CARTILHA DE ORIENTAÇÃO

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Transcrição:

CARTILHA DE ORIENTAÇÃO OPERAÇÕES / PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS DESTINADAS A NÃO CONTRIBUINTE (VERSÃO 1.1) GMT SEFAZ/AL

2 1. Base Legal: a) Emenda Constitucional 87/2015 1 : Altera o Art. 155 e introduz o Art. 99 da ADCT, ambos da Constituição Federal de 1988. E institui a regra de cobrança do ICMS incidente nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado. b) Convênio CONFAZ 93/2015 2 : Dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada. c) Convênio CONFAZ 152/2015 3 : Altera o Convênio 93/15, que dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada. d) Convênio CONFAZ 153/2015 4 : Dispõe sobre a aplicação dos benefícios fiscais da isenção de ICMS e da redução da base de cálculo de ICMS autorizados por meio de convênios ICMS às operações e prestações interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada. e) Lei 7734/15 5 : Disciplina a exigência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação - ICMS nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do imposto localizado em outra unidade da federação, de que trata a Emenda Constitucional nº 87, de 16 de abril de 2015. f) IN GSEF 35/15 6 : Dispõe sobre o cadastro de contribuintes do ICMS, nos termos do Decreto nº 3.481, de 16 de novembro de 2006, especialmente para dispor sobre a inscrição de contribuinte em outra unidade da federação que efetue operações ou prestações com destino a não contribuinte do ICMS em alagoas. 1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc87.htm 2 https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenio-icms-93-15 3 https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenio-icms-152-15 4 https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenio-icms-153-15 5 Disponível em: http://www.sefaz.al.gov.br/legislacao.php 6 Idem.

3 g) Lei 5900/96 7 : Dispõe sobre o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação - ICMS, nos termos da LEI COMPLEMENTAR Nº 87, DE 13 DE SETEMBRO DE 1996. h) Lei 7740/15 8 : Altera a Lei Estadual Nº 5.900, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996. i) Lei 6558/04 9 : Institui o FUNDO ESTADUAL DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA - FECOEP, nos termos da EMENDA CONSTITUCIONAL FEDERAL N.º 31, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2000. j) Lei 7742/15 10 : Altera a Lei Estadual Nº 6.558, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 O objetivo deste manual é elucidar possíveis dúvidas geradas pelas mudanças do texto constitucional (Art. 155, 2º, VII, e Art. 99 do ADCT), que preveem a cobrança e a repartição da arrecadação do ICMS DIFAL nas operações e prestações interestaduais que tenham como destinatário não contribuinte do ICMS, quer seja pessoa física ou jurídica. Para tanto, analisaremos a Regra Matriz do ICMS prevista na reforma constitucional, bem como seus desdobramentos nos âmbitos do CONFAZ e da legislação tributária do estado de Alagoas. Tal regra, que é resultado das prescrições realizadas pelo legislador, deve prever: a) a hipótese de incidência do tributo, ou seja, a descrição do ato tributável; b) a quem se deve pagar o tributo (sujeito ativo); c) quem deve pagar o tributo (sujeito passivo); d) o local e o momento em que o fato gerador deve ocorrer para que seja passível de tributação; e) e, finalmente, quanto se deve pagar: alíquota e respectiva base de cálculo. Passemos agora a analisar de forma mais detalhada cada aspecto da regra matriz tributária. 7 Disponível em: http://www.sefaz.al.gov.br/legislacao.php 8 Idem. 9 Idem. 10 Idem.

4 2. Hipótese de Incidência: Esta nova incidência tributária foi introduzida no Art. 155 da CF, vejamos: Analisando: "CF 88... Art. 155, 2º, VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual A nova cobrança do ICMS DIFAL deve ser realizada sempre que ocorrerem operações que destinem bens ou serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS em Alagoas. Primeiramente, destacamos que além da incidência mais costumeira sobre a venda de bens, temos aqui neste ponto uma nova previsão de cobrança, que é a exigência do ICMS DIFAL sobre a prestação de transportes. Pontuando. 2.1) Circulação de mercadorias: Ocorrerá a cobrança sempre que um bem se destine a não contribuinte. Aqui abrangendo não apenas as compras que tenham como destinatário pessoas físicas (CPF), mas também quando o destinatário for pessoa jurídica (CNPJ) e esta não for contribuinte do ICMS no estado de Alagoas. Logo, observamos que o universo de contribuintes foi ampliado, abrangendo quase a totalidade da NFes que tenham Alagoas como destino, pois ocorrerá a repartição de receitas mesmo nas operações de circulação de mercadorias destinadas a: - Pessoas físicas (Ex: Compras de internet, Veículos adquiridos de outro estado em loja ou concessionária, Embarcações, etc); - Prestadores de serviços (Ex: Salão de Cabeleireiro, Construtoras, etc); - Entes públicos e federativos (Ex: Prefeituras, Autarquias, etc); - Pessoas jurídicas sem intuito comercial (Ex: Condomínios); - Pessoas jurídicas imunes (Ex: Igrejas)

5 2.1.1) Hipóteses de exclusão ou redução da cobrança na circulação de mercadorias: quando o produto for imune (Livros, Revistas e Periódicos). conforme o Convênio 153/15 CONFAZ, só serão consideradas reduções de base de cálculo ou isenções que sejam concedidas através de convênio CONFAZ editado até dezembro de 2015. Nestes casos podemos ter: Isenção ou redução válida apenas no Estado de origem e não internalizada em Alagoas. Tal isenção ou redução não deve ser considerada no cálculo. Isenção ou redução válida em Alagoas, deve ser considerada no cálculo, mesmo que não tenha sido internalizada pelo Estado remetente. quando o produto for sujeito ao ICMS/ST (Substituição Tributária) na operação. Ex: Marketing Direto e veículos faturados diretamente da indústria ou importador. OBS: a) Produtos sujeitos ao ICMS/ST em fases anteriores (no estado de origem), devem sofrer a cobrança do ICMS DIFAL. Ex:Veículos automotores adquiridos em concessionárias em outro Estado (Não se aplica o Convênio ICMS 51/00). 2.2) Prestação de serviço: Ocorrerá a cobrança sempre que um serviço se destine a consumidor final não contribuinte no estado de Alagoas, sendo este destinatário pessoa física ou jurídica não contribuinte. Aqui devemos observar que o serviço, para ser incluído na cobrança, deve ser cobrado do destinatário (FOB). E neste caso o valor do frete comporá a base de cálculo da cobrança do ICMS DIFAL. Vejamos: Conv. 93/15, Cláusula segunda... II se prestador de serviço:... 3º O recolhimento de que trata a alínea c do inciso II do caput não se aplica quando o transporte for efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem (cláusula CIF Cost, Insurance and Freight).

6 3. Sujeito ativo do ICMS DIFAL: O sujeito ativo da cobrança do ICMS DIFAL é o Estado onde se encontra o destinatário da circulação da mercadoria ou da prestação do serviço. Vejamos: CF 88, Art. 155, 2º, VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; Para o serviço de transportes o sujeito ativo é o estado de destino do serviço. Vejamos: Conv. 93/15, Cláusula segunda, 2º Considera-se unidade federada de destino do serviço de transporte aquela onde tenha fim a prestação. 4. Sujeito passivo do ICMS DIFAL: A responsabilidade pelo recolhimento do ICMS DIFAL é: Do remetente do bem ou serviço. Vejamos: 4.1) Transferência da responsabilidade: CF 88, Art. 155, 2º, VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída:... b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; A legislação tributária prevê hipóteses de transferência da sujeição passiva (responsabilidade pelo recolhimento), transferindo a obrigatoriedade pelo recolhimento para terceira pessoa. Conforme elenco abaixo: a) Responsabilidade do destinatário da mercadoria. Vejamos: Lei 7734/15 Alagoas. Art. 4º Na falta de recolhimento do imposto a cada operação ou prestação de que trata o art. 3º desta Lei, o imposto deverá ser recolhido pelo destinatário em Alagoas no momento da entrada no território do Estado ou em prazo estabelecido em regulamento.

7 b) Responsabilidade do transportador da mercadoria. Vejamos: LEI COMPLEMENTAR Nº 87, DE 13 DE SETEMBRO DE 1996 Art. 6º Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. 2o A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de cada Estado. Lei Nº 5900 DE 27 DE Dezembro DE 1996 Art. 21 - São responsáveis pelo pagamento do imposto: IV - o transportador, em relação à mercadoria: a) proveniente de outro Estado para entrega em território deste Estado a destinatário não designado, ou não regularmente inscrito, ou ainda, com endereço ou nome fictícios; OBS: A eleição do responsável tributário na operação é faculdade do agente fiscal responsável pela ação fiscal. 4.2) Empresas optantes pelo Simples Nacional: A sistemática relativa ao ICMS DIFAL também é aplicável às operações e prestações realizadas por empresas remetentes optantes da sistemática de tributação do SIMPLES NACIONAL do Estado de destino, instituído pela LC 123/06, no tocante à parcela do ICMS do estado de destino. Vejamos: Conv. 93/15, Cláusula nona Aplicam-se as disposições deste convênio aos contribuintes optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação ao imposto devido à unidade federada de destino.

8 5. Aspecto temporal do ICMS DIFAL: O momento de ocorrência do fato gerador do ICMS DIFAL é o início da circulação da mercadoria ou prestação de serviço. Vejamos: Conv. 93/15, Cláusula quarta O recolhimento do imposto a que se refere a alínea c dos incisos I e II da cláusula segunda deve ser efetuado por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais GNRE ou outro documento de arrecadação, de acordo com a legislação da unidade federada de destino, por ocasião da saída do bem ou do início da prestação de serviço, em relação a cada operação ou prestação. Deste dispositivo, podemos inferir que toda mercadoria ou serviços sujeitos à cobrança do ICMS DIFAL devem seguir acompanhados da respectiva guia de recolhimento. O recolhimento para o estado de Alagoas pode ser realizado através de GNRE ou DAR/CB. OBSERVAÇÕES: a) Conforme a IN GSEF 35/15, alguns remetentes de mercadorias e serviços, nas operações sujeitas à cobrança do ICMS DIFAL, poderão, a critério da Secretaria da Fazenda de Alagoas SEFAZ/AL, realizar o recolhimento pela apuração mensal, através de inscrição no cadastro de contribuintes de Alagoas. b) Observar que no início do mês de janeiro de 2016, ainda estarão sendo apresentadas nos postos fiscais de Alagoas, DANFEs emitidos antes de 01/01/2016, sobre os quais não deve incidir a tributação da reforma constitucional contida neste manual. 5.1) Penalidade aplicável ao pagamento fora do prazo: Nos casos em que o DANFE ou CTRC/MANIFESTO seja apresentado no posto fiscal de fronteira do estado de Alagoas, desacompanhado da guia de recolhimento, a cobrança do ICMS DIFAL e do FECOEP deve ser realizada acrescida da penalidade legal (multa) de 50%. Vejamos: Lei 5900/96 Alagoas, Art. 79. Falta de recolhimento do imposto no prazo legal, em situação não compreendida nas hipóteses previstas nos artigos seguintes: MULTA - Equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto. Lembrando que esta penalidade sofre as reduções previstas na legislação tributária de Alagoas. Vejamos:

9 Lei 5900/96 Alagoas, Art. 73 - As multas previstas na Seção III, Subseção I e Seção IV, Subseção I, deste Capítulo, serão reduzidas de acordo com as seguintes condições: I - em 70% (setenta por cento), se o crédito tributário for pago de uma só vez no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da ciência do lançamento tributário; II - em 42% (quarenta e dois por cento), se o crédito tributário for pago de uma só vez, quando decorridos mais de 30 (trinta) dias da data da ciência do lançamento tributário e antes da: a) decisão de primeira instância administrativa; ou b) inscrição em dívida ativa, no caso de não impugnação da exigência; 6. Base de cálculo e Alíquota do ICMS DIFAL: 6.1) Base de cálculo: A base de cálculo do ICMS DIFAL engloba: Vejamos: - o montante do próprio imposto (Imposto por dentro ); - seguros e juros; - frete (FOB); Conv. 93/15, Cláusula segunda, 1º A base de cálculo do imposto de que tratam os incisos I e II do caput é o valor da operação ou o preço do serviço, observado o disposto no 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. LC 87/96, 1 o Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso V do caput deste artigo: I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle; II - o valor correspondente a: a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição; b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.

10 6.2) Alíquotas aplicáveis ao cálculo: Para o cálculo do ICMS DIFAL, precisamos analisar a aplicabilidade de dois sistemas de alíquotas. Quais sejam: 6.2.1) Alíquota Interestadual: As alíquotas aplicáveis nas operações interestaduais seguem ordenamentos exarados pelo Senado Federal, especialmente as Resoluções do Senado Federal 22/89 e 13/12. E são: 4% - Para os produtos de origem importada 7% - Para as operações que destinem bens das regiões Sul e Sudeste, destinadas às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo. 12% - Para os demais casos. 6.2.2) Alíquota Interna no estado de Alagoas: A alíquota interna que deve ser considerada é a constante do ANEXO II deste arquivo. OBS: Entre os dias 01/01 e 11/01 de 2015 a alíquota interna de Alagoas aplicável é a anterior as Leis 7740/15 e 7742/15, devido a aplicação do princípio da noventena. 7. Sistemática de Cálculo do ICMS DIFAL: A sistemática de cálculo segue o especificado na cláusula segunda do Convênio CONFAZ 93/15. Vejamos: Cláusula segunda Nas operações e prestações de serviço de que trata este convênio, o contribuinte que as realizar deve: I se remetente do bem: a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o ICMS total devido na operação; b) utilizar a alíquota interestadual prevista para a operação, para o cálculo do imposto devido à unidade federada de origem; c) recolher, para a unidade federada de destino, o imposto correspondente à diferença entre o imposto calculado na forma da alínea a e o calculado na forma da alínea b ;

11 II se prestador de serviço: a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o ICMS total devido na prestação; b) utilizar a alíquota interestadual prevista para a prestação, para o cálculo do imposto devido à unidade federada de origem; c) recolher, para a unidade federada de destino, o imposto correspondente à diferença entre o imposto calculado na forma da alínea a e o calculado na forma da alínea b. 1º A base de cálculo do imposto de que tratam os incisos I e II do caput é o valor da operação ou o preço do serviço, observado o disposto no Convênio ICMS 152/2015.... 4º O adicional de até dois pontos percentuais na alíquota de ICMS aplicável às operações e prestações, nos termos previstos no art. 82, 1º, do ADCT da Constituição Federal, destinado ao financiamento dos fundos estaduais e distrital de combate à pobreza, é considerado para o cálculo do imposto, conforme disposto na alínea a dos incisos I e II, cujo recolhimento deve observar a legislação da respectiva unidade federada de destino. 7.1) Regra de transição ICMS DIFAL (Repartição de receitas): O valor apurado do ICMS DIFAL, entre os anos de 2016 e 2019 sofrerá a incidência de regra de transição que rege a repartição da receita do imposto como segue: a) Operações realizadas entre 01/01/2016 e 31/12/2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta por cento) para o Estado de origem; b) Operações realizadas entre 01/01/2017 e 31/12/2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta por cento) para o Estado de origem; c) Operações realizadas entre 01/01/2018 e 31/12/2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por cento) para o Estado de origem; d) Operações realizadas a partir de 01/01/2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino; OBS: Desde 01/01/2016 toda a arrecadação (100%) referente ao FECOEP deve ser recolhida para o Estado de destino.

12 ESQUEMA PARA CÁLCULO DO ICMS DIFAL E FECOEP PARA O ESTADO DE ALAGOAS. OBS: Esta forma de cálculo tem como base o trabalho de fiscalização nos postos fiscais. Lembrando que no momento da fiscalização não temos acesso direto ao valor da mercadoria, apenas ao DANFE onde já houve incidência de alguma tributação do ICMS. Passo 1: Encontrar o valor da mercadoria. Como o ICMS integra sua própria base de cálculo, devemos primeiramente encontrar o valor efetivo das mercadorias ou serviços da operação. Para se encontrar este valor: a) Subtrair do valor total do DANFE ou CTRC/CTe o valor do ICMS recolhido na operação e destacado no documento. Atentar que, conforme a Nota Técnica 2015/0003 ENCAT, o remetente deve, no campo informações complementares do DANFE, apontar os valores considerados para recolhimento do ICMS DIFAL e FECOEP. b) Acrescentar o valor do frete se este for cobrado do destinatário (FOB). c) Acrescentar outras despesas como seguros. OBS: - Observar se no DANFE existe destaque de ICMS em todos os produtos. Se o produto também receber a isenção ou redução de base de cálculo em Alagoas, retirar o valor do produto ou reduzir a base de cálculo. - Manter no valor da mercadoria o valor do IPI se este incidir na operação. - Observar se existe produto sem tributação no Estado do remetente, mas que deve ser tributado em Alagoas. Manter seu valor no apurado do valor das mercadorias.

13 RELEMBRANDO: Hipóteses de exclusão ou redução da cobrança na circulação de mercadorias: quando o produto for imune (Livros, Revistas e Periódicos). conforme convênio CONFAZ, só serão consideradas reduções de base de cálculo ou isenções que sejam concedidas através de convênio CONFAZ editado até dezembro de 2015. Nestes casos podemos ter: Isenção ou redução válida apenas no estado de origem e não internalizada em Alagoas, não deve ser considerada no cálculo. Isenção ou redução válida em Alagoas, deve ser considerada no cálculo, mesmo que não tenha sido internalizada pelo estado do remetente. quando o produto for sujeito ao ICMS/ST (Substituição Tributária) na operação. Ex: Marketing Direto e veículos faturados diretamente da indústria ou importador. OBS: b) Produtos sujeitos ao ICMS/ST em fases anteriores (no estado de origem), devem sofrer a cobrança do ICMS DIFAL. Ex:Veículos automotores adquiridos em concessionárias em outro estado. OBS: Empresa remetente do SIMPLES NACIONAL: Para as operações onde o remetente é empresa optante do SIMPLES NACIONAL devemos adotar a seguinte sistemática: a) Caso o DANFE esteja acompanhado de guias de recolhimento do ICMS DIFAL e FECOEP, a sistemática adotada será igual à das empresas NORMAIS, ou seja, primeiramente encontrar o valor das mercadorias descontando os valores já recolhidos e eventuais valores de mercadorias onde o ICMS DIFAL não deva incidir. Após esta apuração seguir para o segundo passo desta sistemática para verificação dos recolhimentos efetuados. b) Já se o DANFE não estiver acompanhado de pagamento, adotar como valor das mercadorias o valor total do DANFE, seguindo diretamente para o segundo passo desta sistemática para apuração dos valores devidos.

14 Passo 2: Cálculo do ICMS DIFAL e FECOEP: Para o cálculo do ICMS DIFAL e FECOEP, utilizar o valor das mercadorias encontrado pela sistemática utilizada no passo anterior e multiplicar pelo fator constante do ANEXO I (nos termos do Conv. 93/15): OBS: O ANEXO I deve ser aplicado apenas para as operações realizadas entre 01/01/2016 e 31/12/2016. Para os anos de 2017, 2018 e 2019 em diante, consultar o ANEXO III. INSTRUÇÕES PARA RECOLHIMENTO: O ICMS DIFAL do Art. 155 da CF deve ser recolhido conforme IN GSEF 35/15. Obs: O recolhimento do ICMS DIFAL e do FECOEP, devem ser realizados através de GNRE ou DAR/CB distintos com os códigos de receitas abaixo: Código de receita aplicável: ICMS DIFAL 1318-8 - ICMS - DIFAL NÃO CONTRIBUINTE EM ALAGOAS FECOEP 5000-8 FECOEP - FUNDO ESTADUAL DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA

15 ANEXO I (válido para operações efetuadas entre 12/01/2016 e 31/12/2016) INTERNA ICMS/AL INTERESTADUAL DE 4% INTERESTADUAL DE 7% INTERESTADUAL DE 12% FECOEP ALAGOAS FATOR FECOEP FATOR ICMS DIFAL FATOR ICMS DIFAL FATOR ICMS DIFAL 17% 0,0627 0,0482 0,0241 0% 0,0000 17% 0,0634 0,0488 0,0244 1% 0,0122 23% 0,1013 0,0853 0,0587 2% 0,0267 25% 0,1151 0,0986 0,0712 2% 0,0274 27% 0,1296 0,1127 0,0845 2% 0,0282 29% 0,1449 0,1275 0,0986 2% 0,0290

16 ANEXO II S INTERNAS DO ICMS VIGENTES PARA O ESTADO DE ALAGOAS BASE LEGAL 11 : a) Lei 5900/96: Dispõe sobre o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação - ICMS, nos termos da LEI COMPLEMENTAR Nº 87, DE 13 DE SETEMBRO DE 1996. b) Lei 7740/15: Altera a Lei Estadual Nº 5.900, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996. c) Lei 6558/04: Institui o FUNDO ESTADUAL DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA - FECOEP, nos termos da EMENDA CONSTITUCIONAL FEDERAL N.º 31, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2000. d) Lei 7742/15: Alatera a Lei Estadual Nº 6.558, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 Para os itens abaixo, considerar como alíquota interna de Alagoas: 25 % ICMS + 2% de FECOEP = Carga total 27% 1. bebidas alcóolicas; 2. fogos de artifício; 3. embarcações de esporte e recreio, motores de popa e artigos ou equipamentos aquáticos para divertimento ou esporte, inclusive barcos infláveis, barcos a remo e caiaques, barcos a vela, mesmo com motor auxiliar, barcos a motor e moto aquática (jet ski), iates, esquis aquáticos, pranchas de surfe, pranchas a vela, pranchas de stand up e outros equipamentos para a prática de esportes aquáticos; 4. rodas esportivas para autos; 11 Disponível em: http://www.sefaz.al.gov.br/legislacao.php

17 5. perfumes e águas-de-colônia (NBM/SH - 3303.00); produtos de beleza ou de maquilagem preparados e preparações para conservação ou cuidados da pele (exceto medicamentos), incluídas as preparações anti-solares e os bronzeadores e as preparações para manicuros e pedicuros (NBM/SH - 3304); preparações capilares (NBM/SH - 3305); preparações para barbear (antes, durante ou após), desodorantes corporais, preparações para banhos, depilatórios, outros produtos de perfumaria ou de toucador preparados e outras preparações cosméticas, não especificados ou compreendidos em outras posições e desodorantes de ambientes, preparados, mesmo não perfumados, com ou sem propriedades desinfetantes (NBM/SH - 3307); 6. peleteria e suas obras e peleteria artificial; 7. aparelhos de sauna elétricos e banheiras de hidromassagem; 8. consoles e máquinas de vídeo games, suas partes e acessórios e respectivos jogos; 9. artigos de antiquário; 10. brinquedos, na forma de réplica ou assemelhados de armas e outros artefatos de luta ou de guerra, que estimulem a violência. 11. ultra-leves, asas-deltas, balões e dirigíveis, planadores, e outros veículos aéreos, não concebidos para propulsão com motor, outros veículos aéreos e partes dos veículos e aparelhos; Para os itens abaixo, considerar como alíquota interna de Alagoas: 29 % ICMS + 2% de FECOEP = Carga total 31% 1. armas de fogo e munições, suas partes e acessórios, armas de ar comprimido, de mola ou de gás, para defesa pessoal, de tiro a alvo ou de caça, inclusive revólveres, pistolas, espingardas e carabinas, ainda que destinados a tiros de festim ou com êmbolo cativo para abater animais; 2. cigarro, charuto, cigarrilha, fumo, cachimbos, cigarreiras, piteiras e isqueiros; 3. joias, incluindo-se neste conceito toda peça de ouro, platina ou prata associada a ouro, incrustada ou não, de pedra preciosa e semipreciosa e/ou pérola, relógios encaixados nos

18 referidos metais e pulseiras com as mesmas características, inclusive armações para óculos, dos mesmos metais; 4. aviões e helicópteros, para uso não comercial. Para os itens não relacionados acima, considerar como alíquota interna de Alagoas: Alíquota aplicável também para o transporte interestadual 17 % ICMS + 1% de FECOEP = Carga total 18% OBS: Para os itens tributados em 17% acrescentar 1% de FECOEP, exceto para: a) gêneros que compõem a cesta básica, a serem relacionados pelo Poder Executivo; b) medicamentos de uso humano; c) material escolar, a ser relacionado pelo Poder Executivo. Para Gasolina, considerar como alíquota interna de Alagoas: 27 % ICMS + 2% de FECOEP = Carga total 29% Para Álcool Etílico Hidratado Combustível - AEHC, Álcool Etílico Anidro Combustível - AEAC e Álcool para outros fins, considerar como alíquota interna de Alagoas: 23 % ICMS + 2% de FECOEP = Carga total 25%

19 ANEXO III (válido para operações efetuadas entre 01/01/2017 e 31/12/2017) INTERNA ICMS/AL INTERESTADUAL DE 4% INTERESTADUAL DE 7% INTERESTADUAL DE 12% FECOEP ALAGOAS FATOR FECOEP FATOR ICMS DIFAL FATOR ICMS DIFAL FATOR ICMS DIFAL 17% 0,1253 0,0964 0,0482 0% 0,0000 17% 0,1268 0,0976 0,0488 1% 0,0122 23% 0,2027 0,1707 0,1173 2% 0,0267 25% 0,2301 0,1973 0,1425 2% 0,0274 27% 0,2592 0,2254 0,1690 2% 0,0282 29% 0,2899 0,2551 0,1971 2% 0,0290 (válido para operações efetuadas entre 01/01/2018 e 31/12/2018) INTERNA ICMS/AL INTERESTADUAL DE 4% INTERESTADUAL DE 7% INTERESTADUAL DE 12% FECOEP ALAGOAS FATOR FECOEP FATOR ICMS DIFAL FATOR ICMS DIFAL FATOR ICMS DIFAL 17% 0,1566 0,1205 0,0602 0% 0,0000 17% 0,1585 0,1220 0,0610 1% 0,0122 23% 0,2533 0,2133 0,1467 2% 0,0267 25% 0,2877 0,2466 0,1781 2% 0,0274 27% 0,3239 0,2817 0,2113 2% 0,0282 29% 0,3623 0,3188 0,2464 2% 0,0290

20 (válido para operações efetuadas a partir de 01/01/2019) INTERNA ICMS/AL INTERESTADUAL DE 4% INTERESTADUAL DE 7% INTERESTADUAL DE 12% FECOEP ALAGOAS FATOR FECOEP FATOR ICMS DIFAL FATOR ICMS DIFAL FATOR ICMS DIFAL 17% 0,0627 0,0482 0,0241 0% 0,0000 17% 0,0634 0,0488 0,0244 1% 0,0122 23% 0,1013 0,0853 0,0587 2% 0,0267 25% 0,1151 0,0986 0,0712 2% 0,0274 27% 0,1296 0,1127 0,0845 2% 0,0282 29% 0,1449 0,1275 0,0986 2% 0,0290

21 EXEMPLOS PRÁTICOS 1) Cadeiras enviadas de empresa não optante do SIMPLES em São Paulo para escritório de advocacia em Alagoas, sem recolhimento. ICMS Alagoas = 17% + 1% = 18% DANFE Valor total do DANFE = R$ 1.000,00 ICMS destacado 17% = R$ 170,00 CTRC CIF = R$ 55,00 PASSO 1: Encontrar o valor das mercadorias. Valor total do DANFE ICMS da operação: R$ 1.000,00 - R$ 170,00 = R$ 830,00 PASSO 2: Calcular o valor do ICMS DIFAL e FECOEP. Colocar a alíquota interna de alagoas nas mercadorias para identificar a base de cálculo. (18%) R$ 830,00 / 0,82 = R$ 1.012,19 FECOEP R$ 1.012,19 x 0,01 = R$ 10,12 ICMS DIFAL a) ICMS COM A ALÍQUOTA INTERNA DE ALAGOAS: R$ 1.012,19 X 17% = R$ 172,07. b) ICMS INTERESTADUAL: R$ 1.012,19 x 7% = R$ 70,85 c) ICMS DIFAL = R$ 172,07 R$ 70,85 = R$ 101,22 d) Repartição do ICMS DIFAL em 2016: 40% para o estado de Alagoas = R$ 101,22 / 0,40 = R$ 40,49 60% para o estado de origem = R$ 101,22 / 0,60 = R$ 60,73 OBS: Uso do fator ICMS DIFAL R$ 830,00 x 0,0488 = R$ 40,50 (diferença de arredondamento). Uso do fator FECOEP R$ 830,00 x 0,0122 = R$ 10,12 (diferença de arredondamento). Resultado: ICMS DIFAL R$ 40,49 e FECOEP R$ 10,12 Acrescentar a multa do art. 79 de 50%, considerando o desconto se for o caso. Valor final: ICMS DIFAL R$ 40,49 + 15 % = R$ 46,56 FECOEP R$ 10,12 + 15% = R$ 11,64

22 2) Saunas enviadas de empresa não optante do SIMPLES em São Paulo para construtora em Alagoas, com recolhimento. ICMS Alagoas = 25% + 2% = 27% DADOS DO DANFE Valor total do DANFE = R$ 5.000,00 ICMS Interestadual destacado 7% = R$ 350,00 ICMS DIFAL recolhido = R$ 200,00 FECOEP recolhido = R$ 50,00 CTRC CIF = R$ 55,00 Neste caso observamos que houve recolhimento de ICMS DIFAL e FECOEP, mas é possível identificar que a empresa remetente utilizou a alíquota interna errada (17% + 1%), quando a alíquota correta é de 25 % de ICMS + 2% de FECOEP. PASSO 1: Encontrar o valor das mercadorias. Valor total do DANFE Impostos recolhidos na operação: R$ 5.000,00 - R$ 350,00 R$ 200,00 R$ 50,00 = R$ 4.400,00 PASSO 2: Calcular o valor do ICMS DIFAL e FECOEP. Colocar a alíquota interna de alagoas nas mercadorias para identificar a Base de Cálculo. R$ 4.400,00 / 0,73 = R$ 6.027,40 FECOEP R$ 6.027,40 x 0,02 = R$ 120,55 Como houve recolhimento de R$ 50,00, deverá ser cobrado a diferença de R$ 120,55 R$ 50,00 = R$ 70,55 ICMS DIFAL a) ICMS COM A ALÍQUOTA INTERNA DE ALAGOAS: R$ 6.027,40 X 25% = R$ 1.506,85 b) ICMS INTERESTADUAL: R$ 6.027,40 x 7% = R$ 421,92 c) ICMS DIFAL = R$ 1.506,85 R$ 421,92 = R$ 1.084,93 d) Repartição do ICMS DIFAL em 2016: 40% para o estado de Alagoas = R$1.084,93 / 0,40 = R$ 433,97 60% para o estado de origem = R$ 1.084,93 / 0,60 = R$ 650,96 Como houve recolhimento de R$ 200,00, deverá ser cobrado a diferença de R$ 433,97 R$ 200,00 = R$ 233,97 OBS: Uso do fator ICMS DIFAL R$ 4.400,00 x 0,0986 = R$ 433,84 (diferença de arredondamento). Uso do fator FECOEP R$ 4.400,00 x 0,0274 = R$ 120,56 (diferença de arredondamento).

23 Resultado: ICMS R$ 233,97 e FECOEP R$ 70,55 Acrescentar a multa do art. 79 de 50%, considerando o desconto se for o caso. Valor final: ICMS DIFAL R$ 233,97 + 15 % = R$ 269,06 FECOEP R$ 70,55 + 15% = R$ 81,13 3) Carreta com pisos enviada de empresa não optante do SIMPLES em São Paulo para construtora em Alagoas, sem recolhimento. ICMS Alagoas MERCADORIAS = 17% + 1% = 18% ICMS Alagoas TRANSPORTE = 17% + 1% = 18% DANFE Valor total do DANFE = R$ 100.000,00 ICMS destacado 17% = R$ 17.000,00 CTRC FOB = R$ 10.000,00 ICMS FRETE destacado 12% = R$ 1.200,00 Observar que neste caso o frete é na sistemática FOB (cobrado do destinatário), logo deverá ocorrer cobrança sobre o frete. CÁLCULO DO ICMS DIFAL E FECOEP SOBRE O FRETE: PASSO 1: Encontrar o valor do serviço. Valor total do CTe ICMS da operação: R$ 10.000,00 - R$ 1.200,00 = R$ 8.800,00 PASSO 2: Calcular o valor do ICMS DIFAL e FECOEP. UTILIZANDO DIRETAMENTE O FATOR DE MULTIPLICAÇÃO. FECOEP R$ 8.800,00 x 0,0122 = R$ 107,36 ICMS DIFAL: R$ 8.800,00 x 0,0488 = R$ 429,44 Resultado: ICMS R$ 429,44 e FECOEP R$ 107,36 Acrescentar a multa do art. 79 de 50%, considerando o desconto se for o caso. Valor final FRETE: ICMS DIFAL R$ 429,44 + 15 % = R$ 493,85

24 FECOEP R$ 107,36 + 15% = R$ 123,46 CÁLCULO DO ICMS DIFAL E FECOEP SOBRE AS MERCADORIAS: PASSO 1: Encontrar o valor das mercadorias. Valor total do DANFE ICMS da operação: R$ 100.000,00 - R$ 17.000,00 = R$ 83.000,00 PASSO 2: Calcular o valor do ICMS DIFAL e FECOEP. UTILIZANDO DIRETAMENTE O FATOR DE MULTIPLICAÇÃO. FECOEP R$ 83.000,00 x 0,0122 = R$ 1.012,60 ICMS DIFAL: R$ 83.000,00 x 0,0488 = R$ 4.050,40 Resultado: ICMS R$ 4.050,40 e FECOEP R$ 1.012,60 Acrescentar a multa do art. 79 de 50%, considerando o desconto se for o caso. Valor final mercadorias: ICMS DIFAL R$ 4.050,40 + 15 % = R$ 4.657,96 FECOEP R$ 1.012,60 + 15% = R$ 1.164,49 Resultado Final: Com multa. FRETE ICMS DIFAL = R$ 493,85 FECOEP= R$ 123,46 MERCADORIAS ICMS DIFAL = R$ 4.657,96 FECOEP= R$ 1.164,49

25 4) Confecções enviadas de empresa optante do SIMPLES em Pernambuco para pessoa física em Alagoas, sem recolhimento. ICMS Alagoas MERCADORIAS = 17% + 1% = 18% DANFE Valor total do DANFE = R$ 500,00 CTRC CIF = R$ 30,00 OBS: Como a empresa remetente é optante do SIMPLES e não houve recolhimento, o valor das mercadorias será o valor do DANFE. PASSO 1: Encontrar o valor do serviço. Valor total do DANFE da operação: R$ 500,00 PASSO 2: Calcular o valor do ICMS DIFAL e FECOEP. UTILIZANDO DIRETAMENTE O FATOR DE MULTIPLICAÇÃO. FECOEP R$ 500,00 x 0,0122 = R$ 6,10 ICMS DIFAL: R$ 500,00 x 0,0244 = R$ 12,20 Resultado: ICMS R$ 12,20 e FECOEP R$ 6,10 Acrescentar a multa do art. 79 de 50%, considerando o desconto se for o caso. Valor final: ICMS DIFAL R$ 12,20 + 15 % = R$ 14,03 FECOEP R$ 6,10 + 15% = R$ 7,01