Fluxo dos pacientes potenciais doadores de órgãos e tecidos no Hospital de Pronto Socorro de POA CIHDOTT-HPS/POA 6/8/2015 Zoraide Immich Wagner 1
Legislação 1. Lei nº 9.434 de 04/02/1997 Lei dos transplantes. 2. Decreto nº 2.268 de 30/06/1997 Regulamenta a lei dos transplantes e cria SNT (Sistema Nacional de Transplantes) 3. Resolução CFM no 1.489, de 08/08/1997 Diagnóstico de Morte Encefálica 4. Portaria nº 3.407 de 05/08/1998 Regulamento técnico do SNT e CNCDOs (Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos) 5. Portaria n º 901 de 16/08/2000 Criação da Central Nacional (CNNCDO) 6. Portaria nº 905 de 16 de agosto de 2000. Estabelece a obrigatoriedade da existência e efetivo funcionamento da Comissão Intra- Hospitalar de Transplantes. 7. Lei nº 10.211 de 23/03/2001 Altera a forma de consentimento: informado 8. Portaria nº 1.752 de 23 de setembro de 2005 (CIHDOTT obrigatória em hospitais com mais de 80 leitos) 9. Portaria nº 2.600 de 21/10/2009 Regulamento Técnico dos Transplantes 10. Portaria nº 2.601, de 21 de outubro de 2009 Institui, no âmbito do Sistema Nacional de Transplantes, o Plano Nacional de Implantação de Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos - OPO. Resolução 537/2011 Comissão Intergestores Bipartite/RS cria 7 OPOs no RGS 2
Legislação LEI N 9.434 4 de Fevereiro de 1997 Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências. 3
Legislação RESOLUÇÃO CFM nº 1.480/97 Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, determina em seu artigo 3º que compete ao Conselho Federal de Medicina definir os critérios para diagnóstico de morte encefálica 4
Legislação Portaria nº 905 de 16 de agosto de 2000. Estabelece a obrigatoriedade da existência e efetivo funcionamento da Comissão Intra- Hospitalar de Transplantes. NO HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO DE PORTO ALEGRE FOI INSTITUÍDA EM 2001 5
Legislação Portaria nº 1.752 de 23 de setembro de 2005. Aprova o regulamento técnico para estabelecer as atribuições, deveres e indicadores de eficiência e do potencial de doação de órgãos e tecidos relativos às Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). 6
Legislação Lei nº 11.521, de 18 de setembro de 2007 Altera a Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, para permitir a retirada pelo Sistema Único de Saúde de órgãos e tecidos de doadores que se encontrem em instituições hospitalares não autorizadas a realizar transplantes. 7
Legislação RESOLUÇÃO Nº 1.826, DE 24 DE OUTUBRO DE 2007 Dispõe sobre a legalidade e o caráter ético da suspensão dos procedimentos de suportes terapêuticos quando da determinação de morte encefálica de indivíduo não-doador. 8
Art. 1º É legal e ética a suspensão dos procedimentos de suportes terapêuticos quando determinada a morte encefálica em não-doador de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante, nos termos do disposto na Resolução CFM nº 1.480, de 21 de agosto de 1997, na forma da Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. 1º O cumprimento da decisão mencionada no caput deve ser precedida de comunicação e esclarecimento sobre a morte encefálica aos familiares do paciente ou seu representante legal, fundamentada e registrada no prontuário. 2º Cabe ao médico assistente ou seu substituto o cumprimento do caput deste artigo e seu parágrafo 1º. Art. 2º A data e hora registradas na Declaração de Óbito serão as mesmas da determinação de morte encefálica. Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. 9
Legislação Em 2009 foi aprovado o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes,com regulamentação dos serviços das CIHDOTT nas instituições hospitalares com definição de deveres e funções. 10
Legislação PORTARIA Nº 2.601, DE 21 DEOUTUBRO DE 2009 Institui, no âmbito do Sistema Nacional de Transplantes, o Plano Nacional de Implantação de Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos - OPO. 11
Resolução 537/2011 Comissão Intergestores Bipartite/RS cria 7 OPOs no RGS: 1- Santa Casa de Misericórdia 2- Hospital São Lucas da PUC 3- Hospital Pompéia de Caxias do Sul 4- Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo 5- Santa Casa de Rio Grande 6- Hospital Bruno Born de Lajeado 7- Instituto de Cardiologia (equipe cirúrgica pra retirada de órgãos) 12
HPS/POA Em dezembro/2013 iniciou no HPS/POA a EMMA - Equipe Médica de Assistência Ativa da CIHDOTT (acordado com a Direção Médica e Geral do HPS) com o objetivo de que sempre que identificado um Paciente Potencial Morte Encefálica a equipe de captação acione a EMMA para que assumam toda a sustentação clínica em beira leito desses pacientes. 13
HPS/POA CIHDOTT instituída em 2001 Busca Ativa 6 Membros (4 enfermeiros + 2 médicos) EMMA 2013 5 médicos intensivistas 1 Coordenador Médico 14
HPS/POA PPME: Paciente potencial morte encefálica PCME: Protocolo clínico de morte encefálica MEDCC: Morte encefálica diagnóstico clínico completo MEDCI: Morte encefálica diagnóstico clínico incompleto DEFE: Doações efetivadas FAMA: Famílias abordadas SALA VERMELHA: Sala de pacientes politraumatizados e pacientes clínicos graves UTIA 3º andar ( antiga UTI cardioclínica) UTIA 4º andar (UTI de trauma) UTIP: UTI pediátrica UTIQ: UTI de queimados 15
ECG = 3 PUPILAS FIXAS E MIDRIÁTICAS NÃO ESTAR SOB EFEITO SEDATIVOS PAM 60 mmhg NÃO ESTAR HIPOTÉRMICO ELETRÓLITOS NORMAIS AUSÊNCIA DE ATIVIDADE À NÍVEL TRONCOENCEFÁLICO CONFIRMAM O DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE MORTE ENCEFÁLICA
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE e/ou COMPROMETIMENTO À NÍVEL DE TRONCO CEREBRAL REFLEXO CÓRNEOPALPEBRAL REFLEXO OCULOCEFÁLICO (OLHOS DE BONECA) REFLEXO OCULOVESTIBULAR (CALÓRICO) REFLEXOS DE TOSSE e/ou VÔMITO TESTE DE APNÉIA
Fonte: MORTON, PATRICIA GONCE; FONTAINE, DORRIE K.; HUDAK, CAROLYN M.; GALLO, BARBARA M. - Cuidados Críticos de Enfermagem - Uma Abordagem Holística - Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 8ª ed. / 2007
MORTE CEREBRAL O Diagnóstico Clínico de Morte Cerebral requer: 1.Coma Irreversível 2. Ausência de Reflexos de Tronco Cerebral 3. Ausência de Esforços Respiratórios Espontâneos
MORTE CEREBRAL Morte Cerebral é uma condição de cessação irreversível da função em todas as áreas do cérebro, com perda permanente da respiração automática.
MORTE CEREBRAL É mais freqüentemente o resultado de lesão craniana traumática, hemorragia intracerebral e parada cardíaca.
MORTE CEREBRAL DIAGNÓSTICO CLÍNICO COMPLETO ( 2 testes) EXAME GRÁFICO CONFIRMATÓRIO DE PARADA CIRCULATÓRIA CEREBRAL (Doppler Transcraniano dos 4 vasos cerebrais)
Processos de diagnóstico de morte encefálica que ocorreram no periodo de janeiro a maio de 2015 no HPS JANEIRO (5) 1º - PCS, 69 anos, AVCH. Doação de rim E. O rim D foi descartado por alteração morfológica. 2º - TRAA, 15 anos, TCE. Não doador por recusa familiar. 3º - ZAS, 59 anos, TCE. Não doador por recusa familiar. 4º - ZO, 68 anos, TCE. Doação de rim D e E. 5º - JFR, 20 anos, TCE. Não doador por recusa familiar. FEVEREIRO (1) - WFC, 8 anos, TCE. Não doador por recusa familiar. 24
MARÇO (5) 1º - JKBS, 4 anos, TCE. Doação de córneas, rim D e E. O fígado foi descartado por não haver receptor no Estado e a nível nacional (tamanho). 2º COB, 22 anos, TCE. Doação de fígado e rim E. O rim D foi descartado por alterações isquêmicas. 3º - MAS, 45 anos, AVCH. Não doador por recusa familiar. 4º - HBL, 17 anos, TCE. PCR durante o processo de doação. 5º - CRFS, 43 anos, AVCH. Doação de coração, córneas, pele,rim D e E. O fígado foi descartado por alterações na perfusão. ABRIL (2) 1º - CVD, 29 anos, AVCH. Doação do rim D. O rim E, o fígado e o pâncreas foram descartados por alterações morfológicas. 2º - RLSO, 21 anos,tce. Doação de córneas. Ocorreu PCR durante o processo de doação, motivo pelo qual não fez doação dos outros órgãos. 25
MAIO (3) 1º - JFD, 64 anos, AVCH. Doação de fígado e córneas. Os rins foram descartados devido a alterações isquêmicas. 2º - RKS, 9 anos, TCE. Doação de coração e rim E. O rim D e o fígado foram descartados (seria um transplante duplo para o mesmo receptor). 3º - RRG, 49 anos, ENCEFALOPATIA ANÓXICA. Doação de rim D e E. O fígado foi descartado por alterações morfológicas. No total foram 16 pacientes com ME. 11 doadores (69%). Dois tiveram PCR durante o processo de doação. 5 recusas familiares (31%). 26
COMUNICAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA Médico Intensivista 8/10/2015 27
ENTREVISTA COM O FAMILIAR CIHDOTT 8/10/2015 28
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO CONSULTADO: GARCIA, VALTER. Curso de Capacitação de Coordenadores de Transplantes no RGS- Viamão, setembro,2013 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 905 de 16 de agosto de 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.432 de 12 de agosto de 1998. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.752 de 23 de setembro de 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.262, de 16 de junho de 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.600, de 21 de outubro de 2009. HERMANN, KARLA CUSINATO. Curso de Capacitação de Coordenadores de Transplantes no RGS- Viamão, setembro,2013 Koisumi,Maria Sumie e Diccini, Solange. Enfermagem em Neurociência São Paulo: Atheneu, 2006 MORTON, PATRICIA GONCE; FONTAINE, DORRIE K.; HUDAK, CAROLYN M.; GALLO, BARBARA M. - Cuidados Críticos de Enfermagem - Uma Abordagem Holística - Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 8ª ed. / 2007. VIANA, R. A. P.; WHITAKER, I. Y. e col. Enfermagem em terapia intensiva: práticas e vivências. Porto Alegre: Artmed, 2011
Muito Obrigada!!