Cenouras de verão conquistam confiança pelos resultados estáveis Kazuo Maeda, de Santa Juliana (MG) Negócio Mercado de hortifrútis sente efeitos da seca Pág. 6 Sanidade Manejo previne a Raiz-rosada da cebola Pág. 7 Lançamento Novos melões melhoram safra para exportação Pág. 5 Ano XI - nº 38 - Outubro/2014
Manejo Brócolis BC1691 é multifuncional Com excelente comportamento comparativo mesmo em temperaturas elevadas, o brócolis BC1691 tem se destacado nos estados de São Paulo e Minas Gerais pelo alto desempenho e versatilidade. Por essas características, a cultivar vai além do cultivo no verão, mostrando bons resultados em condições de variações climáticas e de umidade, que abrangem a estiagem e o inverno. Ele possui um sistema radicular forte e mais profundo. Com isso consegue se nutrir mesmo quando há menor disponibilidade de água, diz o consultor técnico da Casa Bugre, Cláudio César de Oliveira. Esse diferencial permite menor exigência de nitrogênio, sendo que a última adubação nitrogenada deve ocorrer antes do início da formação da cabeça. A adaptabilidade climática tem sido conferida de perto por produtores que estão cultivando nos meses de transição verão para inverno e vice-versa e no inverno. A grande vantagem do material no inverno é o ciclo menor. Na região de Ibiúna (SP), por exemplo, o BC1691 é colhido com 15 dias de antecedência do que o principal concorrente. Isso permite a otimização da área de cultivo e menor risco da cultura perante condições adversas, ressalta Fernanda Pereira Ferraro, responsável técnica pelo Desenvolvimento de Brássicas e Folhosas da Seminis. Segundo ela, também são vantagens do híbrido a alta sanidade foliar (imprescindível para o cultivo no verão), a granulometria fina e compacidade, bom peso e formato de cabeça, permitindo a venda também em bandejas no mercado fresco. Esse brócolis apresenta ponto de colheita antes do concorrente. Com 15-16 cm de diâmetro já tem as 350 gramas desejáveis para o mercado de bandeja, diz. Tiago Crispim da Silva, que cuida da produção e comercialização de 130 ha/ano de brócolis pela Frutas & Verduras AP, em Bom Repouso (MG), iniciou o plantio do BC1691 em março deste ano e já conferiu seus diferenciais nas vendas. Ele comenta que trabalha com menos nitrogênio na cultura e o material responde com boa produtividade (85%), além de ser bem resistente. E ressalta que o formato é ótimo. Para nosso principal mercado, que é in natura (bandeja), teve uma ótima aceitação. A mesma opinião é compartilhada por Guilherme Machado Frossard, sócio-proprietário da DG Verduras. O BC1691 é o melhor brócolis no verão: possui sanidade, cabeça uniforme e pesada (quase 400 g por cabeça), ideal para comercialização em bandejas, diz o comerciante de Bragança Paulista (SP), que vende a cultivar para a Ceagesp. Solidariedade Funcionários se engajam em campanhas sociais A participação em campanhas e ações solidárias tem se tornado constante para a equipe Seminis. Em julho deste ano, a mobilização foi em prol de famílias carentes de Campinas (SP) e dos desabrigados pelas enchentes no sul do Brasil. A ação, liderada pelos funcionários do Departamento de Operações a Clientes, possibilitou a compra de cestas básicas que foram entregues a famílias atendidas pelo Centro de Referência de Assistência Social do bairro Vila Nogueira, em Campinas. Já a campanha destinada aos atingidos pelas enchentes no sul do Brasil, ocorrida em julho, arrecadou mais de 300 itens entre produtos de higiene pessoal e roupas. As doações foram encaminhadas à Cruz Vermelha Brasileira de Chapecó (SC) e distribuídas em municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O BC1691 tem ótimo formato, possui bom padrão de cabeça, coloração e resistência, além de ótima pós-colheita. Altair J. Pereira (Diretor) e Tiago C. da Silva (Produção e Comercial), da Frutas & Verduras AP, distribuem a produção em redes de supermercados na Grande SP e interior Expediente 2 O jornal Semente é uma publicação trimestral da Seminis - uma marca da Divisão de Hortaliças da Monsanto. Tiragem de 5 mil exemplares e distribuição gratuita ao setor de produção de hortaliças. 2014 Monsoy Ltda. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução de textos, desde que citada a fonte, e de fotos somente com autorização da empresa. www.seminis.com.br - Tel: (19) 3705 9300 Sede: Rua Vitor Roselli, 17 - Campinas/SP - CEP: 13100-074 Gerente de Produtos: Fernando Aranda Analista de Marketing Tático: Ana Carolina Morotti Produção: Comunicativa www.clicknoticia.com.br Jornalista responsável: Cibele Vieira (MTb 14.015/SP) Reportagens: Cristiane Billis (MTb 26.193/SP) Diagramação: Cristiane Paganato Projeto gráfico: Fat Monkey Impressão: Gráfica Silvamarts Fotos: Arquivo Seminis
Rentabilidade Cenoura EX4098 é novidade para o verão O plantio de cenouras de verão começa com uma novidade que promete trazer ganhos em rentabilidade. Tratase da recém-lançada cenoura híbrida EX4098, desenvolvida pela Seminis com diferenciais decisivos. O principal é a alta adaptabilidade à colheita mecânica, cada vez mais presente nos cultivos. As plantas da EX4098 são mais eretas, sem problemas de acamamento, mesmo em períodos chuvosos, o que facilita a colheita mecânica, diz Bruno Alves, Representante Técnico de Vendas da Seminis. A rusticidade da cultivar reflete em sua sanidade. A EX4098 mostrou, nos testes, que resiste melhor às variações do clima - como altas temperaturas e umidade -, responsáveis pelo surgimento de doenças, como a mancha de alternária (fungo) e bactérias. Aos olhos do consumidor, a nova cenoura também agrada em razão da coloração mais alaranjada. Ela tem boa padronização da raiz, pele e fechamento de ponta. A padronização no tipo 3 é alta, entre 85% a 90%, ressalta Alves. Esses fatores diferenciais levaram Kazuo Maeda, sócio do Grupo Maeda, de Santa Juliana (MG), a testar e aprovar a cultivar. Ela é mais resistente a bactérias e é uma cenoura mais vermelha, com grande aceitação no mercado, disse Kazuo, que comercializa com marca própria para os mercados atacadistas (Ceasas) do Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Ele realizou testes com a cultivar em novembro de 2013 e já planeja o plantio de 200 hectares cerca de 30% da área total cultivada com cenouras - em setembro. A EX4098 é a melhor cenoura, com raízes uniformes. Além da resistência, as folhas mais eretas são bem adaptadas à colheita mecanizada. Kazuo Maeda, do Grupo Maeda, de Santa Juliana (MG) Juliana foi consagrada pela estabilidade O lançamento da EX4098 complementa a linha de cenouras de verão da Seminis, que tem outro híbrido consagrado: a cenoura Juliana. Quando foi lançada em 2003, a cultivar marcou o fim do cultivo das cenouras OP (de polinização aberta) e trouxe um pacote de alta produtividade, qualidade de raízes e resistência a fungos e bactérias que aparecem nas variações de temperatura e umidade. A Juliana trouxe mais uniformidade e produtividade ao cultivo da cenoura, lembra o produtor Leandro Fukuda, da Hortiful, de São Gotardo (MG). A estabilidade do material conquistou a confiança do produtor, que a cultiva há quase 10 anos e comercializa com marca própria para o Grupo Pão de Açúcar. A Juliana tem boa classificação, é tolerante a doenças e aguenta as variações climáticas com qualidade, além de suportar bem o resfriamento e durar mais tempo na prateleira. Jorge Fukuda (foto) cultiva a cenoura Juliana para a marca comercial Hortiful, que mantém com o filho Leandro Fukuda 3
Produtos & Mercados Magistral, do tipo block, tem qualidade e produtividade O pimentão figura entre as dez hortaliças mais importantes do Brasil. É cultivado em todo o país, proporcionando um rápido retorno dos investimentos. Para atender este mercado, a Seminis lança este ano o Magistral, no formato quadrado (block), com cor verde-escura intensa (um importante diferencial) e pegamento sequencial, com grande qualidade e produtividade. A planta, grande e robusta, possibilita a formação de frutos pesados e uniformes. O fruto é bastante firme, uma característica relevante para manter a qualidade do fruto no transporte, diz José Brito, do Desenvolvimento Tecnológico da Seminis no nordeste. Outro aspecto relevante é a resistência à incidência de Xanthomonas, bactéria que ocorre no período de chuvas. A primeira rodada de plantio experimental ocorreu no primeiro semestre de 2013, por 20 importantes agricultores nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e do Pernambuco. Eles aprovaram o material e adotaram a nova cultivar em plantio comercial. O produtor José Júnior de Araújo, de Boqueirão (PB), testou o produto com o cultivo inicial de 1.000 pés. Gostou e, em fevereiro deste ano, ampliou o plantio para 10 mil pés. Com a colheita realizada em maio, expandiu a área para 20 mil mudas, e já planeja 70 mil pés para o próximo inverno. Segundo ele, no inverno nordestino o Magistral mostrou sua superioridade em vários aspectos. A semente é melhor, gera frutos mais vistosos, com coloração verde-escura e mais casca. Ele murcha menos que o concorrente. Além disso, a produtividade é melhor, com maior incidência de frutos graúdos até o ponteiro, conta Araújo, que comercializa sua produção em supermercados de Natal e Campina Grande. A resistência também foi muito boa, nenhuma folha teve manchas José Junior de Araújo, produtor de Boqueirão (PB) Mais resistência e rentabilidade com o Cienaga O tomate do tipo Santa Cruz que já foi líder de consumo e perdeu espaço devido à falta de resistência às principais doenças da tomaticultura está de volta com força total. A razão do sucesso é o tomate Cienaga, que agregou um pacote de resistências à qualidade do fruto. Lançado em 2010, o produto está se destacando na região de Pimenta (MG), ao superar os problemas causados pela estiagem. A falta de chuvas favorece a incidência do vira-cabeça e do vírus da mosca branca no tomate, e o Cienaga é um dos únicos do mercado a apresentar resistência a essas importantes viroses juntas, explica Claudio Silveira, Representante Técnico de Vendas da Seminis na região. A conservação pós-colheita é outro destaque da cultivar. O Cienaga demora muito mais tempo para amadurecer. Até por isso tivemos que acertar o ponto de colheita com os produtores, pois ele precisa ficar mais tempo no pé para não chegar ainda verde para o consumidor final, diz Claudio. A produtividade do Cienaga também é grande, não somente devido a poucas perdas atribuídas ao pacote de resistência, mas também em razão de seu potencial produtivo. Essa característica é confirmada pelo produtor Raimundo Costa (conhecido por Neinho). Ele carrega bastante no pé, dá 40% mais frutos que o concorrente no período da seca, e todos de tamanho graúdo. Por isso é muito mais rentável, diz o produtor, proprietário da Fazenda Boa Vista, em Pimenta (MG), onde cultiva 30 mil pés. É o melhor tomate na seca, mas até no período de chuvas se destaca pela produtividade: chego a colher 310 caixas de Cienaga por milheiro, contra150 caixas do concorrente nesse período. Raimundo Costa (Neinho), produtor em Pimenta (MG)
Lançamentos Novos melões mostram superioridade em brix e sanidade Mais de 60% da produção brasileira de melão é direcionada à exportação, principalmente para países europeus. Para atender a este público que consome os chamados melões nobres, a Seminis investe em pesquisas constantes para desenvolver frutos de qualidade, mais saborosos, com alto brix, resistentes e com elevada preservação pós-colheita. E é nessa linha que foram feitos dois lançamentos em maio: os melões SV1044MF (tipo Harper) e DRG3228 (tipo Gália), que já estão sendo produzidos principalmente em Baraúna e Mossoró (RN) e Icapuí (CE) e devem ser exportados no segundo semestre. As novas cultivares chegam agregando ganhos em brix (doçura) e sanidade. O mercado de exportação é bastante exigente: a fruta precisa manter a qualidade suportando o longo transporte e ter excelente sabor, confirma José Brito, da área de Desenvolvimento Tecnológico da Seminis. Outras qualidades das novas cultivares se referem à firmeza do fruto, tamanho e resistência a doenças. A planta apresenta resistência a doenças e o fruto tem excelentes condições de sabor como atrativo para o consumidor, ressalta Brito. Do tipo Gália, o DRG3228 foi aprovado em testes de campo realizados em 2013. Um dos destaques foi o teor de brix que alcançou nível 13º, enquanto a cultivar concorrente obteve 12,8º. Outra importante vantagem é a maior resistência ao ataque da mosca minadora (Liriomyza) nas folhas. Em uma escala de 1 (menor dano) a 9 (ataque severo), o índice de danos nas folhas do DRG3228 provocado pela mosca minadora foi de 3, sendo que o concorrente chegou a 5,70. A menor incidência de Pepper Spot - um problema específico que ocorre no tipo Gália SV1044MF DRG3228 no pós-colheita e mancha a casca com pequenos pontos pretos também é um diferencial. O índice foi de 4 (na escala de 1 a 9), enquanto no concorrente foi de 5,50. Já os testes com o melão cantaloupe tipo Harper SV1044MF comprovaram sua superioridade na aparência da polpa e no teor de brix. Comparado ao concorrente, sua coloração ficou em 3,9 (de uma escala de 1 a 9) superando o outro com 5,6. E na avaliação do sabor e no brix, alcançou 13,5º, enquanto o concorrente, 12,1º, nos ensaios realizados na região. O produtor Vicente De Lemos aprovou as cultivares em plantio experimental realizado no segundo semestre de 2013. Ele é da empresa Norfruit, que integra a cooperativa Coopyfrutas, em Mossoró (RN). Para a safra 2014/2015 há a intenção de plantio de 30 hectares de cada material, com foco na exportação para a Europa, devido à grande resistência a doenças e qualidade de fruto. As plantas são extremamente fortes, diz Vicente. Segundo ele, o SV1044MF apresentou excelente cobertura foliar e cor de polpa, alto brix e sabor diferenciado. Já o DRG3228 se destacou pelo bom brix, tamanho ideal para o mercado e excelente resistência a minador. O melão DRG3228 apresenta alta resistência a minador e o SV1044MF tem boa tolerância a oídio. Vicente De Lemos, da Norfruit, em Mossoró (RN) 5
Negócio Produtor da região de Campinas (SP) mostra perdas na cultura de alface devido à estiagem Impactos da estiagem no mercado de hortaliças Foto: Janaína Ribeiro/Especial para AAN A escassez de chuvas nos últimos dois anos está trazendo impactos negativos ao negócio de hortaliças no Brasil. Percebemos a redução de vendas de sementes em todo o segmento. O agricultor é cauteloso e opta por reduzir a área de plantio diante da seca, diz o Gerente de Marketing da Seminis, Fernando Aranda. No estado de São Paulo, a estiagem recente provocou restrição de plantio em lavouras na região de Campinas (SP). Muitos produtores alteraram o ciclo de cultivo, atrasando o plantio, o manejo e a colheita, o que trouxe consequências econômicas negativas. O exemplo disto foi que, devido ao atraso no semeio de cebola em São Paulo no ano passado, a colheita ocorreu tardiamente e coincidiu com a safra do Cerrado. Com maior oferta do produto, os preços caíram e a redução da lucratividade descapitalizou os produtores. O resultado foi a redução de 15% na área cultivada este ano. Aranda ressalta também que a menor umidade relativa do ar provoca queda na eficiência de herbicidas e outros defensivos agrícolas, colocando em risco a produtividade das lavouras e qualidade dos produtos. Prejuízos constatados em todas as regiões Para a Engenheira Agrônoma e professora do Departamento de Produção Vegetal da Esalq/USP, Simone da Costa Mello, os agricultores terão que se adaptar a uma nova realidade, na qual o uso da água será cada vez mais restrito. Investir em sistema de irrigação por gotejamento é uma necessidade, afirma, bem como a opção por cultivares mais resistentes. Ela confirma a redução do cultivo de hortaliças em agosto deste ano na Região Metropolitana de Campinas, baseada na queda das vendas de mudas. Segundo Simone, se o clima seco continuar, a oferta de hortaliças na região pode diminuir, o que elevará os preços. O Representante Técnico de Vendas da Seminis na região Sul, William Mastro Jr., também constatou diminuição de áreas. Na Região Metropolitana de Curitiba, nos meses de julho e agosto, houve uma diminuição de 42% no plantio das brássicas em comparação ao mesmo período de 2013. Os viveiros de mudas de hortaliças tiveram vários lotes parados nos abrigos, aguardando a entrega. Houve perdas e queda de qualidade pelo envelhecimento das mudas, relata. É necessário que o produtor se prepare para anos de seca como este, tendo em suas propriedades mecanismos para a reserva de água. Hoje existem várias técnicas disponíveis no mercado agro para essa finalidade. No Nordeste, o baixo volume de água nos poços tem provocado maior concentração de sais e, consequentemente, aumento da condutividade elétrica, o que inviabializa a sua utilização na produção. Os agricultores devem fazer análises periódicas da água e se a salinidade estiver alta não utilizá-la para a irrigação, diz José Brito, responsável pelo Desenvolvimento Tecnológico da Seminis na região. Ele conta que em Irecê (BA) e Baraúna (RN), o cenário é mais preocupante, pois os poços estão secando. Há reservatórios públicos de água em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, que estão com menos de 30% de sua capacidade total, onde a retirada de água para irrigação já foi proibida. Para Brito, nessas condições adversas, o planejamento é fundamental e os agricultores devem se certificar da quantidade e da qualidade da água que dispõem. O tomate Compack foi a escolha dos produtores da região de Campinas (SP) no período de seca, por ser o mais tolerante à vira-cabeça, com boa produtividade e calibre do fruto. Simone da Costa Mello, Engenheira Agrônoma e Profa. Dra. da Esalq/USP 6
Sanidade Importância e manejo integrado da Raiz-rosada da cebola Jorge Hasegawa e Gabriela Fargoni Desenvolvimento Tecnológico da Seminis no Brasil A Raiz-rosada da cebola, causada pelo fungo Pyrenochaeta terrestris, é uma das mais severas e destrutivas doenças de solo em cultivos de cebola, causando reduções significativas na produção de bulbos. Foi descrita em diversos países como na Venezuela, Argentina, África do Sul, Egito, Nova Zelândia, Estados Unidos e na Europa, entre outros países, mas assume especial importância sob condições tropicais e subtropicais. No Brasil, encontra-se amplamente disseminada nas principais regiões de cultivo no Sul e Sudeste do Brasil, com ocorrências esporádicas no Centro-Oeste e no Nordeste, apresentando diferentes níveis de severidade em função do manejo da cultura e do nível tecnológico adotado pelo agricultor. A Pyrenochaeta terrestris é um habitante comum do solo e se encontra nas raízes em senescência de diversas espécies de plantas como a cebola, o alho, a cenoura, a couve-flor, o milho, o pepino, a berinjela, entre outros (SHERF; MACNAB, 1986). Entretanto, é importante patogenicamente apenas na cebola, causando danos econômicos expressivos (SCHWARTZ; KRISHNA- MOHAN, 1996). O termo raiz-rosada é atribuído ao sintoma mais observável nas raízes afetadas, mas a coloração destas evolui ao vermelho, púrpura e finalmente apresenta tonalidade amarronzada ou enegrecida. Como consequência, as plantas se mostram esbranquiçadas, amareladas, enfezadas e com necrose descendente nas pontas das folhas. A sua agressividade é maior quando o fungo se aproveita da infecção com outros organismos como nematoides ou injúrias como calor, frio, seca, inundação do solo e distúrbios nutricionais. Os sintomas surgem entre 7 e 21 dias após a germinação do conídio. Após a morte das plantas hospedeiras, novos picnídios são formados e produzem esporos, dando lugar ao ciclo secundário da doença. O patógeno sobrevive nos solos até 45 cm de profundidade e a temperatura ótima para o seu desenvolvimento está entre 24 a 28ºC. As sementes não são infectadas e nem transmitem a doença. A Raiz-rosada causa perdas significativas porque produz bulbos de tamanho reduzido Orientações de Manejo As principais medidas de manejo se baseiam na supressão do inóculo inicial, com base nas seguintes ações que devem ser conduzidas com um enfoque sistêmico e integrado: DDUtilização de cultivares resistentes. Híbridos como Akamaru, Shinju, Imperatriz, Campo Lindo e Leona apresentam níveis satisfatórios de resistência em condições normais de cultivo. A Seminis apresenta um dos níveis mais estáveis de resistência genética à Raiz-rosada. DDEvitar plantios sucessivos de cebola ou áreas com histórico de perdas com a doença. DDRotação de culturas com espécies não hospedeiras ou má hospedeiras. DDEvitar condições de estresse na rizosfera como secas, inundações e falta de aeração. DDBuscar práticas agrícolas que estimulem a sobrevivência e a multiplicação de organismos de controle biológico. 7
É tempo de planejar a safra com cultivares de qualidade Impacto: é grande e resistente O pimentão Impacto possui paredes grossas que conferem maior peso ao fruto do tipo retangular. A planta alta e vigorosa tem como destaque a ótima cobertura foliar e resistência a PepYMV, Xcv (Mancha Bacteriana), TSWV e PepMov. Com ciclo de 110 a 120 dias, atrai o consumidor pela coloração verde-escura e peso médio entre 250 e 300 g. Verona CMS: uniformidade garante a produtividade Híbrido de verão com maior estabilidade de produção, a couve-flor Verona tem cabeças uniformes entre 1,2 e 1,5 kg proporcionando maior produtividade comercial por hectare. A estrutura da planta, com folhas grandes, protege a cabeça durante o transporte e mantém a coloração esbranquiçada, bastante atrativa para o consumidor. Juliana: a cenoura consagrada do verão Híbrida ideal para cultivo de primavera e verão, a cenoura Juliana possui alta produtividade com melhor padrão de classificação. Entre suas características estão raízes com formato mais cilíndrico, ponta arredondada, longa e uniforme e coloração alaranjada intensa. Possui ainda excelente comportamento em relação à queima das folhas (Ad, Cc e Xhc). EX4098: o avanço para a colheita mecânica Lançamento da Seminis em 2014, a cenoura EX4098 para cultivo de verão possui folhas eretas com boa adaptação à colheita mecânica. Outro diferencial é a excelente coloração interna e externa, muito atraente nas gôndolas de supermercado, a uniformidade e resistência às principais doenças foliares de verão. O início da colheita ocorre aos 110 dias após a semeadura. BC1691: é adaptado a altas temperaturas Ideal para o cultivo de verão, o Brócolis BC1691 tem como características a cabeça compacta, bem protegida e de ótima coloração. É adaptada às altas temperaturas do verão e a período de colheita escalonada. Com ciclos de 70 a 75 dias, possui ainda boa conservação pós-colheita. www.seminis.com.br Remetente: Seminis - R. Vitor Roselli, 17 - Campinas - SP - CEP: 13100-074