se tornaram a maior causa de morte, destacando-se a cardiopatia isqêmica ou a doença coronariana. Quanto mais esses países se desenvolvem, aumenta paralelamente o índice de mortalidade por essas doenças. No Brasil, o maior número de óbitos é decorrente das doenças do aparelho circulatório, com diferentes etiologias e manifestações clínicas, destacando-se as doenças coronarianas, as cerebrovasculares e a insuficiência cardíaca. Dentro da multicausalidade das doenças cardiovasculares, o presente estudo abordará fatores de risco tais como, obesidade (IMC), hipertensão arterial sistêmica, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, circunferência abdominal, antecedentes familiares e circunferência do pescoço que implicam diretamente em todos os estágios de desenvolvimento da doença cardiovascular. Os fatores de risco cardiovascular podem estar relacionados com o individuo (idade, sexo, escolaridade, herança genética); estilo de vida (tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e dieta inadequada) e agentes biológicos (hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes e hipercolesterolemia), como também as condições sócias econômicas culturais e ambientais. A obesidade pode ser definida como excesso de peso atribuído ao acúmulo excessivo de gordura corporal, caracterizando-se como um importante problema de saúde mundial. No Brasil, a obesidade atinge a população adulta de forma diferenciada entre os sexos e vem sendo mais observada em indivíduos de baixa renda. Entre os indicadores antropométricos que refletem o excesso de tecido adiposo corporal, destaca-se a circunferência abdominal que

15 reflete em particular a gordura visceral e o Índice de Massa Corporal (IMC) obtido através da divisão do peso em quilogramas pela altura em metros elevada ao quadrado. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) caracteriza-se como um dos fatores independentes para as DCV, em geral é uma doença silenciosa, constituindo-se um importante determinante de morbidade e mortalidade cardiovascular. A incidência da HAS atinge cerca de 22% a 44% de toda a população urbana, tendo alta prevalência em indivíduos obesos, sedentários e adeptos de uma alimentação rica em sal. O sedentarismo é a situação no qual há um gasto energético inferior a 500 Kcal por semana, além do gasto calórico basal, enquadra-se como um importante fator de risco cardiovascular. A atividade física regular atua diretamente no sistema cardiovascular como um preditor para o controle das fisiopatologias associado ao excesso de peso e HAS. Concluise que a pratica regular de exercício físico diminui os níveis pressóricos em indivíduos hipertensos e normotensos com sobrepeso Uma em cada cinco mortes por DCV é decorrente do tabagismo, sendo o mesmo, considerado um elevado fator de risco cardiovascular, causando mais de um terço de todos os óbitos por infarto do miocárdio, caracterizando como um fator que predispõe a ocorrência da aterosclerose. O alcoolismo é definido como uma doença crônica e de complexa natureza no qual, o indivíduo consome álcool sem limites em grandes quantidades, tornando-se progressivamente dependente e tolerante aos efeitos tóxicos. De acordo, com a literatura o consumo moderado do álcool reduz o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, no entanto, seu consumo abusivo traz imensuráveis conseqüências negativas para a saúde e altos custos para o sistema de saúde. Pesquisadores de Framingham Heart Study, avaliaram a circunferência do pescoço de mais de 3 mil pessoas, e constataram que quanto maior a medida obtida, maior a associação com problemas que levam ao entupimento dos vasos, como hipertensão e baixos níveis de colesterol bom. Levanta-se a possibilidade de que, além da circunferência do abdômen outra área do corpo pode ser usada como marcador de risco cardiovascular. Os estudos concluíram que a circunferência do pescoço pode se associar ao desenvolvimento de fatores de risco de cardiovascular. Com base em inúmeras implicações das doenças cardiovasculares na qualidade de vida afetando todas as camadas sociais tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, este estudo justifica-se na tentativa de analisar os fatores de risco cardiovascular na hipertensão arterial sistêmica, já descritos na literatura e buscar correlação e

16 resposta com estudos atuais sobre a hipertensão arterial sistêmica como fator de risco cardiovascular. O principal objetivo desta pesquisa é a analisar os fatores de risco cardiovascular na hipertensão arterial sistêmica. Tem como objetivos específicos; coletar informações quanto a nome, idade, sexo, profissão, estado civil, antecedentes familiares, pressão arterial sistólica e diastólica, obesidade (IMC), peso, altura, circunferência abdominal, circunferência do pescoço, tabagismo, alcoolismo e atividade física; identificar os indivíduos que apresentam risco cardiovascular e orientar quanto a prevenção desses riscos

17 2- REFERENCIAL TEÓRICO 2.1- ANATOMIA DO CORAÇÃO O coração tem formato de cone, é relativamente pequeno, medindo em torno de 12 cm de comprimento, equivalente ao tamanho do punho fechado (TORTORA, 2002). O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido estende-se do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites. A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita (NETTER; FRANK, 2000) Sendo considerado como a principal estrutura do mediastino, o coração, é dividido em direito e esquerdo, separado por um septo longitudinal, contendo dois átrios que recebem sangue das veias e dois ventrículos impulsionam o sangue para o interior das artérias. Sendo constituído por três camadas: o epicárdio, miocárdio e o endocárdio (PORTO, RASSI, 2005). O coração possui seu próprio sistema próprio de artérias e vais de suprimento arterial e drenagem sanguínea. A drenagem do coração é efetuada por vasos que se lançam diretamente ao átrio ou por um sistema de vasos que irá desembocar no seio coronário (ou seio venoso do coração), um pequeno tronco, mas relativamente largo, na parede posterior do átrio esquerdo, terminando no átrio direito percorrendo o sulco coronário nessa região. Dos vasos que desembocam diretamente no átrio, destacam-se as veias cardíacas anteriores que drenam a parede anterior do ventrículo direito, uma das veias cardíacas anteriores pode drenar a margem direita, recebendo o nome de veia marginal direita. Dos principais vasos tributários do seio coronário, destaca-se a Veia magna do coração que ascende pelo sulco interventricular anterior, podendo receber a veia marginal esquerda antes de se tornar o seio coronário, responsável pela drenagem da parede esquerda do coração. A veia posterior do ventrículo esquerdo drena para o seio coronário, mas pode apresentar variação e drenar para a veia média do coração. A veia média do coração ascende pelo sulco interventricular posterior desembocando no seio coronário. A veia pequena do coração percorre o sulco coronário na face esternocostal desembocando no seio coronário posteriormente. Outra veia de destaque é a

18 veia oblíqua do átrio esquerdo, resquício da veia cardinal anterior esquerda, desembocando na parte inicial do seio coronário, anteriormente (Gardner, 1998) O músculo cardíaco é irrigado pelas artérias coronárias direita e esquerda, as duas artérias e suas ramificações têm origem na superfície epicárdica, chegando até o interior do miocárdio (CHAGAS, 2000) A artéria coronária esquerda tem inicio no seio da valsava esquerdo, onde dividi-se em duas artérias: a artéria descendente anterior e a artéria circunflexa (FIGURA 1). A descendente anterior desce pelo sulco interventricular emitindo ramos diagonais e septais, já a artéria circunflexa contorna o sulco atrioventricular emitindo ramo marginal (BUENO; UMEDA E MILHOMEN, 2005) A artéria coronária direita emerge do seio da valsava direita, passa pelo suco atrioventricular dando origem a ramos principais como o descendente posterior e o ventricular posterior (FIGURA 1), irrigando o átrio direito, ventrículo direito, nó sinusal e atrioventricular, porção posterior do septo interventricular e parte da parede posterior do ventrículo esquerdo (BUENO; UMEDA E MILHOMEN, 2005) Figura 1: Anatomia das Artérias Coronárias (Science photo library)

19 2.2- SISTEMA CARDIOVASCULAR O sistema cardiovascular é composto por uma série de tubos, que são os vasos sanguíneos, entre os mesmo, percorre um fluido (sangue) e células, e esse sistema é ligado ao coração. Uma das principais funções do sistema cardiovascular é transportar matéria para todo o corpo, e esses componentes transportados são os nutrientes, gases e água, entretanto, outra função do sistema é remover resíduos liberados pela célula até o fígado para serem metabolizados (SILVERTHORN, 2003). 2.2.1 Funções do Sistema Cardiovascular O sistema circulatório permite que algumas atividades sejam executadas com grande eficiência. O transporte de gases e de responsabilidade dos pulmões, o transporte de nutrientes, transporte de resíduos metabólicos, transporte de hormônios, transporte de calor distribuição do mecanismo da defesa e coagulação sanguínea. (SILVERTHORN, 2003) 2.3- DOENÇAS CARDIOVASCULARES Em breve, as doenças cardiovasculares tornaram-se a principal causa de óbito no mundo (LAURENTI, 2005). Sendo que no Brasil, no ano de 2000, o número de mortes por DCV, chegou a 258.867. Segundo a OMS, em 2002, ocorreram 16,7 milhões de óbitos, no qual 7,2 milhões foram por DCV. Especula-se que em 2020 esse número cresça para 35 ou 40 milhões de mortes (AVEZUM et al, 2004). As DCV representam como maior destaque na atualidade devido, sua alta taxa de morbimortalidade, sendo bastante preocupante sua alta incidência para os próximos anos. Estima-se que em 2040, no Brasil, a freqüência dessa doença, chegue a 250% comparado á China (200%) e a Índia (180%) (THE CHALLENGE OF CARDIOVASCULAR DISEASES IN DEVELOPING ECONOMIES, 2004). As Doenças cardiovasculares, coronarianas, dislipidemias, hipertensão, obesidade e diabetes melito formam um conjunto de morbidades geralmente associadas entre si, constituindo-se um grave problema de Saúde Pública. Estas doenças compõem um grande conjunto de patologias onde inclui várias doenças cardíacas e vasculares mais específicas. A

20 doença cardiovascular mais comum é a doença das artérias coronárias, a qual pode ocasionar ataque cardíaco e outras condições graves (MANO, 2007). Segundo Ross e Davignon (2004) apud Rosini et al. (2006), as DCV não seriam consideradas a primeira causa de morte sem a presença de múltiplos fatores de risco, implicando diretamente tanto no inicio, na progressão e ocorrência de futuros eventos cardiovasculares. Segundo vários estudos o desenvolvimento de DCV está ligado a genética, estilo de vida (dieta inadequada, sedentarismo, stress físico e psicológico), qualidade de vida, sendo estes considerados fatores de risco para a doença. Porém a inatividade, o sedentarismo quando associado ao tabagismo, obesidade, hereditariedade aumenta as chances de mortes precoce do indivíduo. (NEIMANN, 1999; CIOLAR et al, 2000; PINTO et al, 2003). Segundo Tortora (2002), os tipos de doenças cardiovasculares incluem doença das artérias coronárias, ataque cardíaco, angina, síndrome coronariana aguda, aneurisma da aorta, arritmias, doenças congênitas e insuficiência cárdica. Devido a grande incidência das DCV no ultimo século, obteve como resultado o aumento de pesquisas sobre os fatores de riscos (FR) que poderiam desencadear o desenvolvimento das DCV ( CHOR et al, 1999). Embora a genética e a idade tenham fortes influencias sobre esta evolução, não se pode descartar que outros FR também possam influenciar no estilo de vida (O KEEFE; HARRIS, 1996 apud RIQUE; SOARES; MEIRELHES, 2002). 2.3.1- Doença Arterial Coronariana Para Tortora (2002), a doença arterial coronariana é um problema sério, no qual afeta a cada ano, 7 milhões de pessoas. A doença arterial coronariana é definida como resultado do acumulo de placas aterosclerótica nas artérias coronárias, implicando na redução do fluxo sanguínea para o miocárdio. Segundo Aquino et al (2001), a doença arterial coronariana, corresponde a 80% das mortalidades entre as DCV, tornando-se uma problema devido sua alta incidência, principalmente nos centros urbanos e indivíduos com idade mais elevada. A doença arterial coronariana é definida como resultado do acumulo de placas aterosclerótica nas artérias coronárias, implicando na redução do fluxo sanguínea para o miocárdio. (TORTORA E GRABOWSKI, 2002).

21 Para (GUS; FISCHMANN; CLÁUDIO, 2002), alguns principais fatores de risco para doença arterial coronariana são conhecidos e comprovados, como hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, dislipidemias, obesidade, sedentarismo, diabetes mellitus e antecedentes familiares. Os antecedentes familiares constituem fator de risco não modificável e independente e devem ser ainda muito estudados, mas já considerado. Pacientes com parentes em primeiro grau precocemente com cardiopatia coronariana têm maiores riscos de desenvolver doença arterial coronariana que ao outras pessoas. 2.3.2.- Aterosclerose Segundo Laurindo (2000), a aterosclerose é um forte fator para o crescimento da mortalidade por DCV, representando na maioria dos países entre 30% a 35% de todas as causas de óbito. Já no Brasil, segundo a DATASUS, em 2000, ocorreram 579.960 óbitos em individuo com idade igual ou superior a 55 anos, no qual 36,5% destes foram conseqüências de doenças do aparelho circulatório (STEFANINI, KASINSKI e CARVALHO, 2005). A formação do processo aterosclerótico é atribuída á genética, antecedentes familiares e o estilo de vida que o individuo adota, além da forte influência do meio ambiente. Porém, existem fatores que aceleram o processo da aterosclerose, como o tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada, obesidade, dislipidemia e hipertensão (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 1997 apud MARTINEZ; VALE, 2000). A aterosclerose é um processo multifatorial, progressivo e lento, no qual, há alteração na parede arterial (GOTTLIEB, BONARDI E MORIGUCHI, 2005). A gênese da formação da placa de ateroma biológica é complexa, onde há um crescimento progressivo de lipoproteína na camada intra e extracelular, associado a um processo celular proliferativo, levando a disfunção endotelial e alterando a matriz extracelular e ocasionando o deposito de trombo (FIGURA 2) (LAURINDO, 2000). Figura 2: Depósito do Trombo (sciense photo library)

22 A formação da aterosclerose é devido à presença de fatores de riscos que atuam sobre o endotélio das artérias, ocasionando a ausência de mediadores auto-protetores no foco do leito capilar. Qualquer processo patológico pode alterar a função do endotélio, em especial os fatores de risco, como hipertensão arterial, diabete, dislipidemia, levando a alterações homeostáticas. (ROCHA; LIBBY, 2005) Segundo Gottlieb; Bonardi e Moriguchi, 2005, qualquer artéria pode ser alvo de placas ateroscleróticas, porém os alvos principais são a aorta, as artérias coronárias e cerebrais, tendo como conseqüências o infarto do miocárdio, isquemia cerebral e aneurisma aórtico. Alguns estudos dividem em duas fases o desenvolvimento da aterosclerose: -Fase aterosclerótica : têm-se a formação da lesão aterosclerótica, que esta se deve a influência dos fatores de risco clássicos que se desenvolvem com o tempo. Neste período, devido sua historia lenta e gradual, sua evolução não traz consigo manifestações clínicas que possam comprometer a vida. - Fase trombótica: estar sobre forte influencia dos fatores de risco trombogênicos, onde se tema formação aguda de trombo sobre a placa aterosclerótica, no qual pode ocorrer eventos agudos coronarianos, infarto do miocárdio (IAM), angina instável ou morte súbita. Quando há uma desestabilização da placa aterosclerótica, há manifestações como a angina instável e o infarto agudo do miocárdio, devido a diminuição significativa da luz do vaso proveniente da presença de um trombo local (GOTTLIEB; BONARDI; MORIGUCHI, 2005). 2.3.3- Infarto Agudo do Miocárdio A isquemia miocárdica é caracterizada como resultado final da isquemia prolongada e não aliviada, devido a interrupção total do fluxo sanguíneo ao miocárdio. Essa interrupção se dá pela complicação de uma placa de ateroma decorrente de um trombo, no qual levou o estreitamento da luz da artéria coronária ( BRUNO; UMEDA. MILHOMEM, 2005). A isquemia miocárdica é caracterizada como um desequilíbrio entre a oferta de oxigênio ao miocárdio e seu demanda por esse tecido. O processo isquêmico que ocorre no