Percepção e sensação do próprio corpo: a representação das pessoas com deficiência física na natação

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Transcrição:

Percepção e sensação do próprio corpo: a representação das pessoas com deficiência física na natação Mariana Piculli, Kamila Yaguchi, Mylena Nariê Kato, Denise Kakitani, Claudio Alexandre Celestino, Sonia Maria Toyoshima Lima. Contextualizar a imagem corporal em nossa sociedade é uma relação complexa a partir do momento que a mesma reflete os múltiplos padrões de valores existentes ao nosso redor. A complexidade desta interação segundo Tavares (2003) está vinculada ao significado dos termos imagem e corpo, onde o corpo e a imagem se designam nas diversas significações, representações, classes sociais, culturais, ambientais, faixas etárias, aspectos físicos (deficiência, por exemplo), psicológicas, experiências vividas e outros fatores que se manifestam em nosso meio. A prática do culto ao corpo hoje é uma preocupação social, pois as pessoas, com a globalização, têm aprendido a valorizar o seu corpo de forma exacerbada, como descreve Azevedo (2007) porque as pessoas muitas vezes, principalmente as narcisistas, valorizam mais a forma como vê o corpo, do que seus sentimentos, ou seja, menospreza suas emoções para com os outros em detrimento de sua própria imagem. Capisano (1990) destaca que a relação humana contribui significativamente para o desenvolvimento de nossa imagem de corpo, porque a priori, vamos percebendo e registrando modelos de conceitos de corpo, os quais se modificam no decorrer das manifestações sociais e culturais, por vezes, sem dar vazão à libertação corporal do seu eu. Assim, mediante a exposição de modelos corporais, perguntamos: como a pessoa com deficiência física percebe e sente seu próprio corpo? Deficiência física é quando uma pessoa possui alterações musculares, ósseas, articulares e/ou neurológicas em grau tal que limite a capacidade de locomoção, articulação e postura, tendo como conseqüência a redução da força e da movimentação. A consequência destes fatos interfere e/ou limita o ato de sentar, de se locomover e de manipular objetos nas atividades de vida diária e durante o processo de desenvolvimento pedagógico.

Aliada a essas limitações, dependendo do tipo de deficiência física pode haver complicações no estado de saúde, alterações corporais que modificam a forma como a pessoa com deficiência enfrenta e utiliza seu corpo durante as tarefas cotidianas e em suas relações sociais. A pessoa com deficiência física adquirida terá que redescobrir seu corpo em seus aspectos de formação anatômicas, fisiológicas, neurológicas, sociológicas e culturais. Esse processo de redescoberta inclui o conhecimento das limitações e das novas capacidades funcionais, se reestruturando para o retorno ao convívio familiar e social. Neste considerar temos por objetivo relatar como as pessoas com deficiência física que praticam natação percebem e sente seu próprio corpo. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa foi uma entrevista semi-estruturada que segundo Minayo (1993) combina perguntas fechadas e abertas, onde o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto, sem respostas ou condições prefixadas pelo pesquisador. Os participantes da pesquisa perfizeram um total de 07 pessoas, sendo 06 do gênero masculino e 01 do gênero feminino, com idade média de 28,4 anos todos participantes do Programa de Atividade Física para Pessoas com Necessidades Especiais na Universidade Estadual de Maringá, sendo que todos assinaram um termo de consentimento autorizando sua participação na pesquisa, o qual foi apreciado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Maringá sob o nº 0095.0.093.000-08. Os tipos das deficiências do grupo são: amputação, tetraplegia (tumor), tetraplegia (acidente de carro), paraplegia (acidente de moto), poliomielite (com seqüela nos membros inferiores), má formação na mão direita, distrofia muscular de Duchenne e Paralisia Cerebral. Os resultados foram analisados de forma qualitativa,o qual foi interpretado as idéias expostas. Na ocorrência de uma pessoa nascer sem a falta de qualquer parte de um membro corporal e ao longo de sua vida sofrer um acidente automobilístico, doméstico, de trabalho, e/ou por doença, perda e/ou lesão de uma parte corporal a mesma passará por um momento de luto à superação. Benício (2008) descreve que no início desse processo há o sentimento de desamparo e falta de controle sobre a sua própria vida, mas que com o decorrer do tempo,

apoio da família e da sociedade há superação e enfrentamento da situação de perda. As mudanças que ocorrem nas pessoas com deficiência física referentes a estrutura e funções do corpo, reflete na imagem que a sociedade nos apresenta. Desta forma, a percepção e a impressão corporal segundo Shilder (1999) se relaciona com a postura e o esquema plástico cerebral entre a relação de sensações o qual irão modificar a imagem corporal, que é a figuração do nosso corpo formada em nossa mente. Assim, ao analisar as questões com relação à percepção e sensação do corpo questionamos sobre sentir-se assustado com a possibilidade de incapacidade corporal, 3 dos entrevistados mencionaram que dificilmente sentem-se assustados, 2 mencionaram que nunca se sentem assustados, 1 muitas vezes e 1 sempre se sente assustado, sendo que a informação de muitas vezes foi do gênero feminino e as demais informações foram do gênero masculino. Mediante a exposição dessas respostas, verificamos que os entrevistados mesmo tendo deficiência física com aspectos anatômicos e fisiológicos comprometidos os mesmos não se sentem incapacitados e nem limitados. Com relação à questão quanto a confiança corporal, 3 dos entrevistados mencionaram que sempre tem confiança, 3 as vezes e 1 muitas vezes, sendo que, na resposta sempre, 1 menção foi do gênero feminino. Para a compreensão desses resultados consideramos que o conceito corporal está relacionado fundamentalmente com a saúde e suas funções homogeneizando desta forma as tendências comportamentais envolvidas na experienciação do próprio corpo e não na manutenção de uma imagem corporal estabelecida quanto à aparência física. Destacamos que essas percepções nos surpreenderam, pois os 3 entrevistados que mencionaram ter confiança, possuem dificuldade de deambulação e a do gênero feminino utiliza cadeira de rodas. Os pesquisados relataram também estar satisfeitos com o seu corpo, destacando que após o desenvolvimento da atividade física, houve a superação quanto à mobilidade de movimentos, bem como motivação com os cuidados pessoais e aquisição de novas amizades. Com os resultados da pesquisa apresentados, constatou-se que os sujeitos fizeram uma adequação corporal e que suas limitações não se apresentam

como pressupostos básicos para a não realização de suas atividades tanto de vida diária quanto esportivas. As lesões e/ou perdas de uma parte corporal alteram a estrutura física e orgânica e, como conseqüência haverá uma influência nas atividades cotidianas. No entanto, as experiências das funções corporais, agora modificadas, informaram valores e conceitos que foram sendo reconstruídos em sua imagem corporal. Constatou-se que a satisfação com o corpo, apresentado entre os resultados da pesquisa está relacionada à força de vontade, ao estilo de vida e ao desenvolvimento da prática esportiva, aspectos que foram se desenvolvendo ao longo de sua vida após os incidentes sofridos. Identificamos que houve um processo de desenvolvimento e adequação dos sujeitos no mundo o qual foram superando suas limitações no dia-a-dia. Os resultados obtidos nos possibilitaram, enquanto profissionais, compreender que há necessidade de propiciar as pessoas com deficiência física experiências para superação e reconhecimento dessa nova condição de vida. Referências Azevedo, S. N. (2007). Em busca do corpo perfeito: Um estudo do narcisismo. Curitiba: Centro Reichiano. [Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos.htm. Acesso em: 10 de Junho de 2010]. Benício, K. S. P. U. (2008). A perda de parte de mim: o processo da crise e superação da deficiência física adquirida. Maringá: UEM. 31 pg. Artigo de Especialização em Educação Especial. Universidade Estadual de Maringá, Maringá. Capisano, H. F. (1990). O corpo: visão psicodinâmica. Rio de Janeiro: Imago. Minayo, M. C. de S. (1993). O desafio do conhecimento científico: pesquisa qualitativa em saúde. 2ª edição. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco.

Shilder, P. (1999). A imagem do corpo: as energias construtivas da psique. Tradução: Rosanne Wertman. São Paulo: Martins Fontes. Tavares, M. da C. G. C. F. (2003) Imagem corporal: conceito e desenvolvimento. São Paulo: Manole.